5.1 ANÁLISE DE CONTRIBUIÇÃO
5.1.15 Depleção de água
A Tabela 50 indica quais os processos que mais contribuíram para a depleção de água. Na Tabela 51 esta avaliação é feita sobre os tipos de aspectos mais significativos.
Tabela 50: Principais processos contribuintes para categoria de Depleção da Água
Processo Quantidade (m3) Contribuição (%)
Fabricação de Chapas 1,84 0,10
Impressão de Cédulas 1851,52 99,73
Tratamento de Efluentes 3,24 0,17
Conforme visto no gráfico da Figura 20 e na Tabela 50, a ide cédulas possui a maior contribuição para mudanças climáticas em comparação a Fabricação de Chapas e Tratamento de Efluentes.
No processo de impressão de cédulas, o algodão contribuiu para a maior parte desta categoria de impacto, correspondendo a quase 99%, seguido do consumo de energia elétrica,
132
que responde por cerca de 1% de contribuição. A reciclagem apresenta uma pequena contribuição negativa sobre esta categoria de impacto.
A Tabela 51 considera apenas os aspectos ambientais que, somados, têm a contribuição maior que 96% para a categoria de impacto Depleção de Água. As outras contribuições foram tão pequenas (menores que 1%) que estas não foram consideradas na tabela.
Tabela 51: Principais aspectos ambientais contribuintes para categoria de Depleção da Água.
Aspecto Ambiental
Total Fabricação de Chapas Impressão de Cédulas Tratamento de
Efluentes Quantida de (m3) Contribui ção (%) Quantida de (m3) Contribui ção (%) Quantida de (m3) Contribui ção (%) Quantida de (m3) Contrib uição (%)
Água, rio, Resto
do Mundo 439,20 23,66 0,41 22,51 437,35 23,62 1,43 44,27
Água, rio, China 327,23 17,63 0,01 0,57 327,22 17,67 0,00 0,04
Água, poço subterrâneo, Estados Unidos 255,44 13,76 0,01 0,45 255,43 13,80 0,00 0,04 Água, poço subterrâneo, Índia 176,42 9,50 0,01 0,33 176,42 9,53 0,00 0,02 Água, poço subterrâneo, Resto do Mundo 171,07 9,21 0,15 8,05 170,27 9,20 0,66 20,26 Água, rio, Estados Unidos 168,96 9,10 0,01 0,30 168,96 9,13 0,00 0,03 Água, poço subterrâneo, China 139,16 7,50 0,01 0,53 139,15 7,52 0,01 0,21 Água, Refrigeração, origem natural não-especificada, Brasil 118,55 6,39 6,32 343,22 104,02 5,62 8,20 253,15 Água, uso em turbina, origem natural não- especificada, Resto do Mundo 103,41 5,57 0,00 0,06 103,41 5,59 0,00 0,04
Água, rio, Índia 101,89 5,49 0,00 0,19 101,89 5,50 0,00 0,01
Água, rio, Brasil 44,95 2,42 2,28 123,52 40,34 2,18 2,33 71,86
Água, Refrigeração, origem natural não-especificada, Resto do Mundo 36,34 1,96 0,26 14,07 35,88 1,94 0,20 6,22 Água, uso em turbina, origem natural não- especificada, Estados Unidos 31,11 1,68 3,26?10-5 0,00 31,11 1,68 2,11?10-5 0,00 Água, Refrigeração, origem natural não-especificada, Estados Unidos 21,52 1,16 7,50?10-2 4,07 21,38 1,16 6,78?10-2 2,09 Água, China -19,08 -1,03 -0,06 -3,33 -18,95 -1,02 -0,06 -2,01 Água, Estados Unidos -52,49 -2,83 -0,07 -4,05 -52,34 -2,83 -0,07 -2,12 Água, Resto do Mundo -133,75 -7,20 -0,30 -16,39 -132,86 -7,18 -0,58 -17,97 Água, Brasil -144,32 -7,77 -8,02 -435,47 -126,34 -6,82 -9,96 -307,36
Ao avaliar o aspecto ambiental, observa-se segundo Tabela 51, grande parte do impacto (tanto negativo quanto positivo) ligada à depleção está associada ao uso de águas de rios e subterrâneas.
