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Os Derivativos são compostos por operações contratadas com finalidade de hedge e constitui uma ferramenta imprescindível na gestão financeira das instituições, haja vista a evolução e diversificação dos produtos utilizados no mercado financeiro globalizado.

Sua utilização tem como objetivo minimizar os riscos de mercado originados na flutuação das taxas de juros, do câmbio, dos preços dos ativos, entre outros.

a) Política

Os derivativos negociados pelo Banco são, basicamente, operações de swap utilizados como instrumentos destinados à proteção das operações em moedas estrangeiras frente aos riscos de variações cambiais.

b) Objetivos e Estratégias de Gerenciamento de Riscos e Efetividade

Os contratos de derivativos utilizados pela Instituição são de operações de swap realizadas como instrumentos de proteção contra as variações cambiais sobre as captações internacionais e como instrumento de ajuste de remuneração de

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operações de captação no mercado interno. Para as captações no exterior, o Banco realiza hedge na mesma moeda, visando eliminar a exposição ao risco de variação cambial.

A efetividade é verificada na realização das operações de hedge accouting através da projeção tanto do passivo objeto quanto das operações classificadas como hedge accouting, demonstrando a eficácia esperada para o vencimento das operações. A partir da contratação é realizada a verificação gerencial da efetividade, criando-se histórico de avaliação do comportamento da operação, com indicação de que as variações das compensações situam-se num intervalo entre 80% e 125%. Dentro deste contexto, verifica-se que os efeitos da variação cambial nas operações de hedge accouting é equivalente ao gerado nas operações objeto de hedge accouting.

c) Riscos Associados

Os principais fatores de risco dos derivativos da Instituição estão relacionados com as oscilações do câmbio e os resultados obtidos atenderam adequadamente os objetivos de proteção patrimonial.

O gerenciamento dos riscos é controlado e supervisionado de forma independente das áreas geradoras da exposição ao risco. Sua avaliação e medição são realizadas diariamente baseando-se em índices e dados estatísticos, utilizando-se de ferramentas tais como V@R não paramétrico e análise de sensibilidade a cenários de stress.

O modelo utilizado para o cálculo do V@R é a Simulação Histórica, que consiste na replicação da distribuição das variações passadas observadas no mercado. Trata-se de um modelo não paramétrico, ou seja, não assume que os retornos seguem uma determinada distribuição probabilística.

Sua metodologia de cálculo consiste em mapear os fluxos de caixa por fator de risco (book), marcá-los a mercado pela estrutura temporal correspondente e aplicar 100 variações passadas (cenários) da estrutura temporal para estimar a perda potencial. As simulações de 100 variações sobre a estrutura temporal vigente gerará 100 possíveis resultados diferentes e, consequentemente, 100 variações do valor presente a mercado da carteira. A perda máxima esperada de um dia para outro (V@R), com 95% de grau de confiança, será obtido identificando-se a sexta pior variação de todas as opções simuladas.

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d) Valor Justo

Os contratos de derivativos referem-se a operações de swap, classificadas na categoria de hedge de valor justo, em conformidade com o Parágrafo 86 “a”, da IAS 39, todas registradas na CETIP.

Para obtenção do valor justo das operações de swap, estima-se o fluxo de caixa de cada uma de suas partes descontado a valor presente, de acordo com as taxas divulgadas pela BM&FBovespa, ajustadas pelos spread de risco, apurado no fechamento da operação.

A posição desses instrumentos financeiros tem seus valores referenciais registrados em contas de compensação e os ajustes em contas patrimoniais, tendo como contrapartida contas de resultado.

e) Segregação por Ativo e Passivo, Categoria, Risco e Estratégia

Hedge Accounting da Captação Externa Contrato de swap

Descrição

Valor de referência

(nocional) Valor justo

Efeito acumulado (exercício atual) Valor a 31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015 Receber Pagar 31/12/2016 31/12/2015 31/12/216 31/12/2015 Posição ativa 270.891 333.988 415.135 623.828 27.721 139.938 (5.456) - Moeda estrangeira 270.891 333.988 415.135 623.828 27.721 139.938 (5.456) - Posição passiva 270.891 333.988 392.870 483.890 27.721 139.938 (5.456) - Taxas – (CDI) 270.891 333.988 392.870 483.890 27.721 139.938 (5.456) - Circulante 5.042 16.558 (569) - Não circulante 22.679 123.380 (4.887) - Indexador

Faixa de vencimento Mercado

de registro Valor base

Ajuste Riscos

Ativo Passivo Curva Valor justo V@R (i)

Dólar CDI 01 a 90 dias CETIP 12.918 2.402 2.402 (288) 91 a 360 dias 12.473 2.336 2.071 (266) Acima de 360 dias 245.500 36.760 17.792 (4.740) Total geral em 31/12/2016 270.891 41.498 22.265 (5.294) Total geral em 31/12/2015 333.988 216.837 139.938 (16.359)

(i) Value at Risk – Ferramenta de medida de risco utilizada para estimar a maior perda esperada, num

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Instrumentos de proteção demais exposições cambiais (i)

Contratos Futuros – BM&F Descrição

Valor de referência Valor justo Efeito acumulado (exercício atual) Valor a 31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015 Receber Pagar 31/12/2016 31/12/2015 31/12/216 31/12/2015 Moeda estrangeira 15.571 207.123 15.571 203.238 - 8 - (3.893) Compra 15.571 - 15.571 - - - - - Venda - 207.123 - 203.238 - 8 (3.893)

Indexador Faixa de vencimento Mercado

de registro Valor base

Ajuste Riscos

Curva Valor justo V@R (ii)

Dólar 01 a 90 dias BM&F 15.571 - - (197)

Total geral em 31/12/2016 15.571 - - (197)

Total geral em 31/12/2015 207.123 (3.885) (3.885) (5.452)

(i) Operação com derivativo realizada pelo Banco com a finalidade de proteger, complementarmente, as demais

exposições cambiais.

(ii) Value at Risk – Ferramenta de medida de risco utilizada para estimar a maior perda esperada, num

determinado nível de confiança, dentro de um horizonte de tempo.

f) Valores e Efeitos no Resultado e no Patrimônio Líquido de Operações que

deixaram de ser hedge

Não houve nenhuma reclassificação contábil em função de desenquadramento de operações de hedge.

10.2 Instrumento de Hedge

Em dezembro de 2016, o Banco passou a utilizar suas posições ativas representadas por operações de adiantamentos de contrato de câmbio (ACC) e investimentos no exterior (Patrimônio Líquido da Agência em Cayman) como hedge natural de uma parcela da captação externa de modo a garantir adequada proteção contra risco cambial.

A utilização do hedge natural permite uma redução das posições de derivativos e consequentemente dos riscos envolvidos, dos custos operacionais e financeiros decorrentes da manutenção destas posições.

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Nesta estrutura, os riscos são anulados dentro da própria estrutura patrimonial de ativos e passivos e são conforme segue:

Instrumentos Financeiros de Proteção não Derivativos - Hedge Natural

Tipo Natureza Descrição

31/12/2016

US$ R$

Objeto de hedge Passivo Captação Externa 33.800 110.137

Total 33.800 110.137

Hedge Natural Ativo Investimento no Exterior 25.864 84.294

Operações Ativas - ACC 8.000 26.068 Total

33.864 110.362