• Nenhum resultado encontrado

CAIXA E RESERVAS NO BANCO CENTRAL (Nota 6.) ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA (Nota 8.)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CAIXA E RESERVAS NO BANCO CENTRAL (Nota 6.) ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA (Nota 8.)"

Copied!
120
0
0

Texto

(1)
(2)

2

BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. (“MB Consolidado”)

BALANÇOS PATRIMONIAIS Para os exercícios findos em

Em R$ Mil

A T I V O

31/12/2016 31/12/2015 CAIXA E RESERVAS NO BANCO CENTRAL (Nota 6.)... 1.830.399 1.653.090 ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA (Nota 8.)... 1.068.502 641.210 EMPRÉSTIMOS E RECEBÍVEIS (Nota 9.) ... 6.283.719 8.665.459 DERIVATIVOS (Nota 10.)... 27.721 139.938 ATIVOS FINANCEIROS MANTIDOS ATÉ O VENCIMENTO (Nota 11.)... 4.036 6.945 ATIVOS NÃO CORRENTES DISPONÍVEIS PARA VENDA (Nota 17.)... 201.827 128.962 ATIVOS TANGÍVEIS (Nota 13.)... ... 151.167 128.898 ATIVOS INTANGÍVEIS (Nota 14.)... 37.567 35.761 ATIVOS FISCAIS CORRENTES (Nota 15.)... 35.174 27.980 ATIVOS FISCAIS DIFERIDOS (Nota 16.)... 557.924 552.187 OUTROS ATIVOS (Nota 18.)... 491.598 594.939 TOTAL DO ATIVO... 10.689.634 12.575.369

MB Consolidado

P A S S I V O

31/12/2016 31/12/2015 PASSIVO FINANCEIRO AO CUSTO AMORTIZADO (Nota 19.)... 8.408.065 10.463.765 DERIVATIVOS (Nota 10.)... 5.456 -PASSIVO FISCAL CORRENTE (Nota 20.)... 10.030 9.204

PROVISÕES (Nota 21.)... 269.701 250.415 PASSIVO FISCAL DIFERIDO (Nota 22.)... 10.203 640

INSTRUMENTOS DE DIVIDA ELEGIVEIS A CAPITAL (Nota 23.)... 623.470 625.436 OUTROS PASSIVOS (Nota 24.)... 405.500 411.515

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 25.) ... 957.209 814.394 CAPITAL SOCIAL (Nota 25.1.)... 433.340 433.340

RESERVAS DE LUCROS E DE CAPITAL (Nota 25.2.)... 271.769 274.526 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL (Nota 25.3.)... (4.920) (70)

LUCROS / (PREJUÍZOS) ACUMULADOS ... 61.333 63.346 PARTICIPAÇÃO DOS NÃO CONTROLADORES (MINORITÁRIOS)(Nota 25.) ... 195.687 43.252 TOTAL DOS PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ... 10.689.634 12.575.369

(3)

3

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Para os exercícios findos em

Em R$ Mil

31/12/2016 31/12/2015

RECEITA DE JUROS (Nota 29.) ... 3.320.033 3.450.819

DESPESA DE JUROS (Nota 30.)... (1.646.259) (1.817.908)

RECEITA LÍQUIDA COM JUROS... 1.673.774 1.632.911

Resultado Líquido de Taxas e Comissões (Nota 31.) ... 240.154 194.249 Variação Cambial ... (17.918) 8.399

Outras Receitas / (Despesas) Operacionais (Nota 32.)... (66.563) (38.860)

TOTAL DE RECEITAS... 1.829.447 1.796.699

Despesas Administrativas (Nota 33.)... (928.705) (895.395) Depreciação e Amortização (Nota 34.)... (41.688) (39.153) Ganhos / (Perdas) Líquidas com Ativos Financeiros (Nota 35.1.)... (803.541) (738.493) Ganhos / (Perdas) Líquidas com Outros Ativos (Nota 35.2.)... (12.188) (48.648) Ganhos / (Perdas) Líquidas na Alienação de Bens (Nota 36.)... (4.840) (5.640)

LUCRO OPERACIONAL ANTES DA TRIBUTAÇÃO... 38.485 69.370

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Nota 37.)... (14.971) 34.903 LUCROLÍQUIDO CONSOLIDADO DO EXERCÍCIO ... 23.514 104.273

Lucro atribuível à Controladora... 16.417 103.687 Lucro atribuível aos não controladores ... 7.097 586

-LUCRO BÁSICO POR AÇÃO (em reais)

Ações ordinárias ...0,3561 2,2492 Ações preferenciais ...0,3561 2,2492

LUCRO LIQUIDO ATRIBUIDO (em reais - R$ mil)

Ações ordinárias ... 9.352 59.068 Ações preferenciais ... 7.065 44.619

Media ponderada das ações emitidas - basica e diluída

Ações ordinárias ... 26.262.082 26.262.082 Ações preferenciais ... 19.837.918 19.837.918

(4)

4

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE Para os exercícios findos em

Em R$ Mil

31/12/2016 31/12/2015 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO... 23.514 104.273

OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES... (4.850) 70

ITENS A SEREM POSTERIORMENTE RECLASSIFICADOS PARA O RESULTADO... (1.511) 70

Ativos Financeiros Disponíveis para Venda... (2.519) 116

Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos... 1.008 (46)

ITENS QUE NÃO SERÃO POSTERIORMENTE RECLASSIFICADOS PARA O RESULTADO... (3.339) -Ganhos / (Perdas) Atuariais de Plano de Benefícios Definido... (5.564) -Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos... 2.225 -OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES DO EXERCÍCIO, LÍQUIDO DE IMPOSTOS... 18.664 104.343 RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO EXERCÍCIO... 18.664 104.343 Lucro Atribuível à Controladora... 11.567 103.757 Lucro Atribuível a Participações Minoritárias... 7.097 586

(5)

5

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO INDIRETO Para os exercícios findos em

Em R$ Mil

31/12/2016 31/12/2015 1. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

Lucro Líquido Consolidado do Exercício... 23.514 104.273 Ajustes ao Lucro ... 947.744 925.603

Despesas de Juros e Variação Cambial de Dívidas Subordinadas... ... (50.448) 338.352

Ajuste a Mercado de Instrumentos Financeiros Derivativos e Hedge... ... 125.206 (253.497)

Efeitos da Variação das Taxas de Câmbio sobre o Caixa e Equivalentes de Caixa... ... (2.866) (3.500) Constituição para Contingências Cíveis e Trabalhistas... ... 13.595 12.314

Perdas com Ativos Financeiros (Líquidas)... ... 803.541 738.493 Depreciação e Amortização do Ativo Tangível e Intangível... ... 41.688 39.153 Perdas com Outros Ativos (Líquidas)... ... 12.188 48.648

Perdas Líquidos na Alienação do Ativo Tangível, Investimentos e Ativos não Correntes Mantidos para Venda... ... 4.840 5.640

(Aumento) Decréscimo Líquido nos Ativos Operacionais... 1.236.026 227.058

Caixa e Reservas no Banco Central... 75.781 125.172 Ativos Financeiros Mantidos para Negociação... - 132.276 Empréstimos e Recebíveis... 1.578.199 332.469 Ativos Fiscais Correntes... (7.194) 5.203

Ativos não Correntes Disponíveis para Venda... (72.865) (44.504) Ativos Fiscais Diferidos... (5.737) (51.537)

