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Desdobramentos inventivos da poesia cabralina: cálculo, exatidão, negatividade

CAPÍTULO 3: O processo de criação na superfície da palavra em “Uma faca só lâmina”

3.3. Desdobramentos inventivos da poesia cabralina: cálculo, exatidão, negatividade

O essencial ao poeta é ver, é “dar a ver,” Donner à voir , João Cabral tomou de empréstimo essa máxima de Paul Eluard. A poesia a que João Cabral se volta é imagética, evita análises do eu e volta-se para o mundo dos objetos, paisagens e fatos sociais. A maior parte de seus poemas indaga sobre um objeto externo - uma coisa, um animal, uma pessoa, uma paisagem -, criando descrições que são acrescidas de valores simbólicos. Cabral, acreditando na eficácia poética das palavras concretas, fundamenta a sua poesia na figura de linguagem que Ezra Pound (apud PEIXOTO, 1983, p. 10), chama de phanopeia: “o lançar de imagens na imaginação visual.”

A palavra faca é uma palavra-tema quase que obsessiva na obra do poeta, ela reaparece em outras obras. No poema “Uma faca só lâmina”, passa por um intricado jogo de permutações. João Cabral faz poesia com coisas e no poema em análise a linguagem, na tentativa de apresentar a realidade, só pode atingi-la por meio de aproximações. A realidade dimensiona a própria linguagem, à medida que a linguagem avança a realidade recua.

João Cabral vai em busca das imagens, sempre deceptiva, de caráter multissimbolizável como ressalta Nunes (2007, p. 76). Da realidade, a faca só lâmina aponta para uma poesia da incompletude, quanto mais se corta, mais se ausenta, quanto maior o golpe da linguagem para recortar as coisas, maior é a ausência. Ocorre uma aproximação com o comparado, a palavra é trabalho de depuração, de recusa ao fácil, com o intuito de se chegar ao novo. Daí a frieza, a violência limpa das facas que, longe de serem símbolos, são palavras-tema na cabeça obsessiva do poeta que tem em mente ideias fixas.

João Cabral, como Francis Ponge, opera com os “dez mil dedos da linguagem”. Ambos são poetas cirurgiões, sua poesia é deslocamento, da lâmina

68 volta-se ao relógio, deste à bala até chegar-se ao que, não sendo imagem, a todas alimenta e em nenhuma se contém:

e afinal à presença da realidade, prima, que parou a lembrança e ainda a gera, ainda, por fim à realidade, prima, e tão violenta que ao tentar apreendê-la toda imagem rebenta. (p. 191).

É o retorno ao concreto da realidade pela concreção da linguagem, isto é, pela recuperação, no espaço do texto, de seus possíveis desvios metafóricos (BARBOSA, 1975, p. 183).

Bala, faca e relógio são termos comparantes que se desdobram, permutando- se, numa cadeia de símiles. Para Benedito Nunes (2007, p. 132), o poeta entifica os próprios objetos concretos - faca, pedra, cabra, relógio. Assim, as imagens cabralinas que os traduzem sempre respeitam a materialidade das coisas e seu horizonte perceptivo (NUNES, 2007. p. 132).

João Cabral aproveita a força imanente das palavras. A faca em sua poesia é uma delas, ela se parece com outras facas, como a faca só lâmina do poema. O poeta efetua o seu trabalho com precisão e disciplina, sua escrita caminha como já mencionamos, no rastro da poética negativa, sob a influência de Mallarmé e Valéry. Blanchot defende um escrever depurado, disposto a palavras carregadas com coisas de não como em nada, não, sem, nunca, nenhum. Ele busca, à luz da depuração e do esvaziamento, fundamentos para sua poética negativa. É através da recusa que o poeta repensa os dados de sua criação. João Cabral encara a própria palavra como coisa. Trabalhou arduamente em versos de negatividade no poema “Uma faca só lâmina”, versos que traduzem a possibilidade do corte da faca como se o poema pudesse ser a faca:

Pois somente essa faca dará a tal operário olhos mais frescos para o seu vocabulário e somente essa faca

69 e o exemplo de seu dente

lhe ensinará a obter de um material doente o que em todas as facas é a melhor qualidade: a agudeza feroz, certa eletricidade, mais a violência limpa que elas têm, tão exatas, o gosto do deserto,

o estilo das facas. (p.191).

Há uma correlação de agudeza, corte, precisão, depuração, incompletude, ausência, elementos que compõem uma poética do corte, da precisão, da exatidão. A potência do não está presente no objeto faca, faca requer corte, eliminações, retiradas, recusas.

