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A Dimensão Humana da Formação Profissional sob o viés do Currículo dos

A questão central desse capítulo gira em torno da dimensão humana da formação profissional, das possibilidades de visão do ser humano multifacetado que se constitui, modifica o ambiente em que vive por meio de suas necessidades estando conectado com a realidade mundial.

Segundo Schön (2000) a prática docente apresenta uma topografia irregular. No terreno alto, firme, os problemas que se apresentam são possíveis de serem administrados perante soluções através da aplicação de teorias e técnicas baseadas na pesquisa científica. No terreno baixo, pantanoso, os problemas se apresentam de forma confusa desafiando as soluções técnicas. É neste terreno baixo, que se apresentam as zonas indeterminadas da prática, que estão além do conhecimento técnico.

Os conhecimentos técnicos são inerentes à formação e a conduta profissional, mas pela estruturação deste capítulo proponho uma discussão sobre a dimensão humana da formação a partir da análise do Projeto Institucional Pedagógico (PIP), o Perfil Profissiográfico do Concludente do CAS, e o Plano de Disciplinas (PLADIS) que foram escolhidos por serem primordiais na construção da identidade curricular, teórica e pedagógica deste Estabelecimento de ensino.

Neste capítulo, apresento uma análise documental sobre os currículos dos cursos da EASA, contemplando os aspectos históricos da evolução dos Projetos Interdisciplinares, que se constituem em trabalhos produzidos e apresentados pelos alunos como requisito para a obtenção da titulação de Sargento Aperfeiçoado. Concluo com uma visão geral sobre os Projetos Interdisciplinares produzidos nos anos de 2015 e 2016.

3.1 A Dimensão Humana da Formação Profissional sob o viés do Currículo dos Cursos da EASA

Para dar início a contextualização da temática de currículo, situamos a etimologia da palavra, onde currículo se deriva do termo latino curriculum, que significa pista de corrida, traduzindo ao contexto escolar é o percurso formativo que os sujeitos traçam rumo a construção do conhecimento.

De acordo com Silva (2007), as teorias do currículo não se limitam a explicar a realidade, uma vez que estão irremediavelmente implicadas em sua produção. Em outras palavras, o autor afirma que uma dada teoria sobre currículo não apenas o descreve enquanto objeto, mas também é responsável por sua criação. Isso significa dizer que a partir deste ou daquele referencial teórico, passamos a conceber, compreender e agir em uma outra direção em relação às práticas educativas.

Aliado a este pensamento, Yus (2002) nos aponta a perspectiva holística do currículo, onde ele é visto mais como um "meio" do que um fim, centrado em si mesmo, é uma forma de possibiltar um currículo que alimente a inteligência e interesses pessoais do aluno gerando aprendizagens autênticas e uma visão mais globalizada dos conceitos e sua aplicação.

Num mundo em transformação, em plena vivência da sociedade tecnológica, em que a escola tem que lidar com o multiculturalismo, a diversidade, a violência, mudanças da família, modificações no mercado de trabalho, a adoção de uma tendência de elaboração do currículo, que pressupõe um mundo harmônico, orgânico e funcional, que, por meio de técnicas específicas, seja capaz de modelar o comportamento humano se constitui, no mínimo, em tema para reflexão.

O Projeto Institucional Pedagógico, documento nr 01 é elemento fundamental, na condição de plano global da instituição, para melhor compreendê-la e projetá-la como um todo, servindo de referência para todos os demais planejamentos vivenciados pelo corpo docente.

Ao analisar este documento podemos observar a dimensão técnica em diversas partes, sendo elas:

O Plano de disciplinas e a grade curricular do curso de aperfeiçoamento dão ao sargento egresso as ferramentas e habilidades necessárias ao desempenho de funções de 1º Sargento e Subtenente, tais como as de Adjunto de Pelotão e auxiliar de Estado-Maior em todos os níveis. (2016, p.2)

Habilitar o Sargento-aluno para os cargos de 2º Sargento Aperfeiçoado, 1º Sargento e de Subtenente, capacitando-o a:

a. desempenhar as funções de Sargenteante e Encarregado de Material de Subunidade, Auxiliar das Seções de Estado-Maior, Instrutor nos Estabelecimentos de Ensino de formação, aperfeiçoamento e especialização de Sargentos, Monitor em todos os Estabelecimentos de Ensino, Sargento Adjunto de frações elementares orgânicas dos Batalhões de Infantaria e Instrutor de Tiro-de-Guerra;

b. redigir documentos militares próprios de seus cargos e funções;

c. aplicar os regulamentos militares e legislações específicas no trato de assuntos administrativos próprios de seus cargos e funções; (...)