Derivativos... (400.288) (112.504) Outros Ativos... 68.130 (159.517)

Aumento (Decréscimo) Líquido nos Passivos Operacionais... (1.923.734) (924.284)

Passivo Financeiro ao Custo Amortizado... (2.055.700) (997.002) Passivo Fiscal Corrente... 12.756 13.232

Provisões... 19.286 25.154 Passivo Fiscal Diferido... 12.796 (46)

Outros Passivos... 87.128 34.378

Caixa Gerado nas Operações...283.550 332.650

Impostos Pagos... (11.930) (6.124)

CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (1)... 271.620 326.526 2. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Investimentos... (396.806) (378.838)

Aquisição de Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda... (329.577) (319.232) Aquisição de Ativo Tangível... (52.175) (49.671)

Aquisição de Ativo Intangível... (15.054) (9.935) Alienação... 317.156 290.786

Alienação de Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda... 291.817 268.227 Alienação de Instrumentos Financeiros Mantidos Até o Vencimento... 5.690 5.736 Alienação de Ativo Tangível... 12.313 16.399

Alienação de Ativo Intangível... 7.336 424

CAIXA LÍQUIDO (APLICADO NAS) ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (2)...(79.650) (88.052) 3. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Principal e Juros Pagos Sobre as Captações no Exterior... (54.390) (398.100) Imposto de Renda Sobre Dívidas Subordinadas... (7.773) (10.960) Instrumentos Financeiros Derivativos de Hedge Pagos... (52.457)

Instrumentos Financeiros Derivativos de Hedge Recebidos... 56.965 178.198 Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio Pagos... (29.429) (29.019) Variação da Participação dos Acionistas Minoritários... 145.338 (3.364)

CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS / (APLICADO NAS) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3)... 58.254 (263.245) AUMENTO / (REDUÇÃO) NAS DISPONIBILIDADES (1+2+3)... 250.224 (24.771)

Caixa e Equivalente de Caixa no Início do Exercício... 1.458.244 1.479.515

Efeitos da Variação das Taxas de Câmbio sobre o Caixa e Equivalentes de Caixa... ... 2.866 3.500 Caixa e Equivalente de Caixa no Fim do Exercício... 1.711.334 1.458.244

AUMENTO / (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA... 250.224 (24.771) MB Consolidado

(6)

6

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Para os exercícios findos em

Em R$ Mil

31/12/2016 31/12/2015

1 - RECEITAS... 2.620.002 2.795.987

Intermediação Financeira... 3.320.033 3.450.819 Prestação de Serviços... 240.154 194.249 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ... (803.541) (738.493) Outras ... (136.644) (110.588)

2 - DESPESAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ... (1.646.259) (1.817.908) 3 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS ... (337.893) (321.101)

Materiais, Energia e Outros ... (27.846) (25.241) Serviços de Terceiros ... (91.391) (92.514) Outros ... (218.656) (203.346)

Comunicações ... (10.250) (10.812) Processamento de Dados ... (63.766) (65.852) Propaganda e Publicidade ... (3.319) (2.806) Serviços do Sistema Financeiro ... (17.542) (18.903) Serviço de Vigilância e segurança... (30.382) (25.921) Serviços Técnicos Especializados... (46.792) (36.926) Arrendamento de bens ... (5.723) (5.194) Despesas de Transporte ... (15.230) (15.099) Outros ... (25.652) (21.833)

4 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2-3) ... 635.850 656.978 5 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO ... (41.688) (39.153)

Depreciações e Amortizações ... (41.688) (38.698) Depreciação e Amortização de Arrendamento Mercantil ... - (455)

6 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (4-5) ... 594.162 617.825 7 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA ... -

-8 - VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (6+7) ... 594.162 617.825 9 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO ... 594.162 617.825

Pessoal ... 318.591 313.172

Remuneração Direta ... 232.402 235.675 Benefícios ... 62.397 57.039 F.G.T.S ... 23.792 20.458 Impostos, Taxas e Contribuições ... 194.992 143.103

Federais ... 177.344 129.372 Estaduais ... 193 183 Municipais ... 17.455 13.548 Remuneração de Capitais de Terceiros ... 57.065 57.277

Alugueis ... 57.065 57.277 Remuneração de Capitais Próprios ... 23.514 104.273

Juros sobre o Capital Próprio ... 21.087 30.293 Lucros / (Prejuízos) retidos... (4.670) 73.394 Participação dos não Controladores nos Lucros Retidos ... 7.097 586

(7)

7 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Para os exercícios findos em

Em R$ Mil

CAPITAL RESERVAS RESERVAS LUCROS OUTROS RESULTADOS PATRIMÔNIO PARTICIPAÇÃO DOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO

SOCIAL DE CAPITAL DE LUCRO ACUMULADOS ABRANGENTES LÍQUIDO NÃO CONTROLADORES AJUSTADO

SALDOS EM 01/01/2015... 433.340 42.743 188.696 33.039 (140) 697.678 46.030 743.708

TRANSAÇÕES DE CAPITAL COM OS SÓCIOS... - - - (30.293) - (30.293) - (30.293)

JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO... - - - (30.293) - (30.293) - (30.293) RESULTADO ABRANGENTE TOTAL... - - - 103.687 70 103.757 586 104.343

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO... - - - 103.687 - 103.687 586 104.273 OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES... - - - - 70 70 - 70

.ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA ... - - - - 116 116 - 116 .IMPOSTO DE RENDA DIFERIDO... - - - - (46) (46) - (46) MUTAÇÕES INTERNAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO... - - 43.087 (43.087) - - (3.364) (3.364)

CONSTITUIÇÃO DE RESERVAS...- - 43.087 (43.087) - - - OUTROS ... - - - - - - (3.364) (3.364)

SALDOS EM 31/12/2015 ... 433.340 42.743 231.783 63.346 (70) 771.142 43.252 814.394

SALDOS EM 01/01/2016... 433.340 42.743 231.783 63.346 (70) 771.142 43.252 814.394

TRANSAÇÕES DE CAPITAL COM OS SÓCIOS... - - - (21.087) - (21.087) - (21.087)

JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO... - - - (21.087) - (21.087) - (21.087) RESULTADO ABRANGENTE TOTAL... - - - 16.417 (4.850) 11.567 7.097 18.664

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO... - - - 16.417 - 16.417 7.097 23.514 OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES... - - - - (4.850) (4.850) - (4.850)

.ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA ... - - - - (2.519) (2.519) - (2.519) .GANHOS / (PERDAS) ATUARIAIS DE PLANO DE BENEFÍCIOS DEFINIDO... - - - - (5.564) (5.564) - (5.564) .IMPOSTO DE RENDA DIFERIDO... - - - - 3.233 3.233 - 3.233 MUTAÇÕES INTERNAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO... - - (2.757) 2.657 - (100) 145.338 145.238

CONSTITUIÇÃO DE RESERVAS...- - (2.757) 2.757 - - - OUTROS ... - - - (100) - (100) 145.338 145.238

(8)

8

NOTAS EXPLICATIVAS EM IFRS

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS EM 31/12/2016 Em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma 1. Contexto Operacional

O Banco Mercantil do Brasil S.A. e suas controladas (“Banco”) realizam as suas atividades operacionais por intermédio das carteiras comercial, de crédito imobiliário e câmbio, através de sua rede de 190 agências, 19 Postos de Atendimento, uma agência no exterior, em Grand Cayman, e um quadro de 2.763 funcionários. Atua nos demais segmentos financeiros, nas áreas de investimento, crédito ao consumidor, arrendamento mercantil, distribuição de valores e intermediação de títulos e valores mobiliários. O Banco Mercantil do Brasil S.A., por intermédio de sua controlada Mercantil do Brasil Corretora S.A. - Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários, atua também na administração de fundos de investimento. A administração do Banco está localizada na rua Rio de Janeiro, nº 654, Centro, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

2. Resumo das principais políticas contábeis

As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas estão definidas a seguir. Essas políticas foram aplicadas nos balanços de 31 de dezembro de 2016 e 2015.