Ao analisar em termos de processo, Tabela 52, observa-se que a irrigação foi o processo que mais contribuiu com a transformação da área natural, representando mais de 99% deste potencial, aproximadamente.
Tabela 52: Principais contribuições para categoria Depleção da Água.
Processo
Total Fabricação de Chapas Impressão de Cédulas Tratamento de Efluentes
Quantidade (m3) Contribuição (%) Quantidad e (m3) Contribuição (%) Quantidad e (m3) Contribuição (%) Quantidade (m3) Contribuição (%) Irrigação {Restante do Mundo}| processamento| Alocação Padrão, U 597,97 32,21 0,02 1,11 597,95 32,30 0,00 0,06 Irrigação {China}| processamento| Alocação Padrão, U 465,87 25,09 0,02 0,82 465,85 25,16 0,00 0,06 Irrigação {EUA}| processamento| Alocação Padrão, U 423,91 22,83 0,01 0,74 423,89 22,89 0,00 0,06 Irrigação {Índia}| processamento| Alocação Padrão, U 278,31 14,99 0,01 0,52 278,30 15,03 0,00 0,03 Irrigação { Brasil}| processamento| Alocação Padrão, U 55,08 2,97 2,77 150,44 49,45 2,67 2,85 87,95 Irrigação {Filipinas}| processamento| Alocação Padrão, U 19,88 1,07 0,00 0,20 19,88 1,07 0,00 0,00 5.1.16 Depleção de metal
A Tabela 53 indica quais os processos que mais contribuíram para Depleção de metal. Na Tabela 7 esta avaliação é feita sobre os tipos de emissões mais significativas.
Tabela 53: Principais processos contribuintes para categoria Mudanças Climáticas.
Processo Quantidade (kg Fe eq) Contribuição (%) Fabricação de Chapas 45,72 61,52% Impressão de Cédulas 23,92 32,18% Tratamento de Efluentes 4,68 6,30%
134
Conforme visto no gráfico da Figura 20 e na Tabela 54, a fabricação de chapas possui a maior contribuição para depleção de metal, em comparação à produção de cédulas e Tratamento de efluentes.
No processo de fabricação de chapas, o consumo de insumos para a produção das chapas calcográficas, contribui para a maior parte desta categoria de impact, com 93% da contribuição, seguida da Chapa Polichablon, com 30% e Chapa de aplicação da Banda holográfica com 25% de contribuição. O consumo de energia elétrica, para este processo contribuiu potencialmente apenas com 7%, aproximadamente. A reciclagem impacta negativamente nesta categoria de impacto, contribuindo com -57%.
A Tabela 54 considera apenas os aspectos ambientais que, somados, têm a contribuição maior que 96% para a categoria.
Tabela 54: Principais aspectos ambientais contribuintes para categoria Depleção de metal.
