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5. – Riscos de Mercado

5.1. Principais Riscos de Mercado

5.1. Descrição dos principais riscos de mercado

A Companhia está exposta a diversos riscos de mercado inerentes às suas atividades, dentre outros, a flutuação de preços de moedas, taxas de juros, inflação e preços do petróleo e seus derivados, em mercados livres ou administrados, que são influenciados por condições globais de oferta e demanda, bem como pela política econômica do Governo Federal.

As políticas econômicas do Governo Federal podem ter efeitos importantes em companhias brasileiras, incluindo nossa Companhia, nas condições de mercado e nos preços dos valores mobiliários brasileiros. Nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais podem ser afetados adversamente pela influência do Governo Federal e por fatores como: flutuações na taxa de câmbio; inflação; políticas de controle cambial; instabilidade social; taxas de juros; liquidez do capital doméstico e dos mercados financeiros; política tributária; política regulatória para a indústria de óleo e gás, incluindo políticas de precificação; e outros acontecimentos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos que venham a ocorrer no Brasil ou que de alguma forma o afetem.

No tocante à inflação, algumas medidas tomadas pelo Governo Federal no intuito de controlá-la, combinada com a especulação sobre eventuais medidas governamentais a serem adotadas, tiveram efeito negativo significativo sobre a economia brasileira nos anos recentes. Segundo medição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (“IPCA”), o Brasil teve índices de inflação de 5,91% em 2010, 6,5% em 2011, 5,84% em 2012 e 5,91% em 2013. Considerando o histórico de altos índices de inflação, o Brasil poderá enfrentar níveis ainda maiores no futuro. Eventuais ações futuras do Governo Federal, incluindo redução das taxas de juros, intervenção no mercado cambial e ações para ajustar ou fixar o valor do Real, poderão aumentar a inflação e afetar adversamente o desempenho da economia brasileira como um todo, bem como a Companhia.

Além disso, a descoberta das reservas de petróleo e gás natural nas camadas do pré-sal levou à aprovação de mudanças significativas na atual legislação brasileira sobre petróleo, incluindo diversos ajustes na Lei nº 9.478, de 06 de agosto de 1997 (“Lei do Petróleo”), para prever a criação de um modelo de partilha especificamente aplicável às atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural na área do pré-sal e outras áreas a serem pré-definidas. O Congresso Nacional está considerando ainda outras mudanças na regulação das participações governamentais, particularmente na forma de distribuição dos royalties entre os estados e municípios produtores. Não podemos estimar o impacto que qualquer nova mudança na Lei do Petróleo ou na legislação atualmente em vigor poderia ter em nossos negócios.

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

nas políticas econômicas ou em regulamentações que possam afetar, no futuro, quaisquer dos fatores mencionados acima ou outros fatores podem levar a incertezas econômicas no Brasil e aumentar a volatilidade do mercado de valores mobiliários brasileiro e dos valores mobiliários emitidos no exterior por companhias brasileiras. Não podemos prever quais futuras políticas fiscais, monetárias, de seguridade social, entre outras, serão adotadas pelo Governo Federal brasileiro. Tais mudanças políticas e regulatórias podem ter um efeito material adverso em nossos resultados operacionais e condição financeira.

Abaixo destacamos os principais riscos de mercado aos quais a Companhia está exposta: Risco Cambial: O risco cambial decorre dos efeitos das variações da taxa de câmbio Dólar (US$) -Real (R$) sobre itens denominados em Dólar norte-americano ou que tenham o valores em Reais indexados ou fortemente influenciados pela cotação do Dólar. Dentre esses itens, a Companhia destaca a parcela dos seus investimentos de capital esperados denominada em Dólar ou fortemente influenciada pela cotação do Dólar. Historicamente, ocorrem significativas flutuações na taxa de câmbio entre a moeda brasileira e o Dólar e outras moedas internacionalmente fortes. Como a maior parte do caixa da Companhia está em Reais, uma valorização do Dólar frente ao Real eleva o dispêndio em Reais necessário aos investimentos de capital atrelados ao Dólar e pode trazer aumento de custo significativo à execução do plano de investimentos de longo prazo da Companhia. Adicionalmente, variações no câmbio podem afetar os valores reservados para a provisão para abandono dos poços, orçados em Dólares. Na data deste Formulário de Referência, a Companhia não possui dívida em moeda estrangeira.

Risco da Variação do Preço do Petróleo e seus Derivados: Atualmente, a maior parte das receitas da Companhia não é afetada por variações no preço do petróleo e seus derivados, uma vez que a venda do gás produzido em Manati é fixado em Reais e ajustado por um índice contratual. Somente a parcela menos significativa da nossa receita total, referente à venda do condensado produzido no Campo de Manati, é afetada por variações na cotação do Petróleo (Brent).

Contudo, na medida em que expandirmos nossa atividade de produção e venda de hidrocarbonetos, aumentaremos nossa exposição ao risco da variação do preço de petróleo e seus derivados. O preço mundial de petróleo e do gás natural tem oscilado bastante ao longo dos últimos 10 anos e está sujeito a fatores internacionais de oferta e demanda sobre os quais não temos controle. Acontecimentos políticos em todo o mundo, especialmente no Oriente Médio, a evolução nos estoques de produtos de petróleo e gás natural, os efeitos circunstanciais das alterações climáticas e fenômenos meteorológicos, tais como tempestades e furacões, que especialmente afetam o Golfo do México, o aumento da demanda em países com forte crescimento econômico, tais como China e Índia, bem como a instabilidade política e a ameaça do terrorismo que algumas regiões produtoras sofrem periodicamente, aliados ao risco de que a oferta de petróleo cru e gás natural possa se tornar uma arma política, podem especialmente afetar o mercado e os preços internacionais do petróleo e gás natural. Desta forma, quedas substanciais nos preços internacionais da commodity podem afetar de forma relevante e significativa os resultados operacionais dos nossos projetos, sejam decorrentes do nosso portfólio exploratório atual ou de novas aquisições.

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

Risco das Taxas de Juros: As oscilações das taxas de juros acarretam ganhos ou perdas decorrentes da incidência dessas taxas sobre seus ativos e passivos financeiros. Atualmente, a Companhia investe em fundos exclusivos que são remunerados com base na taxa de juros do Brasil.

No Brasil, a principal taxa de juros é a Taxa Selic, determinada pelo Banco Central do Brasil. Desde 2001, o Banco Central vem ajustando frequentemente a Taxa Selic com o intuito prioritário de controle inflacionário. No final dos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013 a Taxa Selic encontrava-se respectivamente em 10,75%, 11,0%, 7,25% e 10,0% ao ano. A Companhia atualmente possui um financiamento concedido pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) no valor de R$266,1 milhões, na qual parcela deste crédito será corrigida com base a juros compostos de TJLP e reduzidos por um fator de equalização líquido de 1,5% a.a.. O prazo total do financiamento é de 10 anos, sendo 3 anos de carência e 7 anos de prazo de amortização. Confira as seções 3.9, 5.2 e 10.1, “f” deste Formulário de Referência para mais informações sobre este contrato ou sobre o nível de endividamento da Companhia. Em 30 de maio de 2014, a Companhia não possuía qualquer tipo de endividamento em moeda estrangeira, ou sujeita às variações da LIBOR, para o mercado internacional.

Quaisquer das suposições acima poderão ter um efeito material adverso em nossos negócios, condição financeira, resultados operacionais e no preço de mercado de nossas ações ordinárias.