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A escola é um espaço onde alunos, professores e pais protagonizam suas histórias nos mais diferentes contextos e as aprendizagens são oportunizadas. De acordo com PARO:

A escola não é homogênea em seu funcionamento e propósitos quando considerados seus diferentes níveis de ensino. Métodos e processos de ensino, procedimentos avaliativos, conteúdos culturais e papéis sociais dos indivíduos envolvidos são, certamente, de natureza diversa, por exemplo, quando se trata da preparação para uma profissão, no ensino superior, ou da formação da personalidade humano-histórica, no ensino fundamental. No primeiro caso, os estudantes são jovens e adultos que, por suposto, já detêm plena capacidade de abstração e podem assumir autonomamente a condição de sujeitos de seu aprendizado na interlocução com seus professores. No segundo, os educandos são crianças e adolescentes, passando por um longo período de desenvolvimento biológico, psíquico e social, que se inicia no nascimento e que requer cuidados específicos e adequados aos diferentes ciclos de transformações, quer da inteligência e da capacidade de aprender, quer da personalidade globalmente considerada. (PARO, 2011, p.9).

A citação de Paro é pertinente quando nos remete à questão da heterogeneidade da escola, e neste caso, a preparação e/ou um aperfeiçoamento para uma profissão, o foco primordial do ensino na EASA é transmitir aos sargentos alunos os indispensáveis conhecimentos e as habilidades técnico-profissionais necessárias ao Sargento Aperfeiçoado, remetendo à perspectiva da dimensão técnica.

A dimensão humana é indicada no desenvolvimento sólido do espírito militar, consubstanciado no fortalecimento do caráter, das convicções democráticas e dos valores cívicos, espirituais e morais; no incentivo à responsabilidade; e na disciplina consciente, a serem ampliados e complementados nos cursos e/ou estágios subsequentes, de modo a capacitá-los ao desempenho de futuras funções na Força Terrestre.

A Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas (EASA), um Estabelecimento de Ensino de Aperfeiçoamento, de grau médio, da Linha de Ensino Militar Bélico, subordinado à Diretoria de Educação Técnica Militar (DETMil) foi criada pela Portaria Ministerial Nr 043 - RES, de 10 de julho de 1992 com o nome de Centro de Instrução de Aperfeiçoamento de Sargentos - Sul, iniciando as atividades de ensino em 1º de fevereiro de 1993 na cidade de Cruz Alta - RS, sendo o cenário deste estudo.

Figura 2 - Organograma da EASA

Fonte: Das origens do sargento ao seu aperfeiçoamento nos dias atuais (ALVES, 2005, p.45)

A EASA tem a missão de aperfeiçoar os Sargentos das Armas do Exército Brasileiro e a visão de futuro da escola é constituir-se em um centro de referência Educacional Militar até 2022. 8

Para isso, ministra o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS) das Armas de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Comunicações. Nos seus valores podemos destacar o item Valorização Profissional, onde seus integrantes são valorizados a continuar a sua formação continuada, por meio de cursos presencias, a distância e leituras para o pleno desenvolvimento das suas atividades.

O Curso é dividido em 02 (duas) fases. A 1ª fase tem duração de 30 (trinta) semanas, é ministrada na modalidade de ensino a distância (EAD), sendo realizada na Organização Militar do aluno.

A 2ª fase é presencial neste Estabelecimentode Ensino, com duração de 11 (onze) semanas, ligada a dimensão técnica dos conhecimentos das Armas, o CAS presencial.

Durante o ano a EASA recebe Sargentos de todas as regiões do Brasil, totalizando três cursos de aperfeiçoamento e no 3º turno também recebe Sargentos Alunos das Nações Amigas.9 No

decorrer das atividades de Organização e Emprego das Armas (OEA) aproveitando a localização da 8 O site da escola apresenta seus aspectos históricos e documentais. Disponível em: <http://www.easa.ensino.eb.br/>.

Acesso em: 22 maio 2016.

9 A EASA já recebeu sargentos da Argentina, Uruguai, Colômbia, Suriname, Namíbia etc. totalizando 96 militares. Disponível em: <http://www.easa.ensino.eb.br/>. Acesso em: 22 maio 2016.

escola na Região Sul do País, de importância histórica e estratégica, onde há várias Organizações Militares (OM), são realizados os Pedidos de Cooperação de Instrução, atividades extracurriculares denominados "Operação Couraça" que contam com a participação das armas-base e de apoio ao combate nas cidades de Alegrete, Cachoeira do Sul, Santiago, Santo Ângelo, Santa Maria e Rosário do Sul. O ponto culminante da "Operação Couraça" ocorre com a demonstração de uma Força- Tarefa, realizada no Campo de Instrução de Santa Maria (CISM), no qual os alunos têm a oportunidade de observar os sistemas operacionais manobra, apoio de fogo e logística.

