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5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

5.2. Política de gerenciamento de riscos de mercado 5.2. Política de gerenciamento de riscos de mercado a) Riscos para os quais se busca proteção

Os riscos para os quais buscamos proteção encontram-se descritos abaixo:

Risco Cambial: a maior parte das nossas receitas é denominada em Real, assim como a maior parte do caixa da Companhia. O risco cambial ao qual possuímos exposição decorre dos efeitos das variações da taxa de câmbio Dólar-Real sobre itens denominados em Dólares ou que tenham o valor em Reais indexado ou fortemente influenciado pela cotação do Dólar. Dentre esses itens, a Companhia destaca seus investimentos exploratórios e de desenvolvimento, parcialmente em Dólares ou indexados ao Dólar. Adicionalmente ao risco cambial referente aos investimentos exploratórios e de desenvolvimento, a Companhia possui passivo sujeito à exposição em Dólares, cujo total, em 31 de dezembro de 2013, era de R$228,9 milhões, e a variação cambial sobre esse passivo, também em 31 de dezembro de 2013, era de R$21,6 milhões. Em 30 de maio de 2014, a Companhia não possuía dívida em moeda estrangeira.

Risco da Variação do Preço do Petróleo e seus Derivados: a volatilidade do preço do petróleo tem impacto limitado em nosso resultado atual, uma vez que nossa receita operacional é preponderantemente proveniente da venda de gás natural do Campo de Manati para a Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras, por preço denominado em Reais e reajustado em bases anuais de acordo com índice contratual. Temos um contrato com a Dax Oil Refino S.A. para a venda de condensado do Campo de Manati, cuja receita está indexada ao preço da commodity (óleo Brent) no mercado internacional. Entendemos que nossa exposição ao risco da variação do preço de petróleo tende a aumentar na medida em que expandirmos nossa atividade de produção ou venda de condensado com preço indexado ao preço da commodity no mercado internacional.

Risco da Taxa de Juros: a variação das taxas de juros de mercado pode influenciar o custo de nossos empréstimos se forem captados com taxas de juros variáveis referenciadas a tais taxas de mercado, ou a rentabilidade da aplicação do nosso caixa. Em 30 de maio de 2014, a Companhia possuía um empréstimo com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) no valor de R$266,1 milhões em duas linhas de crédito com período de carência de três anos e prazo de amortização de sete anos. A linha de crédito A, será corrigida a juros compostos fixos de 3,5% a.a., e a linha de crédito B será corrigida com base a juros compostos de TJLP e reduzidos por um fator de equalização líquido de 1,5% a.a.. Para mais informações sobre os empréstimos e financiamentos da Companhia, vide seções 3.9 e 10.1, “f” deste Formulário de Referência.

b) Estratégia de proteção patrimonial (hedge)

Risco Cambial: Seguindo a nossa Política de Gestão de Risco de Mercado, a Companhia utiliza instrumentos financeiros derivativos e hedge natural via aplicação do caixa em

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

Dólares para mitigar os riscos cambiais incidentes sobre a parcela de seus investimentos de capital denominada em Dólares norte-americanos ou fortemente influenciada por sua cotação. Em 30 de maio de 2014, a Companhia não tinha contratos de derivativos vigentes, mas possuía cerca de 22% do seu caixa aplicados em fundos cambiais ou diretamente em Dólares.

Risco da Variação do Preço do Petróleo e seus Derivados: conforme mencionado no item (a) anterior, atualmente este é um fator de menor relevância para nosso resultado. Contudo, caso nossa exposição aumente com a produção de novos projetos, podemos optar, no futuro, pela contratação de instrumentos financeiros derivativos contra o risco advindo da variação do preço do petróleo e seus derivados, com o objetivo de reduzir nossa exposição a este risco.

Risco da Taxa de Juros: de forma a reduzir o risco de flutuação das taxas de juros e do valor de mercado das nossas dívidas, podemos, ocasionalmente, contratar instrumentos derivativos.

