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DEMTEC ALERT ALERT LIFE SCIENCES COMPUTING, S.A € 397.723,40

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO NA SAÚDE

DEMTEC ALERT ALERT LIFE SCIENCES COMPUTING, S.A € 397.723,40

I&D em Consórcio EPARIMED PRONEFRO - Produtos Nefrológicos, AS € 703.709,06 2002

I&D em Consórcio ALERT ALERT LIFE SCIENCES COMPUTING, S.A. € 231.427,00 2002

I&D em Consórcio Manchester ALERT LIFE SCIENCES COMPUTING, S.A. € 32.975,98 2002

IDEIA MAQBIO Medmat Innovation - Materiais Médicos, Lda € 81.940,83 2005

IDEIA URMAL ImunoSTAR - Inv. e Com. Prod. biodiagnóstico S.A. € 64.495,47 2006

IDEIA Omniview Speculum, Artigos Médicos Lda € 99.605,37 2007

IDEIA NanoSpinSkin Ceramed - Cerâmicos para aplicações médicas, Lda € 92.778,85 2008

Ini. Comum. PME STERITEX FAPOMED - Indústria Produtos Médico-Cirúrgicos, S.A. € 195.792,71 2000

Ini. Comum. PME PAFDEMO NOVAMED - EQUIPAMENTOS MÉDICOS, S. A. € 100.311,00 2000

Ini. Comum. PME CERAMED EUROCITEL - Instr. Equip. Médico-Cirúrgicos, LDA. € 117.809,23 2000

Ini. Comum. PME NOVODPN GDPN - GENÉTICA MÉD. E DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL € 153.002,35 2000

Ini. Comum. PME COMEFRO PRONEFRO - Produtos Nefrológicos, AS € 186.471,57 2000

NEOTEC NEUROEYE NEUROEYE - Electromedicina e Psicofisiologia da Visão € 84.998,93 2007

Tabela 1– Projetos apoiados pela ADI e aprovados através dos diversos sistemas de incentivos. Fonte – in (Agencia de Inovação, 2012)

108 A Saúde e as Oportunidades de Negócio

O carácter ainda incompleto e imaturo da inovação nos países, nomeadamente os menos desenvolvidos, cria um conjunto de novas oportunidades empreendedoras em áreas da agricultura, têxtil, polímeros, cutelaria, eletrónica, informática, construção de equipamentos, investigação, biotecnologia entre muitas outras, potenciadoras da criação de novas lógicas ou da reorientação das empresas existentes.

O empreendedorismo e a inovação conjuntamente apoiados por modelos de gestão profissional, e enquadradosnesse ambiente de cooperação e de clusters permitem levar por diante projetos empreendedores de grande qualidade e sustentabilidade, permitindo identificar os principais fatores críticos de sucesso sejam eles endógenos ou exógenos. Estas temáticas quando ligadas à saúde em qualquer dos seus âmbitos permite desenvolverem um conjunto inúmero de negócios. Uma área muito sujeita à investigação é a que está relacionada com o turismo na saúde e bem-estar. Desde hotéis,

resorts, termas, turismo em geral, spa´s, operadores turísticos e muitos outros são

algumas das áreas capazes de gerar novas empresas ou levar à modernização ou reorientação de outras existentes.

Segundo Sarmento Coelho & Portela, a importância dos estudos de mercado na caracterização dos fatores críticos de sucesso da oferta de saúde e bem-estar e ainda produtos e preços de saúde e bem-estar e a respetiva comunicação e distribuição referindo que “A distribuição dos 83 profissionais do turismo está representada no gráfico 1.9. Verifica-se que 60% trabalham no alojamento turístico e nas agencias de viagens. de realçar que 14% trabalham em saúde e bem-estar. Na actividade docente e de investigação no turismo há 13% dos profissionais do turismo na amostra” (Sarmento Coelho & Portela , 2010, p. 55).

Segundo os mesmos autores, abrem-se um conjunto de janelas de oportunidades que vão desde a medicina e saúde, às saunas, massagens, aos tratamentos e aplicações, à ginástica, às piscinas e jacuzzi, entre outras. (Sarmento Coelho & Portela , 2010, p. 61). Muitas das janelas de oportunidades apresentadas no referido estudo são hoje já frequentadas por clientes fidelizados mas ainda com elevado nível de potencialidade tendo em conta as tendências de consumo que vamos constatando no nosso quotidiano.

109 Como fator de desenvolvimento económico é ainda apresentado um conjunto de impactos do empreendedorismo de saúde e bem-estar. Os mesmos autores referem no capitulo 4 – Impacte do Empreendedorismo de Saúde e Bem-estar, que indiretamente se abrem mais janelas de oportunidades nomeadamente ao nível de parques temáticos, passeios e visitas temáticas e de estudo, atividades desportivas e de lazer, eventos, alojamento e restauração e industrias relacionadas. (Sarmento Coelho & Portela , 2010, p. 112).

