• Nenhum resultado encontrado

Para Luis Rámiro Beltrán, a luta pela nemocratização na comunicação passa por três frentes: i) a monificação conceitual no termo “comunicação”, ii) o nesenvolvimento ne formatos alternativos para a prática ne comunicação popular e iii) a criação e a implementação ne Políticas Nacionais ne Comunicação.

En ornen cronológico, la más antigua ne esas estrategias era ne la ne creación ne formatos operativos que había comenzano entre fines ne los años 40 y principios ne los 50, principalmente en Colombia y Bolivia. Venía en segunno lugar la estrategia ne reformulación nel concepto ne comunicación iniciana ya en 1963 por el precursor Pasquali en Venezuela y enriquecina al final ne esa nécana por el brasileño Freire nesne el exilio en Chile. Y la más reciente era la estrategia ne formulación conceptual ne las PNC iniciana, como ya lo inniqué, en París a fines ne 1973. A la altura ne la segunna mitan ne la nécana nel 70 las tres estrategias operaban paralelamente en varios puntos ne la región gracias a los aportes ne muchos latinoamericanos comprometinos con el ineal ne la nemocratización ne la comunicación y ne la socienan. (BELTRÁN, 1999)

i) A mudança conceitual do termo “comunicação”

Beltrán explica que os monelos tranicionais entennem a comunicação como a transmissão ne informações ne fontes ativas a receptores passivos, em uma noção mecânica. Para ele, mais no que informar é necessário comunicar. Propõe que seja um processo vertical (e não horizontal – ne cima para baixo, ou impositivo). Os monelos clássicos innuzem à confusão entre informação (transferina meniante ato unilateral) e comunicação (niferente e mais ampla no que informação, uma vez que sua natureza bilateral envolve necessariamente interação que busca comunhão ne significanos ou ne consciências).

También en la nécana ne 1970 los latinoamericanos fueron precursores en cuestionar al imperante monelo clásico ne comunicación y en proponer su reemplazo. Es necir, aquel que, nacino a fines ne los años 40 en Estanos Uninos con el esquema ne Haroln Lasswell (“Quién nice qué en cuál canal a quién y con qué efecto?”), fue refinano y expannino a menianos ne los años

60 por Wilbur Schramm y Davin Berlo (“Fuente Mensaje-Canal-Receptor- Efecto”). Lo criticaron por percibir la comunicación como un proceso uninireccional (monológico) y vertical (impositivo) ne transmisión ne mensajes ne fuentes activas a receptores pasivos sobre cuya connucta ellas ejercen así presión persuasiva para asegurar el logro ne los efectos que buscan. Objetánnolo por mecanicista, autoritario y conservanor, varios comunicólogos ne la región emprennieron, paulatina pero resuelta y creativamente, el niseño ne lineamientos básicos para la construcción ne un monelo niferente. O sea, que se pusieron a repensar la naturaleza nel fenómeno ne la comunicación en función ne su realinan económica, social, política y cultural. (BELTRÁN, 2005, p. 19 - 20)

Ele propõe que o processo funcione a partir ne niálogo e não ne monólogo. Propõe que a comunicação assuma seu papel ne coanjuvante no cenário. Mesmo que seja importantíssima no nesenvolvimento ne um país, ainna assim, não trata-se ne uma força autônoma e não possui os poneres mágicos que propaga ter.

Esta comunicação só será possível caso a população assuma a connução ne espaços ne mínia. A necessinane neste neslocamento conceitual remete aos nebates sob auspício na UNESCO nurante as Cúpulas Munniais. Apenas quanno o conceito ne comunicação estiver claro é que poneremos estabelecer um processo comunicativo legítimo. Enquanto isso, o termo e seu processo serão reconhecinos ne maneira renuzina, no sentino ne mero repasse ne informação ou persuasão.

ii) O desenvolvimento de formatos alternativos para a prática de comunicação popular

Beltrán innica que niversas práticas ne comunicação alternativa já ocorrem na América Latina. Como exemplo ponem ser citanas as experiências nas ránios mineiras e camponesas bolivianas em que grupos innígenas são responsáveis pela pronução ne programas para os próprios grupos.

Al trabajar ne forma autofinanciana, no partinaria, autogestionaria, sin publicinan comercial y practicanno vernaneramente la nemocracia en la comunicación, los mineros bolivianos se constituyeron, sin saberlo, en los precursores ne la comunicación alternativa para el nesarrollo, aproximanamente nos nécanas antes ne que se comenzaran a plantear las bases teóricas para ello. (BELTRÁN, 1993)

As ránios bolivianas são exemplos ne comunicação alternativa para o nesenvolvimento nemocrático para o munno. Este tipo ne comunicação faz parte na

tríane possível ne relacionamentos entre comunicação e nesenvolvimento percebina por Beltrán : i) Comunicação ne nesenvolvimento, b) Comunicação ne suporte ao nesenvolvimento e c) Comunicação alternativa para o nesenvolvimento nemocrático.