Aspecto Ambiental Total Fabricação de Chapas Impressão de Cédulas Tratamento de Efluentes kg Fe eq % kg Fe eq % kg Fe eq % kg Fe eq % Ferro 55,70 74,94 3,66 8,01 47,55 198,78 4,48 95,76 Níquel; 1,98% em silicatos; 1,04% no mineral cru 8,50 11,43 7,46 16,31 1,01 4,23 0,03 0,56
Cromo 8,35 11,24 7,37 16,11 0,96 4,02 0,03 0,61 Cobre; 0,99% em sulfureto; Cu 0,36% e Mo 8,2∙10-3% no mineral cru 7,52 10,12 5,24 11,45 2,27 9,49 0,01 0,25 Urânio 2,00 2,69 0,07 0,15 1,85 7,73 0,08 1,81 Cobre; Cu 0,38%; Au 9,7∙10-4%; Ag 9,7∙10-4%; Zn 0,63%; Pb 0,014% no mineral 1,59 2,15 1,35 2,94 0,25 1,03 0,00 0,04 Cobre; 0,52% em sulfureto; Cu 0,27% e Mo 8,2∙10-3% no mineral cru 1,33 1,80 1,13 2,47 0,20 0,85 0,00 0,03 Cobre; 1,18% em sulfureto; Cu 0,39% e Mo 8,2∙10-3% no mineral cru 1,07 1,44 0,89 1,95 0,18 0,74 0,00 0,03 Estanho 0,94 1,26 0,05 0,11 0,87 3,65 0,02 0,38 Cobre; 0,59% em sulfureto; Cu 0,22% e Mo 8,2∙10-3% no mineral cru 0,76 1,02 0,63 1,37 0,13 0,54 0,00 0,02 Níquel; Ni 2,3%; Pt 2.5∙10-4%; Pd 7,3∙10-4%; Rh 2,0∙10-5%; Cu 3,2%; no mineral -0,87 -1,17 0,83 1,83 -1,70 -7,12 0,00 0,01 Platina; Pt 4,8∙10-4%; Pd 2,0∙10-4%; Rh 2,4∙10-5%; Ni 3,7∙10- 2%; Cu 5,2∙10-2%; no mineral -0,95 -1,28 0,95 2,07 -1,90 -7,94 0,00 0,03 Platina; Pt 2,5∙10-4%; Pd 7,3∙10-4%; Rh 2,0∙10-5%; Ni 2,3%; Cu 3,2%; no mineral -1,23 -1,65 1,18 2,57 -2,40 -10,04 0,00 0,01 Níquel; 1,13% em sulfureto; Ni 0,76% e Cu 0,76%; no mineral cru -3,32 -4,46 3,28 7,17 -6,60 -27,58 0,00 0,03 Cobre; Cu 3,2%; Pt 2,5∙10-4%; Pd 7,3∙10-4%; Rh 2,0∙10-5% no mineral -4,11 -5,53 3,95 8,64 -8,06 -33,70 0,00 0,02 Cobre; 1,13% em sulfureto; Cu 0,76% e Ni 0,76% e no mineral cru -5,83 -7,84 5,76 12,59 -11,59 -48,45 0,00 0,04
Ao avaliar o aspecto ambiental, observa-se segundo Tabela 54, que grande parte do impacto está ligada ao consumo de ferro. Os impactos negativos para a categoria de impacto depleção de metais, estão ligados à reciclagem nos processos estudados.
Ao analisar em termos de processo, Tabela 55, observa-se que observa-se que a operação das minas de ferro foi o processo que mais contribuiu com a depleção de metais, representando mais de 71% deste potencial, aproximadamente.
Tabela 55: Principais contribuições para categoria Depleção metal
Processo
Total Fabricação de Chapas Impressão de Cédulas Tratamento de
Efluentes Quantidade (kg Fe eq) Contribuição (%) Quantidade (kg Fe eq) Contribuição (%) Quantidade (kg Fe eq) Contribuição (%) Quantidade (kg Fe eq) Contribuição (%)
Minério de ferro, minério bruto, 46% Fe {Global}|operação na
mina de ferro, minério bruto, 46% Fe| Alocação Padrão, U
52,60 70,77 3,49 7,63 44,84 187,45 4,27 91,23 Ferroníquel, 25% Ni {Global}|
produção| Alocação Padrão, U 7,93 10,66 7,46 16,31 0,44 1,85 0,03 0,56 Minério de cromita concentrado
{Global}| produção| Alocação Padrão, U
7,89 10,62 7,37 16,11 0,50 2,07 2,84?10-2 0,61 Cobre concentrado {Restante do
Mundo}| operação na mina de
cobre| Alocação Padrão, U 5,36 7,21 5,11 11,17 0,25 1,04 0,01 0,13 Minério de ferro, beneficiado,
65% Fe {Quebec}|operação na mina de ferro e beneficiamento do minério de Fe para 65% Fe|
Alocação Padrão, U
2,61 3,52 0,17 0,38 2,23 9,31 0,21 4,53 Resina de poliéster, insaturada