2.1 Base de preparação

As demonstrações financeiras consolidadas do Banco foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (International Financial Reporting Standards - IFRS) utilizando-se de tradução preparada pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), conforme estabelece a Resolução nº 3.786/09 do Conselho Monetário Nacional (CMN) e evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão.

Os livros contábeis e as demonstrações financeiras consolidadas do Banco são mantidos e elaborados, respectivamente, com base nas práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (“Bacen”).

As demonstrações financeiras consolidadas incluem o balanço patrimonial, a demonstração consolidada do resultado e a demonstração do resultado abrangente,

(9)

9

a demonstração das mutações do patrimônio líquido, a demonstração dos fluxos de caixa, a demonstração do valor adicionado e as notas explicativas.

As demonstrações financeiras consolidadas do Banco foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor, exceto para os ativos financeiros disponíveis para venda, para os ativos financeiros mantidos para negociação e para os derivativos, que estão mensurados pelo valor justo.

A demonstração das mutações do patrimônio líquido evidencia a movimentação de todas as contas do patrimônio líquido durante o exercício social.

A demonstração dos fluxos de caixa demonstra as mudanças no caixa e equivalentes de caixa ocorridas durante os exercícios das atividades operacionais, de investimento e financeiras. Os valores considerados como caixa e equivalentes de caixa incluem certos investimentos de liquidez imediata. A nota nº 6.1 demonstra em quais itens do Balanço Patrimonial eles estão inseridos.

A demonstração do valor adicionado fornece informações relativamente à criação de riqueza do Banco no período e a forma como tais riquezas foram distribuídas entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, clientes, acionistas, entre outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.

Os riscos dos instrumentos financeiros estão divulgados na gestão dos riscos de crédito, operacional, de liquidez, de mercado e socioambiental descritos na nota nº 39.

A preparação de demonstrações financeiras em conformidade com o IFRS requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração no processo de aplicação das políticas contábeis do Banco. Neste contexto, os impactos nas demonstrações financeiras do Banco decorrentes da implementação das normas internacionais de relatórios financeiros estão divulgados na nota nº 38.

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram concluídas e aprovadas pela Diretoria, em 31/03/2017, ad referendum do Conselho de Administração do Banco Mercantil do Brasil S.A.

(10)

10

2.2 Consolidação 2.2.1 Controladas

As operações entre as empresas que compõem o conglomerado, bem como os saldos, os ganhos e as perdas nessas operações foram eliminados. As políticas contábeis das controladas foram ajustadas, quando necessário, para assegurar consistência com as políticas contábeis adotadas pelo Banco.

Foram eliminadas as participações de uma instituição em outra, os saldos de contas e as receitas e despesas entre as mesmas, bem como foram destacadas as parcelas do lucro líquido e do patrimônio líquido referentes às participações dos acionistas não controladores. As demonstrações financeiras do Banco contemplam o Banco Mercantil do Brasil S.A. e empresas controladas, direta e indiretamente, relacionadas a seguir:

Ramo Financeiro:

Empresa Atividade % – Participação

31/12/2016 31/12/2015

BMI Banco de investimento 36,23 78,77

MBC Corretora de câmbio, títulos e valores mobiliários 99,99 99,99 MBD Distribuidora de títulos e valores mobiliários 100,00 100,00

MBF Financeira 85,60 85,60

MBL Arrendamento mercantil 100,00 100,00

• BMI – Banco Mercantil de Investimentos S.A.

• MBC – Mercantil do Brasil Corretora S.A.

• MBD – Mercantil do Brasil Distribuidora S.A.

• MBF – Mercantil do Brasil Financeira S.A.

• MBL – Mercantil do Brasil Leasing S.A.

1.7145% 97,1416% 1.1430% 100% 60% 40%

BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.

MBC

99,99% MBD 100% 85,60% MBF MBI 100% MBEI 100% MBACSPP 100%

MACS 76,07% COSEFI MB FIP 100% SANSA 100% BMI 36,23% MBL 100%

(11)

11

Outras Atividades:

Empresa Atividade % – Participação

31/12/2016 31/12/2015

COSEFI Estipulante de seguros 100,00 100,00

MACS Corretagem de seguros 76,07 76,07

MBACSPP Administração, corretagem de seguros em geral e

de previdência privada 100,00 100,00

MBEI Empreendimentos imobiliários 100,00 100,00

MBI Imobiliária 100,00 100,00

SANSA Negócios imobiliários 100,00 100,00

• COSEFI – Companhia Estipulante de Seguros

• MACS – Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A.

• MBACSPP – Mercantil do Brasil Administradora e Corretora de Seguros e Previdência Privada S.A.

• MBEI – Mercantil do Brasil Empreendimentos Imobiliários S.A.

• MBI – Mercantil do Brasil Imobiliária S.A.

• SANSA – Serviços e Negócios Imobiliários S.A.

No período findo em 31 de março de 2015, as cotas seniores e subordinadas do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Mercantil Crédito Consignado INSS (FIDC MB) foram totalmente liquidadas.

Os ajustes no exercício de 2015 decorrentes desta consolidação geraram um efeito líquido negativo no resultado de R$ 1.284, decorrente dos seguintes desdobramentos:

Receitas / (Despesas) 31/12/2015

Receita de juros 3.407

Outras despesas administrativas (5.547)

Imposto de renda e contribuição social 856

Total (1.284)

2.2.2 Transação com não Controladores

A parcela do patrimônio líquido atribuível à participação de terceiros no capital do Banco é apresentada como “Participação dos não Controladores (Minoritários)” no Balanço Patrimonial. A participação no lucro do exercício é apresentada como “Lucro Atribuível aos não Controladores” na Demonstração Consolidada do Resultado.

2.3 Apresentação de relatórios por segmentos

O relatório por segmentos operacionais está apresentado de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais é o Comitê Executivo. As decisões estratégicas do Banco estão a cargo do Comitê Diretivo (vide nota nº 5).

(12)

12

2.4 Conversão de moeda estrangeira em moeda funcional

O critério para conversão dos saldos ativos e passivos das operações em moedas estrangeiras consiste na conversão desses valores para moeda nacional (Reais - R$), que é a moeda funcional do Banco, à taxa de câmbio vigente na data de encerramento do exercício. Em 31 de dezembro de 2016, a taxa de câmbio aplicável era: US$ 1,00 = R$ 3,2591 (Em 31 de dezembro de 2015: US$ 1,00 = R$ 3,9048).

2.5 Caixa e Equivalentes de Caixa

Os valores referentes à Caixa e Equivalentes de Caixa, alocados na rubrica Caixa e Reservas no Banco Central, estão representados, basicamente, por disponibilidades, depósitos bancários disponíveis e investimentos de curto prazo de alta liquidez que são prontamente conversíveis em caixa e estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor e limites, cujo prazo de vencimento seja igual ou inferior a 90 dias, na data de aquisição, que são utilizados pelo Banco para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo.