Peixoto (1983) afirma que João Cabral apresenta em sua escrita poética algumas semelhanças com o pensamento da escrita pongiana. A primeira delas diz respeito à prioridade dada ao “espesso” das palavras, já que a exploração linguística amplia os significados das mesmas. Encontramos, no poema “Uma faca só lâmina”, uma seleção de lexemas do mesmo campo semântico: a faca e seus derivados. Também as palavras: chumbo, gume, faca, lâmina, ferro, estratagemas, sabres, aço, cabo, espada, bala, arame, pinças, punhal, fio, molas, arma, metal, agulha - são objetos que tem como sema comum o corte, a precisão, a exatidão.

João Cabral trabalha como um engenheiro das palavras. Ele seleciona as palavras, visualiza o edifício, “o poema”. “Uma faca só lâmina” está edificado sob o eixo da poética negativa. A partir de três elementos, símiles, o poeta vai procurando a imagem que melhor representa a realidade, embora não encontra uma correspondência perfeita. De acordo com Peixoto (1983, p. 135):

O comparante só pode aproximar-se do comparado, os poemas só podem criar uma motivação ilusória que faz com que as palavras pareçam adequadas para “a realidade prima e tão violenta”. Mas esta insuficiência não é trágica: as defasagens entre a palavra e o objeto, o comparante e o comparado, os poemas e “a lembrança” e “a realidade” são, na verdade, os recursos que favorecem a inventiva poética e a força criadora da palavra: os poemas ocupam o lugar dos objetos e da “realidade” na ordem especial da literatura.

70 O poeta utiliza uma linguagem que opera o negativo - o vazio, o sem, o escasso, o nada -, introduzindo o vazio, a ausência. Como em versos da Parte B:

medra não que come

porém do que jejua.(p.183). Do nada ela destila

a azia e o vinagre(p.183). sem ajuda dispara

sua máquina perversa ( p.183)

Em Cabral o processo de criação se faz em luta com a palavra. Ele mesmo o define em Cadernos de Literatura:

A poesia é uma composição [...]. Vou fazer uma poesia de tal extensão, com tais e tais elementos, coisas que eu vou colocando como se fossem tijolos. É por isso que eu posso gastar anos fazendo um poema: porque existe planejamento. (MELO NETO, 1998, p.21). O poeta depura sua poesia por meio de um árduo trabalho arquitetado laboriosamente. Observamos isso até pelo uso das quadras no poema, a quadra como divisão escolhida pelo poeta traduz a estrutura que obedece a um plano arquitetônico. A escrita de João Cabral movimenta-se em blocos, corrobora o que foi dito acima, enquanto uma composição.

Nesse processo de composição, João Cabral tem como referência dois grandes mestres: Mallarmé e Paul Valéry, desenvolvendo em sua poética a metáfora do poema como construção arquitetônica.

Em “Uma faca só lâmina”, Cabral propõe uma visão das palavras como coisas a serem manipuladas e combinadas, o que permanecerá como ponto vital em sua poética, ele como poeta cientista faz uso do cálculo, da exatidão e uso da negatividade como recusa do fácil de onde provém sua criação.

O cálculo, exatidão e a negatividade sintetizam o próprio título de “Uma faca só lâmina, cujo poema remete a conceitos de negatividade, levando o poeta a usar palavras de referência concreta: bala, relógio, faca, ferro, gaiola, lâmina, boca, sabres, máquina, dentes, coração, aço, couro, cabo de madeira, abelha, pássaros, páramo, agreste, noite, mãos, ácidos, sol, arame, ervas, esponja, vento, terra, corpo, algodões, homem, arma, objetos. Assim, a escolha não é aleatória.

71 O olhar-pincel do poeta vê e ouve a agudeza da faca expressa através da ideia:

mais a violência limpa que elas têm, tão exatas, o gosto do deserto,

e estilo das facas.(parte h, p.189).

O ritmo, o uso e a regularidade das rimas toantes nos versos pares de seis sílabas, assim como o uso da quadra dialogam de forma exata e calculada no poema. O poeta é incisivo nos versos, detém-se na ausência que o homem leva para, logo após, deter-se na imagem da lâmina cruel, voraz. Como quer o real, vai depurando o objeto, lapidando de forma calculada, por meio de seu processo meticuloso de criação. A escolha do léxico aponta o rigor construtivo de João Cabral.