{Restante do Mundo}| Produção de resina à base de soja|
Alocação Padrão, U
2,55 3,44 2,67?10-6 0,00 2,55 10,67 1,74?10-6 0,00 Cobre {Restante do Mundo}|
Operação e refino na mina de ouro-prata-zinco-chumbo-cobre|
Alocação Padrão, U
1,36 1,83 1,30 2,83 0,06 0,25 1,50?10-3 0,03 Ácido Sulfúrico {Global}|
produção de cobre, extração de solvente eletrolítica| Alocação
Padrão, U
1,34 1,81 0,01 0,00 1,33 5,56 0,01 0,12 Cobre {Ásia}| Operação e refino
na mina de ouro-prata-zinco- chumbo-cobre| Alocação Padrão,
U
1,32 1,78 1,26 2,76 0,06 0,25 0,00 0,03 Cobre {América Latina e
Caribe}| Operação e refino na mina de ouro-prata-zinco- chumbo-cobre| Alocação Padrão,
U
1,02 1,38 0,98 2,14 0,05 0,19 0,00 0,02 Resina de poliéster, insaturada
{EUA}| Produção de resina à
base de soja| Alocação Padrão, U 0,84 1,13 0,00 0,00 0,84 3,51 5,71?10-7 0,00 Minério de urânio, como U
{América do Norte}| operação da mina de urânio, subterrâneo|
Alocação Padrão, U
136
5.1.17 Depleção fóssil
A Tabela 56 indica quais os processos que mais contribuíram para as emissões de Gases de Efeito Estufa. Na Tabela 557 esta avaliação é feita sobre os tipos de emissões mais significativas.
Tabela 56: Principais processos contribuintes para categoria Depleção fóssil. Processo Quantidade (kg petróleo eq) Contribuição (%)
Fabricação de Chapas 31,12 2,44
Impressão de Cédulas 1206,99 94,45
Tratamento de Efluentes 39,78 3,11
Conforme visto no gráfico da Figura 20 e na Tabela 54, a impressão de cédulas possui a maior contribuição em comparação à Fabricação de Chapas e Tratamento de Efluentes.
No processo de produção de cédulas, o algodão contribuiu para a maior parte desta categoria de impacto, correspondendo a 55%, seguido pelo consumo de energia elétrica, que responde por 38% de contribuição, a banda holográfica e tintas, com 6% e 2% da contribuição. A soma das contribuições é maior que 100% devido à contribuição negativa da reciclagem nesta categoria de impacto
A Tabela 57 considera apenas os aspectos ambientais que, somados, têm a contribuição maior que 99% para a categoria de impacto.
Tabela 57: Principais aspectos ambientais contribuintes para categoria Depleção fóssil.
Aspecto Ambiental
Total Fabricação de Chapas Impressão de Cédulas Tratamento de Efluentes
Quantidade (kg petróleo eq) Contribuição (%) Quantidade (kg petróleo eq) Contribuição (%) Quantidade (kg petróleo eq) Contribuição (%) Quantidade (kg petróleo eq) Contribuição (%) Gás natural/m3 463,40 36,26 15,10 48,53 429,43 35,58 18,87 47,44 Óleo cru 457,16 35,78 9,70 31,17 434,29 35,98 13,18 33,12 Carvão, pesado 275,49 21,56 3,05 9,79 268,88 22,28 3,56 8,95 Carvão, marrom 76,98 6,02 3,22 10,34 69,65 5,77 4,11 10,33
Ao avaliar o aspecto ambiental, observa-se segundo Tabela 58, que grande parte do impacto está ligada ao consumo de gás natural e de óleo cru.
Ao analisar em termos de processo, Tabela 58, observa-se que a produção de petróleo foi o processo que mais contribuiu com a depleção de fóssil, representando mais de 30% deste
potencial, aproximadamente, o gás natural é responsável por 23% desta categoria de impacto, o carvão é responsável por 22%.
