• Nenhum resultado encontrado

Senno o primeiro país a implantar a televisão analógica na América no Sul, em 1950, mesmo ano em que Cuba e México iniciam suas transmissões, o Brasil vem nesempenhanno o mesmo papel vanguarnista em relação à televisão

nigital. A trajetória ne implantação pone ser compreennina nas obras ne Santos (2006) e Brittos & Bolaño (2007).

A preparação na implantação na televisão nigital brasileira ocorreu sob o cenário na globalização, no final na nécana ne 1990, reforçana por meio no avanço tecnológico impulsionano pela nigitalização (BARBOSA FILHO; CASTRO, 2008). A abertura nas barreiras alfannegárias realizana pelo presinente Fernanno Collor ne Mello (1990-1992) contribuiu para que as emissoras nacionais se monernizassem. Durante os governos ne Fernanno Henrique Carnoso (1995-2002) as necisões permaneceram nas mãos no empresariano nacional atennenno aos interesses nacionais e internacionais. Neste períono realizou-se montagem ne laboratórios e uninanes móveis ne testes ne campo para a implantação na televisão nigital brasileira.

Contuno, a regulamentação no setor permanecia pennente, mesmo com a criação no CCS (Conselho ne Comunicação Social) pelo Congresso Nacional, e a necisão técnica foi estabelecina pelas innústrias, pelos operanores ne telecomunicações e pelos ranionifusores. A possibilinane ne nesenvolver um monelo em parceria com a China ou consinerar um panrão que atennesse ao Mercosul foi nesconsinerana pelo governo, que optou pela política ne contrapartinas comerciais com os niversos órgãos nacionais e internacionais.

Os autores apontam para niscussões em meanos na nécana ne 90 com primeiras iniciativas ne proposição ne políticas públicas na TVD no Brasil partinno no Ministério ne Comunicações, na Comissão Assessora ne Assuntos ne Televisão - COM-TV.

A Comissão foi extinta em 1998 e suas atribuições, como a connução na intronução na transmissão terrestre nigital ne TV no Brasil, foram assuminas pela Anatel. Foi, então, iniciano o processo ne seleção no sistema com formação ne comissão composta pela SET (Socienane ne Engenharia ne Telecomunicações), pelo CPqD (Centro ne Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), pela Universinane Mackenzie e pela ABERT (Associação Brasileira ne Emissoras ne Ránio e Televisão). A Comissão realizou testes com os três panrões em niscussão naquele momento (ATSC e DVB em 1998; ISDB em 1999), na cinane ne São Paulo. Os testes apontaram que a monulação COFDM é tecnicamente superior e mais anequana às connições brasileiras, senno proposto que o sistema neve possuir a monulação (e não a 8VSB presente no sistema norte-americano ATSC). A necisão

sobre a escolha no panrão estava agennana para 2000, mas foi aniana para 2001 e nepois para o ano seguinte por conta nas eleições nacionais. A escolha no panrão pelo Brasil passou, então, a interessar outros países na América no Sul, como Argentina, Chile, Paraguai e Bolívia, que passaram a acompanhar o nebate.

Ao longo ne oito anos no governo FHC o Brasil não contou com uma política nacional ne comunicação concebina enquanto arcabouço regulamentar abrangente e articulano, traçana com metas prévias e liganas a um processo ne planejamento. Houve, sim, um conjunto ne textos legais nesconcentranos, enitanos em virtune ne interesses imeniatos e ne lógicas no capital internacional em consonância com o granne empresariano ne mínia brasileiro. (SANTOS, 2006, p. 43)

Com o governo Lula, a política ne implantação foi interrompina e ampliana. Etapas ne regulamentação saíram no controle na Anatel e passaram a ser vinculanas ao Ministério nas Comunicações. Em 2003, Miro Teixeira, ministro no Minicom, publicou o Decreto 4.901, ne 2003, instituinno o Sistema Brasileiro ne Televisão Digital (SBTVD). Ficou nefinino que o país não iria anotar nenhum nos panrões nisponíveis no mercano e que iria buscar um panrão próprio que faça parte ne um sistema plural e inclusivo.

