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Gestão dos Riscos de Crédito, Operacional, de Liquidez, Socioambiental e de Mercado

Cenário III: Consiste numa situação com variação negativa de 0,5% na taxa real de

39. Gestão dos Riscos de Crédito, Operacional, de Liquidez, Socioambiental e de Mercado

O processo de gerenciamento é pautado em identificar, avaliar, controlar e monitorar os riscos, com o objetivo de diminuir a probabilidade e o impacto de eventos negativos e de aumentar a probabilidade de eventos positivos, contribuindo, assim, para agregar valor ao negócio.

A gestão dos Riscos das empresas do Mercantil do Brasil está subordinada à Diretoria de Compliance, PLD e Riscos e à Diretoria Executiva de Controladoria, Compliance, PLD e Riscos, cabendo responsabilidades, também, ao Conselho de Administração, ao Comitê de Auditoria e ao Comitê Diretivo.

O Gerenciamento dos Riscos de Crédito, de Liquidez, de Mercado, Operacional e Socioambiental está assim caracterizado:

a) Gerenciamento do risco de crédito

Por risco de crédito, entende-se como a possibilidade de não cumprimento total ou parcial, por determinada contraparte, de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros.

A gestão do risco de crédito compreende a identificação, mensuração, controle e mitigação dos riscos relativos às ocorrências de perdas esperadas e não esperadas na atividade de crédito, objetivando otimizar a eficiência de seu capital econômico. O Banco investe, de forma estruturada, no aperfeiçoamento contínuo dos processos e das práticas de controle e gestão de risco de crédito, seguindo padrões de mercado e atendendo as exigências dos órgãos reguladores.

A Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito Mercantil do Brasil conta com o apoio de diferentes níveis hierárquicos: Conselho de Administração, Corpo Diretivo e Executivo e todas as demais áreas envolvidas no processo de concessão e gestão de crédito.

A segregação das atividades é um pilar importante e contempla a originação, análise, decisão, a formalística, o acompanhamento, controle, a gestão de risco, a cobrança e a recuperação. Estas atividades são de responsabilidade de Diretorias Executivas distintas, que atuam segundo as diretrizes estratégicas e a política de crédito.

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Todo o processo é suportado por modernos sistemas de tecnologia, alta integração e disponibilizam informações gerenciais a todos os envolvidos nesta atividade, tornando transparentes e integrados os resultados de cada ciclo.

O processo de análise visa concluir sobre o risco de crédito do cliente adotando aspectos quantitativos baseados na situação econômica, financeira e patrimonial, e qualitativos tais como dados cadastrais e comportamentais. A análise da operação de crédito além de ter como base a classificação de risco do cliente, incorpora os aspectos da estruturação do negócio, inclusive quanto à liquidez e suficiência das garantias apresentadas. Todo o processo é centralizado e as decisões são tomadas de forma colegiada e dentro da alçada de cada nível.

Em particular, a concessão de crédito massificado de varejo é realizada de forma automatizada e padronizada, através de modelos quantitativos, desenvolvidos por uma equipe técnica capacitada e em constante desenvolvimento, mediante utilização de ferramentas que asseguram maior qualidade dos créditos concedidos. O cuidado com a qualidade dos ativos financeiros da Instituição é concomitante ao processo de concessão de crédito e vai até a liquidação dos contratos. Esta atividade está sob a responsabilidade direta da Diretoria de Crédito e de Gestão de Crédito, que possui todas as suas diretrizes fundamentadas na Política de Crédito da Instituição.

Dentro deste contexto, a gestão do risco de crédito no Banco contempla fatores internos como a análise da evolução da carteira, seus níveis de inadimplência, rentabilidade dos produtos, qualidade da carteira e adequação do capital econômico alocado; além de fatores externos como acompanhamento do ambiente macroeconômico e dos setores econômicos, taxas de juros, indicadores de inadimplência do mercado, condicionantes de consumo, etc. Desta forma, as variações das exposições aos riscos que o Banco está sujeito, são acompanhadas levando em consideração o ambiente de negócios, o comportamento da concorrência e os compromissos com os resultados que o Banco tem para com seus clientes, acionistas, funcionários e a sociedade.

No primeiro semestre de 2016, a Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito Mercantil do Brasil foi revisada pelo Conselho de Administração, em conformidade com o disposto na Resolução CMN nº 3.721/09. Em acordo com o artigo 1º desta resolução, a estrutura adotada pelo Banco é compatível com a natureza das suas operações e com a complexidade dos produtos e serviços oferecidos, sendo esta proporcional à dimensão da exposição ao risco de crédito.