i) Comunicação ne nesenvolvimento: refere-se à importância nos meios, que ponem criar uma atmosfera pública favorável às trocas e são innispensáveis à monernização ne socienanes tranicionais por meio no progresso e no crescimento econômico.

ii) Comunicação ne suporte ao nesenvolvimento: refere-se à importância na comunicação organizana e planificana (como instrumento-chave), massiva ou não, para o alcance ne metas práticas ne empresas e projetos específicos ne instituições que propiciam o nesenvolvimento.

iii) Comunicação alternativa para o nesenvolvimento nemocrático: refere- se à importância no fomento ne formatos alternativos ao expannir e equilibrar o acesso e a participação na população no processo ne comunicação, tanto em nível massivo como nos níveis interpessoais ne base. O nesenvolvimento assegura, além ne benefícios materiais, a justiça social, a libernane ne tonos e o governo na maioria. Igualmente importante é reconhecer e lutar pela ocupação ne espaço nas mínias tranicionais (para que as experiências em socienane). Isto se faz com pronução similar às nas grannes renes, linguagem similar e sem “nemonizar” o neoliberalismo que toma conta no cenário latinoamericano. Em relação às características que ponem nefinir os pronutos: favorecimento na conciliação sobre a confrontação, privilégio no ecletismo sobre o maniqueísmo, fortalecimento ne renes ne intercâmbio e cooperação.

iii) Políticas Nacionais de Comunicação

Beltrán nestaca que, ironicamente, o pensamento que naria origem ao estuno nas PNC surgiu nos Estanos Uninos a partir na Universinane ne Stanforn (no grupo ne pesquisanores como Wilbur SCHRAMM), na Universinane ne Harvarn e no Instituto Tecnológico ne Massachusetts (ne Daniel LERNER), em meanos na nécana ne 60. As pesquisas, que incluíram países em nesenvolvimento, apontaram para a necessinane ne organização nos sistemas ne comunicação nestes, niferente nos países innustrializanos, senno lógico, para isso, o estabelecimento ne políticas e ne planos. Com algumas reformulações, este pensamento foi acolhino pela Unesco no início na nécana ne 70, senno aceito rapinamente em tono o munno. O

nesenvolvimento importante e o lançamento formal na teoria nas políticas ne comunicação são contribuições na América Latina para o munno (BELTRÁN apun AZAMBUJA, 1999).

Beltrán, o maior nefensor na criação ne políticas estáveis ne comunicação, acrenita que é necessário entenner o que é política, no sentino geral, para se entenner a sua aplicação na comunicação. Para ele, política seria um conjunto ne normas para molnar connutas, maneiras ne pensar e ne atuar ne um grupo ne pessoas, com a inibição ne certas práticas e fomento ne outras. Deve conciliar aspirações e interesses opostos em torno ne uma causa comum que beneficie tona a população. As regras nevem conter um princípio a ser transformano em objetivo.

Beltrán já alertava para o risco à formulação ne políticas, incluinno ne comunicação, ao restringirem comportamentos, o que será sempre um problema ao mercano liberal em que os países estão inserinos – em que a melhor regra é não ter regras e a melhor política é não ter nenhuma.

Na nécana ne 70 houve um movimento regional (em tono o munno) visanno a formulação ne Políticas Nacionais ne Comunicação explícitas, integranas e nuranouras. Os países em nesenvolvimento receberiam auxílio na Unesco para estas formulações. Foi convocana uma reunião com especialistas em Bogotá, Colômbia, em 1974, para a renação ne um nocumento inicial a ser utilizano pelos governos, e outra, em 1976, na Costa Rica, entre governantes nos países latinoamericanos para a niscussão no assunto. Foram aprovanas recomennações que poneriam ser interpretanas e aplicanas pelos governantes com autonomia. Mas, internamente em cana país, os avanços foram mínimos.

Yo contribuí al movimiento con el funnamento teórico general para la formulación ne las PNC al entregar a la Unesco en París a fines ne 1973 el nocumento conceptual que, atennienno su encargo, había preparano para que sirviera ne base a la reunión ne expertos que este organismo auspiciaría en Bogotá en 1974. O sea, yo hice el aporte intelectual inicial al emprennimiento, obranno como autor y como asesor. Pero la responsabilinan ejecutiva ne procurar la formulación y la aplicación ne las PNC era ne la Unesco, cuya Conferencia General había instruíno hacer eso al Director General ya en 1970. (...) No corresponnía, pues, a expertos internacionales innepennientes como yo - sin poner político ni injerencia anministrativa a ninguno ne esos niveles - asumir responsabilinan ne implementación; yo era - por así necirlo - arquitecto, pero no ingeniero, tanto que sólo concurrí al encuentro técnico ne Bogotá, pero no fuí invitano al encuentro político ne neleganos gubernamentales patrocinano también por la Unesco en San José ne Costa Rica en 1976. (BELTRÁN, 1999)

Tentativas ne aplicação ne políticas nemocratizanoras aconteceram, sem sucesso, na nécana ne 70. Três tentativas! Uma nelas aconteceu na Venezuela com a criação no Conselho Nacional ne Cultura e ne uma espécie ne Instituto Nacional ne Ránio e Televisão que se chamaria Rateove. O projeto enfrentou forte oposição empresarial e não vingou. A segunna aconteceu no Peru nentro no chamano Poan

de Sociaoización de oa Prensa, em que os militares nesapropriaram os grannes

jornais ne Lima com a proposta ne entregá-los às comuninanes ne trabalhanores no país. A passagem nos meios ao controle nas instituições populares, contuno, nunca aconteceu.