Finalizando a subfase de Organização e Emprego das Armas (OEA), é executado o Exercício no Terreno "Sgt Max Wolf Filho", que compreende a elaboração de um quadro tático no qual os sargentos-alunos devem aplicar os conhecimentos das Operações Defensivas e de Operações Ofensivas, visualizando o emprego de uma brigada no terreno. Os planejamentos procuram integrar as características do emprego das Armas de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Comunicações, identificando a sequência integrada e a dinâmica operacional do combate, levando-se em conta os ensinamentos preconizados pela doutrina vigente na Força Terrestre. Já na fase de Administração, são desenvolvidas instruções referentes à Administração Militar, que envolvem gestão de pessoas, patrimonial e financeira, dentre outros assuntos da área administrativa. Ocorre, também, o desenvolvimento do Plano de Conferências e Palestras, do qual participam o Gabinete do Comandante do Exército, a Diretoria de Avaliação e Promoção e o Centro de Comunicação Social do Exército, dentre outros.

No intuito de desenvolver humanamente o sargento-aluno, são realizadas, ainda, atividades: desportivas, denominadas "Olimpíadas do CAS", oportunizando o trabalho em equipe nas atividades de Educação Física; culturais, organizadas na "Semana Cultural" para ter o contato com diferentes culturas do nosso país, quando a tradição gaúcha é apresentada aos sargentos alunos é promovido também uma viagem às Missões Jesuíticas, degustação do tradicional "costelão" e apresentação de danças típicas.

As atividades de responsabilidade social, tratam da dimensão humana nas questões de empatia e solidariedade, com a execução das ações do "Projeto Sargento-Aluno Solidário", pois proporcionam o contato com as necessidades locais da população, onde são arrecadados e distribuídos pelos alunos, nas comunidades carentes de Cruz Alta, alimentos, brinquedos e roupas, e realizada doação de sangue ao Hemocentro.

O aperfeiçoamento é realizado aproximadamente 10 anos após a formação na Escola de Sargentos das Armas, quando o militar já possui mais anos de experiência e vivência na sua profissão. Durante o curso, o militar atualiza e amplia conhecimentos prévios, necessários para o desempenho de funções de maior complexidade.

Os objetivos gerais do Curso são:

Habilitar o Sargento-aluno para os cargos de 2º Sargento Aperfeiçoado, 1º Sargento e de Subtenente, capacitando-o a:

a. desempenhar as funções de Sargenteante e Encarregado de Material de Subunidade, Auxiliar das Seções de Estado-Maior, Instrutor nos Estabelecimentos de Ensino de formação, aperfeiçoamento e especialização de Sargentos, Monitor em todos os Estabelecimentos de Ensino, Sargento Adjunto de frações elementares orgânicas dos Batalhões de Infantaria e Instrutor de Tiro-de-Guerra;

b. redigir documentos militares próprios de seus cargos e funções;

c. aplicar os regulamentos militares e legislações específicas no trato de assuntos administrativos próprios de seus cargos e funções;

d. reconhecer a influência do Exército para a construção da nacionalidade brasileira; e. demonstrar contínuo interesse no auto aperfeiçoamento e na otimização do exercício de suas funções;

f. auxiliar a implantação e consolidação da excelência gerencial no Exército Brasileiro; e

g. Evidenciar os atributos camaradagem, coerência, cooperação, decisão, dinamismo, imparcialidade, organização, responsabilidade, direção, iniciativa e flexibilidade. (EASA, 2016, p.2)

O objetivo primordial do ensino na EASA é a sua filosofia, descrita no seu Projeto Institucional Pedagógico (2016, p.3):

aperfeiçoar os Sargentos das Armas da Força, propiciando uma educação integral, que vise o desenvolvimento cognitivo aliado ao afetivo, possibilitando um espaço que o aluno possa vivenciar a liderança por meio do exemplo e do desenvolvimento dos atributos da área afetiva.