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Exposição ao Risco de Crédito

A Exposição ao Risco de Crédito contempla as Operações de Crédito e Outros Créditos, o limite de crédito não cancelável incondicional e uniteralmente pela Instituição e as Garantias Prestadas.

Os quadros abaixo demonstram a evolução das exposições ao risco de crédito:

Evolução da exposição do conglomerado financeiro

Descrição 31/12/2016 31/12/2015

Empréstimos e Recebíveis a Clientes 5.719.745 7.266.300 Limite de crédito não cancelável incondicional e uniteralmente 976.409 1.061.206

Garantias prestadas 252.142 307.291

Créditos a liberar em até 360 dias 19.366 43.483

Total de exposição 6.967.662 8.678.280

Média no trimestre 7.176.320 8.815.479

O valor de Exposição informado em "Operações de Crédito e Outros Créditos" é o Saldo Devedor em BRGAAP, líquido de Provisão, ou seja, é o Saldo Contábil Líquido da Provisão para créditos de liquidação duvidosa.

I. Por Fator de Ponderação de Riscos (FPR)

O quadro abaixo apresenta a evolução da exposição total ao risco de crédito, segmentada por FPR: Fator de ponderação 31/12/2016 31/12/2015 FPR de 20% - 19.457 FPR de 50% 142.293 141.065 FPR de 75% 4.059.118 5.227.273 FPR de 85% 220.090 303.027 FPR de 100% 2.546.161 2.987.458 Total 6.967.662 8.678.280

As empresas não financeiras não possuem exposição ao risco de crédito.

II. Por Países e Regiões Geográficas

O quadro a seguir apresenta a evolução da exposição total ao risco de crédito segregada por regiões geográficas:

Região geográfica 31/12/2016 % 31/12/2015 % Centro-Oeste 215.234 3,09 336.185 3,87 Nordeste 677.000 9,72 1.112.334 12,82 Sudeste 5.701.129 81,82 6.715.813 77,39 Sul 349.352 5,01 464.497 5,35 Norte 24.947 0,36 49.451 0,57 Total 6.967.662 100,00 8.678.280 100,00

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III. Por Setor Econômico

O quadro a seguir apresenta a evolução da exposição total a risco de crédito por setor econômico:

31/12/2016 31/12/2015

Setor econômico Crédito rural Imobiliário Consignado

Veículos e arrendamento

mercantil

Cartão de

crédito Outros Total geral Total geral

Pessoa física 126.210 5.974 1.711.189 28.973 273.369 1.945.601 4.091.316 5.061.028

31/12/2016 31/12/2015

Pessoa jurídica - Setor econômico Crédito

rural Importação e exportação Capital de giro Desconto de títulos Conta garantida Cheque

empresa Outros Total geral Total geral

Alimentos 49.195 - 18.064 396 17.817 17.539 13.150 116.161 743.011

Atividades financeiras, de seguros e serviços

relacionado 1.531 - 41.437 1.786 38.752 13.727 66.347 163.580 81.496 Automobilístico - - 8.614 176 2.002 7.537 16.769 35.098 78.240 Autopeças - - 4.030 120 2.144 3.454 7.734 17.482 247.398 Bebidas 6.169 - 4.222 972 4.201 11.679 12.907 40.150 94.754 Bens de capital - - 13.315 921 9.400 14.131 17.585 55.352 65.835 Biocombustíveis e açúcar 131.122 - 7.034 - 6.608 2.874 4.422 152.060 148.900 Comércio atacadista 14.353 - 4.668 187 9.638 23.248 31.262 83.356 86.274 Comercio varejista - - 9.881 1.165 32.158 12.284 11.498 66.986 67.202 Construção civil 2.656 - 160.603 110 77.191 60.620 278.983 580.163 295.986 Materiais de construção - 16 104.950 240 7.505 16.367 7.146 136.224 145.728 Prestação de serviços - - 81.742 361 26.992 33.562 29.582 172.239 218.785

Saúde humana e serviços sociais - - 43.189 43 4.728 26.565 5.584 80.109 9.919

Siderurgia 14.183 56.625 17.419 574 446 10.155 12.934 112.336 147.943

Soja 45.652 - - - 1 2.197 210 48.060 102.937

Têxtil e confecções - - 21.287 1.690 2.924 9.363 14.643 49.907 155.654

Transporte de cargas e logística - - 38.118 534 9.266 40.107 39.175 127.200 34.306