Tabela 58: Principais contribuições para categoria Depleção fóssil
Processo Total Fabricação de Chapas Impressão de Cédulas Tratamento de Efluentes kg petróleo eq % kg petróleo eq % kg petróleo eq % kg petróleo eq %
Petróleo {Restante do Mundo}| produção de
petróleo e gás, on shore| Alocação Padrão, U 114,28 8,94 2,89 9,28 107,41 8,90 3,98 10,01 Petróleo {Oriente Médio}| produção, on shore|
Alocação Padrão, U 112,95 8,84 2,85 9,17 106,16 8,80 3,93 9,89 Carvão {China}| Operação da mina| Alocação
Padrão, U 106,27 8,32 1,08 3,47 103,90 8,61 1,29 3,25 Gás Natural, alta pressão {Restante do
Mundo}| produção de gás natural| Alocação Padrão, U
103,50 8,10 4,56 14,66 93,13 7,72 5,80 14,59 Gás Natural, não-processado, na extração
{Global}| produção| Alocação Padrão, U 100,89 7,90 4,45 14,29 90,78 7,52 5,66 14,22 Lignita {Restante do Mundo}| Operação da
mina| Alocação Padrão, U 67,97 5,32 3,17 10,20 60,71 5,03 4,08 10,26 Carvão {América do Norte}| Operação da
mina| Alocação Padrão, U 66,40 5,20 0,49 1,59 65,34 5,41 0,56 1,42 Gás Natural, alta pressão {Rússia}| produção
de gás natural| Alocação Padrão, U 57,50 4,50 2,24 7,21 52,44 4,35 2,82 7,08 Carvão {Restante do Mundo}| Operação da
mina| Alocação Padrão, U 52,96 4,14 0,57 1,84 51,71 4,28 0,68 1,71 Petróleo {Rússia}| produção, on shore|
Alocação Padrão, U 49,31 3,86 1,25 4,00 46,34 3,84 1,72 4,32 Petróleo {Restante do Mundo}| produção de
petróleo e gás, off shore| Alocação Padrão, U 46,62 3,65 1,18 3,78 43,82 3,63 1,62 4,08 Polietileno, alta densidade, granulado
{Restante do Mundo}| produção| Alocação Padrão, U
37,97 2,97 0,06 0,19 37,85 3,14 0,06 0,15 Resina de poliéster, insaturada {Restante do
Mundo}| Produção de resina à base de soja| Alocação Padrão, U
25,42 1,99 0,00 0,00 25,42 2,11 0,00 0,00 Gás Natural, alta pressão {EUA}| produção de
petróleo e gás, on shore| Alocação Padrão, U 24,75 1,94 0,26 0,83 24,21 2,01 0,29 0,72 Gás Natural, alta pressão {Restante do
Mundo}| produção de petróleo e gás, on shore| Alocação Padrão, U
21,76 1,70 0,96 3,08 19,58 1,62 1,22 3,07 Gás Natural, alta pressão {EUA}| produção de
gás natural| Alocação Padrão, U 20,82 1,63 0,00 0,70 20,36 1,69 0,00 0,61 Carvão {Indonésia}| Operação da mina|
Alocação Padrão, U 15,27 1,20 0,16 0,53 14,91 1,24 0,20 0,49 Petróleo {Restante do Mundo}| produção, on
shore| Alocação Padrão, U 14,74 1,15 0,37 1,20 13,86 1,15 0,51 1,29 Gás Natural, alta pressão {Restante do
Mundo}| produção de petróleo e gás, off shore| Alocação Padrão, U
14,43 1,13 0,64 2,04 12,99 1,08 0,81 2,03 Polietileno, alta densidade, granulado
{Europa}| produção| Alocação Padrão, U 13,77 1,08 0,03 0,09 13,71 1,14 0,03 0,07 Gás Natural, alta pressão {Alberta}| produção
138
5.1.18 Radiação Ionizante
A Tabela 59 indica quais os processos que mais contribuíram para radiação ionizante. Na Tabela 60 esta avaliação é feita sobre os tipos de emissões mais significativas.
Tabela 59: Principais processos contribuintes para categoria Radiação Ionizante.
Processo Quantidade (kBq U235 eq) Contribuição (%) Fabricação de Chapas 7,37 2,82 Impressão de Cédulas 244,74 93,56 Tratamento de Efluentes 9,47 3,62
Conforme visto no gráfico da Figura 20 e na Tabela 59, a impressão de cédulas possui a maior contribuição para a categoria em comparação à Fabricação de Chapas e Tratamento de Efluentes.