f. auxiliar a implantação e consolidação da excelência gerencial no Exército Brasileiro; (2016, p.2)

Esperamos que o concludente do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos seja capaz de: - Ocupar cargos e exercer funções próprias de Sargento Adjunto de frações elementares

das Organizações Militares do Exército, Sargenteante e Encarregado de Material de Subunidade, Auxiliar de Seções de Estado-Maior de Unidade, Grande Unidade e Grande Comando; Auxiliar de Seções (Assessorias) de Órgãos de Direção Geral, Setorial, e de Apoio; Instrutor nos Estabelecimentos de Ensino de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização de Sargentos, Monitor em todos os Estabelecimentos de Ensino e Instrutor de Tiro de Guerra.

- Estabelecer uma formação continuada de carreira, por meio de cursos e estágios de instrução que o capacitem a outros cargos e funções de Sargento Aperfeiçoado e Subtenente, nas Organizações Militares do Exército.

- Aprimorar a capacidade de expressão oral e escrita, inteirar-se das novas tecnologias e aprender novos idiomas, por meio do auto-aperfeiçoamento. (2016, p.4)

A EASA se insere no contexto do Exército Brasileiro como um espaço educativo que colabora e encaminha para todo o território brasileiro, e em alguns casos de missões, em territórios estrangeiros, Sargentos Aperfeiçoados, crescendo assim sua importância de possibilitar uma formação técnica, no sentido dos conhecimentos inerentes a profissão militar e aliada a uma formação humana, no sentido de operacionalizar com um olhar cuidadoso para aqueles com os quais irão conviver.

Nesse sentido, em sua justificativa a EASA une a dimensão técnica e humana, quando expressa se tornar um "centro de referência na Educação Militar, por isso necessita buscar constantemente o aperfeiçoamento dos seus processos, por meio da modernização de suas ferramentas e da capacitação dos recursos humanos". (grifo nosso).

Quanto a dimensão humana, o PIP apresenta inúmeras refrências neste sentido, sendo elas:

4. OBJETIVOS GERAIS DO CURSO

d. reconhecer a influência do Exército para a construção da nacionalidade brasileira; e. demonstrar contínuo interesse no auto-aperfeiçoamento e na otimização do exercício de suas funções; (...)

g. Evidenciar os atributos camaradagem, coerência, cooperação, decisão, dinamismo, imparcialidade, organização, responsabilidade, direção, iniciativa e flexibilidade. (EASA, 2016, p.3)

6. PERFIL DO EDUCANDO

O objetivo primordial do ensino na EASA (...) desenvolver sólido espírito militar, consubstanciado no fortalecimento do caráter, das convicções democráticas e dos valores cívicos, espirituais e morais; no culto à responsabilidade; e na disciplina consciente, a serem ampliados e complementados nos cursos e/ou estágios subsequentes, de modo a capacitá-los ao desempenho de futuras funções na Força Terrestre.

- Desempenhar suas atividades por ser possuidor de desejável Competência Administrativa, que se traduz na Eficiência Funcional e que se evidencia pela Liderança, Ética, Competência Operacional e Competência Interpessoal.

- Apresentar com destaque os seguintes atributos: camaradagem, coerência, cooperação, combatividade, decisão, dinamismo, imparcialidade, organização e responsabilidade. (EASA, 2016, p.3)

Ao observar estes recortes do documento em análise, o PIP, constata-se que a EASA espera ter militares tecnicamente preparados para as necessidades do emprego da Força na atualidade, em ações de garantia da segurança de uma comunidade, por exemplo, entretanto a dimensão humana se traduz na medida da realização de suas ações, sabendo lidar com as diversas situações de emprego do Exército Brasileiro em conflitos e mediações com a sociedade.

Este fator faz uma contextualização com a concepção de homem expressa no capítulo inicial deste estudo, em que citando literalmente Saviani (2007) sua existência e experiência configuram um processo de aprendizagem, estando conectado nesse sentido ao processo de Transformação da Força frente às demandas das atuações dos militares na atualidade.

7. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE

O ensino na escola, desde a sua criação, passou por diverças reformulações, tanto na estrutura do curso como nas concepções de aprendizagem. A evolução do ensino na EASA está inserida em um contexto maior, de transformação do ensino do Exército Brasileiro. (...)