2.6 Instrumentos Financeiros

2.6.1 Classificação dos ativos financeiros para fins de apresentação

Os ativos financeiros são classificados por natureza nas seguintes categorias: − Ativos financeiros mantidos para negociação.

− Ativos financeiros disponíveis para venda. − Empréstimos e Recebíveis.

− Ativos financeiros mantidos até o vencimento.

2.6.2 Classificação dos ativos financeiros para fins de mensuração

Os ativos financeiros estão classificados nas seguintes categorias:

1. Ativos financeiros mantidos para negociação (mensurados ao valor justo por meio do resultado): compreendem os ativos financeiros que são adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados.

2. Ativos financeiros disponíveis para venda (mensurados ao valor justo com impactos no patrimônio líquido): estão contempladas as operações que não foram classificadas como ativos financeiros mantidos para negociação, empréstimos e recebíveis e ativos financeiros mantidos até o vencimento.

(13)

13

3. Empréstimos e recebíveis: são classificados os empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras ou a clientes e estão apresentados no Balanço Patrimonial pelo custo amortizado. Os juros sobre empréstimos são reconhecidos no Resultado na rubrica “Receita de Juros” e no caso de deterioração, a perda por valor não recuperável é apurada e reconhecida no resultado na rubrica “Perdas Líquidas com Ativos Financeiros – Empréstimos e Recebíveis” (vide nota nº 35.1).

4. Ativos financeiros mantidos até o vencimento: são classificados nesta categoria todos os títulos exceto ações não resgatáveis, quando for o caso, que o Banco tem a intenção e a capacidade financeira de manter até o vencimento.

2.6.3 Classificação dos passivos financeiros para fins de apresentação

Os passivos financeiros são classificados por natureza na seguinte categoria: − Passivo financeiro ao custo amortizado.

2.6.4 Classificação dos passivos financeiros para fins de mensuração

Os passivos financeiros resultantes de atividades de tomada de financiamentos são classificados, para fins de mensuração, na categoria passivo financeiro ao custo amortizado independentemente de sua forma e vencimento.

2.6.5 Mensuração dos ativos e passivos financeiros e reconhecimento das mudanças do valor justo

Em geral, os ativos e passivos financeiros são inicialmente reconhecidos ao valor justo, que é considerado equivalente ao preço de transação. Os instrumentos financeiros não mensurados ao valor justo no resultado são ajustados pelos custos de transação. Os ativos e passivos financeiros são posteriormente mensurados da seguinte forma:

a) Mensuração dos ativos financeiros

Os ativos financeiros são, inicialmente, mensurados ao valor justo, acrescidos dos custos estimados de transação. Os ativos financeiros disponíveis para a venda e os ativos financeiros mantidos para negociação são, subsequentemente, contabilizados pelo valor justo.

Todos os derivativos são reconhecidos no Balanço Patrimonial ao valor justo desde a data do negócio. Quando o valor justo é positivo, são reconhecidos como ativos;

(14)

14

quando negativo, como passivos. O valor justo na data do negócio equivale ao preço de transação. As mudanças do valor justo dos derivativos desde a data do negócio são reconhecidas na rubrica “Despesa de Juros” da demonstração dos resultados. Os “Empréstimos e recebíveis” e “Ativos financeiros mantidos até o vencimento” são mensurados ao custo amortizado, adotando-se o método dos juros efetivos. O “custo amortizado” é considerado equivalente ao custo de aquisição de um ativo ou passivo financeiro, adicionados ou subtraídos, conforme o caso, os pagamentos do principal e a amortização acumulada (incluída na demonstração do resultado). O custo amortizado inclui, além disso, as eventuais reduções por não recuperação.

A “taxa de juros efetiva” é a taxa de desconto que corresponde exatamente ao valor inicial do instrumento financeiro em relação à totalidade de seus fluxos de caixa estimados ao longo de sua vida útil remanescente. No caso dos instrumentos financeiros de taxa fixa, a taxa de juros efetiva coincide com a taxa de juros contratual definida na data da contratação, adicionados, conforme o caso, as comissões e os custos de transação que, por sua natureza, façam parte de seu retorno financeiro.

Os valores pelos quais os ativos financeiros são reconhecidos representam, sob todos os aspectos relevantes, a exposição máxima ao risco de crédito na data de cada uma das demonstrações financeiras. Além disso, existem garantias e outros incrementos de crédito para mitigar a exposição ao risco de crédito, as quais compreendem principalmente hipotecas, cauções em dinheiro, fianças, ativos arrendados mediante contratos de leasing e locação, ativos adquiridos mediante compromissos de recompra, empréstimos de títulos e derivativos.

b) Mensuração dos passivos financeiros

Os passivos financeiros são mensurados ao custo amortizado, conforme mencionado, exceto os passivos financeiros designados como objeto de hedge (ou instrumentos de proteção), os quais são mensurados ao valor justo.

c) Técnicas de avaliação

Os instrumentos financeiros que são mensurados pelo valor justo, após o reconhecimento inicial, devem ser agrupados nos níveis 1 a 3 com base no grau observável do valor justo conforme nota nº 12.

(15)

15

d) Reconhecimento de variações do valor justo

Variações no valor contábil de ativos e passivos financeiros são reconhecidas na demonstração consolidada do resultado, sendo distinguidas entre aquelas decorrentes do provisionamento de juros e ganhos similares - reconhecidas na rubrica “Receita de juros” ou “Despesa de juros”, conforme o caso.

Ajustes decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos temporariamente no patrimônio líquido na rubrica “Ajuste de avaliação patrimonial”. Itens debitados ou creditados a essa conta permanecem no patrimônio líquido do Banco até que os respectivos ativos sejam baixados, quando então são debitados ou creditados à demonstração consolidada do resultado.

Após o reconhecimento inicial, os ativos financeiros, incluindo derivativos que forem ativos, são mensurados por seus valores justos, sem qualquer dedução para custos de transação, exceto os ativos financeiros classificados em empréstimos e recebíveis e em ativos financeiros mantidos até o vencimento.

2.6.6 Operações de hedge

Os derivativos são classificados, na data de sua aquisição, de acordo com a intenção da Administração em utilizá-los como instrumento de proteção (hedge) ou não, conforme a IAS 39. As operações que utilizam derivativos e que não atendam aos critérios de hedge contábil estabelecido pela IAS 39, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizadas pelo seu valor de mercado ou valor justo, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado.

As variações no valor justo de derivativos designados e qualificados como hedge de valor justo (hedge de valor de mercado) são registradas na demonstração do resultado, bem como quaisquer variações no valor justo do ativo ou passivo protegido por hedge. O ganho ou perda relacionado com a parcela efetiva de swaps utilizado para proteção das operações em moedas estrangeiras frente aos riscos de variações cambiais é reconhecido na demonstração do resultado como “despesa de juros”.

Se o instrumento financeiro não mais atender aos critérios de contabilização de hedge, o Banco deverá descontinuar prospectivamente o hedge contábil. Adicionalmente, qualquer ajuste no valor contábil do item coberto deverá ser

(16)

16

amortizado no resultado na rubrica “Rendas com Títulos e Valores Mobiliários e Derivativos”.