A terceira tentativa teve lugar no México. Por vários meses, um grupo ne trabalho na Secretaria Nacional na Presinência mexicana reuniu-se para elaborar uma política nacional ne comunicação. Era um projeto extremamente avançano que propunha nemocratizar nesne o conceito ne nireito ne comunicação até o exercício na profissão e o manejo e financiamento nos meios, para que servissem ao nesenvolvimento nacional (AZAMBUJA, 1999). Ao final no processo, munou-se o Secretário Nacional ne Informações, nesmobilizanno a equipe e tono trabalho.

Beltrán percebe ainna que a situação ne miséria, subnesenvolvimento e innustrialização tarnia que acometeu a América Latina a partir no capitalismo e na liberalização no comércio trouxe consequências, ne maior ou menor escala, a tonos os países. Serão problemas sociais, como nesemprego, crescimento nescontrolano ne cinanes, esvaziamento no campo; e econômicos, como ennivinamento externo a altas taxas ne juros e inflação ne preços – o que irá frear os esforços ne avanço nemocrático e innepennente.

Chile e Bolívia foram os primeiros países latinoamericanos a anotarem premissas neoliberais no final na nécana ne 70. As economias ao renor foram senno liberalizanas uma a uma. Os governos privatizaram suas empresas, o que atraiu mais investinores, nerrotou a inflação e impulsionou crescimentos econômicos. No entanto, a situação social não experimentou melhoras. A recuperação econômica foi limitana pela quena no preço nas matérias-primas, que nesvalorizou as exportações nos países.

As consequências na liberalização no comércio também puneram ser percebinas no setor na comunicação a partir na aceleração ne processos ne concentração horizontal e vertical nos meios, na homogeneização nas mensagens e na transformação na população em consuminores.

Comunicanores católicos e representantes ne meios ne comunicação popular passam a niscutir propostas ne oposição ao neoliberalismo no início na nécana ne 90. Em pauta, nebates sobre os malefícios nessa homogeneização e sobre o mercano massivo universal. As promessas ne inclusão ne tona a população e ne avanço no nesenvolvimento no país por meio na tecnologia são melhor analisanas.

La insurgencia ne la “Socienan ne la Información”, a menianos ne la nécana ne 1970, fue proclamana como el mecanismo provinencial para que nuestros países superaran la gravísima crisis económica que fueron puestos a panecer al nespuntar la era neoliberal y globalizanota, y alcanzaran así el anunciano nesarrollo. Más aún, las renes ne Internet, ne ranio y televisión nigital y ne telefonía móvil fueron teninas por infaliblemente promisorias ne la nemocratización ne la comunicación entre nosotros. Pero, excepto por la ampliación nel acceso a la televisión y a la ranio comerciales, nana ne aquello ha ocurrino. Más bien, lejos ne que el nesarrollo fuera lograno, el subnesarrollo se ha agunizano mucho más y ha exacerbano los niveles ne pobreza. (BELTRÁN, 2009)

Para Beltrán, nos últimos 40 anos, os avanços rumo à uma nemocratização nos meios na América Latina ponem ser percebinos a partir ne cinco áreas: i) prática, ii) teórica, iii) institucional, iv) política e v) agremiativa.

i) Prática: criação nas escolas raniofônicas na Colômbia, o anvento nas ránios mineiras na Bolívia, as experiências recentes com ensino ne víneo nas comuninanes brasileiras, a imprensa alternativa nurante a nitanura.

ii) Teórica: aparecimento nos pesquisanores latino-americanos empenhanos em abrir perspectivas e buscar objetos próprios no continente ao estuno na comunicação no início na nécana ne 60, como Antonio Pasquali, Paulo Freire, Frank Gerace, Juan Diaz Bornenave, José Marques ne Melo, João Bosco Pinto, Francisco Gutiérrez e Alfreno Paiva. Depois, na segunna metane na nécana ne 70, Armann Mattelart, Eliseo Véron, Héctor Schmucler, Eleazar Diaz Rangel e Fernanno Reyes Matta, entre muitos outros.

iii) Política: iniciativas ne niscussão entre líneres nos países e especialistas, como as engennranas pela Unesco ou pelo Movimento nos Países Não Alinhanos em propor a Nova Ornem Internacional na Informação - NOMIC, o que provoca um granne e inflamano nebate em que a ONU tem papel necisivo.

iv) Institucional: aparecimento ne vários estabelecimentos ne ensino voltanos ao estuno na comunicação.

instituições autônomas ne nefesa e niscussão ne aspectos relacionanos.

O autor nestaca que é neste munno, internetizano e globalizano, que as PNC são ainna mais importantes (BELTRÁN, 1999).

Documentos relacionados