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Estudo do monitoramento da qualidade da água para consumo humano no DF no ano de 2009

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Stricto Sensu em

Planejamento e Gestão Ambiental

ESTUDO DO MONITORAMENTO DA QUALIDADE

DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NO DF NO

ANO DE 2009.

Brasília - DF

2010

(2)

ANA CLÁUDIA CAMPOS DA SILVA

ESTUDO DO MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO DO DF NO ANO DE 2009

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Planejamento e

Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Gestão Ambiental.

Orientadora: Prof Drª Lucijane Monteiro de Abreu.

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Cutter Silva, Ana Cláudia Campos da

Estudo do Monitoramento da Qualidade da água para Consumo Humano do DF no ano de 2009./ Ana Cláudia Campos da Silva. 2010. 159 f.

Dissertação de Mestrado Universidade Católica de Brasília. 2010. Orientação: Profª. Drª. Lucijane Monteiro de Abreu.

1. Qualidade de água. 2.Gestão.

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Dissertação de autoria de Ana Cláudia Campos da Silva, intitulada “ESTUDO DO MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO DO DF NO ANO DE 2009”, requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental, defendida e aprovada em / /2010, pela banca examinadora abaixo assinada:

_________________________________________ Prof. Drª Lucijane Monteiro de Abreu

Orientadora

(Curso/Programa – Sigla da Instituição)

__________________________________________ Prof. Dr Perseu Fernando dos Santos -UCB

__________________________________________ Prof. Dr. Gustavo Macedo de Mello Baptista - UnB

__________________________________________ Prof. Dr Doe da Silva - UCB

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"Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações".

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Referência: SILVA, Ana Claúdia Campos da. Estudo do monitoramento da qualidade da água para consumo humano do DF no ano de 2009. 2010. 159 f. Pós-Graduação e Pesquisa Stricto Sensu em Planejamento e Gestão Ambiental – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2010.

O presente trabalho buscou avaliar as ações de monitoramento da qualidade da água para consumo humano no Distrito Federal no ano de 2009, ao mesmo tempo que buscou desenvolver uma forma simples e prática de avaliação que pudesse ser usada pelas pessoas que trabalham com a qualidade da água. Com esse objetivo, foi realizado um levantamento de dados referentes as ações já realizadas no DF, bem como a caracterização dos sistemas e das Regiões Administrativas. Foram levantados os índices de qualidade sugeridos pelo Ministério da Saúde, porém o índice bacteriológico foi separado em coliformes totais e Escherichia

coli.Também foram levantados o cumprimento do plano amostral, as intermitências no

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das ações do VIGIAGUA onde deva ser levantada a situação ambiental, epidemiológica e sanitária de cada RA, o que pode ser conseguido através da parceria com as equipes do Programa Saúde da Família.

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The monitoring of water quality for human consumption is an integrant part of the Environmental Health Surveillance department and has the objective to integrate the sectors health, sanitation and environment. With this perspective, the study presents a simplified methodology and practical assessment of the surveillance of water quality in the Federal District. It is quantified, with use of weights, the rate of quality suggested by the Health Department, the execution of the sampling plan, the intermittency of water supply, the number of months without collecttting samples by the Health Surveillance Department , the existence of control analysis and technical manager, the number of registrations and inspections, the degree of illiteracy and per capita income of each region. Among the five water supply systems evaluated, those of Descoberto and Brazlândia and the alternative solutions of the administrative regions of Gamma and Paranoá were the most problematic. Among the actions developed by service provider, the biggest problem was the lack of sending the reports to the Board of the Environmental Health Department. It´s recommended, regarding to the services performed by the Environmental Department, the improvement of registration and inspections and the implementation of an annual schedule for collections that best represent all the existing urban and rural areas in the DF.

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Mapa I - Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE – 2006.

...60

Mapa II - Bacias hidrográficas do DF. ...61

Mapa III - Regiões administrativas do DF. ...62

Mapa IV - Área rurais do DF. ...66

Mapa V - Sistemas de abastecimento público do DF...69

LISTA DE FIGURAS Figura I – Estrutura Organizacional da SVS/MS conforme decreto 6.860/2009 ...36

Figura II - Estrutura da Diretoria de Vigilância Ambiental do Distrito Federal. ...40

Figura III - Organização Institucional das ações de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano. ...45

Figura IV - Ações básicas para operacionalização da vigilância da qualidade da água para consumo humano...47

Figura V - Barragem do Torto – Vista Aérea...71

Figura VI - Barragem do Rio Descoberto ...72

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Gráfico I - Renda per capta segundo a região administrativa...64 Gráfico II – População urbana, segundo a escolaridade...65 Gráfico III – Comparação entre o número de ligações e a população existente nos cinco sistemas de abastecimento público no DF...68 Gráfico IV- Índices de cumprimento de coleta de amostras realizadas pelo controle no sistema TORTO SANTA MARIA de acordo com cada parâmetro analisado. ...77 Gráfico V- Índices de cumprimento de coleta de amostras realizadas pelo controle no sistema DESCOBERTO de acordo com cada parâmetro analisado...77 Gráfico VI- Índice de cumprimento de coleta de amostras realizadas pelo controle no sistema SOBRADINHO PLANALTINA de acordo com cada parâmetro analisado. ...78 Gráfico VII- Índice de cumprimento de coleta de amostras realizadas pelo controle no sistema BRAZLÂNDIA de acordo com cada parâmetro analisado. ...78 Gráfico VIII- Índice de cumprimento de coleta de amostras realizadas pelo controle no sistema SÃO SEBASTIÃO de acordo com cada parâmetro analisado em 2009. ...79 Gráfico IX - Índices de turbidez, cloro residual livre, bacteriológicos das análises laboratoriais do controle ...80 Gráfico X– Índices de turbidez, cloro residual livre, bacteriológico e E. coli das análises laboratoriais do controle realizados no Sistema DESCOBERTO...81 Gráfico XI - – Índices de turbidez, cloro residual livre, bacteriológico e E. coli das análises laboratoriais do controle realizados no sistema SOBRADINHO...82 Gráfico XII - Índices de turbidez, cloro residual livre, bacteriológico e E. coli das análises

laboratoriais do controle realizados no Sistema BRAZLÂNDIA. ...83 Gráfico XIII - Índices de turbidez, cloro residual livre, bacteriológico e E. coli das análises laboratoriais do controle realizados no sistema SÃO SEBASTIÃO...84 Gráfico XIV - Comparação entre os índices de TURBIDEZ encontrados nos cinco sistemas de abastecimento público existentes no DF nas amostras de água coletadas pelo controle...85 Gráfico XV - Comparativos entre os índices de CLORO RESIDUAL LIVRE encontrados nos cinco sistemas de abastecimento público existentes no DF nas amostras de água coletadas pelo controle ...86 Gráfico XVI - Comparação entre os índices Bacteriológicos (coliformes totais) encontrados nos cinco sistemas de abastecimento público existentes no DF nas amostras de água coletadas pelo controle. ...87 Gráfico XVII - Comparativos entre os índices Bacteriológicos (E. coli) encontrados nos cinco