2.6.7 Reconhecimento e baixa de ativos e passivos financeiros

O tratamento contábil de transferências de ativos financeiros depende da extensão em que os riscos e benefícios relacionados aos ativos cedidos são transferidos a terceiros:

1. Se forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios a terceiros, o ativo financeiro transferido é baixado e quaisquer direitos ou obrigações retidos ou criados na transferência são reconhecidos simultaneamente.

2. Se forem retidos substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao ativo financeiro transferido, o ativo financeiro transferido não é baixado e continua a ser mensurado pelos mesmos critérios utilizados antes da transferência.

Neste caso, os seguintes itens são reconhecidos:

a) Um passivo financeiro correspondente, por um valor igual à contraprestação recebida. Esse passivo é mensurado subsequentemente pelo custo amortizado.

b) A receita do ativo financeiro transferido, mas não baixado, e qualquer despesa incorrida com o novo passivo financeiro são apropriadas ao resultado pelo respectivo prazo da operação.

3. Se não forem transferidos e nem retidos substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao ativo financeiro negociado, é feita a seguinte distinção:

a) Se o cedente não retém o controle do ativo financeiro transferido, o ativo é baixado e quaisquer direitos ou obrigações retidos ou criados na transferência são reconhecidos.

b) Se o cedente retém o controle, ele continua a reconhecer o ativo financeiro transferido por um valor equivalente à sua exposição a variações de valor e reconhece um passivo financeiro associado ao ativo financeiro transferido. O valor contábil líquido do ativo transferido e do respectivo passivo é o custo amortizado dos direitos e das obrigações retidas, se o ativo transferido for mensurado ao custo amortizado, ou o valor justo dos direitos e das obrigações retidos, se o ativo transferido for mensurado ao valor justo.

Desse modo, ativos financeiros somente são baixados quando os direitos sobre os fluxos de caixa que geram tiverem sido extintos ou quando substancialmente todos

(17)

17

os riscos e benefícios inerentes tiverem sido transferidos a terceiros. Similarmente, passivos financeiros somente são baixados quando as obrigações que gerarem tiverem sido extintas, liberadas, canceladas ou pagas.

As aquisições de ativos financeiros são reconhecidas na data da transação. Os ativos são revertidos quando os direitos de receber fluxos de caixa expirarem ou quando forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade.

2.6.8 Ativos financeiros não recuperáveis

a) Ativos mensurados ao custo amortizado

O Banco avalia, em cada data do balanço, se existe evidência objetiva de que um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros está com perda do valor recuperável (impairment). Um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros sofrerá impairment apenas se houver evidência objetiva de que um ou mais eventos de perda ocorreram após o reconhecimento inicial do ativo e que esse evento de perda (ou eventos) tenha um impacto sobre os fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que possa ser fielmente estimado.

No caso de instrumentos de dívida registrados ao custo amortizado, o valor de uma perda por não-recuperação incorrida é igual à diferença entre seu valor contábil e o valor presente de seus fluxos de caixa futuros estimados e é apresentado como uma redução do saldo do ativo ajustado.

O Banco possui políticas, métodos e procedimentos para cobrir seu risco de crédito decorrente de insolvência atribuível a contrapartes.

Essas políticas, métodos e procedimentos são aplicados na concessão, no exame e na documentação de instrumentos de dívida e compromissos, na identificação de sua não recuperação e no cálculo dos valores necessários para cobrir o respectivo risco de crédito.

No tocante à provisão para perdas em Empréstimos e Financiamentos a Clientes, efetua-se a distinção da Carteira de Crédito em dois grupos conforme suas especificidades:

(18)

18

− Grupo 1 – Operações de Fiança, Crédito Rural e Instituições Financeiras, Itens Relevantes e Óbito:

• Operações de Fiança: os serviços prestados de Fiança possuem um histórico de perda insignificante e consequentemente a probabilidade de perda é baixa. Considerando estes aspectos e o conceito de perda incorrida, particularmente tratando-se de um serviço, são provisionados em 100% os valores correspondentes às fianças honradas, cuja análise do afiançado indique evento de perda iminente. • Crédito Rural: considerando a especificidade do segmento, e as questões relativas a securitização e legislação específica, são provisionados em 100% os valores relativos às operações vencidas há mais de 90 dias.

• Instituições Financeiras: considerando a especificidade do segmento em relação à legislação, controles e normas da Autoridade Monetária, são provisionados em 100% os valores relativos às operações realizadas com instituições financeiras que por qualquer motivo entrem em processo de intervenção por parte do Bacen. Para efeito de exigência de provisão, as operações serão analisadas caso a caso, identificando as garantias, acordos de compensação, entre outros aspectos.

• Itens Relevantes: este grupo está constituído pelos clientes cujo saldo devedor seja igual ou superior a 1% do Patrimônio de Referência (PR) do trimestre imediatamente anterior. A avaliação desses clientes ocorre caso a caso de forma julgamental e são classificados segundo o seu grau de risco de crédito. A classificação tem validade de no máximo 180 dias, com revisões trimestrais.

Na classificação inicial ou nas reclassificações (por ocasião do vencimento da classificação anterior) são analisados os seguintes aspectos em relação ao devedor e suas operações:

• Tempo de Constituição.

• Administração e Qualidade de Controles. • Situação Econômico-financeira.

• Grau de Endividamento. • Faturamento.

• Capacidade de Geração de Resultado. • Fluxo de Caixa.

• Contingências. • Perfil Operacional.

• Pontualidade e Atraso de Pagamentos. • Setor de Atividade Econômica.

(19)

19 • Restrições.

• Limite de Crédito. • Operações. • Garantias.

A classificação final do risco de crédito é representada por uma nota na escala de 1 (risco de crédito Muito Alto) até 10 (risco de crédito Muito Baixo), segundo a análise dos aspectos anteriormente mencionados.

Em qualquer tempo, na constatação de fatos considerados relevantes, a classificação de risco de crédito do cliente é revista.

A provisão é constituída em 100% para os clientes que estiverem classificados na classe de risco “Muito Alto” (faixas 1 e 2) e não há provisão para as demais classes de risco.

• Óbito: são provisionadas em 100% os valores relativos ao saldo devedor das operações de clientes que a instituição tenha prévio conhecimento do óbito.

− Grupo 2 – Itens Repactuados, Itens Massificados e Itens em Recuperação Judicial:

• Itens Repactuados: este grupo é constituído pelos clientes que estão em situação de repactuação de dívida. Entende-se por repactuação as operações de renegociação, de composição de dívida, de empréstimo parcelado e de recuperação judicial. A avaliação deste grupo acontece a partir da apuração dos percentuais de perda por produto e tipo de garantia das operações de repactuação. Estes percentuais de perda são revisados trimestralmente, alicerçados na base de dados histórica mais recente à época da nova análise.

A análise das operações, a classificação do risco de crédito e a constituição da provisão são realizadas em conformidade com os aspectos e procedimentos descritos para os itens relevantes.

• Itens em Recuperação Judicial: este grupo é constituído pelos clientes que estão em Recuperação Judicial. A avaliação deste grupo acontecerá a partir da relação de clientes enviada pela Gerência de Garantias e Prevenção a Inadimplência.

O cálculo da provisão é obtido a partir da aplicação dos seguintes fatores nas operações existentes na data-base de referência:

• As operações deste grupo com atraso superior a 90 dias serão provisionadas em 100%.

(20)

20

• As demais operações serão enquadradas da seguinte forma:

− Se cliente possui plano de recuperação judicial homologado no MB serão provisionadas em 30%.

