• Nenhum resultado encontrado

a) Riscos de taxa de juros

A Concessionária de Rodovias do Interior Paulista S.A. por meio de suas controladas, está exposta a riscos normais de mercado, atrelados às variações da Taxa de Juros de Longo Prazo (“TJLP”), do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (“IPCA”) e dos Certificados de Depósitos Interfinanceiros (“CDI”), relativos aos empréstimos e as debêntures emitidas. Além disso, as aplicações financeiras realizadas pela Companhia são vinculadas à variação do CDI e, portanto, podem sofrer perdas (ou ganhos) por conta das flutuações das taxas de juros.

Em 31 de dezembro de 2011, a Administração efetuou análise de sensibilidade considerando aumentos de 25% e de 50% nas taxas de juros esperadas sobre os saldos de empréstimos e financiamentos e as debêntures, líquidos das aplicações financeiras.

Indicadores Cenário I (provável) Cenário II (+ 25%) Cenário III (+ 50%) CDI 9,5% 11,88% 14,25% Juros a incorrer (*) (49.214) (61.518) (73.821)

Receita de aplicações financeiras 17.820 22.275 26.730

TJLP 6,00% 7,50% 9,00%

Juros a incorrer (*) (359) (449) (538)

Juros a Incorrer líquido (3.547) (4.434) (5.319)

(*) Refere-se ao cenário de juros a incorrer nos próximos 12 meses ou até a data do vencimento do contrato, o que ocorrer primeiro.

Intervenções do Governo, como redução das taxas de juros, interferência no mercado de câmbio e ações para ajustar ou fixar o valor do Real poderão desencadear o aumento da inflação. Por outro lado, uma alta significativa na taxa de juros com a finalidade de conter o aumento da inflação pode ter um efeito adverso nas atividades e na capacidade de pagamento da Companhia, pelos seguintes motivos:

i) não é possível prever se a Companhia será capaz de repassar o aumento dos custos decorrentes da inflação para o preço de suas tarifas em valores suficientes e em prazo hábil para cobrir seus crescentes custos operacionais. Caso isso não ocorra, um aumento de custos operacionais acima do reajuste da tarifa poderá causar um efeito adverso nos negócios, na condição econômico-financeira e nos resultados operacionais da Companhia;

ii) um aumento na taxa de juros interna poderá impactar diretamente no custo de captação de recursos da Companhia, bem como nos seus custos de financiamento, de modo a elevar os custos de serviço de dívidas da Companhia expressas em reais, acarretando, deste modo, um lucro líquido menor; e

iii) Um aumento na taxa de juros interna poderá acarretar redução da liquidez da Companhia nos mercados internos de capitais e de crédito, o que afetaria diretamente

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

b) Riscos de crédito

Esse risco advém da possibilidade da Companhia não receber valores decorrentes de operações de vendas ou de créditos detidos junto a instituições financeiras gerados por operações de investimento financeiro. Com relação às aplicações financeiras, a Companhia mantêm contas correntes bancárias e aplicações financeiras com instituições financeiras de primeira linha, aprovadas pela Administração, de acordo com critérios para diversificação de riscos de crédito.

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a Companhia apresentava valores a receber da empresa CGMP - Centro de Gestão de Meios de Pagamento S.A. nos montantes de R$ 15.506 mil e R$ 13.565 mil, respectivamente, decorrentes de receitas de pedágios arrecadadas pelo sistema eletrônico de pagamento de pedágio (“Sem Parar”), registrados na rubrica “contas a receber”. A Companhia possui carta de fiança firmada por instituição financeira para garantir a arrecadação de contas a receber com a CGMP (informação não auditada pelos auditores independentes).

c) Riscos de liquidez

O risco de liquidez é gerenciado de acordo com modelo adequado às necessidades de captação e gestão de liquidez no curto, médio e longo prazos. A Companhia gerencia o risco de liquidez mantendo reservas, linhas de crédito bancárias e linhas de crédito para captação de empréstimos que julgue adequados, através do monitoramento contínuo dos fluxos de caixa previstos e reais, e pela combinação dos perfis de vencimento dos ativos e passivos financeiros.