Esse trabalho com a rima toante, estudada por Peixoto (1983), em obras cabralinas, também aparece neste poema, concretizando a poética do obstáculo, da dificuldade, da recusa:

nenhum melhor indica aquela ausência sôfrega que a imagem de uma faca

reduzida à sua boca (parte A, P.182). (...)

Podes abandoná-la, essa faca intestina: jamais a encontrarás

com a boca vazia. (parte B, p.183) (...)

o que em todas as facas é a melhor qualidade: a agudeza feroz,

certa eletricidade, (parte H, p.189).

Quanto ao uso da quadra, Rebuzzi (2011, p. 89) destaca:

A quadra como divisão escolhida pelo poeta traduz a estrutura que obedece a um plano arquitetônico. A escrita de João Cabral movimenta-se em blocos (com repetições girando para serem vistas, ouvidas e sentidas sob vários ângulos), como os pintores cubistas faziam , ao pintarem as suas telas.

72 O poema, como já vimos, é composto de onze seções e cada seção tem oito quadras. A quadra, estrutura de ascendência européia, expressa o cálculo, a medida do poeta: o número quatro.

Marta Peixoto (1983) também ressalta: O número quatro

O número quatro feito coisa ou a coisa pelo quatro quadrada, seja espaço, quadrúpede, mesa, está racional em suas patas; está plantada, à margem e acima de tudo o que tentar abalá-la, imóvel ao vento, terremotos, no mar maré ou no mar ressaca. Só o tempo que ama o ímpar instável pode contra essa coisa ao passá-la: mas a roda, criatura do tempo,

é uma coisa em quatro, desgastada. (PEIXOTO, apud Cabral, 2007, p.370).

O quatro por estar ligado ao racional já evidencia que Cabral fundamentou seu poema sob uma estrutura sólida para atingir o objeto, o verso é cortante, violento:

o que em todas as facas é a melhor qualidade: a agudeza feroz,

certa eletricidade,(parte H, p. 189).

Se o vazio se concretiza no poema, o conceito é discutido pelo poeta em seu ensaio sobre “Joan Miró”:

Mas, sobretudo, essa valorização do fazer, esse colocar o trabalho em si mesmo, esse partir das próprias condições do trabalho e não das exigências de uma substância cristalizada anteriormente, têm, na explicação da obra de Miró, uma outra utilidade. Esse conceito de trabalho, em virtude, principalmente, dessa disponibilidade e vazio inicial, permite, ao artista, o exercício de um julgamento minucioso e permanente sobre cada mínimo resultado a que seu trabalho vai chegando. (MELO NETO, 2007, p.691).

João Cabral resgatou muitas lições do processo de criação do artista Miró: o fazer em luta, o trabalho intelectual na luta pela autêntica representação, a anulação

73 da memória, o esvaziamento até chegar no objeto representado propriamente dito. Tanto para Miró quanto para Cabral, o fazer era em luta. Cabral resgatou para sua poética o olhar preciso, depurado cortante, afiado como lâmina.

Interessante notar que as imagens da parte E do poema, parte final, sugerem deserto, (Páramo ou agreste de ar aberto), ausência da noite (E nunca seja à noite), morte da vida orgânica (à febre desse sol/ que faz de arame as ervas,/ que faz de esponja o vento/); eliminação da água (e faz de sede a terra.). O deserto, a ausência da noite, morte da vida orgânica, remetem às imagens de esterilidade, mudez, silêncio, fome. O poeta, no silêncio, busca a palavra que represente o vazio, a ausência.

O processo de composição de João Cabral, aliado aos nãos de uma poética de recusa, cumpre o papel no poema de sugerir imagens ou objetos que apresentem a ausência que o homem leva. A linguagem quer dar conta dessa função, a de apresentar a realidade.

A faca, como objeto de corte agudo, cujas qualidades a composição busca incorporar, cumpre na poesia de Cabral sua função. A poesia é de risco, a faca é só lâmina, sem cabo, linguagem contundente, incisiva, voraz, exata. O poema “Uma faca só lâmina” traz em sua composição elementos que expressam solidez, agudeza, lucidez. É um fazer que se dá em luta pela e com a palavra em busca da palavra que melhor represente a ausência.

Percebemos que o trabalho com a palavra implica violência, destruição para construção, linguagem de deslocamento, montagem e desmontagem. João Cabral bombardeia as camadas externa e interna da palavra. O seu processo de criação, dá a noção quase que perfeita da exatidão.