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Gráfico XVIII - Índice de cumprimento do número de amostras a serem analisadas para bactérias heterotróficas pelo controle. ...89 Gráfico XIX - Ocorrência de Bactérias Heterotróficas nos sistemas de abastecimento de água durante os meses do ano de 2009. ...89 Gráfico XX - Ocorrência de falta de água nos cinco sistemas durantes os meses do ano. ...91 Gráfico XXI - Ocorrências de falta de água no ano todo nos cinco sistemas. ...91 Gráfico XXII - Comparação entre falta de água e amostras fora dos padrões de potabilidade para o padrão bacteriológico no sistema TORTO SANTA MARIA...92 Gráfico XXIII - Comparação entre falta de água e amostras fora dos padrões de potabilidade para o padrão bacteriológico no sistema DESCOBERTO. ...92 Gráfico XXIV - Comparação entre falta de água e amostras fora dos padrões de potabilidade para o padrão bacteriológico no sistema SOBRADINHO PLANALTINA. ...93 Gráfico XXV - Comparação entre falta de água e amostras fora dos padrões de potabilidade para o padrão bacteriológico no sistema BRAZLÂNDIA...93 Gráfico XXVI - Comparação entre falta de água e amostras fora dos padrões de potabilidade para o padrão bacteriológico no sistema SÃO SEBASTIÃO. ...94 Gráfico XXVII - Índices de cumprimento de coletas de água realizadas pela vigilância para os parâmetros Turbidez, Cloro residual livre e Microbiológico. ...97 Gráfico XXVIII - Distribuição das coletas de amostras de água da vigilância segundo a forma de abastecimento nos meses do ano. ...98 Gráfico XXIX - Comparação entre os índices de TURBIDEZ nas diferentes formas de abastecimento ...100 Gráfico XXX - Comparação entre os índices BACTERIOLÓGICOS (coliformes totais) nas diferentes formas de abastecimento...101 Gráfico XXXI - Comparação entre os índices BACTERIOLÓGICOS (E. coli) nas diferentes

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Gráfico XXXVII - Índices de turbidez, cloro residual livre, coliformes totais e E. coli das análises laboratoriais da vigilância realizadas no sistema Brazlândia...108 Gráfico XXXVIII - Índices de turbidez, cloro residual livre, coliformes totais e E. coli das análises laboratoriais da vigilância realizadas no sistema São Sebastião...109 Gráfico XXXIX - Comparação entre os índices de TURBIDEZ nos cinco sistemas de abastecimento público. ...111 Gráfico XL - Comparação entre os índices de CLORO RESIDUAL LIVRE encontrados nos cinco sistemas de abastecimento público existentes no DF nas amostras de água coletadas pelo vigilância. ...112 Gráfico XLI - Comparativos entre os índices bacteriológico (COLIFORMES TOTAIS) encontrados nos cinco sistemas de abastecimento público existentes no DF nas amostras de água coletadas pelo vigilância. ...112 Gráfico XLII - Comparativos entre os índices Bacteriológico (E. coli) encontrados nos cinco

sistemas de abastecimento público existentes no DF nas amostras de água coletadas pelo vigilância. ...113 Gráfico XLIII - Comparação entre número de amostras fora dos padrões microbiológicos nas análises da VIGILÂNCIA e a quantidade de amostras de água coletas...114 Gráfico XLIV - Comparação entre número de amostras fora dos padrões microbiológicos nas análises do CONTROLE e a quantidade de amostras de água coletas...114 Gráfico XLV - Distribuição percentual dos LOCAIS de coleta das amostras de água provenientes dos sistemas coletadas pela vigilância. ...116 Gráfico XLVI- Comparação entre o número de amostras coletadas por local de coleta e os resultados fora dos padrões para coliformes totais...116 Gráfico XLVII - Distribuição percentual dos pontos de coleta nas amostras de água provenientes dos sistemas coletadas pela vigilância ...119 Gráfico XLVIII – Contaminação Bacteriológica para coliformes totais nos PONTOS onde a vigilância realizou coletas de amostras de água. ...120 Gráfico XLIX - Contaminação Bacteriológica para E. coli nos PONTOS onde a vigilância

realizou coletas de amostras de água...120 Gráfico L - Índices de turbidez, cloro residual livre, coliformes totais e E. coli das amostras de

água coletadas nas soluções alternativas coletivas tratadas...122 Gráfico LI - Índices de turbidez, cloro residual livre, coliformes totais e E. coli das amostras

de água coletadas nas soluções alternativas coletivas não tratadas. ...124 Gráfico LII - Índices de turbidez, cloro residual livre, coliformes totais e E. coli das amostras

de água coletadas nas soluções alternativas de abastecimento misto...125 Gráfico LIII - Índices de turbidez, cloro residual livre, coliformes totais e E. coli das amostras

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Gráfico LV - Índices de turbidez, cloro residual livre, coliformes totais e E. coli das ...128

Gráfico LVI – Índices de Turbidez, CRL, Coliformes totais e E. coli, das amostras de água

coletadas nos SAI. ...132 Gráfico LVII – Índices de Turbidez, CRL, Coliformes totais e E. coli, das amostras de água

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Quadro I - Modelos Assistenciais e Vigilância da Saúde...30 Quadro II - Sugestões de critérios a serem observados na definição dos pontos de amostragem do monitoramento de vigilância da qualidade da água...48 Quadro III - Meios de transmissão das doenças veiculadas à água, agentes patogênicos e medidas profiláticas...51 Quadro IV - – Domicílios urbanos, segundo a renda mensal DF – 2004...63 Quadro V - População urbana, segundo a escolaridade no DF em 2004. ...64 Quadro VI – Número de ligações e população abastecida por sistema e localidade no DF. ...67 Quadro VII – Sistemas Produtores de Água da CAESB...70 Quadro VIII - Monitoramento de Poços nas Comunidades Rurais do DF onde a CAESB atua.

...75 Quadro IX - Índices de cumprimentos das coleta de amostras realizadas pelo controle para os diversos parâmetro analisado...76 Quadro X– Resultados das análises laboratoriais do controle realizados no Sistema TORTO SANTA MARIA. ...80 Quadro XI– Resultados das análises laboratoriais do controle realizados no Sistema

DESCOBERTO...81 Quadro XII– Resultados das análises laboratoriais do controle realizados no Sistema

SOBRADINHO PLANALTINA...82 Quadro XIII - Resultados das análises laboratoriais do controle realizados no Sistema

BRAZLÂNDIA. ...83 Quadro XIV - Resultados das análises laboratoriais do controle realizados no Sistema SÃO SEBASTIÃO. ...84 Quadro XV - Comparação entre os índices de turbidez, cloro residual livre, bacteriológico e presença de E. coli entre os cinco sistemas de abastecimento público existentes no DF,

coletadas pelo controle. ...85 Quadro XVI - Pesquisa de Bactérias heterotróficas realizadas nos sistemas pela CAESB. ....88 Quadro XVII - Ocorrência de falta de água por sistema de abastecimento nos meses do ano.90 Quadro XVIII - Índices de cumprimento de coletas de amostras realizadas pela vigilância para os diversos parâmetros analisados em 2009...96 Quadro XIX - Distribuição das coletas de amostras de água da vigilância segundo a forma de abastecimento. ...98 Quadro XX - Comparação entre os índices de turbidez, coliformes totais e E. coli entre as