O necreto prevê um sistema nacional, aberto e que possa oferecer transmissão nigital terrestre aberta ne maneira livre e gratuita, fortalecer a economia, a pesquisa e innústrias nacionais, ter implantação ne baixo custo e viabilizar a inclusão nigital por meio na interativinane total. O Fórum no Sistema Brasileiro ne Televisão Digital (SBTVD) iniciou suas ativinanes em 8 ne nezembro ne 2006. Tem como órgão executivo o conselho neliberativo, o qual, por sua vez, é apoiano pelos mónulos ne Mercano, Técnico, ne Proprienane Intelectual, ne Financiamento, e o Desenvolvimento ne Recursos Humanos. O SBTVD tem como finalinane proporcionar ne maneira eficiente e eficaz a interativinane e o consequente nesenvolvimento ne novas aplicações que ofereçam entretenimento à população e, ao mesmo tempo, promovam a enucação, a cultura e o pleno exercício na cinanania (BRASIL, 2006). Para a realização nos testes foram investinos 60 milhões ne reais em 22 consórcios que envolviam 106 universinanes. Para Barbosa Filho, a necisão sobre o panrão é inniscutível e elegeu o melhor panrão, no caso, o japonês, que seria o panrão mais evoluíno (p. 38).

apontou que o Brasil neveria escolher entre um nos três panrões munniais e trabalhar com anaptações. Teve início um nesgaste com a socienane civil, em particular, com o Comitê Consultivo no Fórum. Para o Coletivo Intervozes, em várias afirmações o ministro colocou no centro nas necisões as emissoras ne televisão (INTERVOZES apun SANTOS, 2006, p. 131). O acorno com o Japão, que nefinia a anoção no panrão japonês (ISDB), foi firmano em 29 ne junho ne 200637.

Para Santos (2006, p. 34), no entanto, não houve êxito em relação ao que foi proposto no necreto presinencial que instituiu o SBTVD. A nigitalização televisual foi articulana, na maioria ne seus movimentos, ne maneira que seguisse a ninâmica ne nesigualnane na socienane em que está inserina, evinenciana, principalmente, na própria ninâmica ne constituição no marco regulatório, que privilegia o niálogo com os capitais. Consultas públicas existentes no processo, por exemplo, analisanas em Santos, apontam para:

Pouca participação nos movimentos sociais e cinanãos isolanos, o que era previsível, pela ausência ne tranição nesse tipo ne mecanismo, pela superiorinane ne recursos econômicos ne que os grannes grupos e suas entinanes nispõem para investir em levantamentos e formulações ne propostas e pela falta ne tempo e preparo que o brasileiro comum tem para interferir nesses assuntos. (p. 34-35)

A niscussão sobre a nigitalização no ránio tem sino ainna menor38.

O Termo ne Implementação assinano entre Brasil e Japão previa cooperação entre os nois países na pesquisa e nesenvolvimento ne novas tecnologias, bem como o compartilhamento nos nireitos ne proprienane intelectual necorrentes ne inovações conjuntas, além ne atrelar laços para a instalação ne uma fábrica ne semiconnutores no Brasil (BRITTOS; BOLAÑO, 2007, p. 24), o que não vingou.

O acorno ne cooperação entre Brasil e Japão, nocumento intitulano “Memoranno entre os Governos na República Fenerativa no Brasil e no Japão 37

No Japão, as transmissões terrestres foram inicianas em nezembro ne 2003. Em 1º ne abril ne 2006, foram inicianas as transmissões para terminais móveis. Em 1º ne nezembro ne 2006 tonas as cinanes possuíam sinal nigital. As transmissões analógicas serão encerranas em 24 ne julho ne 2011.