No processo de impressão de cédulas, o algodão contribuiu para a maior parte desta categoria de impacto, correspondendo a 52%, seguido pelo consumo de energia elétrica, que responde por 47% de contribuição, a banda holográfica, com 3% da contribuição em relação à produção de cédulas, respectivamente. A soma das contribuições é maior que 100% devido à contribuição negativa da reciclagem nesta categoria de impacto.
A Tabela 60 considera apenas os aspectos ambientais que, somados, têm a contribuição maior que 98% para a categoria de impacto.
Tabela 60: Principais aspectos ambientais contribuintes para categoria Radiação Ionizante
Aspecto Ambiental
Total Fabricação de Chapas Impressão de Cédulas Tratamento de Efluentes
Quantidade (kBq U235 eq) Contribuiçã o (%) Quantidade (kBq U235 eq) Contribuição (%) Quantidade (kBq U235 eq) Contribuiçã o (%) Quantidade (kg petróleo eq) Contribuiçã o (%) Carbono-14, ar 240,93 92,11 6,72 91,24 225,55 92,16 8,65 91,40 Radônio- 222, ar 16,02 6,13 0,55 7,45 14,78 6,04 0,69 7,33
Ao avaliar o aspecto ambiental, observa-se segundo Tabela 60, que grande parte do impacto está ligada à emissão por carbono 14 no ar.
Ao analisar em termos de processo, Tabela 61, observa-se que o tratamento de rejeito radiativo foi o processo que mais contribuiu com a depleção de fóssil, representando mais de 38% deste potencial, aproximadamente, o tratamento de combustível nuclear gasto é responsável por 25% desta categoria de impacto, a produção de eletricidade nuclear é responsável por 21%.
Tabela 61: Principais contribuições para categoria Radiação Ionizante
Processo
Total Fabricação de Chapas Impressão de Cédulas Tratamento de
Efluentes Quantidade (kBq U235 eq) Contribuição (%) Quantidade (kBq U235 eq) Contribuição (%) Quantidade (kBq U235 eq) Contribuição (%) Quantidade (kBq U235 eq) Contribuição (%)
Resíduo de baixo nível radioativo {Suíça}| tratamento de, incineração em tocha de plasma| Alocação Padrão, U
100,91 38,58 2,75 37,39 94,47 38,60 3,68 38,90 Combustível nuclear gasto
{Restante do Mundo}| tratamento de, reprocessamento| Alocação Padrão, U
63,90 24,43 1,98 26,90 59,41 24,28 2,50 26,45 Eletricidade, alta voltagem
{Brasil}| Produção de eletricidade, nuclear, reator de água sob pressão| Alocação Padrão, U
33,94 12,98 1,81 24,57 29,78 12,17 2,35 24,80 Minério de urânio, como U
{América do Norte}| operação da mina de urânio, subterrâneo| Alocação Padrão, U
6,92 2,65 0,24 3,25 6,38 2,61 0,30 3,20 Minério de urânio, como U {
Restante do Mundo }| operação da mina de urânio, subterrâneo| Alocação Padrão, U
6,53 2,50 0,23 3,07 6,02 2,46 0,29 3,02 Eletricidade, alta voltagem
{Japão| Produção de eletricidade, nuclear, reator de água em ebulição| Alocação Padrão, U
5,71 2,18 0,03 0,34 5,65 2,31 0,03 0,31
Eletricidade, alta voltagem {SERC| Produção de eletricidade, nuclear, reator de água em ebulição| Alocação Padrão, U
5,34 2,04 0,02 0,25 5,30 2,17 0,02 0,18
Eletricidade, alta voltagem {RFC| Produção de eletricidade, nuclear, reator de água em ebulição| Alocação Padrão, U
4,86 1,86 0,02 0,23 4,83 1,97 0,02 0,16
Eletricidade, alta voltagem {Rússia| Produção de eletricidade, nuclear, reator de água em ebulição| Alocação Padrão, U
140
6
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Diante da pesquisa, com base na problemática proposta, foi possível apresentar o mapeamento de todos os processos necessários para a produção de cédulas. O mapeamento contemplou as etapas de fabricação de todas as chapas que são utilizadas no processo, as etapas de impressão e os processos de tratamento de efluentes. Este mapeamento permitiu uma visão mais ampla, até então, a empresa só havia mapeado escopos mais limitados do processo. O resultado deste mapeamento pode ser utilizado para o sistema de gestão ambiental e de qualidade da empresa para identificação de melhorias no processo.