Transporte de passageiros - - 195.883 6 13.011 11.144 66.313 286.357 139.661

Demais setores 66.612 - 168.282 6.803 66.293 136.504 109.032 553.526 753.221

96 IV. Por Atraso

O quadro a seguir apresenta o montante de operações em atraso segregado por faixas de prazo: Faixas de atraso 31/12/2016 31/12/2015 De 15 a 60 dias De 61 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 a 360 dias Após

360 dias Total Total

Sudeste 274.276 143.526 189.703 267.409 100.131 975.045 1.008.030 Nordeste 92.749 7.430 16.941 21.228 4.969 143.317 244.417 Sul 30.675 11.927 39.981 46.516 6.197 135.296 148.287 Centro-oeste 22.030 5.013 20.222 57.189 6.593 111.047 101.250 Norte 3.840 155 344 364 106 4.809 7.658 Total geral 423.570 168.051 267.191 392.706 117.996 1.369.514 1.509.642 Faixas de atraso 31/12/2016 31/12/2015 De 15 a 60 dias De 61 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 a 360 dias Após

360 dias Total Total Pessoa física 247.066 29.352 96.081 118.954 39.991 531.444 558.195 Pessoa jurídica 176.504 138.699 171.110 273.752 78.005 838.070 951.447 Alimentos 1.524 100 7.557 32.743 6.754 48.678 146.827 Atividades financeiras - 1.047 3.365 1.274 - 5.686 10.863 Automobilístico 7.275 2.889 742 7.197 5.078 23.181 32.309 Autopeças 2.528 27 2.156 9.145 6.220 20.076 11.782 Bebidas 1.363 - 189 6.964 2.327 10.843 34.346 Bens de capital 8.602 6.188 1.043 13.759 2.714 32.306 13.968 Biocombustíveis e açúcar 486 - - - - 486 24.250 Comércio atacadista 1.377 5.384 245 5.305 8.453 20.764 4.367 Comércio varejista 1.693 125 1.260 3.238 4.773 11.089 31.028 Construção civil 16.555 7.297 34.552 45.576 1.290 105.270 31.395 Materiais de construção 9.118 3.179 10.037 8.066 3.202 33.602 2.952 Prestação de serviços 6.776 1.667 5.065 5.265 4.859 23.632 73.247 Saúde humanas e serviços sociais 3.304 132 2.863 11.613 - 17.912 62.994 Siderurgia 4.392 215 10.037 8.317 2.903 25.864 10.706 Soja - - - - 40.502 Têxtil e confecções 6.471 1.498 4.451 6.424 4.026 22.870 31.360 Transporte de cargas e logística 13.785 1.954 4.315 18.426 5.199 43.679 54.221 Transporte de passageiros 34.930 66.392 25.604 21.166 2.760 150.852 123.851 Demais setores 56.325 40.605 57.629 69.274 17.447 241.280 210.479 Total geral 423.570 168.051 267.191 392.706 117.996 1.369.514 1.509.642

97 V. Por tipo de Mitigador

Descrição Fator de

ponderação 31/12/2016 31/12/2015

Deposito à prazo 0% 95.914 98.671

Repasses de descontos em folha de pagamento

vinculados a op. de crédito consignado INSS 50% 1.053.234 2.053.670

Títulos públicos federais 0% 2.794.171 2.744.834

Acordo de compensação e liquidação de

obrigações no âmbito do SFN 0% 61.676 162.838

Total geral 4.004.995 5.060.013

VI. Por Saldo de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa e de Operações Baixadas para Prejuízo

O saldo das Provisões são avaliados, para fins de risco de crédito, de acordo com os valores apurados em BRGAAP, que reflete como a Administração gerencia os riscos.

Classificação de risco de crédito

O Banco avalia, para fins de impairment, o devedor que possua empréstimos e adiantamentos em atraso por um período superior a 90 dias ou que apresente qualquer outro indicativo de perda, conforme critérios definidos na nota nº 2.6.8.

Descrição 31/12/2016 31/12/2015

Créditos não vencidos nem objetos de perdas pela redução do

valor recuperável 6.033.354 7.628.310

Créditos vencidos mas não objetos de perdas pela redução do

valor recuperável 717.258 851.305

Créditos objetos de perdas por redução ao valor recuperável 217.050 197.886

Total da exposição 6.967.662 8.677.501

Vencidos cujos termos foram renegociados (361.596) (321.377)

Valor líquido 6.606.066 8.356.124

Valores apresentados líquidos de provisão

− Créditos não vencidos nem objetos de perdas pela redução ao valor

recuperável Descrição 31/12/2016 31/12/2015 Baixo risco 5.655.591 7.336.991 Médio risco 375.414 284.528 Alto risco 2.349 6.791 Total 6.033.354 7.628.310

A qualidade do crédito é verificada através da classificação de risco utilizada, baseada na capacidade dos clientes honrarem seus compromissos.