O título do poema é uma porta de entrada na tentativa de compor essa exatidão. A imagem da faca só lâmina é arrebatadora, ela devora a visão do leitor em todos os sentidos. Octavio Paz (1976, p.120) corrobora essa ideia quando afirma: “Toda imagem aproxima ou conjuga realidades opostas, indiferentes ou distanciadas entre si.” Isto é, submete a unidade à pluralidade do real. A imagem da faca só lâmina, essa imagem da faca sem cabo, apresentada no poema em conjunção com outras facas e com bala e relógio, dá-nos uma ideia da obsessão, da precisão, da exatidão, da depuração da luta do poeta no papel em branco para apresentar o real em sua mais autêntica manifestação.

74 Esse trabalho do poeta com a palavra lâmina revela também um anagrama perfeito de “anima”, justamente com a imagem mais voraz: a lâmina. “Anima”, em grego, significa “alma”. Além disso, podemos ter: ama, lama, animal... . É bem verdade que Marly de Oliveira (1994) cita a ausência do homem no poema como uma ausência de ordem amorosa. O desdobramento da palavra lâmina em ama, a partir do anagrama, pode ser essa lida como mais uma ausência.

O poeta, ao calcular de uma forma exata todo o arsenal de palavras, leva o leitor a visualizar, a partir do anagrama, uma nova superfície da palavra. O poeta, no seu processo de criação, chega na alma da palavra. O jogo é lúdico e lúcido, é o fio da navalha, a coisa real fica em tessitura de alma:

a lâmina despida

que cresce ao se gastar, que quanto menos dorme

quanto menos sono há, (parte B, p.183).

A lucidez do poeta dá suporte para uma poesia de razão poética: “lâmina”, anima, alma despida. A poesia se projeta no cálculo, na concisão, contendo a exatidão do corte da faca. Ganha a intensidade da lâmina , quando do nada inicia o processo de criação na folha em branco:

Pois entre tantas coisas que também já dormem, o homem a quem a faca corta e empresta seu corte, sofrendo aquela lâmina e seu jato tão frio, passa, lúcido e insone,

vai fio contra fios. (parte I, p.190)

Daí o esvaziamento da página em branco que espera o lavor do poeta, a luta, o processo criativo, no qual o ver, o ouvir e o silenciar operam o real e o concreto da palavra. A experiência é ao mesmo tempo dessacralizada pela visibilidade da imagem que João Cabral opera a “faca só lâmina”.

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Considerações Finais

“Uma faca só lâmina” é poema denso e tenso na obra de João Cabral de Melo Neto. O poeta, ao construi-lo, expressa sua aguda percepção, seu rigor composicional.

O poeta opera a palavra-coisa. Utiliza na construção do poema os substantivos – bala, relógio, faca -, tornando-os termos comparantes que se desdobram, permutando-se numa cadeia de símiles.

Na obra de João Cabral, algumas imagens como: faca, pedra, cabra, relógio, ganham materialidade. No poema “Uma faca só lâmina”, a faca – lâmina - carrega uma força aguda, uma carga semântica de voracidade, crudelidade, que se expande na construção composicional do poema. A seleção das palavras passa pela precisão do olhar do poeta. Assim, João Cabral vai lapidando a palavra.

Em “Uma faca só lâmina”, desde o título até o último verso, Cabral atinge o âmago da imagem através de um jogo de montagem e desmontagem, construção e descontrução.

O poeta dialoga com a pintura. Sua poesia é de negações, é de recusa. Valoriza no poema a palavra concreta. Por meio da metalinguagem, o poeta dialoga com o poema no próprio poema. A lâmina cava/corta o tecido da palavra através do ver e do ouvir. A palavra e seus sentidos vão sendo descobertos no processo compositivo de lapidação que está no corte da lâmina. A imagem mais precisa surge num jogo lúdico e lúcido.

Assim o poema é construído sob um viés da poética da negação. De posse da exatidão, do rigor, o poeta traz para a superfície da página em branco o real em metáforas metonimizantes.

Na tessitura do texto poético João Cabral, com seu olho-pincel, através da linguagem dos objetos, ausculta no poema a voz das palavras-coisas e busca a alma que está no corte da lâmina, na folha em branco. Corta, recorta, esvazia a palavra em busca do novo.

A agudeza cortante, a exatidão, a recusa, são colunas que definem o fio agudo da lâmina dessa poesia que, ao mimetizar esse sistema de corte da faca, ao cavar o tecido da palavra, sintetiza com precisão “lapidar” todo o trabalho de depuração de um poeta que ousou estar além do seu tempo.

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