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DEPARTAMENTO DE SAÚDE AMBIENTAL

No documento Relatório de atividades 2017 (páginas 148-151)

17. DESEMPENHO DAS AÇÕES MAIS RELEVANTES REALIZADAS PELOS DEPARTAMENTOS TÉCNICO

17.6. DEPARTAMENTO DE SAÚDE AMBIENTAL

Dos factos/ações mais relevantes desenvolvidos pelo Departamento de Saúde Ambiental podem ser salientados os que se encontram abaixo descritas.

Acompanhamento do surto de Legionella no Hospital São Francisco Xavier

O Instituto Ricardo Jorge acompanhou em permanência, e disponibilizou a sua fulcral colaboração, no âmbito do surto de Legionella que ocorreu em 2017 no Hospital São Francisco Xavier. O departamento de saúde ambiental do Instituto cooperou na vertente laboratorial do inquérito epidemiológico instalado na sequência do referido surto da Doença dos Legionários. Na sequência do referido evento, todos os partidos com assento parlamentar na Assembleia da República apresentaram propostas de Decreto-Lei sobre a Qualidade do Ar Interior em geral e controlo da Legionella, em particular. Neste contexto, o Instituto, enquanto entidade de referência no âmbito da saúde, foi consultado e apresentou os seus pareceres técnicos, à luz do know how que detém cumprindo rigorosamente os prazos estipulados, de forma apoiar a decisão política e contribuir para a evolução positiva do enquadramento legislativo neste âmbito.

Adicionalmente, e em estreita colaboração com a Direção Geral da Saúde, foram desenvolvidos e publicados três documentos relacionados com o tema Legionella, que visam clarificar, facilitar e orientar a atuação de diversas entidades: (1) a norma n.º 24/2017 “Prevenção e Controlo Ambiental da bactéria Legionella em Unidades de Saúde"; (2) as orientações n.º 20/2017 "Doença dos Legionários: Diagnóstico laboratorial de Doença dos Legionários e pesquisa de Legionella em amostras ambientais" e (3) as orientações n.º 21/2017 “Doença dos Legionários: Vigilância e Investigação Epidemiológica”

Importa ainda destacar que, na sequência das ações que implementadas para combater o surto da Doença dos Legionários identificado no Hospital de São Francisco Xavier, o Ministério da Saúde entendeu reforçar as práticas já existentes de prevenção e controlo do risco de ocorrência de novos surtos. Atento ao exposto, decidiu o Ministério da Saúde desenvolver, através do Instituto Ricardo Jorge, em articulação com as Autoridades de Saúde de Nível Nacional, Regional e Local, bem como com os órgãos gestores das unidades de saúde, um Programa de Intervenção Operacional de Prevenção Ambiental de Legionella (PIOPAL). No contexto do referido programa o Instituto Ricardo Jorge é responsável por assegurar a realização de vigilância laboratorial da qualidade da água, para pesquisa e identificação da Legionella, em todas as unidades de prestação de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde.

Submissão de pedido de registo de patente que contribui para novas soluções na prevenção e tratamento do cancro

O Instituto Ricardo Jorge, através do seu departamento de saúde ambiental, submeteu um pedido de registo de patente que resulta do trabalho efetuado em parceria com a Faculdade de Farmácia do Porto, durante o ano de 2016, no âmbito do projeto de doutoramento “sandwich” do aluno Klebson Silva Santos, em que estiveram ainda envolvidos os investigadores Carla Costa e João Paulo Teixeira. A referida patente de invenção diz respeito a um produto derivado das folhas de Azadirachta indica vulgarmente conhecidas como nim, que possui elevado potencial de aplicação farmacológico, devido as suas características fotoquímicas, bem como, capacidade de reduzir a viabilidade de células B linfoblásticas humanas bloqueando um ciclo celular maligno na origem de determinados tipos de neoplasias. Esta patente poderá ter, portanto, interesse para as indústrias farmacêutica, cosmética, medicina humana e veterinária, alimentos e bebidas, nutrição e biotecnologia.

Emissão de pareceres sobre a utilização confinada de organismos geneticamente modificados

Por forma a dar cumprimento ao Decreto-Lei n.º 55/2015, de 17 de abril, que estabelece as medidas para a utilização confinada de microrganismos geneticamente modificados e de organismos geneticamente modificados, o Instituto Ricardo Jorge enquanto entidade de referência no âmbito da saúde, através dos seus especialistas do departamento de saúde ambiental emitiu, durante 2017, um total de oito pareceres sobre a utilização confinada de organismos geneticamente modificados tendo em vista a proteção da saúde humana e do ambiente. Estes pareceres visam apoiar a atividade da autoridade nacional competente nesta matéria, a Agência Portuguesa do Ambiente I.P.

Algumas outras atividades:

 O departamento de saúde ambiental desenvolveu a pedido de diversas empresas e instituições, oito iniciativas de oferta formativa além das previstas no seu plano inicial. O âmbito destas atividades incidiu sobre as áreas “Amianto-localização, aplicação e risco”, “Exposição profissional a agentes biológicos” e “Controlo microbiológico do ar e superfícies, em contexto hospitalar”.

Participação, mediante convite da European Asbestos Forum Fundation (EAF), na sua 3.ª Conferência, sobre o tema “Asbestos & Industry”, que teve lugar em Londres nos dias 25 e 26 de

outubro. O Instituto apresentou a comunicação “Asbestos – Portuguese Panorama”, com o objetivo de dar a conhecer as ações que Portugal tem vindo a desenvolver no sentido de proteger a saúde dos trabalhadores, e da população em geral, no que respeita ao amianto e doenças relacionadas.

 No contexto do seu contributo para a cooperação para o desenvolvimento, o Instituto recebeu uma visita técnica de dois peritos do Ministério do Trabalho e Segurança Social da República da Turquia. A visita dos peritos à unidade de ar e saúde ocupacional foi solicitada pela Autoridade para as Condições de Trabalho, tendo incluído uma contextualização do trabalho realizado na unidade no âmbito da exposição profissional a agentes químicos e a agentes biológicos e a visita aos laboratórios.

 Organização da exposição “Ambientes de Trabalho Saudáveis – Importância da Prevenção” para assinalar o Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho que se comemorou dia 28 de abril 2017.

 Apresentação, dia 29 de março, do estudo piloto "Avaliação do estado das coberturas de fibrocimento dos prédios de habitação de um concelho de Lisboa" Neste estudo foi feita a avaliação do estado das coberturas de fibrocimento (material com amianto na sua composição) dos prédios de habitação, pertença exclusiva de uma câmara do Distrito de Lisboa. Este estudo permitiu validar uma grelha para avaliação “in loco” do estado de conservação das coberturas de fibrocimento.

 O departamento de saúde ambiental, ao longo de todo o ano 2017, e como forma de dar resposta às necessidades e expetativas dos seus clientes, investiu significativamente na implementação de novas metodologias que permitiram aumentar a capacidade de resposta. Da mesma forma, o departamento manteve a aposta na acreditação de novos ensaios que, ao permitir evidenciar a qualidade dos serviços prestados pelo departamento, tem vindo a traduzir-se num aumento significativo da carteira de clientes do Instituto.

No documento Relatório de atividades 2017 (páginas 148-151)