(...) há um esforço constante no sentido de atualização e aperfeiçoamento dos professores, instrutores e gestores em busca de aprimorar não só a metodologia, as técnicas ou estratégias, mas de transformar e/ou construir uma nova forma de pensar o ensino no Exército Brasileiro.

Os desafios que a escola enfrenta na atualidade estão pautados na construção de um projeto consistente de ensino orientado por competências, que possibilite inovações na prática educativa; na utilização e otimização da tecnologia nas instruções e no incentivo da aprendizagem de línguas estrangeiras. (EASA, 2016, p.4)

A respeito do corpo docente, os responsáveis pela prática pedagógica deste Estabelecimentode ensino, nos aponta no diagnóstico da realidade do Projeto Institucional Pedagógico a preocupação com a ação pedagógica, no planejamento frente à formação continuada do corpo docente. A dimensão humana tem o foco neste sentido para contribuir com a oferta de Sargentos preparados para agir além da técnica, reflexivos para a implantação de novas práticas na escola como um todo.

A partir da análise deste documento, nas questões das Tendências Pedagógicas e Proposta Metodológica verifica-se o quanto a dimensão humana é carente, cabe salientar que no contexto geral do documento ela se faz presente, mas apontar a necessidade de reforçar ações de revisão documental e práticas educacionais a fim de nos indagarmos qual sargento queremos aperfeiçoar é essencial para a melhoria e a devida atenção que esta dimensão merece.

De acordo com a Lei de Ensino no Exército “os cursos dos estabelecimentos do ensino terão por objetivo preparar o aluno para o exercício de cargos e funções”. Assim, toda a proposta curricular visa se baseia no Perfil Profissiográfico, como a principal fonte para o delineamento dos

currículos dos diferentes cursos, como comprovam os documentos nr 02 em que se estabelece o que cada curso habilita, as diversas atividades desempenhadas e os requisitos pessoais para o desempenho funcional, destacando as transformações do mundo e o constante aperfeiçoamento para ampliar sua cultura.

Ao observar todos os Perfis Profissiográficos das Armas pode-se constatar a dualidade da dimensão técnica e humana. Na dimensão técnica, encontramos a designação das funções de cada Arma:

1. CARGOS E FUNÇÕES PARA OS QUAIS O CURSO HABILITA

a. O concludente do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos de Infantaria esta habilitado a ocupar os cargos e exercer funções próprios de Sargento Adjunto de frações elementares orgânicas dos Batalhões de Infantaria, Sargenteante e Encarregado do material de Subunidade, Auxiliar de Seções de Estado-Maior de Unidade, Grande Unidade e Grande Comando; Auxiliar de Seções (Assessorias) de Órgãos de Direção Geral, Setorial, e de Apoio; Instrutor nos Estabelecimentos de Ensino de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização de Sargentos, Monitor em todos os Estabelecimentos de Ensino e Instrutor de Tiro de Guerra. (...)

1. CARGOS E FUNÇÕES PARA OS QUAIS O CURSO HABILITA

a. O concludente do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos de Cavalaria esta habilitado a ocupar os cargos e exercer funções próprios de Sargento Adjunto de frações elementares orgânicas dos Regimentos de Cavalaria, Sargenteante e Encarregado do material de Subunidade, Auxiliar de Seções de Estado-Maior de Unidade, Grande Unidade e Grande Comando; Auxiliar de Seções (Assessorias) de Órgãos de Direção Geral, Setorial, e de Apoio; Instrutor nos Estabelecimentos de Ensino de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização de Sargentos, Monitor em todos os Estabelecimentos de Ensino e Instrutor de Tiro de Guerra. (...)

1. CARGOS E FUNÇÕES PARA OS QUAIS O CURSO HABILITA

a. O concludente do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos de Artilharia esta habilitado a ocupar os cargos e exercer funções próprios de Sargento Adjunto de frações elementares orgânicas dos Grupos de Artilharia, Sargenteante e Encarregado do material de Subunidade, Auxiliar de Seções de Estado-Maior de Unidade, Grande Unidade e Grande Comando; Auxiliar de Seções (Assessorias) de Órgãos de Direção Geral, Setorial, e de Apoio; Instrutor nos Estabelecimentos de Ensino de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização de Sargentos, Monitor em todos os Estabelecimentos de Ensino e Instrutor de Tiro de Guerra.(...)

