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CAPÍTULO 3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

3.3 Descrição dos participantes

Nessa pesquisa, procuramos extrair de todos os sujeitos envolvidos seus olhares sobre o processo de inclusão digital. Na perspectiva apontada por Celani (2005, p. 109) “os ‘sujeitos’ passam a ser participantes, parceiros”. A Figura 5 sumariza a inter-relação entre os participantes do processo.

I N C L U S Ã O D I G I T A L G e s t o r e s d e E d u c a ç ã o P r o f e s s o r e s D i r e t o r e s A l u n o s

FIGURA 5 - Olhares referentes ao processo de inclusão digital (criação original)

As pessoas que participaram da pesquisa foram dois gestores da Educação, sendo um representante do Governo Estadual de Minas Gerais, especificamente, da Superintendência de Ensino; e um da Universidade Federal de Uberlândia, já que uma das escolas pesquisadas pertence à Rede Federal de Ensino. Achamos prudente entrevistar, também, a coordenadora do Polo de Atendimento ao Professor do Estado de Minas Gerais, que está vinculado à Superintendência de Ensino de Minas Gerais.

Foram também entrevistados os diretores da E1 e da E2, dois professores da E1 e um da E2, e dois alunos sorteados de cada escola, quatro no total. Todos os alunos das turmas participantes desta pesquisa responderam ao questionário que elaboramos. Tanto os roteiros das entrevistas semiestruturas quanto do questionário encontram-se nos Apêndices de 1 a 8.

Vale ressaltar que esta pesquisa foi realizada do primeiro ao terceiro ano do Ensino Médio na E1 e da sétima série (8º ano) do Ensino Fundamental na E216 , sendo ambas de Educação Básica.

16 Na escola pública federal não pudemos realizar nossa pesquisa no sexto, sétimo e nono anos (pela nova nomenclatura, “ano” ao invés de “série” utilizada antes), porque a instituição possui uma política de não permissão para professores que ainda não completaram, pelo menos, seis meses de experiência; então, justamente nestes anos não pudemos investigar o processo de inclusão digital, pois as professoras de LI tinham iniciado suas atividades havia poucos dias.

Quanto à participação dos alunos, os dados foram coletados em dois momentos: no primeiro, foi aplicado um questionário a todos os alunos das turmas selecionadas, contendo, no máximo, cinco perguntas abertas e seis fechadas a respeito do uso ou não das novas tecnologias nas aulas de LI. No segundo momento, foram sorteados dois alunos de cada escola que participaram de uma entrevista semi-estruturada, cada qual em seu momento particular.

Tanto as escolas, como os participantes da pesquisa tiveram suas identidades preservadas, de acordo com o Código de Ética da instituição.

Todos os participantes de nossa pesquisa foram classificados conforme os dados da Tabela 1.

TABELA 1 – Classificação dos participantes da pesquisa

Grupos Participantes Código de identificação

Grupo I – Representantes Institucionais

Representante da Superintendência de Ensino R1 Representante do Polo de Atendimento ao

Professor da Superintendência de Ensino R2 Representante da Universidade Federal R3 Grupo II – Direção Direção da escola Estadual Direção da escola Federal D1D2 Grupo III – Professores Professores da escola Estadual Professor da escola Federal P1 e P2 P3 Grupo IV – alunos 2 alunos da escola Estadual 2 alunos da escola Federal A1 e A2 A3 e A4

Na próxima seção há uma breve explanação acerca dos participantes da pesquisa. É importante esclarecer que, na E1 foram dois professores participantes e na E2 somente um professor, pois só trabalhamos com uma turma de Educação Básica, como já especificamos anteriormente.

3.3.1 Escolha dos participantes da pesquisa

Para participar desta pesquisa, precisamos primeiro ter o consentimento da direção, bem como a concessão de sua entrevista para que nós utilizássemos como

corpus em nosso trabalho.

Após isso, conversamos com os professores das turmas que selecionamos para esta pesquisa. Optamos trabalhar com o Ensino Médio na E1 e tivemos que trabalhar com o Ensino Fundamental na E2, porque nesta escola não foi implantado, ainda, o Ensino Médio. Depois do consentimento dos professores, conversamos com as três

turmas de alunos da E1 (1º, 2º e 3º anos) e a turma da E2 (8º ano) e todas as turmas consentiram em participar de nosso trabalho de pesquisa.

Diante disso, entregamos para cada participante, representantes institucionais, diretores, professores e alunos um “termo de consentimento livre e esclarecido” (conforme a Resolução 196/96), onde esclarecemos tudo a respeito do tema de nossa pesquisa, como nome completo, instituição de ensino, orientador, o objeto de nossa investigação e sua análise, a contribuição do participante para o trabalho, esclarecimento de que o participante não iria ser identificado e que poderia deixar de participar da pesquisa se e quando assim o desejasse, ou seja, em hipótese nenhuma o participante seria prejudicado. Por fim, nesse termo, há os telefones de contato da pesquisadora, do professor orientador e do Comitê de Ética que autorizou a nossa pesquisa.