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− Créditos vencidos, mas não objetos de perdas pela redução do valor recuperável

Demonstramos abaixo a análise por faixa de dias vencidos dos créditos em atraso mas não objetos de perdas pela redução do valor recuperável:

Descrição 31/12/2016 31/12/2015

Vencidos até 30 dias 443.004 484.964

Vencidos entre 31 a 60 dias 127.573 231.323

Vencidos entre 61 a 90 dias 146.681 135.018

Total 717.258 851.305

− Mitigação dos Riscos

Segue abaixo, a descrição das garantias, representadas pelo seu valor contratual, mantidas para os Empréstimos e Recebíveis vencidos, mas não objetos de perdas pela redução do valor recuperável com o objetivo de melhorar o nível de recuperação de crédito:

Garantias dos ativos vencidos mas não impaired

Descrição 31/12/2016 31/12/2015

Títulos e recebíveis (i) 228.657 261.610

Real 236.470 330.220

Sem garantias 252.131 259.475

Total 717.258 851.305

(i) Trata-se de garantias que apresentam maior liquidez como, por exemplo, Certificados de Depósito Bancário,

Recebíveis de Cartão de Crédito, Duplicatas etc. Mensuração do risco de crédito

A mensuração do risco de crédito utilizado para análise de impairment é realizada trimestralmente, a partir da identificação de evidência objetiva de perda na carteira de empréstimos e adiantamentos, considerando a experiência histórica de perda por redução ao valor recuperável e outras circunstâncias conhecidas por ocasião da avaliação.

Os eventos de perda podem ser específicos, isto é, referentes apenas a um cliente, tais como atraso nos pagamentos, renegociação, evento falimentar, ou podem ser coletivos, afetando um grupo maior de ativos, em função, por exemplo, de variações em taxas de juros ou de câmbio ou diminuição no nível de atividade de um ou mais setores econômicos.

Para fins de avaliação coletiva de impairment, os ativos financeiros são agrupados de acordo com características de risco de crédito semelhantes, que são indicativos da capacidade do devedor de pagar todas as quantias devidas de acordo com os

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termos contratuais. Os fatores relevantes usados para este processo de classificação são produto, garantia e valor do contrato.

Com base na experiência de perdas históricas dos ativos com características de risco de crédito semelhantes são estabelecidos dentro de cada grupo, os gatilhos para materialização da perda incorrida e estimados os percentuais de perda. Percentuais estes que aplicados ao saldo devedor permite apurar as estimativas dos valores a serem provisionados.

Para os clientes que apresentem evidências objetivas específicas, a estimativa de perda é realizada individualmente, considerando entre outros aspectos a monetização das garantias constituídas atreladas às operações.

A experiência de perdas históricas é ajustada com base nos dados observáveis atualizados, a fim de refletir os efeitos de condições atuais que não afetaram o período no qual se baseia a experiência de perdas históricas e para remover os efeitos de condições no período histórico não condizente às condições correntes.

Exposição ao Risco de crédito de Contraparte

No Banco, o risco de crédito de contraparte tem o objetivo de definir instrumentos adequados de análise para minimizar o risco de crédito, através da obtenção de maior grau de segurança nas operações com o segmento e de estabelecer os critérios de enquadramento dos riscos considerados aceitáveis pelo Comitê Diretivo. O gerenciamento do risco de crédito das instituições financeiras ocorre da seguinte forma:

1. As Instituições são classificadas em função do risco de crédito; 2. As operações são amparadas por Limites de Crédito

A análise de crédito é elaborada envolvendo aspectos objetivos e subjetivos, sendo o primeiro resultado da apuração de indicadores econômico-financeiros, tais como a Estrutura Patrimonial, a solvência, a rentabilidade, os custos e a performance da empresa. No caso da análise subjetiva, é levado em conta o histórico de instituição, a estrutura operacional e administrativa, os recursos operacionais, a visão estratégica, o perfil operacional, bem como aspectos voltados para o negócio, como a qualidade da carteira e as políticas de crédito e de investimento. Na análise de crédito será estabelecido o Grau de Risco da instituição.

