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LISTA DE ABREVIATURAS

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3.3. VARIÁVEIS DO ESTUDO

3.4.1. DESEMPENHO MOTOR

 Foi utilizado o Teste de Desenvolvimento Motor Grosso (TGMD-2), desenvolvido por Ulrich (2000), para avaliar o Desempenho Motor que consiste em duas subescalas – locomotora e controle de objetos –, objetivando avaliar as habilidades motoras fundamentais de crianças de três a dez anos e onze meses de idade e validado para uma população brasileira por Valentini et al. (2012).

O TGMD-2 foi validado para a população Brasileira por Valentini et al. (2012), evidenciando que a versão portuguesa do TGMD-2 apresenta índices satisfatórios de validade fatorial confirmatória (x²/gl=3,38 Goodness-of-fit Index=0,95; Ajusted Goodness-of-fit Index=0,92 e Tucker e Lewis’s Index of-fit=0,83) e consistência interna teste-reteste (locomoção: r=0,82; objeto:r=0,88), considerado fidedigno para avaliação qualitativa do desempenho motor.

O TGMD-2 avalia seis habilidades locomotoras (corrida, galope, saltar com 1 pé, passada, salto horizontal e corrida lateral), e o outro com seis habilidades manipulativas (rebater, quicar, receber, chutar, arremesso sobre o ombro e rolar). A criança recebe um ponto para cada critério atendido e 0 (zero) para cada critério não atendido. São obtidos, a partir daí, os escores brutos para cada subescala, sendo transformados em escores padrão, podendo ser feita a análise da idade equivalente resultante da relação entre a idade cronológica da criança e a sua idade equivalente para os subtestes.

A soma dos pontos obtidos nos subtestes de locomoção e controle de objetos resulta no escore bruto total do teste que, quando transferido para as planilhas de classificação, são convertidos em escores padrão, percentis (locomoção e controle de objetos) e na soma dos escores padrão de locomoção e controle de objeto, levando em conta a faixa etária da criança para esta classificação.

Para os escores brutos, o resultado mais baixo é zero e o mais alto é 48 para cada subteste (Valentini, 2002). A soma dos escores padrão é transformada no coeficiente motor amplo, o qual expõe valores descritivos do nível de desempenho motor através da tabela de classificação do coeficiente motor em Muito Pobre (<70),

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Pobre (70 a 79), Abaixo da Média (80 a 89), na Média (90 a 110), Acima da Média (111 a 120), Superior (121 a 130) e Muito Superior (>130).

Durante a aplicação do teste foram obedecidos todos os quesitos de aplicação preconizados por Ulrich (2000), como forma de garantir que os dados coletados não sofressem interferências subjetivas por parte dos avaliadores. Tal procedimento foi trabalhado em um teste piloto realizado com os avaliadores.

Para realização do TGMD-2 foram utilizados: 01 câmera filmadora digital High Definition, 3 (três) bolas de borracha (tipo bola de tênis) com 10 cm de diâmetro (teste de rebatida); 3 (três) bolas de borracha com diâmetro entre 20 e 25 cm de diâmetro para testes de quique e chute; 1 (uma) bola de basquete, 1 (uma) bola de futebol infantil, 4 (quatro) cones, 1 (um) tripé, 1 (um) saco de areia para o teste da passada, 1 (um) bastão de plástico tipo beisebol para o teste de rebatida e fita adesiva.

3.5. PROCEDIMENTOS

Inicialmente, foi feito o contato com a Professora Doutora Nádia Cristina Valentini, Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Intervenções Motoras da Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ESEF-UFRGS), por quem foi dada autorização para o uso do TGMD-2, bem como o pedido de capacitação dos avaliadores, resultando no estabelecimento de um termo de cooperação em pesquisa.

Foi ministrada a capacitação dos avaliadores referente à aplicação e análise do TGMD-2 por dois representantes do Grupo de Estudo de Intervenções Motoras da ESEF-UFRGS. Essa capacitação foi ministrada na Faculdade Católica Rainha do Sertão, na Cidade de Quixadá, tendo como participantes o responsável por este estudo, bem como os acadêmicos de Educação Física que auxiliaram na coleta dos dados.

Posteriormente, este estudo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual de Santa Catarina, através da Plataforma Brasil, sendo aprovado no dia 03/08/2011 com o número 59/2011.

3. METODOLOGIA  

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O coordenador geral do PST – Juazeiro do Norte foi contatado para a solicitação de autorização para realização do estudo, sendo que logo após a autorização foram realizadas reuniões com professores, monitores, alunos e pais de alunos do programa, objetivando prestar esclarecimentos sobre a importância do estudo, procedimentos éticos e testes a serem aplicados, como forma de os envolvidos direta e indiretamente no estudo tomarem ciência do processo como um todo.

Durante as reuniões de esclarecimento foram coletados os Termos de Consentimento Livre e Esclarecido e as autorizações para uso da imagem das crianças, estando assim resguardados os princípios éticos emanados pela resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Dessa forma, este estudo obedecerá aos princípios básicos da bioética: autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça.

Os alunos componentes da amostra foram cadastrados em fichas individuais, constando os dados pessoais, referências de idade e sexo, bem como endereço, nome e número do telefone dos pais. A mobilização desses alunos ficou por conta do professor e do monitor do respectivo núcleo, como determina a metodologia do próprio programa.

Foi aplicado o pré-teste do TGMD2 na segunda semana de funcionamento dos núcleos do PST, como forma de avaliar o desempenho motor com a menor interferência possível das atividades desenvolvidas no próprio programa, já que os alunos não participaram de atividades esportivas efetivas nas duas primeiras semanas que estavam destinadas para a realização de cadastros, testes e entrega de materiais. As imagens coletadas no pré-teste foram analisadas por dois profissionais de Educação Física, para serem classificadas segundo o protocolo do TGMD2.

Após três meses de atividades dos núcleos do PST foi realizado o pós-teste com a amostragem selecionada no sentido de reavaliar o desempenho motor, e assim coletar os dados para efetuar as devidas comparações com os dados coletados no pré-teste. A análise das imagens e a classificação das crianças seguiu os mesmos procedimentos do pré-teste.

Para a aplicação do TGMD-2 foram avaliadas crianças em duplas, devidamente identificadas na filmagem. Os avaliadores explicaram cada teste a ser

3. METODOLOGIA

realizado, sendo que na sequência demonstraram o que cada criança deveria executar, sem, contudo, intervir na sua execução. As crianças executaram duas tentativas para cada habilidade, sendo filmadas por uma câmera posicionada lateralmente, levando em média 25 minutos de execução para cada dupla.

Os vídeos foram analisados pelo responsável por este estudo, juntamente com um dos representantes do Grupo de Pesquisa em Intervenções Motoras da ESEF-UFRGS, sendo constatada uma correlação forte e significativa nas relações intra (0,91) e inter-avaliadores (0,92), atestadas quando da análise dos vídeos do teste piloto.

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