1. CARGOS E FUNÇÕES PARA OS QUAIS O CURSO HABILITA

a. O concludente do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos de Engenharia esta habilitado a ocupar os cargos e exercer funções próprios de Sargento Adjunto de frações elementares orgânicas dos Batalhões de Engenharia, Sargenteante e Encarregado do material de Subunidade, Auxiliar de Seções de Estado-Maior de Unidade, Grande Unidade e Grande Comando; Auxiliar de Seções (Assessorias) de Órgãos de Direção Geral, Setorial, e de Apoio; Instrutor nos Estabelecimentos de Ensino de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização de Sargentos, Monitor em todos os Estabelecimentos de Ensino e Instrutor de Tiro de Guerra.(...)

1. CARGOS E FUNÇÕES PARA OS QUAIS O CURSO HABILITA

a. O concludente do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos de Comunicações esta habilitado a ocupar os cargos e exercer funções próprios de Sargento Adjunto de frações elementares orgânicas dos Batalhões de Comunicações, Sargenteante e Encarregado do material de Subunidade, Auxiliar de Seções de Estado-Maior de Unidade, Grande Unidade e Grande Comando; Auxiliar de Seções (Assessorias) de Órgãos de Direção Geral, Setorial,

Especialização de Sargentos, Monitor em todos os Estabelecimentos de Ensino e Instrutor de Tiro de Guerra, Aux de Comunicações, Chefe de Equipes (Transmissão e Recepção, Construção de Meios Físicos, Controle de Mensagens e Audiovisuais) e Adj do Oficial de Segurança das Comunicações. (...) (EASA, 2003, p.1-5)

Adotando o ponto de vista de Charlot (2005), esse texto considera que o que está em jogo na formação não é somente uma relação de eficiência e eficácia no cumprimento de uma tarefa. “É uma identidade profissional que pode tornar-se o centro de gravidade da pessoa e estruturar a sua relação com o mundo, engendrar certas maneiras certas maneiras de ler as coisas, as pessoas e os acontecimentos” (p.95).

Na dimensão humana, encontramos os requisitos para seu desempenho funcional, pois não adianta ter todos os conhecimentos disponíveis para exercer determinada função se o aspecto humano não estiver presente é a união do coração com a razão que faz toda a diferença em profissionais de qualidade. A partir dessa ideia emergem os requisitos pessoais numa tentativa de conceituar com atributos a dimensão humana dos Sargentos Aperfeiçoados.

2. REQUISITOS PESSOAIS PARA O DESEMPENHO FUNCIONAL

b. Requisitos específicos:

O concludente do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos de Infantaria evidencia, na área afetiva, os atributos decisão, direção, iniciativa e flexibilidade.

b. Requisitos específicos:

O concludente do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos de Cavalaria evidencia, na área afetiva, os atributos decisão, objetividade, iniciativa e flexibilidade.

b. Requisitos específicos:

O concludente do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos de Artilharia evidencia, na área afetiva, os atributos decisão, meticulosidade, objetividade, iniciativa e flexibilidade. b. Requisitos específicos

O concludente do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos de Engenharia evidencia, na área afetiva, os atributos decisão, meticulosidade, organização, iniciativa e flexibilidade.

b. Requisitos específicos

O concludente do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos de Comunicações evidencia, na área afetiva, os atributos dinamismo, discrição, persuasão e zelo. (EASA, 2003, p.1-5)

Na sociedade do século XXI, as ênfases estão na capacidade de ter acesso e de selecionar informações, na flexibilidade, na inovação e na potencialidade das pessoas e das instituições de ampliarem os seus conhecimentos, não cabendo espaço, no âmbito da escola e da formação profissional, para receitas prontas e impressas em manuais.

criatividade. Em vez de centrar-se em respostas "corretas", incentiva os estudantes a explorar questões reflexivo-provocativas que estão carregadas de valor. Essas questões semi-abertas estimulam as capacidades inatas dos estudantes para abordar assuntos, temas e problemas a partir de um amplo leque de perspectivas: individual, cultural, nacional e global.

A educação holística incentiva a aprendizagem cooperativa. Reconhece que raras vezes existem respostas "corretas" simples, de modo que os estudantes são incentivados a compartilhar ideias e experiências conforme exploram muitas e variadas respostas para cada questão. Quando trabalham cooperativamente, aprendem logo que, geralmente, "duas cabeças (ou mais) pensam melhor do que uma".10

Para ajudar a perceber essa diversidade de pontos de vista, a escola holística11 se

esforça em criar um clima de apoio e respeito comm a diversidade. (...) Essa visão reconhece e respeita a diversidade humana. (YUS, 2002, p.43).