A estratégia de proteção (hedge) é executada pela Companhia respeitando a Política de Gestão de Riscos de Mercado, aprovada pelo Conselho de Administração em 21 de dezembro de 2011, com o intuito de proteger a solvência e a liquidez da Companhia, considerando uma análise integrada de todas as exposições a risco da Companhia, bem como assegurar a execução do plano corporativo de investimentos.

c) Instrumentos utilizados para a proteção patrimonial

Os principais instrumentos que podemos utilizar para proteção patrimonial são:

 para cobertura contra o risco cambial, a Companhia pode utilizar diversos

instrumentos derivativos, tais como futuros negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros, contratos de Non-Deliverable Forward (“NDF”) ou contratos de opções cambiais;

 para cobertura contra o risco da variação do preço do petróleo e seus

derivados, podemos utilizar contratos de entrega física e instrumentos derivativos, como futuros, forwards, opções e swaps; e

 para cobertura contra o risco de variação da taxa de juros, podemos

utilizar o Interest Rate Swaps (“IRS”) e opções.

Adicionalmente, com o objetivo de garantir que a cobertura adotada seja a mais eficiente possível, cobrindo ao máximo o risco para a qual foi utilizada, podemos, igualmente, contratar instrumentos em mercados organizados, como a New York Mercantile Exchange (“NYMEX”), a Intercontinental Exchange (“ICE”), a BM&FBOVESPA e outros, assim como em mercados de balcão organizado (over the counter).

O uso de derivativos pela Companhia está limitado a operações de proteção (hedge). A Companhia não utiliza derivativos para fins especulativos.

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

A administração dos riscos para os quais a Companhia busca proteção é realizada a partir da orientação de estratégias conservadoras, visando liquidez, eficiência e segurança, de acordo com os preceitos da Política de Gestão de Riscos de Mercado da Companhia, aprovada pelo Conselho de Administração em 21 de dezembro de 2011 e descrita no item (f) abaixo. Adicionalmente, monitoramos constantemente o mercado através de um grupo de trabalho, formado por colaboradores de diversas áreas da Companhia, cujo objetivo é identificar e propor a melhor forma de mitigar a exposição da Companhia a riscos não inerentes à atividade de exploração e produção de petróleo e gás. Neste sentido, podemos utilizar instrumentos financeiros derivativos somente para a cobertura de riscos identificados e em montantes compatíveis com os valores relacionados aos riscos em questão. Quando contratamos essas operações, realizamos um acompanhamento ativo das taxas frente às vigentes no mercado.

e) Indicar se o emissor opera instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial (hedge) e quais são esses objetivos

Todas as operações com instrumentos financeiros visam apenas à proteção patrimonial da Companhia. Não realizamos quaisquer operações especulativas com instrumentos financeiros.

f) Estrutura organizacional de controle de gerenciamento de riscos

Nossa estrutura organizacional para gerenciamento integrado de riscos deriva de nossa Política de Gestão de Riscos de Mercado aprovada por nosso Conselho de Administração em 21 de dezembro de 2011. Essa política tem o objetivo de formalizar as medidas elegíveis de mitigação de nossa exposição e de nossas controladas aos riscos de mercado não inerentes à atividade de exploração e produção de óleo e gás, e determina condições e limites para o uso de instrumentos derivativos, como Futuro, NDF e Opções, que poderão ser contratados somente com o objetivo de hedge (proteção patrimonial). Adicionalmente, monitoramos constantemente o mercado através de um grupo de trabalho, formado por colaboradores de diversas áreas da Companhia, os quais são responsáveis pela avaliação, controle e comunicação dos principais riscos à administração.

g) Adequação da estrutura operacional de controles internos para verificação da efetividade da política adotada

De modo a verificarmos a efetividade da Política de Gestão de Riscos de Mercado, os riscos são monitorados de forma contínua por nossa Administração. Neste sentido, possuímos grupos de trabalho que se reúnem mensalmente e apresentam para a Diretoria o monitoramento de eventuais riscos aos quais a Companhia esteja sensível. A Diretoria então, com base no monitoramento de referidos grupos, elabora relatórios trimestrais sobre o assunto para o Conselho de Administração.

Desse modo, ajustes aos procedimentos de controles internos são realizados por nossos Administradores à medida que forem julgados necessários.