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A população ou universo estatístico da nossa pesquisa representa o conjunto de elementos, que têm pelo menos uma característica comum, sobre o qual incide o estudo estatístico, ou sejam: a) Todos os trabalhadores do Montepio da cidade de Viana do Castelo (Balcões Avenida, Campo da Sª. da Agonia e Direção Regional), a quem aplicamos um questionário (anexo 5).

b) Todos os trabalhadores e colaboradores com funções administrativas e de gestão nas Instituições (IPSS, também desta cidade) beneficiárias do Fundo Solidário Montepio (Centro Social e Paroquial de Nª. Sª. de Fátima; Centro Social e Paroquial de Santa Maria Maior; Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo; Casa dos Rapazes de Viana do Castelo; GAF – Gabinete de Atendimento à Família), a quem aplicamos um questionário idêntico ao anterior (anexo 6).

Esta é a população alvo que desejamos estudar e a partir da qual procuráramos tirar conclusões e fazer as generalizações possíveis. Esta população é formada por dois grupos distintos dentro do mesmo universo em estudo, mas com muitas características comuns, capazes de responder aos objetivos que nos propomos atingir.

Foram selecionados estes stakeholders do Montepio (trabalhadores/colaboradores do Montepio e colaboradores das Instituições beneficiárias do Fundo Solidário) para constituírem o universo deste “Estudo de Caso” essencialmente por duas razões:

1ª. Razão – Estes stakeholders são os que maior afinidade têm com o Montepio; ambos os grupos beneficiam dos apoios da Instituição.

2ª. Razão - Abordar outros stakeholders, nomeadamente clientes, constituiria grande dificuldade devido à sua dispersão e a outros problemas, nomeadamente o sigilo e a privacidade.

Relativamente à amostra para a nossa investigação pretendemos que esta seja igual à população em apreço, ou seja, à população alvo.

1.2.3.2 - Aplicação dos instrumentos de recolha de dados

- Questionários - Para aplicação dos questionários (entrega e recolha) foi efetuado todo um trabalho de campo tanto a nível interno (no Montepio) como a nível externo (nas IPSS beneficiárias do Fundo Solidário Montepio).

a) - A nível interno – Entrega dos questionários (12.01.2015), previamente autorizada, em suporte de papel, nos três balcões do Montepio na cidade de Viana do Castelo (Avenida dos Combatentes, Campo da Srª. Agonia e Direção Regional – ao Hospital Stª Luzia), para preenchimento e posterior recolha, que aconteceu a 20 e 23.01.2015.

Foram recolhidos preenchidos 16 questionários, o que corresponde ao número total dos trabalhadores do Montepio da cidade de Viana do Castelo (100% desta população alvo).

b) - A nível externo – Aplicação (devidamente autorizada) em 12.01.2015 dos questionários em suporte de papel e digital, nas seguintes Instituições da cidade:

• Centro Social e Paroquial de Nª. Sª. de Fátima • Centro Social e Paroquial de Santa Maria Maior • Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo

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• Casa dos Rapazes de Viana do Castelo • GAF – Gabinete de Atendimento à Família

Foram recolhidos 35 questionários preenchidos pelos colaboradores destas Instituições (população acessível), no período compreendido entre 20.01.2015 e 30.04.2015, o que corresponde a 70% desta população alvo.

Os questionários recolhidos a nível interno e externo, perfazem um total de 51 (51 unidades estatísticas), o que corresponde 77,27% da população da população alvo total.

Esta fase da aplicação dos questionários revelou-se um trabalho moroso, havendo necessidade de vencer resistências ao nível de algumas Instituições (IPSS), a fim de conseguirmos um número aceitável de questionários respondidos.

- Entrevistas - Para a concretização das entrevistas que fazem parte deste trabalho de pesquisa desenvolvemos procedimentos que levamos a cabo a nível interno e a nível externo, uns mais formais e outros mais informais, de acordo com o contexto em que ia decorrer cada uma delas. Solicitadas previamente e posteriormente agendadas, procedemos à elaboração dos guiões específicos para cada uma delas, instrumento que serve de base à sua realização e que é constituído por um conjunto de questões abertas, focalizadas nos objetivos do nosso trabalho. Todas as entrevistas foram concedidas por escrito, devido a razões de agenda quer da parte dos entrevistados quer também da parte do entrevistador, o que se revelou uma facilidade para o tratamento da informação recolhida.

a) A nível interno – Foram efetuadas duas entrevistas, a saber:

• Entrevista com um colaborador/trabalhador do Montepio da cidade de Viana do Castelo (que designamos por colaborador “A” - efetuada em 16.09.2015). Foi formalizada e efetivada em moldes semiformais e acessíveis, sendo exigido pelo entrevistado o anonimato.