O trabalho também permitiu verificar as entradas e saídas ambientais por etapa do processo e identificar os impactos ambientais mais significativos. O alcance deste objetivo também foi pioneiro dentro da empresa.
Os resultados da fase de Avaliação de Impacto indicaram que o processo de impressão de cédulas mostrou ter a maior contribuição para o impacto ambiental em 17 das 18 categorias avaliadas, quais sejam: Alterações Climáticas; Esgotamento do ozônio; Acidificação terrestre; Eutrofização de água doce; Eutrofização marinha; Toxicidade humana; Formação de oxidantes fotoquímicos; Formação de partículas; Ecotoxicidade terrestre; Ecotoxicidade em água doce; Ecotoxicidade marinha; Radiação ionizante; Ocupação de terras agrícolas; Ocupação de terras urbanas; Transformação natural da terra; Esgotamento da água; Esgotamento do metal; Esgotamento dos fósseis.
De um modo geral, o processo de impressão de cédulas mostrou ter 88% de contribuição para o impacto ambiental em relação a produção de chapas e tratamento dos efluentes. A única exceção foi a categoria Depleção de Metais, cujo processo fabricação de chapas apresentou maior impacto ambiental.
Baseado nos resultados deste estudo de ACV depreende-se que no processo de impressão de cédulas, o uso de papel fibra algodão apresentou maior contribuição para o impacto ambiental em 16 das 18 categorias avaliadas. Com exceção da categoria transformação natural da terra e Esgotamento do metal.
No entanto, cabe destacar que foi considerado neste estudo o impacto ambiental do algodão virgem. Mas conforme mencionado no item 2.3.1, o papel fibra de algodão é produzido a partir de resíduos de algodão da indústria têxtil. Desta forma, o resultado apresentado considerou o impacto máximo para o uso de algodão. O uso dos dados para algodão virgem foi necessário, devido ao escopo definido no início do estudo (portão a portão). Portanto, sugere- se que a partir deste trabalho, o estudo seja ampliado (berço ao túmulo) para identificação quais
aspectos significativos na cadeia do papel de fibra e algodão. Outro aspecto significativo no processo de impressão de cédulas foi o consumo de energia. Portanto, sugere-se uma avaliação mais detalhada nas etapas de impressão de cédulas, a fim de identificar oportunidade de melhoria.
No processo de fabricação de chapas, houve um destaque no aspecto consumo de energia. De acordo com informações obtidas na área produtiva, mesmo que não haja produção de chapas, os maquinários permanecem ligados de segunda a sexta (24h/dia), o que pode acarretar neste aspecto ser significativo. O resultado também mostrou que a fabricação da chapa do tipo calcográfica é o processo que apresenta maior contribuição em termos de impacto ambiental. Desta forma, sugere-se uma avaliação dos insumos que são utilizados neste processo.
No processo de tratamento de efluentes, o impacto mais significativo se deu no aspecto consumo de energia. Já o consumo de água não apresentou significância por se tratar de um sistema de reuso.
Cabe destacar que os resultados desta dissertação são válidos tão somente para as condições estabelecidas neste estudo, tais como: fronteiras do sistema, fonte dos dados, critério de alocação, método de avaliação de impacto, entre outras.
Como recomendações para futuros estudos, sugere-se a elaboração de um inventário da produção das cédulas de real para todas as denominações (R$ 2,00; R$ 5,00; R$ 10,00; R$ 20,00; R$ 100,00). Com isso, poderá ser feita comparações com os demais processos utilizados na fabricação de todo o meio circulante brasileiro.
Outra recomendação, refere-se a extensão do estudo para uma abordagem mais ampla, do berço ao túmulo. Principalmente para avaliação da cadeia produtiva do papel fibra de algodão, que apresentou grande destaque em termos de impacto ambiental no processo. Além disso, sugere-se que nesta ampliação do estudo, seja considero o processo de distribuição das cédulas para os bancos e caixas eletrônicos, em similaridade aos estudos realizados pelo Banco Central do Canadá e Inglaterra.