Nessa filosofia estão presentes as dimensões: humana e técnica que articulam-se conjuntamente. A ação educativa será eficiente se os sargentos aperfeiçoados estiverem dotados de um núcleo básico de conhecimentos, que podem ser considerados como os fundamentos de Organização e Emprego da sua Arma, fundamentos da Administração Militar, empregando os sistemas internos de controle, administrativo e pessoais da Força além de saber interagir emocionalmente em operações que envolvem a comunidade, tendo a necessidade de exercitar aspectos inerentes do convívio humano.

A par destes conhecimentos, todo Corpo Permanente da EASA deverá trabalhar em prol do processo de desenvolvimento dos sargentos-alunos, a fim de dotá-los de elevado espírito militar, sentimento de coesão, senso de responsabilidade, compromisso para com a Instituição e bom condicionamento físico, atributos indispensáveis para o prosseguimento na carreira das armas.

O Plano de Disciplinas (PLADIS) e a grade curricular do CAS viabilizam ao sargento egresso as ferramentas e habilidades necessárias ao desempenho de funções de 1º Sargento e Subtenente, tais como as de Adjunto de Pelotão e auxiliar de Estado-Maior em todos os níveis, após passarem por três avaliações formativas que comprovam seus conhecimentos em Organização e Emprego das Armas e Administração Militar.

A Análise e Melhoria de Processos é outra atividade avaliada realizada, onde os processos da própria EASA são revistos e analisados pelos alunos, emitindo contribuições para melhorias e a redação dos Projetos Interdisciplinares, trabalhos com temas de interesse da Força, que permitem um networking e atualização de informações.

Esperamos que o concludente do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos seja capaz de:

- Ocupar cargos e exercer funções próprias de Sargento Adjunto de frações elementares das Organizações Militares do Exército, Sargenteante e Encarregado de Material de Subunidade, Auxiliar de Seções de Estado-Maior de Unidade, Grande Unidade e Grande Comando; Auxiliar de Seções (Assessorias) de Órgãos de Direção Geral, Setorial, e de Apoio; Instrutor nos Estabelecimentos de Ensino de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização de Sargentos, Monitor em todos os Estabelecimentos de Ensino e Instrutor de Tiro de Guerra;

- Desempenhar suas atividades por ser possuidor de desejável Competência Administrativa, que se traduz na Eficiência Funcional e que se evidencia pela Liderança, Ética, Competência Operacional e Competência Interpessoal;

- Apresentar com destaque os seguintes atributos: camaradagem, coerência, cooperação, combatividade, decisão, dinamismo, imparcialidade, organização e responsabilidade; - Estabelecer uma formação continuada de carreira, por meio de cursos e estágios de instrução que o capacitem a outros cargos e funções de Sargento Aperfeiçoado e Subtenente, nas Organizações Militares do Exército; e

- Aprimorar a capacidade de expressão oral e escrita, inteirar-se das novas tecnologias e aprender novos idiomas, por meio do auto aperfeiçoamento. (EASA, 2016, p.3)

A Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas visa constituir-se em um centro de referência na Educação Militar, por isso necessita buscar constantemente o aperfeiçoamento dos seus processos, por meio da modernização de suas ferramentas e da capacitação dos recursos humanos. Neste sentido, está em consonância com o contexto global e a necessidade de proteger constantemente a Pátria no Projeto de Transformação do Exército Brasileiro que tem por objetivo estabelecer novas capacidades para ampliar a atuação visando atender melhor às demandas do Estado.

Na esfera educacional, surge o Ensino por desenvolvimento de Competências que desde a sua implantação do projeto de modernização de ensino em 1996 até a atualidade, o processo de Transformação do Exército, enfrenta conflitos e resistências frente a um processo de mudança, que

necessita de um longo período para que os envolvidos se engajem e construam uma nova forma de vivenciar o ensino, pautado na construção dos conhecimentos, na dialogicidade e criticidade.

Há muitos problemas que apenas foram minimizados, como também equívocos sobre estas novas concepções pedagógicas. No entanto, há um esforço constante no sentido de atualização e aperfeiçoamento dos professores, instrutores e gestores em busca de aprimorar não só a metodologia, as técnicas ou estratégias mas de transformar e/ou construir uma nova forma de pensar o ensino no Exército Brasileiro, integrado a esta questão Cortella (2014) nos remete ao questionamento:

O que é necessário para alguém que lida com vidas humanas? Ter cautela para não perecer e ímpeto para não paralisar. O mesmo é demandado de um educador ou de uma educadora. Em situações de mudança, é preciso equilibrar a cautela e o ímpeto. O risco de um ímpeto inconsequente - quando ações não são planejadas, organizadas coletivamente - é de se obter um efeito não desejado ou, pior ainda, de desmoralizar aquela ação e fazer com que as pessoas fiquem refratárias a qualquer outro tipo de mudança. Hoje, pelas mudanças cada vez mais velozes no nosso dia a dia, nas quais a nossa memória se torna fugaz e a nossa história se torna rápida, é preciso buscar outro jeito de construir a Educação. (CORTELLA, 2014, p.17).

