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Java (Java Verified), desenvolvido pela Sun Microsystems. Já na PSC da Nokia, por exemplo, foi batizada de Symbian Signed.

ConformeSymbian(2008), ambos os procedimentos de assinaturas são esquemas para permitir criar e gerenciar uma assinatura digital para a aplicação. Assim, pode- se garantir todas as compatibilidades necessárias para o software executar conforme esperado. No caso do esquema de assinaturas da PSC da Symbian, há suporte tanto para Java Verified como Symbian Signed, pois os recursos da plataforma dão suporte também para a PDC Java. Já a PDC Java ME, não suporta o esquema do Symbian.

O ciclo de assinatura da aplicação (passo c), de acordo com Symbian(2008), por outro lado, não é um procedimento obrigatório, pois uma aplicação poderia ser instalada no celular sem essa assinatura digital (também conhecida como certificação), e funcionar da mesma forma. Entretanto, não há garantias do fabricante que tal aplicação funcionaria, deixando a responsabilidade para o próprio usuário assumir os riscos. Não obstante, conformeJunquera and Gnius(2005);Symbian(2008), muitas operadoras exigem essa certificação para ofertarem aplicações compatíveis dos diferentes terminais de celulares que são comercializados pelas operadoras na sua base de clientes.

Por fim, temos o passo de distribuir a aplicação para utilização (passo d). Neste ponto, o desenvolvedor tem diferentes possibilidades para distribuição. Em geral, as aplicações são comercializadas com as operadoras ou nos recentes portfólios dos fabri- cantes como OVI4(Nokia), AppStore (Apple), Android Market (Open Handset Allience), bem como, diretamente para usuários finais, em portfólios de terceiros ou dos próprios desenvolvedores.

A seguir, apresentam-se alguns requisitos desejáveis para aplicações de celulares e suas ferramentas emuladores das PDC, bem como, algumas ferramentas estudas.

3.3

Desafios para aplicações e ferramentas

Existem vários desafios que devem ser considerados para projetar aplicações no desen- volvimento de software para celular. Alguns deles já foram discutidos no início deste capítulo (vide Figura3.2), porém, faz-se necessário também, considerar as implicações dos desafios quanto as definições de requisitos desejáveis para atender a problemática do desenvolvimento de software no contexto do celular. A seguir apresenta-se resumida- mente os desafios, bem como, alguns requisitos desejáveis.

A Figura 3.4, ilustra os principais desafios a serem vencidos conforme pesquisas

3.3. DESAFIOS PARA APLICAÇÕES E FERRAMENTAS

deLoureiro et al. (2003), que são: (1) tipos e formas de uso; (2) diferentes celulares; (3) aplicação do serviço ou aplicação; (4) estratégia de mobilidade; (5) usabilidade; (6) segurança; e (7) conhecimentos técnicos.

Figura 3.4 Desafios a serem superados no contexto do desenvolvimento para celular

Quanto aos tipos de celulares e formas de uso (vide Figura 3.4, [1 e 2]), pode- mos percebê-los conforme classificação dos seus diferentes tipos (vide Capítulo 2, Definição2.1), e também, pelas suas formas de uso. As formas convencionais de uso do celular são as mais diversas, em vários ambientes, desde locais comuns até em locais não habitáveis, tais como a utilização em residências ou no trabalho, no deserto ou em alguma situação de emergência. Um ponto negativo, pode-se usá-lo em momentos não recomendados, tal como durante algum deslocamento dirigindo um automóvel ou meio de transporte, aumentando o risco de acidentes. As formas de utilização são inúmeras, e não se restringem mais apenas com propósito para se comunicar. Ao longo do capítulo anterior (vide Capítulo2, Figura2.1), apresentamos alguns de seus recursos bem como formas de uso.

Quanto as aplicações e serviços de celular (vide Figura3.4, [3]), podemos considerar que nem todas os softwares são desenvolvidos e consequentemente, são apropriados para ambientes de celular. Assim, devemos avaliar sua adequação seguindo alguns pontos:

• Analisar o fluxo de dados e requisitos de conectividade da aplicação específica;

• Identificar os requisitos do modelo de uso da aplicação (conexão intermitente ou permanente);

3.3. DESAFIOS PARA APLICAÇÕES E FERRAMENTAS

para a aplicação (LAN, telefonia 2,5G, 3G e seus impactos na largura da banda, área de abrangência, atraso);

• Definir a região de cobertura que a aplicação deve estar disponível;

• Identificar requisitos de segurança que aplicação deve ter (autenticação e crip- tografia);

• Estimar o custo de desenvolvimento e manutenção da aplicação;

• Identificar características dos celulares necessários à execução da aplicação;

• Identificar o segmento de mercado da aplicação ou serviço (mercado de consumo).