Nos exercícios findos em 31/12/2016 e 31/12/2015, o Banco não possuía contratos sujeitos ao risco de crédito de contraparte relativos a contratos a serem liquidados

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em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de liquidação onde a câmara atua como contraparte central.

A seguir, o valor nocional dos contratos sujeitos ao risco de crédito de contraparte, relativos a contratos a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de liquidação, nos quais a câmara não atue como contraparte central, segregados em contratos com garantias e contratos sem garantias:

Descrição 31/12/2016 31/12/2015

Com garantia 1.799.000 2.851.597

Sem garantia 375.052 847.431

O quadro, a seguir, apresenta o valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito de contraparte, desconsiderados os valores positivos relativos a acordos de compensação, conforme definidos na Resolução nº 3.263/05:

Descrição 31/12/2016 31/12/2015

Valor positivo bruto 1.905.476 3.191.056

A seguir, os valores positivos relativos a acordos para compensação e liquidação de obrigações, conforme definidos na Resolução nº 3.263/05:

Descrição 31/12/2016 31/12/2015

Acordos de compensação 61.676 110.172

Apresenta-se, abaixo, o valor das garantias que atendam cumulativamente aos seguintes requisitos:

(a) sejam mantidas ou custodiadas na própria instituição ou em seu nome;

(b) tenham por finalidade exclusiva a constituição de garantia para as operações a que se vinculem;

(c) estejam sujeitas à movimentação, exclusivamente, por ordem da instituição depositária e;

(d) estejam imediatamente disponíveis para a instituição depositária no caso de inadimplência do devedor ou de necessidade de sua realização.

Descrição 31/12/2016 31/12/2015

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Abaixo, a exposição global a risco de crédito de contraparte, líquida dos efeitos dos acordos para compensação e do valor das garantias:

Descrição 31/12/2016 31/12/2015

Exposição global Líquida 68.212 336.865

Instrumentos Mitigadores

O Banco utiliza-se de diversos tipos de garantias como forma de mitigar o risco de crédito das operações. Essas garantias são ativos que visam assegurar uma segunda fonte de pagamento do crédito no caso de inadimplência do cliente. Assim sendo, a qualidade e a quantidade das garantias fornecidas, constituem aspecto determinante na definição do nível de risco de cada operação.

Conforme a Política de Crédito do Banco, para cada operação pode existir mais de um tipo de garantia, cada qual devidamente identificada, quantificada através do percentual exigido em relação ao valor da operação.

O quadro a seguir enumera o saldo contábil das operações de crédito com garantias vinculadas e o correspondente valor justo das garantias:

Descrição 31/12/2016

Suficiente Insuficiente

Carteira Valor contábil Valor justo Valor contábil Valor justo Pessoa física Crédito 41.185 109.870 1.989 1.589 Veículos 18.810 28.340 32.490 37.159 Crédito imobiliário 5.985 5.985 - - Subtotal 65.980 144.195 34.479 38.748 Pessoa jurídica 1.276.088 1.680.283 531.961 105.342 Total geral 1.342.068 1.824.478 566.440 144.090 31/12/2015 Pessoa física Crédito 70.331 194.703 2.003 1.519 Veículos 26.422 39.748 31.157 1.996 Crédito imobiliário 5.470 4.902 - - Subtotal 102.223 239.353 33.160 3.515 Pessoa jurídica 1.318.004 2.052.356 562.924 199.384 Total geral 1.420.227 2.291.709 596.084 202.899

Para os ativos não financeiros adquiridos, tais como veículos e bens imóveis, o Banco adota uma política que consiste em promover a ampla divulgação dos bens disponíveis para venda objetivando a comercialização direta.

A venda direta revelou-se mais eficaz uma vez que é mais ágil e produz melhores resultados.

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b) Gerenciamento do risco operacional

O Gerenciamento do Risco Operacional no Banco integra-se às estratégias e aos negócios das empresas do grupo, alinhando os processos existentes e praticados com as políticas vigentes. A forma de atuação possibilita a identificação das áreas com maior potencial de risco e os cenários mais críticos para, por meio de uma gestão efetiva, controlar e mitigar a exposição ao Risco Operacional a que a Instituição está sujeita.

A Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional favorece uma ação compartilhada e multidisciplinar, na qual os funcionários de cada área são os especialistas do processo e podem desempenhar importante papel na integração com a Gerência de Gestão de Riscos e Controles. Esta proximidade com o foco de risco possibilita uma interferência positiva e favorece uma gestão dinâmica e participativa do Risco Operacional.