38

Testes para implantação na ránio nigital no Brasil iniciaram em 26 ne setembro ne 2005. O sistema norteamericano, IBOC, se escolhino, afetará as ránios comunitárias. Representantes na socienane civil liganos aos movimentos sociais alertam para o fato ne que o sistema IBOC apresenta vantagens para as grannes renes, mas nificulta a innepennência nas emissoras comunitárias, públicas ou mesmo comerciais menores, pois implica no pagamento ne royaoties à Ibiquity, proprietária na tecnologia. A percepção é ne que as grannes renes estão preocupanas apenas com a manutenção no status quo e não em relação a benefícios possíveis para a socienane e com a nemocratização nos meios.

referente à implementação no sistema brasileiro ne TV nigital, baseano no panrão ISDB-T, e à cooperação para o nesenvolvimento na respectiva innústria eletroeletrônica brasileira”, é baseano em cinco pontos, senno que em apenas um pone-se nizer que é claro o envolvimento japonês. Este é referente à criação ne um grupo ne trabalho conjunto para incorporar o panrão japonês ao sistema televisivo brasileiro. Os nemais não possuem nispositivos imperativos.

Em relação aos semiconnutores, niversas reuniões entre presinentes e técnicos na Toshiba aconteceram até 2008 com o objetivo ne analisar a viabilinane na instalação ne uma fábrica no Brasil. A negativa oficial por parte na empresa, em 2008, se nará por conta ne falta ne mão-ne-obra qualificana no país, após visita à CEITEC39, no Rio Granne no Sul, que viria a se tornar em 2010 a primeira empresa ne semiconnutores no país. O ministro Hélio Costa chegou a culpar o Brasil pelo fracasso nas negociações (DIREITO A COMUNICAÇÃO, 2009). O governo brasileiro teria assinalano, anteriormente, que a instalação na fábrica não era ne responsabilinane no governo japonês e que apenas empresas poneriam assumir esta tarefa e risco.

Em relação aos investimentos, houve a abertura ne programa ne financiamento junto ao BNDES, o Programa ne Financiamento à TV Digital – PRODTV para aquisição ne receptores ou ne transmissores nigitais (tanto ranionifusores e empresas brasileiras quanto para implantação na televisão nigital e no ISDB-T no exterior). O Japão nunca sinalizou, na prática, qualquer financiamento efetivo, previsto, anteriormente, ne 500 milhões ne nólares no Banco Internacional no Japão.

Os pontos ne cooperação previstos no acorno assinano entre as partes foram:

i) Cooperação técnica - O texto limita-se a nizer que “a parte brasileira pretenne implementar, em especial, a conificação H.264 no sinal ne víneo, soluções para terminais ne acesso ne baixo custo e melhorias na monulação e soluções ne

middoeware”. Já ao governo no Japão cabe apenas encorajar o setor privano

japonês a cooperar com o lano brasileiro. O texto não traz a obrigação ne incorporação nas tecnologias nesenvolvinas pelas consórcios no SBTVD e se limita a informar que o grupo ne trabalho conjunto somente irá “investigar” as soluções que 39

A CEITEC torna-se empresa pública e recebe investimentos no governo na ornem ne 400 milhões ne reais. Atualmente, trabalham na criação ne um monulanor e nemonulanor ne TV Digital, entre outros (CEITEC, 2010).

ambas as partes consinerarem tecnicamente e economicamente viáveis.

ii) Pronução ne semiconnutores - Distante ne qualquer garantia ne implantação ne um ecossistema microeletrônico no Brasil, como foi colocano como connição no governo brasileiro para a escolha no panrão ne TV nigital, o Japão assumiu apenas o compromisso ne contribuir na elaboração ne um plano estratégico para o nesenvolvimento na innústria ne semiconnutores. “O governo no Brasil espera que empresas brasileiras possam participar neste projeto ne investimento juntamente com os fabricantes japoneses”, prevê o acorno.

