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FERRAMENTAS DE MICROSSIMULAÇÃO.

Etapa 02: Definição da Área de Estudo Esperada

(ver Etapa 07).

A Figura 5.3 apresenta sinteticamente as atividades a serem desempenhadas na Etapa 02

Figura 5.3:Etapa 02 do fluxograma do método para análise de PGV com o uso de ferramenta de microssimulação.

Etapa 01: Definição do Problema

• Tipo de empreendimento • Local de implantação

• Aspectos legais • Órgãos Municipais

Etapa 02: Definição da Área de Estudo Esperada

•Área de Influência • Exigências Legais

83 5.3 - Etapa 03: Levantamento de Dados

Nesta etapa deve-se obter as informações necessárias para a caracterização da área de estudo e do PGV. Nesse sentido, para caracterizar a área de estudo antes da implantação do PGV, deverão ser coletadas informações com relação ao sistema viário local, ao fluxo veicular, aos modos de transporte não motorizados, ao sistema de transporte. É necessário, também, levantar as características físicas e operacionais do empreendimento (em fase de projeto) para a futura estimativa da demanda de viagens produzidas e atraídas pelo PGV nos diferentes modos.

Quanto ao sistema viário, é necessário obter bases geográficas que permitam evidenciar em detalhe a geometria viária, localizando e caracterizando as interseções e trechos de vias. Deve-se fazer o levantamento da hierarquização viária, identificando quais são as vias locais, coletoras, arteriais e expressas do sistema. Além disso, deve ser feito o levantamento quanto às formas de controle adotadas em cada interseção do sistema, se elas operam com sinalização por regra de prioridade (Pare ou Dê a Preferência) ou por sinalização semafórica, devendo-se neste último caso, obter os dados referentes aos planos semafóricos (ciclo, fases, defasagens, etc.).

Com relação ao fluxo veicular, sua caracterização passa por um levantamento do perfil volumétrico do tráfego nas vias da área de abrangência do empreendimento. A partir de pesquisas de contagem volumétrica ou com auxílio de séries históricas obtidas por instrumentos de detecção instalados nessas vias (equipamentos de fiscalização eletrônica, por exemplo), deve-se verificar os horários de pico e entrepico do sistema e caracterizar a composição do tráfego, formado por diferentes veículos automotores e não motorizados. É necessário, ainda, verificar os pontos de formação de fila, medindo sua extensão e identificar as velocidades operacionais praticadas nessas vias. Estes últimos elementos são importantes na fase de calibração do microssimulador.

Quanto aos modos não-motorizados, deve-se verificar as facilidades de transporte que possibilitam a sua utilização, tais como a presença de ciclovia e ciclofaixas, calçadas, bicicletários, etc. Deve-se verificar também quais as rotas utilizados pelos usuários desses modos e qual o seu fluxo.

A análise do sistema de transporte passa pela verificação dos modos que atendem a região (ônibus, metrô, trem, etc.), a identificação dos pontos de embarque e desembarque

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existentes, a identificação das linhas de ônibus (com o seu itinerário), bem como a freqüência de operação dessas linhas.

Por fim, após caracterizar o sistema viário, deve-se fazer a caracterização do Pólo Gerador de Viagem a ser analisado. Nesse sentido, cabe levantar as características do empreendimento inerentes aos modelos de geração de viagens a serem utilizados. Conforme explicado no Capítulo 2, item 2.6.1, a geração de viagens baseia-se em diversas variáveis explicativas próprias a cada modelo. Dessa forma, deve-se verificar para o PGV em questão quais as características consideradas como variáveis explicativas no respectivo modelo de geração. Para vários PGVs, a geração de demanda é função das características físicas do empreendimento, tais como sua área total, área bruta locável, número de unidades habitacionais, etc., enquanto para outros é considerado o número previsto de usuários do empreendimento (por exemplo, número de alunos, número de empregados, etc.). Esses são os dados que devem ser levantados nesta etapa para a análise do comportamento do PGV. Também faz-se necessário obter o nível de ocupação do solo pelo PGV (por exemplo, o número de andares do edifício), localização das garagens e áreas de estacionamento, o número de vagas de estacionamento, locais de carga e descarga de veículos de serviço, além da disposição dos acessos e geometria do sistema viário interno, a fim de caracterizar a sua operação de tráfego. No caso de PGV do tipo instituição de ensino, a variável explicativa mais utilizada para a estimativa da demanda é o número de usuários regulares previstos para a instituição, sobretudo o número de alunos.

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Figura 5.4: Detalhamento da Etapa 03 do fluxograma do método para análise de PGV com o uso de ferramenta de microssimulação.

5.4 - Etapa 04: Avaliação da Situação Existente

Após realizar o levantamento dos dados necessários para a execução do estudo, a próxima etapa consiste na avaliação do cenário existente, ou seja, no diagnóstico e caracterização do comportamento do tráfego nas vias componentes da área de estudo sem a presença do Pólo Gerador de Viagem.

Essa é uma etapa de suma importância, pois a rede aqui originada servirá de parâmetro para as próximas análises de cenários considerando o impacto gerado pelo PGV e para horizontes futuros.

Assim, o primeiro passo nessa etapa consiste na montagem de uma rede de simulação no

software de microssimulação. Essa primeira rede, denominada rede base, deve refletir o

comportamento existente do tráfego conforme parâmetros de desempenho verificados em campo, tais como o volume de tráfego em todos os trechos de vias, a formação de filas e o desenvolvimento das velocidades operacionais praticadas nas vias, além de outros.