A metodologia aplicada para a gestão do Risco Operacional é composta pelas etapas qualitativa e quantitativa. A primeira etapa contempla o levantamento dos processos, a identificação dos riscos, a avaliação dos controles e as respostas aos riscos (plano de ação).

Já a etapa quantitativa, consiste na formação da base de perdas, tendo como objetivo registrar as informações relativas aos eventos decorrentes da exposição ao Risco Operacional no Banco.

Na Instituição estão disponíveis diversas ferramentas para a gestão do Risco Operacional, são elas: ICR (Indicador Chave de Risco), Testes de Avaliação dos Sistemas de Controle de Riscos Operacionais, Questionário CSA (Control Self Assessment) e o Sistema de Gerenciamento do Risco Operacional, visando gerar informações de forma a maximizar a eficiência dos controles e dos dados de perda operacional, com o intuito de redirecionar as ações no sentido de reduzir as perdas operacionais.

De acordo com o disposto na Circular nº 3.640/13 do Bacen, o cálculo da parcela referente à exposição a risco operacional (RWAOPAD) pode ser efetuado com base em uma das seguintes metodologias, a critério da instituição financeira: Abordagem do Indicador Básico; Abordagem Padronizada Alternativa; Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada.

No Banco, a metodologia de cálculo adotada é a Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada, conforme detalhamento contido no artigo 7 da Circular nº 3.640/13, alterada pelas Circulares nº 3.675/13 e 3.739/14 do Bacen. Toda a

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metodologia de cálculo da abordagem utilizada pela Instituição foi definida seguindo os critérios de consistência e passíveis de verificação. Além disso, encontra-se devidamente formalizada.

A Gestão de Continuidade dos Negócios, que também está inserida no âmbito do Gerenciamento do Risco Operacional, busca garantir a continuidade dos processos de negócios críticos à sobrevivência da instituição em caso de crises que causem a interrupção das suas atividades. Isso proporciona um ambiente mais seguro às operações, aos clientes e contrapartes, bem como aos seus acionistas.

Para garantir essa resiliência, o Banco utiliza metodologia que o permite definir estratégias de contingência, determinando procedimentos alternativos e linhas de ações que manterão as operações críticas em funcionamento, mesmo na ocorrência de eventos adversos que causem a interrupção das atividades. Todas essas especificações estão formalizadas em Planos de Contingência, que contemplam também toda a estrutura de pessoal e logística disponibilizada para a continuidade dos negócios.

Periodicamente, os Planos de Contingência elaborados passam por testes, cujos relatórios, enviados inclusive à Alta Administração, orientam a atualização desses planos e buscam garantir a eficácia dos procedimentos descritos. Esse ciclo virtuoso permite ao Banco manter sua Gestão de Continuidade dos Negócios em um processo de melhoria contínua.

c) Gerenciamento do risco de liquidez

O Risco de Liquidez é definido como:

I. A possibilidade da instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e

II. A possibilidade da instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado, ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado. No Banco o Risco de Liquidez é gerenciado por meio de metodologias e modelos que visam administrar a capacidade de pagamento da Instituição, considerando o planejamento financeiro, os limites de riscos e a otimização dos recursos disponíveis, permitindo embasar decisões estratégicas com grande agilidade e alto grau de confiança.

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Sua gestão é realizada em conformidade com a Resolução nº 4.090/12, que dispõe sobre a estrutura de gerenciamento, governança e transparência das informações do Risco de Liquidez. A resolução propõe ainda que a Instituição estabeleça Plano de Contingência de Liquidez contendo as responsabilidades e procedimentos para tratar as situações extremas.

A Instituição possui dois modelos – “mapa de descasamento dos fluxos” e “movimentação diária de produtos”. O primeiro modelo permite o acompanhamento por produto, moeda, indexador e vencimento e o segundo fornece estatísticas de entrada e saída dos produtos ativos e passivos.

O Banco realiza ainda, como um dos instrumentos de gestão, a projeção do fluxo de caixa que possui duas metodologias: uma estatística e outra baseada em séries históricas de movimentação de produtos de ativo e passivo, recebimentos antecipados, vencimentos e recompras de operações de depósito a prazo, operações de crédito, captações externas, poupança, depósito à vista e TVMs. Concomitantemente, são construídos cenários de estresse que permitem a identificação de possíveis problemas que possam vir a comprometer o equilíbrio econômico-financeiro da Instituição. O Banco possui, ainda, Plano de Contingência de Liquidez contendo estratégias e procedimentos necessários para, pelo menos,