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Quadro XXIII - Resultados das análises laboratoriais da vigilância realizados no Sistema DESCOBERTO...106 Quadro XXIV – Resultados das análises laboratoriais da vigilância realizados no Sistema SOBRADINHO PLANALTINA...107 Quadro XXV – Resultados das análises laboratoriais da vigilância realizados no Sistema BRAZLÂNDIA. ...108 Quadro XXVI – Resultados das análises laboratoriais da vigilância realizados no Sistema SÃO SEBASTIÃO. ...109 Quadro XXVII – Comparação entre os índices de turbidez, cloro residual livre, IBCT e IBEC entre os cinco sistemas coletadas pela vigilância. ...110 Quadro XXVIII - LOCAIS de maior contaminação das amostras de água provenientes dos sistemas de abastecimento público, coletadas pela Vigilância...115 Quadro XXIX - PONTOS de maior contaminação das amostras provenientes dos sistemas de abastecimento público, coletadas pela vigilância. ...118 Quadro XXX - Comparação entre os resultados laboratoriais das amostras no peri e

intradomicílio provenientes dos sistemas...121 Quadro XXXI – Resultados das análises laboratoriais da vigilância realizados nas soluções alternativas coletivas para amostras de água com tratamento. ...122 Quadro XXXII – Resultados das análises laboratoriais da vigilância realizados nas soluções alternativas coletivas para amostras de água sem tratamento...123 Quadro XXXIII – Resultados das análises laboratoriais da vigilância realizados nas soluções alternativas coletivas de abastecimento misto...124 Quadro XXXIV – Resultados das análises laboratoriais da vigilância realizados nos SACs de água tratada separados por Regiões Administrativas. ...125 Quadro XXXV – Resultados das análises laboratoriais da vigilância realizados nos SACs de água não tratada separados por Regiões Administrativas. ...126 Quadro XXXVI– Resultados das análises laboratoriais da vigilância realizados nos SACs que misturam água tratada e não tratada separados por Regiões Administrativas...128 Quadro XXXVII - LOCAIS de coleta de amostras de água para consumo humano coletadas nos SACs. ...129 Quadro XXXVIII - PONTOS de coleta de amostras de água para consumo humano coletadas nos SACs. ...130 Quadro XXXIX - Comparação entre contaminação no peri e no intra-domicilio nas amostras de água provenientes das soluções alternativas coletivas...130 Quadro XL – Resultado das análises laboratoriais da vigilância realizados nas soluções

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Quadro XLIV - Resultado do índices de qualidade encontrados nas amostras de água das escolas abastecidas por SAA. ...135 Quadro XLV - Pontos de maior contaminação nas amostras de água provenientes dos

sistemas coletadas nas escolas do DF em 2009...136 Quadro XLVI – Comparação entre contaminação no peri e intra-domicilio das amostras coletadas nas escolas abastecidas por SAA...137 Quadro XLVII – Comparação entre contaminação no peri e intra-domicilio das amostras coletadas nas escolas abastecidas por SAA, retirando-se as amostras coletadas nos

bebedouros...138 Quadro XLVIII - Resultado dos índices de qualidade encontrados nas amostras de água das escolas abastecidas por SAC que possuem tratamento. ...139 Quadro XLIX - Pontos de maior contaminação nas amostras de água provenientes das

soluções alternativas coletivas que possuem tratamento...140 Quadro L – Comparação entre contaminação no peri e intra-domicilio das amostras coletadas nas escolas abastecidas por SAC com tratamento. ...141 Quadro LI – Comparação entre contaminação no peri e intra-domicilio das amostras coletadas nas escolas abastecidas por SAC com tratamento, retirando-se as amostras coletadas nos bebedouros...141 Quadro LII - Resultados do índices de qualidade encontrados nas amostras de água das

escolas abastecidas por SAC que não possuem tratamento...142 Quadro LIII - Pontos de maior contaminação nas amostras de água das escolas provenientes das SACs que não possuem tratamento...143 Quadro LIV – Comparação entre contaminação no peri e intra-domicilio das amostras

coletadas nas escolas abastecidas por SAC com tratamento. ...144 Quadro LV – Comparação entre contaminação no peri e intradomicilio das amostras coletadas na escolas abastecidas por SAC com tratamento, retiradas as amostras coletadas nos

bebedouros...144 Quadro LVI - Resultados dos índices de qualidade encontrados nas amostras de água das escolas abastecidas por SAI...145 Quadro LVII - Comparação entre pontos de coleta e resultados fora dos padrões de

potabilidade para escolas abastecidas por SAI. ...145 Quadro LVIII - comparação entre contaminação no Peri e intra-domicilio das amostras

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ANALIS – quantidade de amostras analisadas BRAZ – Brazlândia

CT – Coliformes Totais

CTT – Coliformes Termotolerantes DES – Descoberto

DP – Dentro dos padrões de potabilidade exigidos pela portaria MS nº 518/2004 EC – Escherichia coli

FP – Fora dos padrões de potabilidade IB – Índice Bacteriológico

IC – Índice de cumprimento do Plano Amostral ICRL – Índice de cloro residual livre

IT – Índice de Turbidez MS – Ministério da Saúde

PDR – Plano Diretor de Regionalização do DF RA – Região Administrativa

S. SEB – São Sebastião

(21)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...23

2 JUSTIFICATIVA ...25

3. OBJETIVOS ...27

3.1 Objetivo Geral ...27

3.2 Objetivos Específicos ...27

4 REVISÃO DE LITERATURA...28

4.1 Histórico da Vigilância em Saúde ...28

4.2 Conceito de Vigilância em Saúde...31

4.3 Vigilância em Saúde no SUS...32

4.4 Estrutura da Vigilância em Saúde ...35

4.5 Estruturação da Vigilância em Saúde Ambiental ...37

4.5.1 Estrutura da Vigilância em Saúde Ambiental no Distrito Federal ...40

4.6 Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano...41

4.7 Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da água para Consumo Humano (VIGIAGUA)...43

4.8 A importância da água para a Saúde Pública ...49

5 MATERIAL E MÉTODOS ...53

5.1 Delineamento Epidemiológico e fontes de informação...53

6 RESULTADOS ...59

6.1 Descrição da área estudada...59

6.2 Descrição dos sistemas de abastecimento de água existentes no DF ...66

6.3 Descrição das soluções alternativas existentes no DF...74

6.4 Avaliação dos dados relativos ao controle da qualidade da água nos sistemas de abastecimento do Distrito Federal ...76

6.4.1 Atendimento ao Plano Amostral do controle ...76

6.4.2 Resultado das Análises Laboratoriais realizados pelo controle nos sistemas de abastecimento do DF ...79

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6.4.4 Ocorrência de falta de água nos sistemas de abastecimento público e a comparação com as amostras fora dos padrões de potabilidade para o parâmetro bacteriológico...89 6.5 Avaliação dos dados relativos à Vigilância da qualidade da água nos sistemas e

soluções alternativas de abastecimento de água do Distrito Federal...94 6.5.1 Cadastro e Inspeções realizados pela Vigilância Ambiental do DF...95 6.5.2 Atendimento ao Plano Amostral da vigilância...95 6.5.3 Comparação entre o número de amostras de água para consumo humano coletadas pela vigilância dentre as três formas de abastecimento existentes no DF...97 6.5.4 Comparação dos resultados laboratoriais das analises realizadas pela vigilância entre as diferentes formas de abastecimento de água existentes no DF. ...99 6.5.5 Análise de dados relativos as amostras de água para consumo humano coletadas pela Vigilância Ambiental nos Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) ...102

6.5.5.1 Distribuição das coletas de amostras de água realizadas pela DIVAL entre os cinco sistemas de abastecimento. ...102 6.5.5.2 Levantamento dos Índices de Qualidade nas amostras de água coletadas pela vigilância nos cinco sistemas...104 6.5.5.3 Comparação entre os índices de Turbidez, Cloro Residual Livre,

Bacteriológico para coliformes totais e pesquisa de E. coli nas amostras da vigilância.

...110 6.5.5.4 Comparação entre o número de amostras fora dos padrões microbiológicos (controle e vigilância) e o número de amostras coletadas em cada sistema...113 6.5.5.5 Analise dos locais e pontos de coleta de amostras de água realizados nos sistemas pela vigilância e seus resultados microbiológicos....115 6.5.6 Análise dos dados relativos as amostras de água para consumo humano coletada pela vigilância ambiental nas soluções alternativas coletivas (SAC)...121 6.5.7 Análise dos dados relativos as amostras de água para consumo humano coletadas pela vigilância nas Soluções Alternativas Individuais ...131 6.5.8 Análise dos dados coletados nas Escolas do DF ...134 6.5.8.1 Avaliação dos resultados laboratoriais das escolas abastecidas por SAC ...138 6.5.8.2 Avaliação dos resultados laboratoriais das escolas abastecidas por SAI ...144 6.6 Categorização dos perigos encontrados nas formas de abastecimento público existentes no DF ...150

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Muito já se sabe da relação saneamento e saúde e mais especificamente da água e saúde pública. Em 400 a.C., Hipócrates já chamava a atenção de seus colegas para a relação entre a qualidade da água e a saúde da população. (OPAS, 1999, apud COSTA, 2001).