− Caso contrário, será aplicado o percentual referente a 30%, acrescido de um percentual médio de deságio da carteira já homologada.

• Itens Massificados: este grupo é constituído pelos demais clientes não contemplados nos itens anteriores. A avaliação deste grupo acontece a partir da apuração dos percentuais de perda por produto e tipo de garantia. Tais percentuais de perda são revisados trimestralmente, alicerçados na base de dados histórica mais recente à época da nova análise.

Avalia-se em toda a carteira de crédito massificado as operações que apresentem inadimplemento acima de 90 dias. Sobre o saldo destas operações constitui-se a provisão de acordo com o percentual médio de perdas para cada produto e tipo de garantia.

b) Ativos classificados como disponíveis para venda

O Banco avalia no final de cada período de apresentação de relatórios se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está deteriorado. Para os títulos de dívida, são utilizados os critérios mencionados em (a) anteriormente detalhado. No caso de investimentos de capital (ações) classificados como disponíveis para venda, uma queda relevante ou prolongada no valor justo do título abaixo de seu custo também é uma evidência de que os ativos estão deteriorados. Se qualquer evidência desse tipo existir para ativos financeiros disponíveis para venda, o prejuízo cumulativo - medido como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo atual, menos qualquer prejuízo por impairment sobre o ativo financeiro reconhecido anteriormente no resultado - será retirado do patrimônio e reconhecido na demonstração consolidada do resultado. Perdas por impairment reconhecidas na demonstração do resultado em instrumentos patrimoniais não são revertidas por meio da demonstração consolidada do resultado. Se, em um período subsequente, o valor justo de um instrumento da dívida classificado como disponível para venda aumentar e o aumento puder ser objetivamente relacionado a um evento que ocorreu após a perda por impairment ter sido reconhecida no resultado, a perda por impairment é revertida por meio da demonstração do resultado.

(21)

21

2.7 Operações compromissadas

As operações compromissadas são realizadas no Mercado de Balcão das Instituições do SFN – Sistema Financeiro Nacional em que o Banco, ao vender os títulos, assume o compromisso de recomprá-los em data prefixada e também mediante o pagamento de juros prefixados. Em contrapartida, o comprador deve assumir o compromisso irreversível de revender o título na data do vencimento do compromisso pelo preço fixado.

Aplica-se também às aplicações efetuadas em outras instituições do mercado, na forma da regulamentação vigente e específica para as operações de depósitos interfinanceiros.

2.8 Ativos Tangíveis

2.8.1 Propriedades para Investimento

As propriedades para investimento referem-se a terrenos e empreendimentos constituídos pelo Banco e estão registradas pelo custo de aquisição e formação (vide nota nº 13.1), sendo depreciadas pelo prazo da vida útil dos imóveis com base na taxa anual de 4%.

2.8.2 Imobilizado

O Imobilizado inclui imóveis, móveis e utensílios, equipamentos e sistemas de comunicação, de processamento de dados, de segurança e veículos, bem como ativos imobilizados adquiridos com base em leasing financeiro.

Todo o imobilizado está apresentado ao custo menos depreciação, calculada com base no método linear para alocar seus custos aos seus valores residuais, como segue:

Descrição Taxa

Edificações 4%

Móveis e utensílios e equipamentos 10%

Sistemas de comunicação, processamento de dados, segurança e veículos 20%

Os valores residuais, a vida útil e o valor recuperável dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício.

(22)

22

2.9 Ativos Intangíveis

O ativo intangível corresponde a gastos com aquisição e desenvolvimento de soluções tecnológicas.

Os gastos com desenvolvimento de soluções tecnológicas são reconhecidos como ativo intangível somente se:

a) Potencialmente este ativo seja capaz de gerar receita na venda de produtos ou serviços, redução de custos e/ou outros benefícios resultantes de sua utilização.

b) O custo deste ativo puder ser mensurado com segurança. c) Este ativo puder ser identificado individualmente ou em grupo.

d) O controle, sobre este ativo, dos direitos legais de usufruir os benefícios econômicos futuros esteja com o Banco.

São registrados ao custo de aquisição ou, conforme o caso, pelos gastos realizados diretamente no processo de desenvolvimento interno do referido ativo.

A amortização dos ativos intangíveis foi calculada com base na vida útil atribuída ao bem, que está definida entre 3 e 5 anos.

2.10 Arrendamentos

O Banco arrenda certos bens do imobilizado. Os arrendamentos financeiros do imobilizado, aqueles nos quais o Banco detém substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade, são capitalizados no início do arrendamento pelo menor valor entre o valor justo do bem arrendado e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento.

Cada parcela paga do arrendamento é alocada, parte ao passivo e parte aos encargos financeiros, para que, dessa forma, seja obtida uma taxa constante sobre o saldo da dívida em aberto. Os juros das despesas financeiras são reconhecidos na demonstração do resultado durante o período do arrendamento, para produzir uma taxa periódica constante de juros sobre o saldo remanescente do passivo para cada período. O imobilizado adquirido por meio de arrendamentos financeiros é depreciado durante a vida útil do ativo.

(23)

23

2.11 Outros ativos

Este item inclui os saldos de outros valores e bens não incluídos em outros itens, tais como adiantamentos, rendas a receber, o valor líquido da diferença entre obrigações de planos de pensão e o valor dos ativos do plano com saldo em favor da entidade, entre outros.

2.12 Impairment de ativos não financeiros

Os ativos que estão sujeitos à amortização ou depreciação são revisados para a verificação de perda do valor recuperável (impairment) sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo valor ao qual o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o valor em uso.

2.13 Provisões, ativos e passivos contingentes

O controle das contingências ativas e passivas e provisões é efetuado de acordo com os critérios definidos pela IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes:

a) Ativos contingentes – não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras.

b) Passivos contingentes – são divulgados sempre que classificados como perdas possíveis, observando-se o parecer dos consultores jurídicos externos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento dos tribunais.

c) Provisões – originam-se de processos judiciais relacionados a obrigações trabalhistas, cíveis e tributárias classificados como perdas prováveis pelos consultores jurídicos externos. Tais processos têm seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras.

d) Obrigações legais – provisão para riscos fiscais - referem-se às obrigações tributárias legalmente instituídas, que são contestadas judicialmente quanto à legalidade ou constitucionalidade que, independentemente da probabilidade de

(24)

24

chance de êxito dos processos judiciais em andamento, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras.

2.14 Reconhecimento de receitas e despesas

Os critérios mais significativos utilizados pelo Banco para reconhecer suas receitas e despesas são resumidos a seguir:

a) Receita de juros, despesa de juros e similares

Receita de juros, despesa de juros e similares são reconhecidas pelo regime de competência, utilizando-se o método da taxa de juros efetiva. Dividendos recebidos de outras empresas são reconhecidos como receita quando o direito de recebê-los surgir para as entidades consolidadas.

b) Comissões, tarifas e itens similares

Receitas e despesas de honorários e comissões são reconhecidas na demonstração consolidada do resultado utilizando-se critérios que variam de acordo com a sua natureza. Os principais critérios são:

• As receitas e despesas de tarifas e comissões, relativas a ativos financeiros e passivos financeiros mensurados ao valor justo no resultado, são reconhecidas quando pagas.

• As receitas e despesas de tarifas e comissões, resultantes de transações ou serviços realizados ao longo de um período de tempo, são diferidas no prazo dessas operações.

c) Receitas e despesas não financeiras

São reconhecidas para fins contábeis pelo regime de competência.

