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Delineamento Epidemiológico e fontes de informação

Mapa V Sistemas de abastecimento público do DF

5.1 Delineamento Epidemiológico e fontes de informação

Os dados referentes à qualidade da água dsitribuida, bem como à caracterização dos sistemas de abastecimento de água, foram obtidos por meio dos relatórios da prestadora – Companhia de Saneamento Ambiental do DF (CAESB), da Diretoria de Vigilância Ambiental (DIVAL) e dos resultados laboratoriais fornecidos pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN – DF).

Esses dados foram analisados por meio da epidemiologia descritiva, o qual considerou- se:

1. A caracterização da área estudada que teve como base os cinco sistemas de abastecimento público operados pela CAESB para água tratada, e as Regiões Administrativas (RA) do Distrito Federal para as água provenientes das soluções alternativas coletivas e individuais analisadas no período;

2. Os cadastramentos e inspeções realizados;

3. O atendimento aos planos mínimos de amostragem tanto do controle como da vigilância;

4. Os locais e pontos de coleta selecionados pela vigilância;

5. O levantamento mensal dos índices de qualidade da água das análises da prestadora e da vigilância;

6. O levantamento de ocorrências de intermitências no sistema de abastecimento nas redes dos cinco sistemas de abastecimento;

7. As ações de monitoramento da qualidade da água nas escolas do DF;

8. A análise qualitativa comparativa entre as regiões e durante o período estudado; 9. A caracterização dos perigos no fornecimento de água;

10. A elaboração de um mapa de risco para direcionar as ações do VIGIÁGUA. As avaliações do atendimento aos planos mínimos de amostragem foi expresso por meio do índice de cumprimento, segundo orientação do próprio programa (BRASIL, 2005a).

Já a qualidade da água foi analisada por meio dos seguintes índices: Índice bacteriológico tanto para coliformes totais (IBCT) como para Escherichia coli (IBEC), Índice de turbidez (IT) e índice de Cloro Residual Livre (ICRL), separadas por sistemas de abastecimento ou soluções alternativas de acordo com sua distribuição nos meses do ano:

As intermitências e reparos realizados na rede e nas soluções alternativas foram pesquisados nos relatórios da CAESB.

IBCT (%) = nº de amostras com ausência de coliformes totais . ____________________________________________ X 100

Nº de amostras coletadas

IBEC (%) = nº de amostras com ausência de E. coli . ____________________________________________ X 100

Nº de amostras coletadas

IT (%) = nº de amostras de acordo com o padrão de turbidez

___________________________________________ X 100 Nº de amostras coletadas

ICRL (%) = nº de amostras de acordo com o padrão CRL

_________________________________________ X 100 Nº de amostras coletadas

IC (%) = nº de amostras coletadas do sistema de abastecimento/solução alternativa . coletiva .

__________________________________________________________ X 100 nº de amost. a coletar segundo os planos de amostragem exigidos na portaria nº 518/2004

As demais avaliação foram elaboradas fazendo a comparação entre os dados fornecidos pela vigilância e o controle da qualidade da água para consumo humano, fornecidos pela vigilância ambiental e CAESB.

A elaboração do mapa de risco foi realizado segundo orientações do Manual de procedimentos de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à qualidade da água para consumo humano do MS, no qual avaliou-se o grau de risco de cada sistema e de cada região administrativa que tenha como forma de abastecimento Soluções Alternativas Individuais e Soluções Alternativas Coletivas. Os parâmetros usados na caracterização dos riscos foram os indicadores existentes no monitoramento da água no DF. A classificação dos riscos foi feita em três categorias.

A categorização dos perigos teve como base a forma de abastecimento. Para os sistemas analisamos os dados existentes e disponibilizados pela Vigilância Ambiental, LACEN e CAESB, segundo o Quadro LXI. Considerou-se oito parâmetros para os Sistemas de Abastecimento de Água (SAA):

1. Existência ou não de cadastro e de inspeção, seguindo a seguinte categorização: • Existência de cadastro/inspeção – verde;

• Cadastro/ inspeção parcial – Amarelo;

• Inexistência de cadastro/inspeção – vermelho.