A garantia no fornecimento de água para consumo humano de qualidade é aspecto fundamental no controle e na prevenção de inúmeras doenças infecto-contagiosas. Segundo dados apresentados pela OPAS (2004), a pobreza, combinada com os baixos índices de saneamento básico, são responsáveis pela morte de uma criança a cada 10 segundos, e hoje morrem 10 milhões de pessoas/ano (a metade delas com menos de 18 anos) por causa de doenças que poderiam ser evitadas se a água fornecida fosse de qualidade. O mesmo estudo apresenta a situação da água no mundo e qual sua importância na qualidade de vida das pessoas:

• 25% da população dos países em desenvolvimento, não tem acesso a água potável;

• 80% da ocorrência de doenças e 33% das mortes se devem a crise de água potável;

• 65% dos internamentos nos hospitais e 80% das consultas médicas são motivadas por doenças de origem hídrica.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), ressalta que, cerca de 85% das doenças conhecidas são de veiculação hídrica, sendo assim, o Ministério da Saúde, responsável pela implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, tem como uma das suas responsabilidades proteger a população de danos á saúde. (OMS, 2006 apud PERCORA, 2009; COSTA, 2001). Dentre essas responsabilidades tem-se a definição, implantação e gerenciamento do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da água para consumo humano (VIGIÁGUA) em todo o território nacional, que segue as normas estabelecidas na portaria do Ministério da Saúde nº 518 de 25 de março de 2004, cujas ações, ficaram a cargo da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), por meio da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM). O VIGIÁGUA tem como objetivo, assegurar o fornecimento de água em quantidade e qualidade à população (BRASIL, 2005a).

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imprescindível na efetiva implementação do VIGIÁGUA no país, como forma de garantir o consumo de água na qualidade requerida, como forma de promoção da saúde das populações, (L. NETO, 2007).

Nesse mesmo contexto, a Portaria MS nº 518 de 25 de março de 2004, prevê também a análise e avaliação rotineira de risco, através do desenvolvimento de estudos sistemáticos para sugestões e adoção de medidas preventivas e corretivas.

Sendo assim, apresenta-se como principal questionamento: A implantação e a gestão do Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano no Distrito Federal, identificou e preveniu os possíveis risco à saúde da população no ano de 2009?

Na medida em que ainda não existe modelo definido de analise integrada entre os dados da Vigilância Ambiental, prestadoras de serviços de abastecimento de água e dos resultados das análises laboratoriais do LACEN e a correlação destes com a seleção dos pontos de vigilância, foi objetivo deste trabalho, realizar pesquisa envolvendo os bancos de dados da vigilância e do controle das ações do VIGIAGUA no DF , visando otimizar as ações deste programa.

Este estudo teve como cenário o Distrito Federal, tendo sido trabalhado os dados das análises microbiológicas e físico químicas produzidas pelo LACEN, referentes à vigilância da qualidade da água, as informações disponibilizadas pela CAESB, referentes ao controle da qualidade da água e informações disponibilizadas pela DIVAL referentes aos sistemas e soluções alternativas de fornecimento de água no Distrito Federal.

Procurou-se analisar os dados na perspectiva de avaliação de risco, identificando-se os pontos de maior positividade nos resultados laboratoriais, os perigos relacionados ao abastecimento de água e a existência de associação entre os perigos identificados, resultados de não conformidade e a priorização das ações de vigilância e controle.

Pretende-se com os resultados fomentar discussões sobre a priorização das ações a serem adotadas, visando atender de forma mais efetiva os objetivos do Programa de diminuir riscos à população exposta e diminuir a incidência de doenças de veiculação hídrica. É uma proposta que visa à adequação das prioridades do VIGIAGUA às características e dificuldades regionais, respeitando o princípio da equidade do SUS.

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2 JUSTIFICATIVA

O Programa VIGIAGUA vem sendo implantado no DF desde o ano de 2002 com a criação do Grupo Técnico para implantação e coordenação do programa de vigilância da qualidade da água para consumo humano. Desde então, várias ações vem sendo desenvolvidas visando atender as diretrizes do programa nacional. A coordenação geral do VIGIAGUA no Distrito Federal está a cargo da Diretoria de Vigilância Ambiental da Subsecretaria de Vigilância a Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do DF (DIVAL/SVS/SES/DF). Nesse programa também atuam conjuntamente o Laboratório Central de Saúde Publica (LACEN), a Diretoria de Vigilância Sanitária (DIVISA), a Diretoria de Vigilância epidemiológica (DIVEP) (todas essas ligadas a SVS/SES-DF) e a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (CAESB).

O interesse ao tema deu-se, sobretudo pela necessidade de se formular uma base de consulta para a determinação de prioridades a serem implantadas e corrigidas no nível local.

Segundo Teixeira (2006), a incorporação da avaliação como uma dimensão da gestão dos sistemas e serviços pode contribuir para o aperfeiçoamento do processo de tomada de decisões, planejamento, programação e organização dos serviços, na medida em que estes venham a tomar como referência, resultados de pesquisas avaliativas que apontem fragilidades políticas, debilidades organizacionais e lacunas no conhecimento acerca dos problemas que se apresentam.

Abreu (2000), afirma que em programas complexos, como o programa de Controle da Qualidade de água potável para consumo humano, é pertinente a utilização de instrumentos de apoio a tomada de decisão.

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E, segundo o projeto de pesquisa de Reforma do Estado e Avaliação da Gestão Pública – executado em parceria, pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Programa da Qualidade e Participação na Administração Pública, coordenado pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), as ações regionalizadas melhoram a eficácia das ações dos programas de governo e propõem como um de seus objetivos principais: “propor adaptações no instrumento de avaliação para contemplar aspectos específicos da administração pública municipal e estadual” (BATISTA, 1999).

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3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar as ações do monitoramento da qualidade da água para consumo humano no DF no ano de 2009.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar vulnerabilidades no fornecimento de água no DF e fornecer informações para o gerenciamento dos riscos;

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4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 HISTÓRICO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Os modelos de atenção à saúde que mais se destacaram ao longo da história brasileira foram o sanitarista, na primeira metade do século XX, o médico-assistencial privatista, ainda presente nos dias de hoje, e os alternativos (AERTS et al., 2004). Os modelos médico-assistencial e sanitarista não conseguiram responder plenamente às necessidades da população (AERTS et al., 2004). Com isso, observou-se, especialmente a partir da década de 80, o surgimento de propostas alternativas como a ampliação do significado de promoção à saúde, ocorrido em 1986 durante a Primeira Conferência Internacional para a Promoção da Saúde, (AERTS et al., 2004). Nesta conferência foi elaborada a Carta de Otawa, subscrita por 38 países, que colocaram a saúde como produto social e como fonte de riqueza de um viver cotidiano e reforçaram a importância da ação comunitária do próprio destino” (MENDES, 1996). Nesta conferência foram considerados os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais sobre as condições de vida e saúde da população, reorientando, desta forma, os serviços de saúde de um enfoque curativo para um enfoque de promoção á Saúde (DEGANI, 1999).

A partir dessa Conferência, vários outros encontros e conferências têm sido organizados no intuito de aprofundar a discussão da promoção da saúde, incluindo estratégias importantes como políticas públicas saudáveis, meio ambiente favorável à saúde e desenvolvimento sustentável (AERTS et al., 2004).