• Entrevista com o Presidente do Conselho de Administração do Montepio68 . Esta entrevista implicou que a sua solicitação e agendamento fosse antecedida dos devidos procedimentos formais, para além de exigir uma deslocação a Lisboa para a sua efetivação; imprevistos com a agenda do Sr. Presidente deu origem a que a entrevista não se realizasse no dia e hora marcados, prontificando-se este a responder por escrito às perguntas do guião estruturado para a mesma, o que aconteceu de forma pronta e consistente em 24.04.2015.

b) Entrevista a nível externo – Entrevista com o responsável de uma das Instituições (IPSS) da cidade de Viana do Castelo beneficiária dos apoios do Montepio (que designamos por Stakeholder “C” - efetuada em 09.09.2015). Esta entrevista foi também formalizada e efetivada de um modo semiformal, o que constitui uma mais-valia para o trabalho em apreço pela proximidade e abertura da pessoa entrevistada, que manifestou interesse no seu anonimato.

68 Admitimos que esta entrevista faz sentido, uma vez que o Presidente do Conselho de Administração do Montepio tem responsabilidades em todos os balcões da Instituição. Faremos uma referência especial a esta entrevista no ponto 3 do nosso trabalho.

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O estudo de caso recorre a várias técnicas de recolha de dados e nenhuma delas deve ser descartada. A obtenção de dados através de distintos instrumentos, permite o cruzamento de informação, uma mais-valia para o trabalho.

Os dados recolhidos através dos questionários e das entrevistas que acabamos de referir, serão apresentados e analisados no ponto 1.2.4 a seguir.

1.2.4 – Apresentação e análise de dados recolhidos

A massa de dados recolhidos necessita de um trabalho de análise para isolar as unidades significantes (temas, figuras, variáveis) abstratas do seu contexto para operar uma comparação termo a termo (Vieira, 2014). Obedece a um plano e tem a ver com o tipo de estudo e com o seu objetivo conduzindo a resultados que depois são interpretados e discutidos.

As estatísticas permitem fazer análises de variáveis69 que podem ser quantitativas e qualitativas.

1.2.4.1 - Plano de análise dos dados recolhidos

Dos processos de experimentação e de observação resultam os dados. A análise é um processo de organização de dados, onde se devem salientar os aspetos essenciais e identificar fatores chave, tendo em conta o seguinte:

- Validade (fiabilidade) – Existe validade de medição quando um indicador mede corretamente o conceito que se pretende medir.

- Causalidade – Avaliação da correlação e coocorrência são dois pormenores a ter em conta na análise de causalidade (Vieira, 2014).)

Não há modelos únicos para os distintos casos em análise. Neste estudo de caso, esses dados são do tipo quantitativo e qualitativo e para cada uma destas categorias configura-se um plano de análise específico, a saber:

• Dados quantitativos:

Os dados quantitativos representam informação resultante de características suscetíveis de serem medidas, apresentando-se com diferentes intensidades, que podem ser de natureza discreta (descontínua) ou contínua. A utilidade dos dados estatísticos depende, muitas vezes, da forma como são organizados e apresentados.

Assim, prefigura-se o seguinte esquema para apresentação e análise dos dados: a) - Organizar os dados.

b) - Agrupar e resumir os dados através de: tabelas de frequência e quadros.

c) - Resumo das principais medidas estatísticas: de tendência central e de dispersão.

d) - Analisar e interpretar os dados: tabelas de cruzamento de dados (cross-tables), análise de correlação e outros.

Para organizar, agrupar e resumir os dados recorremos a tabelas de frequência e a quadros.

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Em estatística define-se variável como sendo uma qualquer característica da população ou da amostra que interessa ser estudada estatisticamente.

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