Além dos termos de consentimento, o Comitê de Ética nos solicitou um documento assinado pela direção de cada escola em que é dada uma autorização para a pesquisa naquela instituição de ensino, bem como fica assumido o compromisso de proporcionar condições para o desenvolvimento do trabalho, autorizando a execução e o cumprimento dos requisitos da Resolução 196/96.

Todos os representantes institucionais, professores e alunos maiores de idade assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Para os alunos menores de idade, enviamos pelo filho/a o termo para que o responsável lesse e assinasse, devolvendo-nos posteriormente. Só participaram de nossa pesquisa os alunos que tiveram o termo de consentimento devidamente assinado. Todos os modelos dos termos de consentimento encontram-se no final deste trabalho (ANEXOS de A ao K).

A escolha dos alunos de cada uma das três turmas selecionadas ocorreu por meio de sorteio, embora alguns, mesmo tendo sido sorteados, não tenham desejado participar da entrevista semiestruturada, alegando timidez ou que não saberiam responder. Mesmo com nosso incentivo, um não quis ser entrevistado; sorteamos outro para a entrevista. Mas os que participaram gostaram da experiência, pois além de ajudar em nosso estudo, puderam mostrar o que sabem a respeito da inclusão digital.

3.3.2 Perfil dos participantes

Dividimos nossos participantes em grupos, conforme pôde ser visto na Tabela 1. No Grupo I, os participantes foram os representantes institucionais, tendo como código de identificação R1, R2 e R3. No Grupo II, são os dois diretores das duas escolas (E1 e E2) que permitiram a nossa pesquisa nas instituições de ensino que dirigem, seus códigos de identificação são D1 e D2. Para os professores, atribuímos o Grupo III. Os professores que contribuíram com a observação de suas aulas e de entrevista semiestruturada receberam como código: P1, P2 e P3. Finalmente os alunos ficaram no Grupo IV. A1, A2, A3 e A4 foram os códigos de identificação para os discentes que nos concederam entrevistas.

De uma forma sintética elaboramos o perfil dos participantes desta pesquisa em dois quadros; o primeiro, para os representantes institucionais, diretores e professores e o segundo, somente para os alunos participantes, que estão dispostos na próxima seção.

3.3.3 Participantes dos Grupos I, II, III e IV

Participante Tempo de trabalho

Situação institucional

Graduação Pós-graduação

R1 15 anos efetiva Pedagogia Especialização

R2 18 anos efetiva Pedagogia Especialização

R3 30 anos efetiva Ciências Contábeis Doutorado

D1 16 anos efetiva Ed. Física Especialização

D2 18 anos efetiva Pedagogia Especialização

P1 6 anos efetiva Letras Mestrado

P2 25 anos efetiva Letras Especialização

P3 24 anos efetiva Letras Mestrado

QUADRO 1 - Descrição sintética do perfil dos participantes

A primeira participante do Grupo I, na Tabela 1 seria a Superintendente Regional de Ensino da cidade de Uberlândia –MG, porém essa preferiu repassar essa incumbência à sua represente junto à Coordenadoria do Núcleo de Tecnologia da SRE de Uberlândia. Essa alegou que teria dificuldade em responder todas as perguntas, porque estava no cargo havia somente quatro meses. Tem formação superior em Economia, cursa Pedagogia e é efetiva pelo estado há 23 anos. Dessa forma, sua representante respondeu a todas as questões.

A diretora da E2 preferiu, também, não responder às perguntas da entrevista, pois como nosso tema de trabalho é sobre a inclusão digital, ela achou pertinente que a coordenadora do laboratório de informática fosse a entrevistada. A D2 é efetiva há mais

de 25 anos e sua graduação foi em Educação Física. No entanto, no quadro anterior a descrição sintética refere-se à coordenadora do laboratório.

Mesmo a Superintendente Regional de Educação e a diretora da E2 tendo convocado suas representantes para responder à entrevista semiestruturada, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assim como fizeram suas representantes.

O representante da instituição federal, ou seja, o reitor da Universidade Federal, também preferiu não responder a entrevista, deixando a cargo da Diretoria de Processamento de Dados da Universidade. A reitoria não assinou o termo de consentimento, pois não conseguimos nem marcar uma entrevista, mesmo tentado inúmeras vezes, então, somente seu representante assinou o termo e respondeu a entrevista.

Os participantes discriminados no Quadro 2 a seguir, são os alunos entrevistados.

Participantes Escola Ano Ensino Idade

A1 E1 3º Colegial Médio 18

A2 E1 3º Colegial Médio 18

A3 E2 8º Ano Fundamental 14

A4 E2 8º Ano Fundamental 13

QUADRO 2 - Descrição sintética do perfil dos participantes – alunos

Mais uma vez, reforçamos que com a nova nomenclatura, o oitavo ano é a antiga sétima série de Ensino Fundamental de Educação Básica.