Em 1992 a Declaração de Santa Fé de Bogotá, apoiada por 21 países, destacou a relação entre saúde e desenvolvimento ressaltando a importância da solidariedade e da igualdade social para o alcance da saúde, apelando para que sejam inaceitáveis as enfermidades resultantes da marginalidade, da desigualdade e da destruição do meio ambiente e postulou a criação de uma cultura para a saúde (MENDES, 1996).

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No Brasil, na década de 80 surgiu um novo conceito de saúde que enfatiza o aspecto antropológico no qual a saúde passa a expressar também as condições de vida e trabalho. Em 1986, na 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada com a participação da sociedade civil organizada e do movimento sanitário brasileiro, surgiram avanços importantes que, em 1988, foram assegurados pela Constituição Brasileira, a qual estabeleceu um novo Sistema de Saúde, o SUS (MENDES, 1996).

Em 1993, Mendes considerou ser o sistema de saúde brasileiro, palco da disputa entre modelos assistenciais diversos, com a tendência de reprodução conflitiva dos modelos hegemônicos, ou seja, o modelo assistencial privatista (ênfase na assistência médico-hospitalar e nos serviços de apoio diagnóstico e terapêutico) e o modelo assistencial sanitarista (campanhas, programas especiais e ações de vigilância epidemiológica e sanitária), ao lado dos esforços de construção de modelos alternativos.

Esse processo tenta articular ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, em uma dupla dimensão, individual e coletiva, que passaram a ser operacionalizadas no processo de distritalização dos serviços de saúde desencadeado a partir do Sistema Único e Descentralizado de Saúde – SUDS e desenvolvido, posteriormente, em alguns municípios do país (TEIXEIRA, 1998). Desse modo, ao nível micro, vem se acumulando experiência na construção de modelos alternativos ao modelo assistencial hegemônico, incorporando, de certa forma, métodos, técnicas e instrumentos provindos da epidemiologia, do planejamento e das ciências sociais em saúde. Estas experiências apontam possibilidades concretas de construção de um modelo de atenção à saúde voltado para a qualidade de vida, tal como proposto na 10ª Conferência Nacional de Saúde, (BRASIL, 2006d), cujo tema foi: Modelo de atenção para a qualidade de vida”. Essas possibilidades foram reconhecidas no Encontro de Secretários Municipais de Saúde realizado no Ceará, em 1995, no qual foi elaborada a Carta de Fortaleza, documento que reconhece as conferências de Alma-Ata, em 1978, Ottawa, em 1986, e Bogotá, em 1992 como marcos referenciais do conceito de saúde para todos como direito fundamental do ser humano, (TEIXEIRA, 1998). Ainda em 1995, a proposta de organização de um “subsistema de Vigilância da Saúde no SUS” ganhou contornos mais definidos, com o debate em torno de um anteprojeto de lei que define os objetivos e atribuições de cada nível do SUS. Na 11ª Conferência Nacional de Saúde, em dezembro de 2000, foi incluída ao temário a reflexão em torno do “Modelo de atenção voltado para a qualidade, equidade, efetividade e necessidades prioritárias da população” (TEIXEIRA, 2000).

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seus esforços de redefinição das práticas de saúde onde intensificou-se o debate em torno da articulação entre a epidemiologia, o planejamento e a organização dos serviços (MENDES, 1993; PAIM, 1993; 1994; TEIXIERA, 2002).

A elaboração do projeto VIGISUS, em 1998, foi uma iniciativa do Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI), que assumiu a reorganização das ações de Vigilância Epidemiológica, o controle de um conjunto de doenças e algumas ações de Vigilância Ambiental, a exemplo do controle de qualidade da água de consumo humano. Simultaneamente, a noção de Vigilância da Saúde, em sua concepção “ampliada”, ou seja, enquanto proposta de reestruturação do “modelo de atenção” foi incorporada como referência em documentos emanados do processo de implantação da estratégia de Saúde da Família - PACS/PSF, (TEIXEIRA, 2003).

O atual modelo de vigilância em saúde apresenta um novo integrante no grupo dos “sujeitos executores” das ações do programa, a população, fazendo com que o atendimento em saúde seja direcionado mais às características regionais, (QUADRO I).

Quadro I - Modelos Assistenciais e Vigilância da Saúde

Fonte: Teixeira, 1998

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políticas públicas saudáveis, ações intersetoriais e intervenções específicas de acordo com as necessidades regionais. Segundo Aerts, 2004, o grande desafio, hoje, consiste em desenvolver uma sociedade mais saudável, estimulando o planejamento de políticas públicas capazes de promover a saúde, investindo em pesquisas e ações que incidam na melhoria da qualidade de vida das populações e estimulando a participação popular.

4.2 CONCEITO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

O conceito de vigilância surgiu após a Segunda Guerra Mundial devido à necessidade da detecção precoce da guerra química, através do desenvolvimento de novas tecnologias, Esse termo “vigilância” foi usado pela primeira vez em 1955 após o estudo de uma epidemia de pólio, ganhando um sentido de observação imediata e direta de doenças transmissíveis em comunidades (DEGANI, 1999).

A Organização Mundial de Saúde, em 1963, definiu vigilância como “operações destinadas a descobrir, investigar e suprimir a transmissão residual, prevenir e curar infecções e comprovar se foi alcançada a efetiva erradicação da doença” (SOUZA et al., 2002).

Carmo et al. (2008) afirmou que o termo vigilância pressupõe a avaliação freqüente e continuada de aspectos diversos, objetivando a identificação de riscos potenciais à saúde humana, com vistas a possibilitar formas de intervenção ou controle, assumindo, assim, caráter rotineiro e preventivo.

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A maioria das desigualdades na saúde não provém das condições fisiológicas do indivíduo, mas são socialmente determinadas pela pobreza, desemprego, habitação inadequada, condições de trabalho estressantes e perigosas, suprimento alimentar escasso e educação deficiente, poluição do ar e da água (TEIXEIRA, 1997). Para Schraiber (1990) a vigilância à saúde é mais abrangente que as ações programáticas de saúde já que ela vai além das questões médicas para preocupar-se com os determinantes dos problemas de saúde. Campos (1992), Minayo (1994) e Mendes (1996), apontam os determinantes de saúde como hábitos de vida e meio ambiente demográfico, econômico, sócio-político e físico.

O Ministério da Saúde, em 2006 definiu o conceito de Vigilância em saúde como sendo o acompanhamento continuo de eventos adversos à saúde com o propósito de aprimorar as medidas de controle, incluindo em sua aplicação a coleta sistemática de informações, a análise dos dados e a divulgação das informações adequadamente analisadas.

4.3 VIGILÂNCIA EM SAÚDE NO SUS

Em 1995, a proposta de organização de um "subsistema de Vigilância da Saúde no SUS" ganhou contornos mais definidos com o surgimento do debate em torno de um anteprojeto de lei que definiu os objetivos e atribuições de cada nível do SUS, onde incluiu-se a Vigilância à Saúde (MENDES, 1993).Diante disso a atenção a saúde passou a ser definida pelos autores brasileiros, como sendo a maneira como são organizadas e combinadas as diferentes ações de intervenção no processo saúde e doença (CARVALHO E RIBEIRO, 1998). Pain (1998) a conceituou como combinações tecnológicas utilizadas pela organização dos serviços de saúde em determinados espaços-populações, incluindo ações sobre o meio ambiente, grupos populacionais, equipamentos comunitários e usuários de diferentes unidades prestadoras de serviços com distintas complexidades. Assim, entende-se vigilância da saúde como um modelo de atenção.

Esse modelo da vigilância da saúde tem como objetivo instituir um novo modo de relação com a população sob responsabilidade dos serviços de saúde, em que não só os indivíduos devem ser vistos em sua integralidade como também o atendimento deve ser pautado no acolhimento e respeito pelo outro (TEIXEIRA, 1998; PAIN, 1998).