2.15 Garantias financeiras

No Banco, identificam-se como garantias financeiras as operações de fiança, cuja análise quanto à evidência objetiva de impairment é realizada em conjunto com os ativos financeiros conforme nota nº 2.6.8.

Não foram identificadas operações de garantia financeira sem contraprestações. Os serviços prestados de Fiança possuem um histórico de perda imaterial e, consequentemente, a probabilidade de prejuízo é imaterial, não havendo necessidade, nesse momento, de registro de provisão.

(25)

25

Nos casos em que há contraprestação, no reconhecimento inicial as operações são mensuradas pelo valor justo. Após o reconhecimento inicial, as garantias são mensuradas pelo maior valor entre o montante inicial, deduzida a amortização acumulada, e a melhor estimativa do montante necessário para liquidar a garantia caso o desembolso seja considerado como provável. A receita de taxa de serviço financeiro é reconhecida de modo linear ao longo da garantia. Qualquer aumento do passivo referente às garantias é reconhecido na demonstração do resultado, na conta “Outras receitas/(despesas) operacionais”.

2.16 Impostos e Contribuições

2.16.1 Contribuições sociais relativas ao PIS e a COFINS

As contribuições sociais relativas ao PIS (Programa de Integração Social) e a COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) são calculadas com base na Receita Bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598/77, em conformidade com a Lei nº 12.973/14 e regulamentação complementar, e são recolhidas à alíquotas de 0,65% e 4,00%, respectivamente, pelo regime cumulativo. As bases de cálculo da COFINS do Banco e das Controladas Mercantil do Brasil Financeira S.A. e Mercantil do Brasil Corretora S.A., bem como as do PIS das Empresas Financeiras, até 2014, foram obtidas através do somatório dos valores que compõem as receitas de prestação de serviço, com amparo em decisões transitadas em julgado, que julgaram a inconstitucionalidade do § 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98 (vide nota nº 40.e).

2.16.2 Impostos sobre renda corrente e diferido

A provisão para o imposto de renda é registrada pelo regime de competência e constituída com base no lucro, ajustado pelas adições e exclusões de caráter temporário e permanente, à alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável anual excedente a R$ 240. A contribuição social foi constituída à alíquota de 15% sobre o lucro tributável até agosto de 2015, sendo majorada para 20% a partir de setembro de 2015, prevalecendo assim até dezembro de 2018, em conformidade com a Lei nº 13.169/15.

De acordo com o disposto na regulamentação vigente, a expectativa de realização dos créditos tributários do Banco, conforme demonstrada na nota nº 16, está baseada em projeções de resultados futuros e fundamentada em estudo técnico. A despesa com impostos sobre a renda corrente é calculada pela aplicação da alíquota adequada ao lucro real do exercício (líquido de quaisquer deduções

(26)

26

permitidas para fins fiscais) e das mutações nos ativos e passivos fiscais diferidos reconhecidos na demonstração consolidada do resultado.

Ativos e passivos fiscais diferidos incluem diferenças temporárias, identificadas como os valores que se espera pagar ou recuperar sobre diferenças entre os valores contábeis dos ativos e passivos e suas respectivas bases de cálculo, além dos créditos de prejuízos fiscais ou bases negativas acumulados. Esses valores são mensurados às alíquotas que se espera aplicar no exercício em que o ativo for realizado ou o passivo for liquidado.

Ativos fiscais diferidos somente são reconhecidos para diferenças temporárias e prejuízos fiscais e base negativa de contribuição na medida em que seja considerado provável que as entidades consolidadas terão lucros tributáveis futuros suficientes para cobrir os ativos fiscais diferidos a serem utilizados.

Passivo fiscal inclui o valor de todos os passivos fiscais, classificados como “correntes” - valor a pagar em relação a contribuição social e ao imposto de renda sobre o lucro real do exercício nos próximos 12 meses - e “diferidos” - valor da contribuição social e do imposto de renda a pagar em exercícios futuros.

O passivo fiscal diferido é reconhecido para as diferenças temporárias tributáveis, exceto quando for capaz de controlar o momento da reversão da diferença temporária e, além disso, for provável que a diferença temporária não será revertida em um futuro previsível.

Os ativos e passivos fiscais diferidos reconhecidos são reavaliados na data do balanço a fim de determinar se ainda existem, realizando-se os ajustes adequados com base nas constatações das análises realizadas.

2.17 Outros Passivos

Foram registrados em Outros Passivos as contas a pagar, ou seja, as obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios e são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva.

2.18 Capital Social

(27)

27

2.19 Lucro por ação

O Lucro por ação básico é apresentado com base nas duas classes de ações, ordinárias e preferenciais, e é calculado pela divisão do lucro líquido / (prejuízo) atribuível à controladora pela média ponderada de ações de cada classe em circulação no exercício (vide nota nº 25.4).

O montante do lucro por ação foi determinado como se todos os lucros fossem distribuídos e calculados de acordo com os requerimentos da IAS 33 – Lucro por ação.

O Banco não possui instrumentos com potencial de diluição em 31 de dezembro de 2016 e, dessa forma, o lucro por ação diluído é igual ao básico.

2.20 Juros sobre o capital próprio

Os juros sobre o capital próprio, pagos e a pagar aos acionistas, recebidos e a receber das controladas, são calculados em conformidade com a Lei nº 9.249/95 e são registrados no resultado, nas rubricas de despesas de juros e de receitas de juros, respectivamente. Para fins de apresentação das demonstrações financeiras os juros sobre o capital próprio pagos e a pagar são eliminados das despesas de juros e são apresentados a débito do patrimônio líquido, com a distribuição de resultado. O benefício fiscal por conta de sua dedutibilidade é mantido no resultado.

2.21 Dividendos

O Pagamento de dividendo obrigatório é realizado em percentual que poderá ser uniforme ou variável em cada semestre, mas que deverá perfazer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido de cada exercício social. Os Juros sobre o capital próprio (vide nota nº 2.20) são imputados aos dividendos mínimos.

É assegurado aos titulares das ações preferenciais o direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, 10% maior do que o atribuído a cada ação ordinária ou o direito ao recebimento de dividendos mínimos anuais sobre o valor nominal da ação de 6% para o Banco Mercantil do Brasil S.A., Mercantil do Brasil Financeira S.A. e Mercantil do Brasil Corretora S.A. e de 7% para o Banco Mercantil de Investimentos S.A., sendo efetivamente pago o dividendo que, dentre essas duas alternativas, represente o de maior valor.

(28)

28

2.22 Benefícios a empregados

O Banco é patrocinador da CAVA - Caixa “Vicente de Araújo”, entidade de previdência complementar fechada sem fins lucrativos, que atua na modalidade de plano de benefício definido (vide nota nº 28).

O Banco registra as remensurações do ativo ou passivo de benefício definido líquido em outros resultados abrangentes em conformidade com a IAS 19 – Benefícios a Empregados.