2. A avaliação de porcentagem de amostras fora dos padrões microbiológicos de qualidade tanto para coliformes totais como para E. coli, nos resultados da Vigilância e do Controle, foram avaliados de acordo com o número de meses em desacordo com as normas da legislação:

• 1 à 4 meses – verde; • 5 à 8 meses – Amarelo; • 9 à 12 meses – Vermelho.

3. O cumprimento do plano amostral realizado pelo controle foi categorizado da seguinte forma:

• 12 meses – verde;

• De 6 à 11 meses – amarelo; • Menos de 6 meses – vermelho.

Somente o cumprimento do plano amostral do controle foi avaliado, visto que o plano amostral da vigilância não é determinado de acordo com a forma de abastecimento e sim da população existente.

4. Grau de instrução (Percentual de analfabetismo) e renda per capta foram categorizados pegando-se o maior valor alcançado e subtraindo-se este do menor valor, o resultado foi dividido por três para a classificação em uma das três possíveis categorias (verde, amarelo ou vermelho). Para a obtenção dos valores por sistema, foi realizada a média aritmética dos valores disponíveis (Quadros IV e V) em cada região administrativa por sistema a qual cada uma pertence.

5. O grau de instrução foi classificado da seguinte forma: • 0,2 à 2,83 – Verde;

• 2,84 à 5,47 – Amarelo; • 5,48 à 8,1 – Vermelho.

6. A renda per capta foi classificada conforme dados abaixo: • 219 à 489 – Vermelho;

• 490 à 760 – Amarelo; • Acima de 761 – Verde.

7. Interrupções no abastecimento (nº de ocorrências no ano). Aqui também foi realizada a subtração entre o maior e menor valor disponível e o resultado foi dividido por três:

• 39 à 72 – Verde; • 73 à 106 – Amarelo; • 107 à 140 – Vermelha.

8. Os meses sem coleta da vigilância foram categorizados da seguinte forma: • Todos os meses coletados – Verde;

• 1 ou 2 meses sem coleta – Amarelo; • Mais de 2 meses sem coleta – Vermelho.

Para a categorização dos perigos existentes nas Soluções Alternativas Coletivas (SAC) e Soluções Alternativas Individuais (SAI), realizou-se a análise de acordo com a Região Administrativa (RA) a qual a forma de abastecimento pertence e os dados foram apresentados no Quadro LXIII.

Foram avaliados os seguintes itens, obtidos dos dados disponibilizados pela DIVAL, LACEN e CAESB:

1. Porcentagem de amostras fora dos padrões de potabilidade nos SACs abastecidos por água tratada:

• Amostras dentro dos padrões - Verde; • Presença de coliformes totais – Amarela; • Presença de E. coli – Vermelha;

• Ausência de analise – Azul.

2. Porcentagem de amostras fora dos padrões de potabilidade nos SACs abastecidos por água não tratada:

• Amostras dentro dos padrões - Verde; • Presença de coliformes totais – Amarela; • Presença de E. coli – Vermelha;

• Ausência de analise – Azul.

3. Porcentagem de amostras fora dos padrões de potabilidade nos SAI: • Amostras dentro dos padrões - Verde;

• Presença de coliformes totais – Amarela; • Presença de E. coli – Vermelha;

• Ausência de analise – Azul.

4. A renda per capta foi classificada conforme dados abaixo: • 219 à 489 – Vermelho;

• 490 à 760 – Amarelo; • Acima de 761 – Verde.

• 0,2 à 2,83 – Verde; • 2,84 à 5,47 – Amarelo; • 5,48 à 8,1 – Vermelho.

6. Existência de resultados laboratoriais do controle: • Sim – Verde;

• Não – Vermelho.

7. Número de condomínios existentes: • 116 à 58 Vermelho;

• 57 à 1 – Amarela; • Inexistência – Verde.

8. Existência de responsável técnico identificado na DIVAL: • Sim – Verde; • Não – Vermelho. 9. Existência de cadastro: • Sim – Verde; • Não – Vermelho. 10. Existência de Inspeção: • Sim – Verde; • Não – Vermelho.

11. Porcentagem de escolas rurais coletadas dentre as existentes: • 0 à 50 % - Vermelho;

• 50 à 100 % Amarelo; • Inexistência – Verde.

Cada cor recebeu a seguinte pontuação: • Vermelho = três pontos;

• Amarelo = dois pontos; • Verde = um ponto; • Azul = zero ponto.

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