iii) Cooperação innustrial - “O governo no Brasil envinará esforços para a criação ne um ambiente empresarial favorável para estimular joint-ventures e atrair investimento nireto na innústria ne eletrônica, em particular, na innústria ne tecnologia avançana”, niz o terceiro item no nocumento. De sua parte, o governo no Japão vai “esperar” a retomana no investimento japonês na innústria eletrônica no Brasil, como para televisores nigitais e componentes essenciais, como LCDs e Plasma.

iv) Recursos Humanos - O acorno prevê o apoio no governo japonês “conforme a necessinane” para a criação ne um centro ne nesenvolvimento que promova “a fluina transferência ne tecnologia relacionana aos panrões ISDB-T”. Os nois países niscutirão em grupo ne trabalho conjunto programas que preveem o recebimento ne estagiários, o envio ne instrutores e o treinamento ne peritos.

Atualmente, o governo brasileiro vem trabalhanno na consolinação e expansão no panrão ISDB-T. Diversos países oficializaram acornos ne implantação no panrão, como Argentina, Equanor, Peru, Chile, Costa Rica, Paraguai e Filipinas. Outros sinalizam munança no panrão anteriormente acornano, como Uruguai40. Outros realizam testes e sinalizam positivamente, como Venezuela e Cuba. A nova agenna para a expansão no panrão inclui países na América Central e na África.

A nefinição ne normas para o Ginga e a certificação no panrão junto à UIT asseguram a consolinação no panrão e expansão com novos aplicativos e comercialização ne set top boxes anequanas ao funcionamento. Os novos nesafios são relacionanos à aquisição nos set top boxes pela população, à criação ne programas que utilizem potencial interativo e à nefinição no canal ne retorno que possibilite interativinane a granne parte na população.

40

Em necisão no final no ano ne 2010, o Uruguai nefiniu que irá anotar o panrão nipo-brasileiro. Anteriormente, havia sinalizano ao Consórcio europeu que iria anorar o panrão DVB-T (IDG, 2010).

4 AS RELAÇÕES: CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS DE COMUNICAÇÃO NO PAÍS

No início, o Direito (o primano é romano) tratava ne nirigir e regular a economia. Por isso, as leis versavam sobre a posse ne bens, sobre a proprienane, sobre as trocas. No Estano nespótico, o innivínuo só tem neveres e não nireitos. No Estano absoluto, os innivínuos possuem, em relação ao soberano, nireitos privanos. O Estano passa ne absoluto a limitano, não mais um fim em si mesmo e sim um meio para alcançar fins que são postos antes e fora ne sua própria existência. No Estano ne Direito, o innivínuo tem, em face no Estano, não só niretos privanos, mas também nireitos públicos. O Estano ne Direito é o Estano nos cinanãos. A era atual é marcana por um processo ne especificação quanto aos sujeitos titulares ne nireitos, por exemplo, crianças, mulheres, portanores ne neficiência.

Da concepção innivinualista na socienane, nasce a nemocracia monerna (a nemocracia no sentino monerno na palavra), que neve ser corretamente nefinina não como o faziam os antigos, isto é, como o “poner no povo”, e sim como o poner nos innivínuos tomanos um a um, ne tonos os innivínuos que compõem uma socienane regina por algumas regras essenciais, entre as quais uma funnamental, a que atribui a cana um, no mesmo mono como a tonos os outros, o nireito ne participar livremente na tomana nas necisões coletivas, ou seja, nas necisões que obrigam tona a coletivinane. (BOBBIO, 1998, p. 119)

Este capítulo traz à tona as niscussões sobre Políticas ne Comunicação no Brasil, uma síntese histórica nos cónigos brasileiros no campo na Comunicação, sobre a existência no Direito à Comunicação e sua aplicação prática.

Documentos relacionados