No âmbito geral, quanto a estratégia de mobilidade (vide Figura3.4, [4]), de acordo com pesquisas deEconomou et al.(2008);Loureiro et al.(2003);Karvonen and Warsta

(2004), para desenvolver aplicações para celulares, deve-se considerar um conjunto de requisitos, que precisam ser considerados nos processos de negócios, a fim de desenvolver uma estratégia de mobilidade para uma empresa.

Assim, pode-se avaliar os vários processos dentro do negócio e identificar aqueles que podem ser implantados com o paradigma da computação móvel. De acordo com

Loureiro et al.(2003), os principais pontos que devem ser considerados são:

• A forma como as informações, documentos, mensagens, etc. são trocadas entre os funcionários (papél, meio eletrônico);

• Qual é o processo para passar essas informações?

• Que/Onde/Como/Quando informação / aplicação é importante para os diferentes tipos de funcionários da empresa?

• Que novos processos devem ser criados com uma estratégia móvel?

Assim, quando uma nova tecnologia com diferentes capacidades e requisitos é uti- lizada, tal como as PSC e as PDC, os processos devem ser revistos considerando essa tecnologia. Se a tecnologia é simplesmente aplicada sem nenhuma consideração, o resultado final poderá ser ineficiente.

Num processo específico de negócio, segundoLoureiro et al.(2003), alguns critérios devem ser definidos para avaliar a utilização das aplicações no cenário da computação móvel, tais como:

3.3. DESAFIOS PARA APLICAÇÕES E FERRAMENTAS

1) A tecnologia irá fornecer novas capacidades/funcionalidades e o quanto elas valem? Ou seja, a tecnologia irá permitir fazer atividades que não são possíveis sem ela? Existem outros retornos indiretos em se ter essas funcionalidades?

2) A tecnologia irá melhorar a produtividade? Ou seja, o que será melhorado com a mesma quantidade de recursos? Os ganhos previstos são maiores que os custos com treinamento, gerenciamento e uso do sistema? Como a curva de aprendizagem da tecnologia irá afetar a produtividade?

3) A tecnologia irá melhorar a eficiência? Ou os novos passos introduzidos no processo do negócio irão diminuir a eficiência como um todo?

4) A tecnologia irá melhorar a qualidade? Os erros irão diminuir ou aumentar devido às opções limitadas de entrada de dados dos celulares? Os resultados do processo do negócio serão melhores?

5) O uso da tecnologia irá afetar os custos? Quais os novos custos que serão criados? Mesmo se a tecnologia provê um aumento na receita, o seu uso deve ser considerado em função dos custos atuais.

Estas questões permitem orientar empresas e desenvolvedores de terceiros nos projetos de aplicações para celular, bem como, vislumbrar a melhor maneira de adequar os processos de negócio da empresa ao contexto que as tecnologias dos celulares estão inseridas.

Em relação ao aspecto de Usabilidade (vide Figura3.4, [5]), primeiramente a pre- missa principal é que os celulares são completamente diferentes dos PCs (desktops). A experiência de usuário no celular é bastante limitada, se comparada aos recursos dos PCs, que por muitos anos já têm telas e resoluções maiores, uso de mouse e teclados acessíveis às mãos. Os recursos computacionais dos celulares são limitados. Por outro lado, novas interfaces com recursos como touchscreen e uso de sensores de acelerômetros (como iPhone), já estão permitindo uma melhor experiência dos usuários no uso das interfaces dos celulares. As principais estratégias de usabilidades devem considerar:

• Esquema de interação (modelo navegacional e fluxo de informação);

• Mapa de serviço (diagramas mostrando a estrutura e interações dos diferentes serviços envolvidos);

• Guias de estilo (guiar os projetistas, regras de navegação, controles, mensagens de erros, atalhos. . . );

3.4. REQUISITOS DESEJÁVEIS PARA FERRAMENTAS DE DESENVOLVIMENTO