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um problema de saúde, com base em um saber interdisciplinar e em um fazer intersetorial (TEIXEIRA, 1998; PAIN, 1998).

Portanto, a vigilância em saúde utiliza como paradigma explicativo, a determinação social do processo saúde-doença, reconhecendo a importância das condições de vida sobre as condições de saúde da população, buscando na promoção estratégias de intervenção na realidade. Tem como características: a intervenção sobre problemas de saúde; ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuo; operacionalização do conceito de risco; articulação entre as ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação; atuação intersetorial e ações sobre o território (TEIXEIRA, 1998; PAIN, 1998). Esse modelo de atenção tem como sujeito a equipe de saúde e a população, elegendo como objeto de trabalho os danos, riscos, necessidades e determinantes dos modos de vida e saúde, (AERTS et al., 2004).

A incorporação da noção de risco e especialmente a busca de identificação dos fatores de risco envolvidos na determinação das doenças, não só as infecto-contagiosas mais principalmente as crônico-degenerativas, que passavam a ocupar um lugar predominante no perfil epidemiológico das populações em sociedades industriais (BARRETO, 1994), provocou a modernização das estratégias de ação no campo da Saúde Pública, tanto pela ampliação e diversificação do seu objeto quanto pela incorporação de novas técnicas e instrumentos de geração de informações e organização das intervenções sobre danos, indícios de danos, riscos e condicionantes e determinantes dos problemas de saúde (PAIN, 1992).

A constituição e consolidação da vigilância em saúde no Brasil, foram marcadas pela institucionalização, em 1988, do Sistema Único de Saúde, criação, em 1990, do Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI), estruturação do financiamento das ações de controle de doenças no SUS e a criação em 2003, da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, que passou a assumir as ações de coordenação do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, (BRASIL, 2006d) e cujo objetivo principal é desenvolver ações para minimizar os riscos à saúde, tendo como enfoque principal a promoção da saúde de forma generalizada.

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a execução de um conjunto de ações passaram a ter um comando único em cada nível de governo, favorecendo a formulação de políticas de saúde mais efetivas. Esse processo tomou como princípios e diretrizes:

1. A universalização do acesso – onde a saúde é reconhecida como um direito fundamental do ser humano, cabendo ao Estado garantir as condições indispensáveis ao seu pleno exercício e o acesso a atenção e assistência à saúde em todos os níveis de complexidade;

2. A equidade – onde se busca diminuir desigualdades. Isto significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior;

3. A integralidade – onde se busca garantir o fornecimento de um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos, curativos e coletivos, exigidos em cada caso para todos os níveis de complexidade de assistência. Englobando ações de promoção, proteção e recuperação da saúde;

4. A descentralização e comando único - Um único gestor responde por toda a rede assistencial na sua área de abrangência, conduzindo a negociação com os prestadores e assumindo o comando das políticas de saúde.

5. A resolutividade – onde se procura dar uma solução aos problemas do usuário do serviço de saúde de forma adequada, no local mais próximo de sua residência ou encaminhando-o aonde suas necessidades possam ser atendidas conforme o nível de complexidade e

6. A regionalização e hierarquização - é a aplicação do princípio da territorialidade, com foco na busca de uma lógica sistêmica, evitando a atomização dos sistemas locais de saúde. A hierarquização é expressão desta lógica, buscando entre outros objetivos, a economia de escala,(BRASIL, 2006d).

Paralelamente a criação do SUS, o Ministério da Saúde desenvolveu a estratégia de Saúde da Família (PAIN, 1986), cujos resultados positivos em termos do impacto sobre alguns indicadores de saúde vêm contribuindo para legitimá-la, a ponto de ser considerada hoje o eixo do processo de reorganização dos serviços básicos no SUS (TEIXIERA, 1998). O Programa Saúde da Família (PSF) é uma estratégia para organização da Atenção Básica no SUS, o qual propõe a reorganização das práticas de saúde que leva em conta a adequacão das ações e serviços à realidade da população em cada unidade territorial, definidas em função das características sociais, epidemiológicas e sanitárias. O PSF busca uma prática de saúde que garanta a promoção à saúde, à continuidade do cuidado, a integralidade da atenção, a prevenção e, em especial, a responsabilização pela saúde da população, com ações permanentes de vigilância em saúde (BRASIL, 2008). Esse programa é operacionalizado mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Essas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes e na manutenção da saúde da comunidade. (SES/GDF, 2010b).

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sistemas de vigilância da saúde, aí entendidos como vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental, em um amplo programa denominado VIGISUS (BRASIL, 1998).

O Projeto VIGISUS é um acordo firmado entre o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento e a República Federativa do Brasil, representado pelo Ministério da Fazenda, no valor de US$ 600 milhões, executado pelo Ministério da Saúde – MS, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e da Fundação Nacional de Saúde. Seu desenvolvimento está previsto para ocorrer em três fases: VIGISUS I – denominada de Estruturação do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, foi implementada no período de 1999 a 2004 onde foram destinados recursos para a estruturação do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. VIGISUS II, intitulada de Modernização do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, teve o início de sua execução no ano de 2005, sendo finalizada ao final de 2009, envolvia quatro áreas de atuação: a) Vigilância epidemiológica e controle das doenças transmissíveis; b) vigilância ambiental em saúde; c) análise de situação de saúde e vigilância de doenças e agravos não transmissíveis) e fortalecimento institucional da capacidade de gestão em saúde nos estados e municípios (BRASIL, 2006d; BRASIL, 2010f). A terceira e última fase (VIGISUS III), denominada Consolidação do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, está em fase de preparação, prevista para ser executada no período de 2011 a 2015 (BRASIL, 2010f). Essa fase visa contribuir com a redução da carga de doenças e agravos, gerenciando riscos à saúde e fortalecendo a governança dos subsistemas de Saúde Pública e Saúde Indígena. O Projeto pretende desenvolver a capacidade dos níveis federal, estadual e municipal. Ele prioriza o fortalecimento do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde no que se refere a estatísticas vitais, doenças não transmissíveis, doenças transmissíveis e saúde ambiental, particularmente nos estados e municípios; a ampliação do acesso e o uso de serviços de saúde por populações indígenas; e a ampliação da efetividade da atenção à saúde indígena por meio de desenvolvimento institucional, melhoria da qualidade e adequação cultural (BRASIL, 2010f).

4.4 ESTRUTURA DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE

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transmissíveis, dos programas de prevenção e controle de doenças, de vigilância em saúde ambiental, informações epidemiológicas e análise de situação de saúde.

A vigilância em Saúde inclui, alem da área tradicional de vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis: promoção da saúde, vigilância de doenças e agravos não transmissíveis, vigilância em saúde ambiental e monitoramento da situação de saúde, que necessitam de sistemas permanentes e contínuos de monitoramento, com o objetivo de desencadear ações oportunas para reduzir e eliminar riscos (BRASIL, 2006d).

Em 2009 o Ministério da Saúde sofreu uma reestruturação regimental a qual foi oficializada com a publicação do Decreto nº 6.860, de 27 de maio de 2009 (Figura I).

Figura I – Estrutura Organizacional da SVS/MS conforme decreto 6.860/2009.

Fonte: MS, 2010.

Esse mesmo Decreto estabelece, em seu artigo 35 as competências da SVS: Art. 35. À Secretaria de Vigilância em Saúde compete:

I - coordenar a gestão do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, integrado por:

a) Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, de doenças transmissíveis e de agravos e doenças não transmissíveis;

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c) Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, nos aspectos pertinentes à vigilância em saúde;

d) sistemas de informação de vigilância em saúde; e

e) programas de prevenção e controle de doenças de relevância em saúde pública, incluindo o Programa Nacional de Imunizações;

f) a Política Nacional de Saúde do Trabalhador.