Visando acompanhar os avanços tecnológicos e as transformações do mundo contemporâneo, o Sistema de Ensino do Exército Brasileiro vem tentando acompanhar essas evoluções. O Exército possui uma trajetória no que se refere às inovações na área do ensino. Desde 1996, quando teve início o Projeto de Modernização do Ensino, a EASA vem adotando para seu corpo docente várias estratégias, que são atividades, conceitos, medidas, legislação básica e programas, listadas a seguir:

- core (conhecimento essencial);

- aprender a aprender; - auto-aperfeiçoamento;

- aluno como centro do processo;

- docente como facilitador da aprendizagem; - projeto interdisciplinar;

- contextualização;

- avaliação contínua, integral e predominantemente formativa; - provas formais com consulta livre, quando adequado e conveniente; - desenvolvimento dos atributos da área afetiva;

- assuntos da atualidade; - ensino de idiomas estrangeiros; - tempos livres para o discente;

- educação continuada;

- reformulação da legislação do ensino; - melhoria da didática e da metodologia; - melhoria da infraestrutura escolar;

- aumento do relacionamento do sistema de ensino do Exército com instituições externas;

- Lei de Ensino no Exército e regulamento;

- programas e projetos facilitadores: Programa de Leitura, Projeto Biblioteca, Programa História Militar, Projeto Informática, Projeto Trabalhos em Grupo, Projeto e Liderança Militar. (EASA, 2016, p. 5)

As modificações mais expressivas se verificam na área da didática, com a adoção dos princípios didáticos do “aprender a aprender”, que levam à reorientação da metodologia da instrução, deixando o instrutor de ser a única “fonte de conhecimentos”, para se transformar em “facilitador da aprendizagem”. Esta postura exige flexibilidade e adaptabilidade para aceitação dos novos conceitos e aplicação dos mesmos por parte de todos os envolvidos no processo educacional.

A partir dessas estratégias, o ensino militar iniciou um processo de grandes mudanças, principalmente para os instrutores que passaram a conviver com conceitos inovadores nas práticas em sala de aula. Core, priorizar o coração, o cerne dos conteúdos, fazer uso da interdisciplinaridade e da contextualização para dar sentido ao conhecimento que está sendo trabalhado. Também reconhecer o aluno como centro do processo, assumir o papel de orientador da aprendizagem e não mais de detentor absoluto do conhecimento e, principalmente, trabalhar com os princípios do auto- aperfeiçoamento, da busca constante pelo saber, são fundamentos que desafiam os militares comprometidos com a formação e qualificação dos recursos humanos do Exército Brasileiro.

O Processo de Transformação do Exército, que possui como um dos seus vetores a Educação e Cultura. Este vetor pretende revitalizar o processo de modernização do ensino, pela adoção de ações voltadas para o desenvolvimento de uma mentalidade de inovação. Tais como, favorecer a interação com Exércitos de países desenvolvidos, intensificar as visitas de intercâmbios com organizações modernas de grande porte e de atuação internacional, criar um centro de pesquisa de Guerra do Futuro, com a capacidade de realizar a prospecção estratégica, doutrinária e tecnológica; incorporar civis às estruturas organizacionais; evitar o cerceamento da iniciativa decorrente da cultura “erro-zero”; e estimular o desenvolvimento de lideranças com perfil inovador.

A EASA, sendo uma instituição inserida no contexto do ensino do Exército Brasileiro segue as tendências pedagógicas adotadas pela Força, adaptando as suas especificidades. Os

desafios que a Escola enfrenta na atualidade estão pautados na construção de um projeto consistente de ensino orientado por desenvolvimento de competências, que possibilite inovações na prática educativa, na utilização e otimização da tecnologia nas instruções e no incentivo da aprendizagem de línguas estrangeiras.

Nesse contexto, os meios de apoio ao ensino são essenciais para acompanhar as tendências educacionais da atualidade. A EASA planeja aprimorar o CAS através da inserção de novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na sala de aula. Para isso, a Escola investe em ambientes informatizados e uma equipe habilitada para atender às diversas exigências da modernidade, criando ambientes físicos que favoreçam os trabalhos em grupo de forma diferenciada e simultânea.