2.23 Reapresentação de informações comparativas

2.23.1 Reclassificação Recebível MBI

Em 2016 o Banco realizou a reclassificação dos Ativos Recebíveis de sua controlada Mercantil do Brasil Imobiliária S.A - MBI, de modo a compatibilizar os procedimentos de ambos exercícios, alterou-se também esta classificação em dezembro de 2015. Os principais ajustes efetuados com a reclassificação em dezembro de 2015 estão sumarizados nos quadros abaixo:

Descrição

Saldo

Publicado Ajuste Ajustado Saldo Ativo

Empréstimos e Recebíveis 8.659.139 6.320 8.665.459

Empréstimos e Financiamento a Clientes 7.561.975 6.320 7.568.295

Outros Créditos 174.827 7.015 181.842

(-) Provisão para Outros Crédito (2.847) (695) (3.542)

Outros Ativos 601.954 (7.015) 594.939

Títulos e Créditos a Receber 285.429 (7.015) 278.414

Total do Ativo 12.576.064 (695) 12.575.369

Passivo

Provisões 251.110 (695) 250.415

Provisão para Outros Passivos 135.742 (695) 135.047

Total do Passivo 12.576.064 (695) 12.575.369

DRE

Outras Receitas / (Despesas) Operacionais (39.555) 695 (38.860) Ganhos / (Perdas) Líquidas com Ativos Financeiros (737.798) (695) (738.493) Empréstimos e Recebíveis (733.602) (695) (734.297) Lucro líquido consolidado do exercício 104.273 - 104.273

(29)

29

2.23.2 Demonstração do Fluxo de Caixa

Os ajustes relativos a reclassificações em dezembro de 2015, na Demonstração do Fluxo de Caixa do consolidado, é como segue:

Descrição Original Reclassificações Reclassificado

Caixa Líquido (Aplicado) em Atividades Operacionais 325.691 835 326.526

Caixa Líquido (Aplicado) em Atividades de Investimento (88.052) - (88.052)

Caixa Líquido (Aplicado) em Atividades de Financiamento (262.410) (835) (263.245)

(Redução) no Caixa e Equivalente de Caixa (24.771) - (24.771)

3. Novas normas e alterações e interpretações:

3.1 Normas que entraram em vigor até o exercício findo em 31 de dezembro de 2016

• IAS 1 – “Apresentação das Demonstrações Financeiras”: As alterações da IAS 1 tem o objetivo de auxiliar a identificação sobre quais informações são relevantes para serem divulgadas nas demonstrações financeiras. A norma também esclarece que o princípio da materialidade deverá ser aplicado ao conjunto completo de demonstrações financeiras, incluindo suas notas explicativas para todo e qualquer requerimento de divulgação das normas IFRS. A alteração da norma não gerou impactos relevantes nas demonstrações Contábeis Consolidadas.

• • •

• IAS 16 – “Imobilizado” e IAS 38 “Ativos Intangíveis”: A alteração esclarece quando o método para depreciação e amortização baseado em receitas e despesas pode ser apropriado. Não foram identificados impactos relevantes dessa alteração para as Demonstrações Contábeis Consolidadas do Banco.

• • •

• IAS 28, IFRS 10 e IFRS 12 – “Aplicação das Exceções na Consolidação”: A norma tem objetivo de esclarecer a aplicação do conceito de entidades de investimento. A alteração da norma não gerou impactos relevantes nas demonstrações Contábeis Consolidadas.

• Ciclo Anual de Melhorias (2012 - 2014): Anualmente o IASB promove alterações

em seus pronunciamentos, com o objetivo de esclarecer normas em vigor e uniformizar interpretação. As questões incluídas neste ciclo são: IFRS 5 - Esclarecer se uma alteração em um método de alienação se qualificaria como uma mudança para um plano de venda; IFRS 7 - Esclarecer se os contratos de prestação de serviço se caracterizam com envolvimento contínuo e, neste caso, proceder as divulgações pertinentes, e também a aplicabilidade dessas alterações às demonstrações financeiras intermediárias; IAS 19 - Determinação da taxa de

(30)

30

desconto para um mercado regional que contenham vários países partilhando da mesma moeda; IAS 34 - Esclarecer o significado de divulgação de informações "em outras partes do relatório financeiro intermediário". A alteração da norma não gerou impactos relevantes nas demonstrações Contábeis Consolidadas.

3.2 Normas que entrarão em vigor após 31 de dezembro de 2016

As seguintes normas ou interpretações novas ou revisadas foram emitidas pelo IASB mas ainda não estão em vigor para dezembro de 2016. Sua aplicação ocorrerá após a data destas demonstrações financeiras:

• IAS 7 – “Demonstração dos Fluxos de Caixa”: A alteração tem por finalidade melhorar os procedimentos de divulgação de modo a permitir aos usuários das demonstrações contábeis conhecer as atividades de financiamento de uma entidade, bem como conhecer a sua a liquidez. O Banco está avaliando o impacto total da alteração. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2017.

• IAS 12 – “Impostos sobre a renda”: O objetivo deste projeto é esclarecer a contabilização de ativos fiscais diferidos para perdas não realizadas em instrumentos de dívida mensurados pelo valor justo. O Banco está avaliando o impacto total da alteração. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2017.

• IFRS 2 – “Pagamentos Baseado em ações A alteração da norma tem o objetivo de esclarecer: a) a mensuração de operações de pagamento baseado em ações liquidadas em dinheiro; b) esclarecer a contabilização das alterações em um acordo de pagamento baseado em ações que muda a sua classificação de liquidação em dinheiro para liquidação com capital próprio; e c) a classificação de uma operação de pagamento baseado em ações com liquidação em caixa. O Banco está avaliando se as alterações trarão impactos em suas demonstrações financeiras consolidadas. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018.

• IFRS 9 – “Instrumentos Financeiros”: A IFRS 9 substitui a IAS 39 e este projeto compreende três Fases: a) classificação: abordagem lógica para a classificação dos ativos financeiros baseada no modelo de negócios e recebimentos dos fluxos de caixa. b) Impairment: novo modelo por perda esperada que requer que as entidades registrem as perdas desde o reconhecimento inicial do ativo financeiro de modo a refletir as mudanças no risco de crédito; c) Hedge Accounting: possibilitar aos investidores uma melhor compreensão da gestão dos riscos e avaliar o montante, tempestividade e incerteza dos fluxos de caixa futuros das operações. O Banco está avaliando o impacto total da IFRS 9. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018.

Referências

Documentos relacionados

Para o estagirita, o papel didático da mimesis serve a um propósito secundário: na Poética, onde Aristóteles discute a natureza essencial da mimesis, ele não a trata como

Nesse período, observou-se rápida adoção do sistema plantio direto, sendo a área atual nesse sistema de aproximadamente 3,8 milhões de hectares no RS e de 800 mil hecta- res em

Em resumo, as completivas podem ter as funções de sujeito, objeto direto, complemento oblíquo de verbo e complemento oblíquo de nome (se selecionadas); se se

III - Indeferido, quando os pesquisadores não responderem ao parecer de “Com Pendências” do CEPEH em 20 dias. - As pesquisas referentes aos protocolos em avaliação no CEPEEA

Reunir o àse dos Òrìsà em um lugar que contenha o àse dos Òrìsà Orílè (Forças Naturais tal como existem na Natureza) é o processo de consagrar um espaço sagrado

A Matriz Curricular proposta vem ao encontro da Resolução 02/2002 – CP/CNE de 19/02/02 que definiu critérios e fixou a carga horária dos cursos de Formação de Professores

Foram avaliados teores de polifenóis totais e de antocianinas, bem como a atividade antibacteriana de extratos alcoólicos, de infusão e de decocção de folhas de dois acessos

Como é de conhecimento que essas espécies apresentam indivíduos de grande porte na natureza, podemos afirmar, analisando os diâmetros mínimo, médio e máximo dessas espécies