Mapa V Sistemas de abastecimento público do DF
4.5 Estruturação da Vigilância em Saúde Ambiental
A Vigilância Ambiental em Saúde compreende um conjunto de ações e serviços prestados por órgãos e entidades públicas e privadas, relativos à saúde ambiental, visando o conhecimento e a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana. Sua finalidade é de recomendar e adotar medidas de promoção da saúde ambiental, prevenção e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à saúde, em especial água para consumo humano; o ar; o solo; contaminantes ambientais e substâncias químicas; desastres
naturais; acidentes com produtos perigosos; fatores físicos; e ambiente de trabalho (BRASIL, 2009b).
Ao final da década de 90, a partir da concepção e implementação do Projeto VIGISUS I, a FUNASA, por meio do Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI), apoiou a estruturação da área de Vigilância em Saúde Ambiental (VSA) e, em 2000, foi estabelecida como uma competência do Centro Nacional de Epidemiologia a gestão do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde.
Em 2000 a SVS, cria a CGVAM (Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental), cujas competências foram instituídas no Sistema Nacional de Saúde Ambiental –
SINVSA por meio da Instrução Normativa FUNASA nº 01/2001, que compreende consolidar e
analisar as informações produzidas e elaborar indicadores para subsidiar as ações e o monitoramento para o controle de contaminantes ambientais na água, no ar e no solo, de importância e repercussão na saúde pública e aos riscos decorrentes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos, (BRASIL, 2005b; BRASIL, 2010f).
A atualização das competências da Vigilância em Saúde Ambiental – VSA ocorreu pela IN SVS nº 01/2005. Nessa atualização, o SINVISA passa a compreende o conjunto de ações e serviços prestados por órgãos e entidades públicas e privados relativos à vigilância em saúde ambiental, visando o conhecimento e a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à saúde, em especial:
I. Água para consumo humano; II. Ar;
III. Solo;
IV. Contaminantes ambientais e substâncias químicas; V. Desastres naturais;
VI. Acidentes com produtos perigosos; VII. Fatores físicos; e
VIII. Ambiente de trabalho(BRASIL, 2009b; BRASIL, 2010f).
Compete à Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS/MS, às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos equivalentes nos estados e municípios, a gestão do componente federal, estadual e municipal do SINVSA.
A Lei 6.869 de 27 de maio de 2009, que instituiu a nova estrutura regimental do Ministério da Saúde, identifica, no seu Art. 40, as competências do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador:
Art. 40. Ao Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, compete:
I - Gerir o Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental, incluindo ambiente de trabalho;
II - coordenar a elaboração e acompanhamento das ações de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador;
III - propor e desenvolver metodologias e instrumentos de análise e comunicação de risco em vigilância ambiental;
IV - planejar, coordenar e avaliar o processo de acompanhamento e supervisão das ações de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador; e
V - gerenciar o sistema de informação da vigilância ambiental em saúde.
A Vigilância em Saúde Ambiental tem especificidades próprias e, ao mesmo tempo, interfaces com a vigilância sanitária, a vigilância epidemiológica, a saúde do trabalhador, os laboratórios de saúde pública e o saneamento ambiental, como áreas de intervenção organizadas no âmbito do SUS (BRASIL, 2010f).
O Ministério da Saúde vem desenvolvendo ações no sentido de construir a Política Nacional de Saúde Ambiental (PNSA), como forma de aprimorar o modelo de atuação da VSA no âmbito do SUS. Para isso, foi realizado em 2009, um importante movimento para a construção dessa política, por intermédio da 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA), cujo objetivo foi “definir diretrizes para a política pública integrada no campo da saúde ambiental, a partir da atuação transversal e intersetorial dos vários atores envolvidos com o tema” (BRASIL, 2010f).
O movimento para construção de PNSA teve como objetivos precípuos proteger e promover a saúde humana e colaborar na proteção do meio ambiente, por meio de um conjunto de ações específicas e integradas com instâncias de governo e da sociedade civil organizada, para fortalecer sujeitos e organizações governamentais e não governamentais no enfrentamento dos determinantes socioambientais e na prevenção dos agravos decorrentes da exposição humana a ambientes adversos, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população sob a ótica da sustentabilidade (BRASIL, 2010f).
O Sistema de Vigilância em Saúde no DF é representado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde – SVS, que foi incorporada no organograma da Secretaria de Saúde – SES/DF em 2000, época de reestruturação (SES/GDF, 2007). Nessaestrutura foram integrados o Departamento de Saúde Pública, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica - DIVEP, o Departamento de Fiscalização – a Diretoria de Vigilância Sanitária – DIVISA e o Instituto de Saúde que foi desmembrado no Laboratório Central – LACEN e na Diretoria de Vigilância Ambiental – DIVAL.
4.5.1 Estrutura da Vigilância em Saúde Ambiental no Distrito Federal
No Distrito Federal a Vigilância em Saúde Ambiental, é de responsabilidade da Diretoria de Vigilância Ambiental (DIVAL) ligada diretamente a Subsecretaria de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde.
A DIVAL tem por competência regimental desenvolver e coordenar planos e programas de vigilância ambiental; realizar estudos e avaliar informações pertinentes à saúde ambiental e da comunidade e executar outras atividades inerentes à sua área de competência no âmbito do Distrito Federal (Portaria Nº 40 de 23 \07\ 2.001).
Figura II - Estrutura da Diretoria de Vigilância Ambiental do Distrito Federal.
Fonte: SES/DIVAL - 2010
As atividades principais da DIVAL/DF são:
1. Detectar precocemente situações de risco à saúde humana, que envolvam fatores físicos, químicos e biológicos presentes na água, no ar e no solo, com o intuito de promover o desenvolvimento de ações preventivas;
2. Monitorar reservatórios e hospedeiros, para a prevenção e controle de zoonoses e acidentes por animais peçonhentos, desenvolver ações de vigilância entomológica para o monitoramento e orientação das ações de controle de doenças transmitidas por vetores;