O Projeto Tablet na Sala de Aula é um exemplo desta nova reestruturação que proporcionará a modernização da configuração dos conteúdos disponibilizados aos sargentos-alunos (Sgt Alu), transformando todo o conteúdo impresso em apostilas interativas e tornando as instruções mais atraentes e dinâmicas para o discente.

A Escola também tem como propósito pedagógico o desenvolvimento da liderança que tem como finalidade fortalecer a coesão e o comprometimento dos Sargentos Alunos (Sgt Alu) com os valores do Exército Brasileiro, promovendo o aprimoramento comportamental através da maturação de conduta.

Quanto ao incentivo da aprendizagem de línguas estrangeiras a escola possui grupos para o estudo que funcionam sob forma de clubes, os idiomas estudados são: italiano, francês, espanhol e inglês, onde militares da Escola já habilitados nessas línguas organizam aos sargentos alunos aulas em períodos extracurriculares do idioma desejado. As avaliações para a comprovação da proficiência linguística acontecem sob a responsabilidade do Centro de Estudos de Pessoal (CEP), situado no Rio de Janeiro. O estudo de idiomas no Exército Brasileiro apresenta um aumento significativo, pois diversas missões no Exterior possuem esse requisito obrigatório.

A EASA está delineando o caminho para trabalhar com o ensino orientado por desenvolvimento de competências, por meio da capacitação dos instrutores, da adequação de suas práticas e construção das documentações de ensino. Para corresponder às exigências e às transformações pelas quais o Exército vem passando, tanto instrutores quanto instruendos e a própria Escola precisam assumir novas posturas.

Na Era da Informação o aluno deve construir o seu conhecimento, seguindo o princípio da formação continuada. O instrutor, por sua vez, precisa atuar como um facilitador do processo de aprendizagem e ele deve estar sempre atualizado e buscando constantemente novos conhecimentos, habilidades e atitudes. A avaliação é um processo que se insere nessa perspectiva, e se torna um

desafio para os instrutores no sentido de elaborar questões interdisciplinares e a contextualizadas, além de, concomitantemente, explorar os conhecimentos adquiridos e não apenas repeti-los. Essas avaliações deverão ter elevado caráter prático. De acordo com as normas vigentes do ensino, a avaliação tem por metas fixar conhecimentos, avaliar o processo ensino-aprendizagem, acompanhar o desempenho individual do discente e realizar a avaliação do desempenho dos docentes.

A EASA como Estabelecimento de Ensino militar segue a legislação da Lei de Ensino no Exército, nº 9.786, de 8 de fevereiro de 1999 em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, demais portarias e instruções reguladoras do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx) e Diretoria de Educação Técnica Militar (DetMil), além de possuir a sua legislação interna que ampara as avaliações realizadas no CAS, é o caso das Normas Internas para Avaliação Educacional (NIAE), com a finalidade de uniformizar os procedimentos relativos à avaliação educacional na EASA e orientar a utilização dos instrumentos e processos de avaliação educacional, cabe salientar que de acordo com sua notal final no CAS cada sargento aluno é classificado, interferindo na sua vida profissional e pessoal.

As avaliações ocorrem na fase de educação a distância e na fase presencial e possuem diferentes modalidades.

5. MODALIDADES DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

a. Avaliação Diagnóstica: é realizada no início de cada assunto, unidade didática e/ou disciplina apresentada aos sargentos alunos. A avaliação diagnóstica tem a finalidade de determinar o nível cognitivo em que os alunos se encontram para iniciar a instrução. b. Avaliação Formativa: é realizada durante o desenvolvimento da sessão de instrução. É o acompanhamento do processo ensino - aprendizagem e não resulta em notas. Contribui para regular a aprendizagem, incentivando os alunos a se esforçarem em suas atividades durante o período escolar.

c. Avaliação Somativa: é realizada individualmente ao término de determinado assunto, unidade didática e/ou disciplina, com a finalidade de verificar o nível em que os objetivos foram alcançados durante o CAS ou em parte substancial dele. Os resultados são expressos por notas e menções. (EASA, 2015, p.3).

Além das avaliações somativas, destinadas à quantificação do rendimento da aprendizagem, deverão ser realizadas avaliações diagnósticas e formativas, com o objetivo de subsidiar o docente

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