A pretensão dos países e da Comissão Europeia é mobilizar o espírito empresarial para transformar o crescimento económico em novos e melhores empregos. Tendo por Objetivo estimular o empreendedorismo, a criação de novas empresas, a modernização de empresas existentes, a competitividade como forma de revitalizar a economia. Neste sentido e tendo por base a inovação e a investigação a aposta em empregos de grande valor acrescentado como é o caso das atividades emergentes são um foco de esperança em tais Objetivos. Neste sentido e de acordo com Fabio Colasanti, “O propósito de criar na Europa uma economia competitiva e abrangente baseada no conhecimento granjeou o pleno apoio dos líderes políticos europeus na Cimeira do Emprego de Lisboa do passado mês de Março. Para ajudar os empresários a criar emprego e prosperidade sustentável, os responsáveis pela orientação política têm também que acompanhar a evolução dos mercados, das estruturas industriais, das tecnologias e dos padrões de procura. Isto exige capacidades permanentes de reflexão, reestruturação e inovação, para incentivar a atividade empresarial, criar um enquadramento de apoio à inovação e à mudança e ajudar a garantir que bens e serviços cheguem aos mercados adequados. Os Objetivos estratégicos da política empresarial para os próximos cinco anos são expostos numa comunicação da Comissão intitulada «Rumo à empresa Europa: uma União Europeia empreendedora, inovadora e aberta»“ (Colasanti, 2000, p. 3).

Assim o desenvolvimento ao espírito empresarial e ao formato de PME são políticas em curso, tendo em conta que na Europa e segundo o mesmo autor “A Europa trabalha já muito abaixo das suas capacidades — a sua taxa média de emprego atinge apenas 61% da população em idade ativa, comparada com 74% no Japão e 75% nos Estados Unidos. Porém, a sociedade que nós somos não pode dar-se ao luxo de desperdiçar o talento empresarial de ninguém. As PME (que, se excetuarmos 40 000, constituem os 18 milhões de empresas europeias) são a nossa mais poderosa locomotiva de inovação competitiva e, portanto, de criação de emprego. Dois em cada três postos de trabalho na

110 Europa são já ocupados em empresas com menos de 250 empregados” (Colasanti, 2000, p. 3). De salientar ainda a importancia dos serviços a nivel europeu que já representam 70% do PIB total.

Para os novos empresários o futuro significa a realização de um sonho, a busca de uma vida plena de realização económica e profissional, assim como um elevado nível de autonomia nas suas funções laborais. Apesar de um futuro incerto, assim como para todos os outros que não pretendem definir este tipo de opção profissional, o empresário acredita nas suas capacidades e na sua visão, procurando clarificar ideias e atividades no sentido de ir robustecendo o seu projeto empresarial. O espírito aberto, o sentido inovador, a abertura às tecnologias permitir-lhe-ão utilizar outras técnicas mais sofisticadas ainda que muitas vezes em atividades tradicionais. Neste caso surgem os têxteis ´inteligentes´ para o desporto e para a saúde, as cutelarias para a decoração e para a saúde, as tecnologias para a informática e para a saúde, entre muitas outras. Também ao nível dos serviços e com o aumento da longevidade se encontram novas oportunidades para empreender. Muitas destas, no passado, consideradas de menor relevância como é o caso do apoio domiciliário, dos lares de idosos, da ocupação dos tempos livres, aparecem agora com patamares de sofisticação e de qualidade ao qual não são alheias as próprias novas tecnologias.

A busca da especialização, de novas oportunidades, de novas inovações deram origem nos últimos tempos a novas atividades sem precedentes promotoras de novas e sofisticadas empresas quer em matéria de instalações, de equipamentos, de recursos humanos, de produtos ou serviços. Mesmo em momentos mais ditos de crise, esta pode ser igualmente um motor de desenvolvimento para novas oportunidades, conjugando novas iniciativas com peças mais apetecíveis. Igualmente as considerações de custo podem levar a novos procedimentos, por exemplo na venda, na distribuição, na conceção e até no próprio fabrico, recorrendo-se mais às novas tecnologias, à cooperação e às parcerias. Deste modo a exploração de novas oportunidades abre assim novos mercados e novos produtos, contribuindo para a regeneração dos tecidos empresariais.

De uma forma geral os projetos desenvolvem-se sempre que se criam ambientes favoráveis e facilitadores, estabelecendo-se sinergias e complementaridades num ambiente de cooperação e de partilha. Per Belgrafe, vice presidente do Health Cluster

111 Portugal - Pólo de Competitividade da Saúde (HCP), refere “"Vejo esse entusiasmo porque trabalho com as pessoas. A questão que se coloca é: porque é que mostram esse entusiasmo? Não sei, mas acho que, em parte, isso se deve ao facto de se terem apercebido que Portugal era, até há um ano, uma das poucas nações que não tinha uma organização com a natureza de um cluster de Saúde", disse. Todo o projecto do HCP ainda está em amadurecimento, mas até agora todos os sinais são positivos, opina o perito sueco. "Começámos quase do zero e continuo a assistir ao crescimento de todos os indicadores, Ainda não vi nenhuma curva do gráfico a descer. No HCP, as pessoas não estão interessadas em estagnar", garante”(Health Cluster Portugal - Pólo de Competitividade da Saúde (HCP), 2009).