II - elaborar e divulgar informações e análise de situação da saúde que permitam estabelecer prioridades, monitorar o quadro sanitário do País e avaliar o impacto das ações de prevenção e controle de doenças e agravos, bem como subsidiar a formulação de políticas do Ministério; III - coordenar a execução das atividades relativas à disseminação do uso da metodologia epidemiológica em todos os níveis do SUS para subsidiar a formulação, implementação e avaliação das ações de prevenção e controle de doenças e de outros agravos à saúde;

IV - coordenar a execução das atividades relativas à prevenção e ao controle de doenças e outros agravos à saúde;

V - coordenar e supervisionar a execução das atividades técnicas desenvolvidas pelo Instituto Evandro Chagas, que coordenará técnica e administrativamente o Centro Nacional de Primatas; VI - promover o processo de elaboração e acompanhamento das ações de Vigilância em Saúde; VII - participar da elaboração, implantação e implementação de normas, instrumentos e métodos que fortaleçam a capacidade de gestão do SUS, nos três níveis de governo, na área de Vigilância em Saúde;

VIII - fomentar e implementar o desenvolvimento de estudos e pesquisas que contribuam para o aperfeiçoamento das ações de Vigilância em Saúde;

IX - promover o intercâmbio técnico-científico, com organismos governamentais e não-governamentais, de âmbito nacional e internacional, na área de Vigilância em Saúde;

X - propor políticas, normas e ações de educação, comunicação e mobilização social referentes à área de Vigilância em Saúde; e

XI - prestar assessoria técnica e estabelecer cooperação com Estados, Municípios e o Distrito Federal, visando a potencializar a capacidade gerencial e fomentar novas práticas de vigilância em saúde; e

XII - formular e propor a Política de Vigilância Sanitária, em articulação com Agência Nacional de Vigilância Sanitária, bem como regular e acompanhar o seu contrato de gestão.

A Vigilância Epidemiológica é conceituada pelo Ministério da Saúde como sendo um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. O propósito da Vigilância Epidemiológica é fornecer orientação técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos (BRASIL, 2006c).

4.5 ESTRUTURAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL

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naturais; acidentes com produtos perigosos; fatores físicos; e ambiente de trabalho (BRASIL, 2009b).

Ao final da década de 90, a partir da concepção e implementação do Projeto VIGISUS I, a FUNASA, por meio do Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI), apoiou a estruturação da área de Vigilância em Saúde Ambiental (VSA) e, em 2000, foi estabelecida como uma competência do Centro Nacional de Epidemiologia a gestão do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde.

Em 2000 a SVS, cria a CGVAM (Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental), cujas competências foram instituídas no Sistema Nacional de Saúde Ambiental –

SINVSA por meio da Instrução Normativa FUNASA nº 01/2001, que compreende consolidar e

analisar as informações produzidas e elaborar indicadores para subsidiar as ações e o monitoramento para o controle de contaminantes ambientais na água, no ar e no solo, de importância e repercussão na saúde pública e aos riscos decorrentes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos, (BRASIL, 2005b; BRASIL, 2010f).

A atualização das competências da Vigilância em Saúde Ambiental – VSA ocorreu pela IN SVS nº 01/2005. Nessa atualização, o SINVISA passa a compreende o conjunto de ações e serviços prestados por órgãos e entidades públicas e privados relativos à vigilância em saúde ambiental, visando o conhecimento e a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à saúde, em especial:

I. Água para consumo humano; II. Ar;

III. Solo;

IV. Contaminantes ambientais e substâncias químicas; V. Desastres naturais;

VI. Acidentes com produtos perigosos; VII. Fatores físicos; e

VIII. Ambiente de trabalho(BRASIL, 2009b; BRASIL, 2010f).

Compete à Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS/MS, às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos equivalentes nos estados e municípios, a gestão do componente federal, estadual e municipal do SINVSA.

A Lei 6.869 de 27 de maio de 2009, que instituiu a nova estrutura regimental do Ministério da Saúde, identifica, no seu Art. 40, as competências do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador:

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I - Gerir o Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental, incluindo ambiente de trabalho;

II - coordenar a elaboração e acompanhamento das ações de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador;

III - propor e desenvolver metodologias e instrumentos de análise e comunicação de risco em vigilância ambiental;

IV - planejar, coordenar e avaliar o processo de acompanhamento e supervisão das ações de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador; e

V - gerenciar o sistema de informação da vigilância ambiental em saúde.

A Vigilância em Saúde Ambiental tem especificidades próprias e, ao mesmo tempo, interfaces com a vigilância sanitária, a vigilância epidemiológica, a saúde do trabalhador, os laboratórios de saúde pública e o saneamento ambiental, como áreas de intervenção organizadas no âmbito do SUS (BRASIL, 2010f).

O Ministério da Saúde vem desenvolvendo ações no sentido de construir a Política Nacional de Saúde Ambiental (PNSA), como forma de aprimorar o modelo de atuação da VSA no âmbito do SUS. Para isso, foi realizado em 2009, um importante movimento para a construção dessa política, por intermédio da 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA), cujo objetivo foi “definir diretrizes para a política pública integrada no campo da saúde ambiental, a partir da atuação transversal e intersetorial dos vários atores envolvidos com o tema” (BRASIL, 2010f).

O movimento para construção de PNSA teve como objetivos precípuos proteger e promover a saúde humana e colaborar na proteção do meio ambiente, por meio de um conjunto de ações específicas e integradas com instâncias de governo e da sociedade civil organizada, para fortalecer sujeitos e organizações governamentais e não governamentais no enfrentamento dos determinantes socioambientais e na prevenção dos agravos decorrentes da exposição humana a ambientes adversos, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população sob a ótica da sustentabilidade (BRASIL, 2010f).

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4.5.1 Estrutura da Vigilância em Saúde Ambiental no Distrito Federal

No Distrito Federal a Vigilância em Saúde Ambiental, é de responsabilidade da Diretoria de Vigilância Ambiental (DIVAL) ligada diretamente a Subsecretaria de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde.

A DIVAL tem por competência regimental desenvolver e coordenar planos e programas de vigilância ambiental; realizar estudos e avaliar informações pertinentes à saúde ambiental e da comunidade e executar outras atividades inerentes à sua área de competência no âmbito do Distrito Federal (Portaria Nº 40 de 23 \07\ 2.001).

Figura II - Estrutura da Diretoria de Vigilância Ambiental do Distrito Federal.

Fonte: SES/DIVAL - 2010

As atividades principais da DIVAL/DF são:

1. Detectar precocemente situações de risco à saúde humana, que envolvam fatores físicos, químicos e biológicos presentes na água, no ar e no solo, com o intuito de promover o desenvolvimento de ações preventivas;

2. Monitorar reservatórios e hospedeiros, para a prevenção e controle de zoonoses e acidentes por animais peçonhentos, desenvolver ações de vigilância entomológica para o monitoramento e orientação das ações de controle de doenças transmitidas por vetores;

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4.6 VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

O Governo Brasileiro tem–se estruturado para garantir a população brasileira, um abastecimento de água que não propicie, ou pelo menos diminuam os riscos a que a população possa ser exposta na transmissão das doenças de veiculação hídrica.

O início da preocupação das autoridades de saúde do Brasil com relação à questão da qualidade da água para consumo humano, surgiu em 1920 com a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), através do Decreto-Lei n. ° 3.987, com base no que então se denominava de “Reforma Carlos Chagas” que reorganizou os serviços de saúde do país.