Diante disso, emergem os Planos de Disciplinas (PLADIS), documento nr 03 com a estrutura curricular dos cursos da EASA. Neste documento a aprendizagem desejada tem um caráter progressivo, ou seja, os objetivos da dimensão técnica são apresentados do nível mais simples ao nível mais complexo, emergindo a dimensão humana, pois há o "emprego", que significa a atuação profissional destes militares. Isso é perceptível nos itens a seguir:

1. Objetivos da Aprendizagem

a. Organização e Emprego do Exército (Conteúdo 1) 1) Organização Básica do Exército

a) Divisão Territorial e Organização dos Grandes Comandos

(1) Conhecer a Organização Básica do Exército.

(2) Identificar os órgãos Diretores, de Assessoramento Superior, de Assistência Direta e Imediata e de Direção Setorial.

(3) Identificar a estrutura da Força Terrestre. (4) Identificar as Entidades Vinculadas.

b) Visão de Futuro do EB

(1) Identificar o delineamento do Futuro – uma visão Prospectiva. (2) Descrever as Novas Características e tendências.

(3) Descrever a visualização das futuras Operações. (EASA,2016 p.3).

2) Doutrina Militar Terrestre a) Conceitos do Contexto Estratégico

(1) Empregar os conceitos de Segurança, Defesa nacional, Ameaça, Riscos, Política Nacional de Defesa, Estratégia Nacional de Defesa, Política Militar de defesa, Estratégia Militar de Defesa, Doutrina Militar de Defesa.

b) Conceitos de Poder Militar Terrestre

10 Nessa perspectiva é proposto aos instrutores uma prática pedagógica contextualizada à experiência de vida dos sargentos nas suas aulas para um currículo que atenda seus anseios como militar e os da própria Instituição.

11 O termo holístico se faz presente nesse estudo para contribuir com a dimensão humana, pois sua concepção traz o ser humano como um ser repleto de possibilidades nas áreas física, emocional, social, criativa, estética, intuitivo e espiritual, não somente no seu intelecto.

Capacidades Militares Terrestres e as Capacidades Operativas.

3) Operações Militares a) Operações Militares

(1) Atuar no Ambiente Operacional. (2) Atuar o Espaço de Batalha.

(3) Empregar os princípios e conceitos das Operações Militares.

(4) Conhecer as áreas de responsabilidades dos Comandos Operacionais. (5) Empregar a dinâmica Operacional.

b) Operações de Amplo Espectro

(1) Aplicar o conceito Operativo do Exército.

(2) Empregar as Operações Terrestres e os Fatores de Decisão. (3) Empregar os Elementos do Poder de Combate.

(4) Empregar as Armas Combinadas.

c) Operações Básicas

(1) Atuar nas Operações Ofensivas. (2) Atuar nas Operações Defensivas. (3) Atuar nas Operações de Pacificação.

(4) Atuar nas Operações de Apoio aos Órgãos Governamentais. (EASA,2016 p.4).

Diante disto, emergem os objetivos de contribuir efetivamente, com a atuação da Força, aqui já se percebe que o enfrentamento de situações imprevistas exigem a mobilização do raciocínio, de colocar-se no lugar do outro a fim de estabelecer habilidades cognitivas de abstração para uma resolução de problemas, fazendo sentido com o perfil profissiográfico do Sargento Aperfeçoado e a almejada filosofia da Escola de proporcionar uma eucação integral, que vise o desenvolvimento cognitivo aliado ao afetivo.

Pérez Gómez (1992) diz que à escola e à aula é um meio ecológico complexo onde o professor desenvolve a sua atividade profissional. É um cenário psicossocial vivo e mutante, definido pela interação simultânea de múltiplos fatores e condições. Dentro desse ecossistema complexo e mutante, o professor enfrenta problemas de natureza prática, de definição e evolução incerta que não podem ser resolvidos mediante a aplicação de uma técnica ou procedimento.

A busca de uma trajetória de transformação e desenvolvimento do pensamento e prática pedagógica só terá sentido se a educação conservar o fim que foi o seu desde o início da sociedade, ou seja, a humanização de toda geração sucessiva, ainda que adaptando-se a condições profundamente novas.

O currículo é o campo de discussão de produções culturais de diferentes naturezas. A produção do currículo traz em si a produção de discursos e concepções de mundo que articulam tradições e saberes, reconfigurando-os e recriando-os. Sendo assim, como espaço de diálogo e

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