Este mesmo sucesso é também referido no mesmo artigo por Joaquim Cunha, diretor executivo do HCP que reconhece que “É de inteira justiça reconhecer o longo caminho e esforço que, de uma maneira geral, as instituições, do sistema científico nacional percorreram e realizaram, nos últimos anos, no sentido de uma aproximação madura ao mundo empresarial, assente em conceitos de racionalidade e eficiência. Também do lado empresarial merece nota o esforço de modernização e de melhoria generalizada, designadamente ao nível das qualificações dos seus recursos humanos” (Health Cluster Portugal - Pólo de Competitividade da Saúde (HCP), 2009).

Podemos assim constatar, pelo referido, por estes dirigentes que o país possui entidades capazes de potenciar o que de melhor existe nas instituições, nas empresas, nas entidades facilitadoras criando e estimulando condições para o aparecimento de novos projetos ligados à área da saúde.

As PME são uma força inquestionável ao nível de desenvolvimento económico, existindo na Europa mais de 23 milhões de PME, responsáveis por cerca de 75 milhões de empregos e representam quase 99% da totalidade das empresas.

As PME´s são normalmente empresas com bom dinamismo, numa lógica de crescimento e com bons níveis de inovação e de empreendedorismo. Assim as instituições europeias têm vindo a estimular os diferentes países no sentido de dar coerência às suas políticas de forma a criarem-se ambientes favoráveis à criação de novas empresas empreendedoras e inovadoras. Apesar de muitas destas empresas atuarem mais em ambientes e regiões locais, outras porem desenvolvem as suas atividades a nível mais global e em mercados altamente competitivos.

112 As politicas comunitárias através da Comunicação da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões, segundo a problemática aplicar o Programa Comunitário de Lisboa, modernizar a Política das PME para o crescimento e o emprego refere “Como esta diversidade se deve refletir na definição das políticas, a nova abordagem abarca iniciativas e ações que pretendem libertar todo o potencial de todos os tipos de empresas, desde as start-ups e as “gazelas” de elevado crescimento, até às empresas tradicionais, incluindo o setor artesanal, as microempresas, as empresas de economia social e as PME familiares. […] A UE não explora plenamente o seu potencial empresarial e não produz start-ups em número suficiente. Ainda existem muitos fatores, como o desequilíbrio entre risco e recompensa, a cobertura deficiente em termos de segurança social e a ignorância acerca do que faz realmente um empresário, que tornam mais aliciante ter um emprego do que ser empregado por conta própria. A Comissão redobrará os seus esforços no sentido de aumentar o apreço das pessoas pelos empresários, de promover uma maior consciencialização acerca da carreira de empresário e de incentivar uma atitude empresarial, incluindo a promoção de práticas empresariais responsáveis”, como forma de estimular o espírito empresarial, melhorar o acesso das PME´s aos mercados e reduzir os défices de competências, marcando assim uma nova era de politicas mais completas e abrangentes.(Comissão das Comunidades Europeias, 2005, pp. 5-6).

O empreendedor normalmente tem a capacidade de se apresentar como um agente de mudança, inovador, capaz de relacionar o risco e a incerteza. Possuidor de características próprias, toma a seu cargo um empreendimento e ousa dentro de limites calculados, tomando iniciativas e enfrentando obstáculos com determinação. De acordo com a Comissão Europeia, empreendedorismo é "… a dynamic process by which individuals constantly identify economic opportunities and act upon them by developing, producing and selling goods and services. This process requires qualities such as self-reliance, a capacity for risk-taking and a sense of personal commitment”(European Commission, 1998, p. 1).Deste processo decorre a criação de novas empresas, a criação e desenvolvimento de novos projetos em empresas existentes, independentemente da dimensão ou da estrutura acionista. O sucesso empresarial estima-se em 25% pelo valor das ideias e 75% pelas pessoas que o levam à prática. Parece existir uma sistematização em que a primeira fase da identificação de oportunidades é um processo com significado na criação de um negócio, pelo que de

113 seguida, atras de uma oportunidade existe sempre uma ideia. De uma forma geral é necessário ter em atenção que as oportunidades geralmente são únicas.

Podemos agrupar as principais fontes de ideia de negócio da seguinte forma:

Figura 31– Fontes de ideias de negócio Fonte: Elaboração própria

Existem um conjunto de oportunidades, normalmente definidas de Market-Pull ou de

Opportunity-Pull que resultam de: (1) Inovação dirigida à satisfação de necessidades do

mercado, ou de segmentos de mercado; (2) Da participação e experiencia e criatividade dos consumidores; (3) De melhoria de tecnologias disponíveis a cada momento; (4) da perceção de novas oportunidades. Outro conjunto de oportunidades são ainda definidas com Technology-Push ou Capability-Push, nomeadamente: (1) Inovação dirigida a melhorar técnicas, procedimentos, processos ou produtos; (2) Aplicações de investigações, experiencias, protótipos e testes; (3) Fortes conhecimentos técnicos especializados.

Assim existirá uma fase de avaliação de oportunidades com critérios pré-determinados e que valerá a pena desenvolver e melhorar permanentemente, quer ao nível do mercado,

Fontes de

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