Ao avaliar a estrutura de um estudo de ACV, figura 11, verifica-se que as aplicações diretas da ACV são: desenvolvimento e aperfeiçoamento de produtos; planejamento estratégico; elaboração de políticas públicas; marketing e outras. Desta forma, sugere-se as seguintes recomendações:
142
Desenvolvimento e aperfeiçoamento de produtos
Utilizar este estudo para o desenvolvimento da futura família de cédulas que atualmente encontra-se em discussão. E sugere-se, também, utilizar o resultado da pesquisa para realizar melhoria nos processos internos em que os impactos foram identificados como significativos, principalmente em relação ao consumo de energia que apresentou significância nos 3 (três) sistemas mapeados -fabricação de capas, impressão de cédulas e tratamento de efluentes.
Planejamento estratégico
Incluir no planejamento estratégico da Casa da Moeda do Brasil, estudos que fomentem a avaliação dos aspectos ambientais, utilizando a ferramenta de ACV em seus produtos.
Elaboração de políticas públicas
Participar de grupos de discussões de ACV, como a Rede ACV (Rede Empresarial Brasileira de Avaliação de Ciclo de Vida) que tem como missão mobilizar as empresas, articular governos e educar o consumidor visando incorporar a ACV como uma ferramenta para determinar a sustentabilidade dos produtos.
Marketing
Utilizar o resultado deste estudo como um diferencial da empresa, diante de outros concorrentes.
7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABCV. Associação Brasileira do Ciclo de Vida. Disponível em: <http://abcvbrasil.org.br/?p=texto.php&c=quem_somos>. Acessado em: 01 de nov. de 2016. ABNT . Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 14044:2009 – Gestão Ambiental - Avaliação do Ciclo de Vida - Requisitos e orientações. Rio de janeiro, 2009b. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 14040:2009 - Gestão ambiental - Avaliação do Ciclo de vida - Princípios e estrutura. Rio de Janeiro, 2009a.
AHLERS; CHRIS; MARTIN, Melody; OLSEN, Bem; O’NEIL, Paul; JUNIOR, Miguel Sanchez. How Green is Our Green? A Sustainability Assessment of U.S. and Australian
Currency. 2010. Disponível em: <http://www.uvm.edu/~shali/currency.pdf>. Acesso em: 29
de out. de 2016.
BAER, Lorenzo. Produção gráfica. São Paulo: Senac, 2005.
BANCO CENTRAL. Banco central do Brasil. 2014. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/htms/origevol.asp>. Acesso em: 20 de out. de 2016.
BANK OF CANADA. Life cycle assessment of Canada spolymer bank notes and cotton-
paper bank notes. Boston, 27 de maio de 2011. Disponível em: <
http://www.bankofcanada.ca/wp-content/uploads/2011/06/Life-Cycle-Assessment-of- Polymer-and-Cotton-Paper-Bank-Notes_opt.pdf> . Acessado em: 24 de set. de 2016.
BANK OF ENGLAND. The bank of England - LCA of paper and polymer bank notes. 6
de Setembro de 2013. Disponível em: <
http://www.bankofengland.co.uk/banknotes/polymer/Documents/lcapaperandpolymerbanknot es.pdf> . Acessado em: 25 de set. de 2016.
BAUMANN, H., e TILLMAN, A. M. . The hitch hiker's guide to LCA: An orientation in
life cycle assessment methodology and application. Lund, 2004, 543 p.
BENOIT, C.; MAZIJN, B. Guidelines for Social Life Cycle Assessment of Products. UMEP/SETAC Life cycle iniciative, 2009. ISBN: 978-92807-3021-0.
BRAGA, Thais Guerra; DESAINDES, Céline. Gestão do ciclo de vida na concepção de
144
BRASIL. Decreto Nº 2.122, de 13 de janeiro de 1997, Estatuto Social da Casa da Moeda do
Brasil. Diário Oficial da União, Seção 1, 14/1/1997, pág. 725.