A primeira definição da responsabilidade do Ministério da Saúde (MS) sobre o Padrão de Potabilidade da Água de Consumo Humano, a ser observado em todo território Nacional, surgiu em 1977 com o Decreto Federal nº 79.367. A partir daí, o Ministério da Saúde elaborou e aprovou uma série de legislações referentes à água para consumo humano:

• Normas e padrão sobre fluoretação de águas de sistemas públicos de abastecimento destinado ao consumo humano, aprovada pela Portaria 635 Bsb de 26/12/1975 e regulamentada pelo Decreto Federal n.° 76872 de22/12/1975;

• Normas e o padrão de potabilidade de água para consumo humano, aprovada pela Portaria n.° 56/Bsb/1977 que se constituíram na primeira legislação federal brasileira sobre potabilidade de água para consumo humano editado pelo Ministério da Saúde; • Normas sobre proteção sanitária dos mananciais, dos serviços de abastecimento público e seu controle de qualidade e das instalações prediais, aprovadas pela Portaria n.° 443/Bsb/1978.

Em 1986, o Ministério da Saúde, institucionaliza o “programa nacional de vigilância de qualidade de água para consumo humano” aprovada pelo Decreto Federal n.° 92752/1986. As metas desse programa nacional eram:

1. Prestar auxílio técnico e financeiro às secretarias estaduais de saúde para que iniciassem um programa de vigilância de qualidade de água para consumo humano; 2. Revisar a legislação relacionada ao tema;

3. Capacitar tecnicamente os profissionais das secretarias estaduais de saúde para atuarem em vigilância da qualidade da água e definir estratégias em conjunto com as secretarias de saúde para garantir o apoio laboratorial necessário à verificação do cumprimento da legislação quanto ao padrão físico-químico e microbiológico da água consumida pela população.

Resultou desse programa a revisão da Portaria nº56/Bsb/1977 e a publicação da Portaria nº 36 de 1990, a qual define as normas e o padrão de potabilidade da água para consumo humano a ser observado em todo o território nacional.

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O Decreto Federal n.º 109/1991 reorganizou a estrutura do Ministério da Saúde, criando a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), a qual tem a responsabilidade de coordenar o programa nacional de vigilância da qualidade da água para consumo humano, através da Divisão de Ecologia Humana e Saúde Ambiental (DIEHSA)

Em 1998 as definições das políticas públicas quanto à vigilância da qualidade da água para consumo humano passa a ser responsabilidade da FNS. Dois anos depois a FNS transforma-se em FUNASA por meio do Decreto Federal n.º 3450 /2000 e nesse mesmo ano a implementa ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano:

• Criação do SISAGUA - sistema de informações sobre qualidade de água para consumo humano (SISAGUA);

• Publicação em 20 de dezembro de 2000 da Portaria MS n.º 1.469/2000 que estabeleceu os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade;

Ainda em 2000, a CGVAM criou o Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental, Relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIÁGUA), a ser implementado em todas as unidades da Federação (COSTA, 2002; BRASIL, 2005b). Esse Programa integra o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental (SINVISA) e é coordenado, no âmbito federal, pelo Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde (MS/SVS), por meio da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM).

Em 2003 o VIGIAGUA passa a ser coordenado diretamente pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) no âmbito do Ministério da Saúde por meio do Decreto n.° 4726/2003.

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4.7 PROGRAMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL

RELACIONADA À QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO (VIGIAGUA)

Segundo o Ministério da Saúde, a Vigilância da qualidade da água para consumo humano pode ser entendida como o conjunto de ações adotadas continuamente pelas autoridades de saúde pública para garantir que a água consumida pela população atenda ao padrão e normas estabelecidas na legislação vigente e para avaliar os riscos que a água consumida representa à saúde humana e assegurar benefícios à saúde, garantindo a população acesso à água em quantidade, qualidade e custo acessível (BRASIL, 2005ª; OPAS, 2001).

A qualidade da água para consumo humano deve ser garantida a partir de ações centradas nos conceitos de vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano, visando à prevenção e ao controle de doenças e agravos transmitidos pela água, com vistas a promover a qualidade de vida da população, de acordo com as normas vigentes. O controle dessa qualidade consiste no conjunto de atividades exercidas de forma contínua pelo (s) responsável (is) pela operação de sistema ou solução alternativa de abastecimento de águas destinadas a verificar se a água fornecida à população é potável, assegurando a manutenção desta condição.

Esse programa deve atuar sobre todas e quaisquer formas de abastecimento de água coletivas ou individuais, na área urbana ou rural, de gestão pública ou privada, incluindo as instalações intradomiciliares, como também nos mananciais, no sentido de preservar à qualidade da água para consumo humano. Ele apresenta os instrumentos, mecanismos e estratégias para atuação na vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano em todo o território nacional, e sua implementação pressupõe a atuação nas distintas esferas de governo, de diferentes atores e setores institucionais, uma atuação conjunta, integrada e articulada, abrangendo inclusive os parceiros que atuam no controle social (BRASIL, 2005b).

O objetivo principal do VIGIÁGUA é garantir à população o acesso à água em quantidade suficiente e qualidade compatível com o padrão de potabilidade estabelecido na legislação vigente, para a promoção da saúde.

Tem como objetivos específicos:

• reduzir a morbi-mortalidade por doenças e agravos de transmissão hídrica, por meio de ações de vigilância sistemática da qualidade da água consumida pela população; • buscar a melhoria das condições sanitárias das diversas formas de abastecimento de água para consumo humano;

• avaliar e gerenciar o risco à saúde proveniente das condições sanitárias nas diversas formas de abastecimento de água;

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• informar a população à qualidade da água e riscos à saúde;

• apoiar o desenvolvimento de ações de educação em saúde e mobilização social.

O modelo de atuação deste programa, prevê os princípios e diretrizes, a base conceitual e gerencial, e as ações necessárias para sua implementação. Fornece ainda, os instrumentos, mecanismos e estratégias para a implementação das ações de vigilância nas diversas esferas do governo.

Consideram-se como princípios básicos do modelo de vigilância da qualidade de água para consumo humano:

• respeito à descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera do governo com ênfase na descentralização das ações para os municípios, garantida a regionalização e hierarquização da organização da rede de serviços de saúde como mecanismo de planejamento, apoio técnico e operacional necessário ao desenvolvimento das ações definidas pela vigilância da qualidade da água para consumo humano nas diversas esferas de governo;

• a integralidade das ações desenvolvidas pela vigilância da qualidade da água para consumo humano no sentido de estender suas atividades a toda e qualquer forma de abastecimento de água, seja coletivo ou individual, de gestão pública ou privada, compreendendo ações de caráter preventivo e corretivo, abrangendo toda a cadeia sistêmica do abastecimento de água desde o manancial ao ponto de consumo; • a igualdade no acesso à água sem preconceitos ou privilégios de quaisquer espécies; • a eqüidade, na medida em que as ações de vigilância da qualidade da água devem respeitar as diferenças culturais e socioeconômicas dos diversos estratos populacionais;

• a utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades das ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano, incluindo sua orientação programática e a alocação de recursos;

• integração das ações da vigilância da qualidade da água para consumo humano com as áreas de meio ambiente, saneamento e recursos hídricos;

• organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos;

• divulgação de informações à população dos dados de qualidade da água e os possíveis riscos inerentes ao seu consumo;

• participação da comunidade por meio de sua representação nos fóruns oficiais de participação social definidas pela lei (Conselhos de Saúde, Conferências de Saúde, Comitês de Bacias Hidrográficas, etc.).

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Figura II - Estrutura da Diretoria de Vigilância Ambiental do Distrito Federal.
Figura III - Organização Institucional das ações de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano
Figura IV - Ações básicas para operacionalização da vigilância da qualidade da água para consumo humano
Gráfico VII- Índice de cumprimento de coleta de amostras realizadas pelo controle no sistema BRAZLÂNDIA  de acordo com cada parâmetro analisado
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Referências

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