A tabela a seguir mostra em detalhes o prazo de vencimento contratual restante dos passivos financeiros não derivados da Companhia e os prazos de amortização contratuais. A tabela foi elaborada de acordo com os fluxos de caixa não descontados dos passivos financeiros com base na data mais próxima em que a Companhia deve quitar as respectivas obrigações. A tabela inclui os fluxos de caixa dos juros e do principal. Na medida em que os fluxos de juros são pós-fixados, o valor não descontado foi obtido com base nas curvas de juros no encerramento do exercício. O vencimento contratual baseia-se na data mais recente em que a Companhia deve quitar as respectivas obrigações:

Modalidade Taxa de juros (média ponderada) efetiva % a.a. 2012 2013 2014 2015 em diante Total Debêntures 12,47 199.466 181.875 164.557 94.569 640.467 BNDES 9,30 2.782 2.352 - - 5.134 Finame 10,30 159 147 136 175 617

Credores pela concessão 4,15 6.873 4.983 4.983 25.333 42.172 Total 209.280 189.357 169.676 120.077 688.390

d) Valor justo de instrumentos financeiros contabilizados ao custo amortizado

Os valores contábeis dos instrumentos financeiros da Companhia em 31 de dezembro de 2011 e 2010 representam o valor justo ou o custo amortizado para os empréstimos e financiamentos, uma vez que a natureza, a característica e as condições contratadas estão refletidas nos

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

saldos contábeis. Os saldos elegíveis são ajustados a valor presente A Companhia não deteve instrumentos financeiros derivativos ou outros instrumentos de riscos semelhantes.

e) Riscos de moeda estrangeira

Em 31 de dezembro de 2011, a Companhia não apresentava saldo relevante de ativo ou passivo denominado em moeda estrangeira.

f) Riscos relacionados ao mercado brasileiro

A economia brasileira tem se caracterizado por um envolvimento significativo por parte do governo federal, que comumente altera políticas monetárias, de crédito e outras, para influenciar a economia. As medidas do governo brasileiro para controlar a inflação e afetar outras políticas têm envolvido controles de salários e preços, intervenção do Banco Central na taxa básica de juros, entre outras. Medidas tomadas pelo governo brasileiro relativas à economia podem ter efeitos importantes sobre as empresas brasileiras e outras entidades, inclusive sobre a Companhia, e sobre as condições de mercado e preços dos títulos brasileiros, incluindo os seus valores mobiliários. A condição financeira e os resultados das operações da Companhia podem ser afetados negativamente pelos seguintes fatores, e pela resposta do governo brasileiro aos mesmos: (i) desvalorizações e outras mudanças cambiais; (ii) inflação; (iii) políticas de controle de câmbio; (iv) instabilidade social; (v) instabilidade de preços; (vi) política habitacional; (vii) políticas monetárias e taxas de juros; (viii) liquidez de capital doméstico e mercados de empréstimos; (ix) política fiscal; e (x) outros fatores políticos, diplomáticos, sociais e econômicos no Brasil ou que afetem o mesmo.

g) Riscos relacionados à legislação tributária

Mudanças na legislação tributária brasileira podem aumentar a carga tributária da Companhia, e dos usuários dos serviços prestados. Essas alterações incluem ajustes na alíquota aplicável e, imposição de tributos temporários, cujos recursos são alocados para certos fins determinados pelo Governo Federal. Os efeitos dessas medidas de reforma fiscal e quaisquer outras alterações decorrentes da promulgação de reformas fiscais adicionais não podem ser quantificados e/ou previstos. Essas medidas podem aumentar as obrigações fiscais totais da Companhia e, na hipótese de não serem os custos adicionais repassados às tarifas cobradas, os resultados operacionais da Companhia e sua condição econômico-financeira podem ser adversamente afetados.