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Desemprego por grupos etários

No documento RELATÓRIO DO 2º SEMESTRE (páginas 174-181)

II. ANÁLISE SEMESTRAL

2. EVOLUÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO: DESEMPREGO

2.2. Desemprego por grupos etários

Dos 599,4 mil indivíduos que estavam desempregados no 4º trimestre de 2015, 114,3 mil tinham entre os 15 e os 24 anos, constituindo 5,2% do total. Por outro lado, cerca de 93,5 mil (4,2%) tinha entre os 55 e os 64 anos. Relativamente ao trimestre homólogo desemprego diminuiu em todos os grupos etários, embora de forma muito ligeira no grupo etário mais jovem (-0,7%).

Por outro lado, em comparação com o 2º trimestre de 2015, o desemprego cresceu de forma particularmente significativa precisamente no escalão mais jovem (+17,2%). No escalão dos 55 aos 64 anos o desemprego também aumentou, neste período. O escalão dos 25 aos 54 anos registou um ligeiro decréscimo no número de desempregados.

137. Taxas de Desemprego por grupos etários

0 4 8 12 16 20 24 28 32 36

4º trim 2014 2º trim 2015 4º trim 2015

15 a 24 anos 25 a 54 anos 55 aos 64 anos

Fonte: INE, Inquérito ao Emprego

Se analisarmos a evolução da taxa de desemprego por grupos etários constatamos que, relativamente ao período homólogo, esta decresceu tanto mais quanto mais velho o escalão etário. No escalão mais jovem a taxa de desemprego masculino diminuiu mais mas nos escalões seguintes foi a taxa de desemprego feminina que mais decresceu.

Entre o 2º e o 4º trimestre de 2015 a taxa de desemprego só aumentou no grupo etário dos 15 aos 24 anos (2,9%) e particularmente no que se refere aos homens (4,5%)

por experiência anterior de trabalho

De acordo com os dados do Inquérito ao Emprego, dos 599,4 mil indivíduos desempregados no 4º trimestre de 2015, 85,3 mil estavam à procura do 1º emprego. Estes representavam 14,2% do total dos desempregados. Os desempregados à procura de novo emprego totalizavam 514,1 mil pessoas. Em ambas as categorias o número de homens e mulheres era muito aproximado.

Comparando estes valores com os do trimestre homólogo constatamos que houve um aumento de 11,2% no número dos desempregados à procura do 1º emprego e, em contrapartida, um decréscimo de 11,8% no que respeita aos desempregados à procura de novo emprego. O acréscimo registado na primeira

categoria deveu-se quase exclusivamente ao aumento do número de desempregados homens, que foi de 25%. Na segunda categoria as mulheres desempregadas diminuíram ligeiramente mais do que os homens. Relativamente ao 2º trimestre de 2015 o número de desempregados à procura do 1º emprego cresceu 27,7% (depois de ter diminuído cerca de 13% relativamente ao 4º trimestre de 2014), o desemprego masculino em 48,5% e o feminino em 12%. No que se refere aos desempregados à procura de novo emprego o seu número decresceu em 1,5% devido à diminuição do número de desempregados homens (- 4,2%), uma vez que as mulheres desempregadas aumentaram 1,5% nesta categoria.

138. Desemprego por Experiência anterior de trabalho

0 100 200 300 400 500 600 700

4º trimestre 2014 2º semestre 2015 4º trimestre 2015

novo emprego 1º emprego

milhares

Fonte: INE, Inquérito ao Emprego

Analisando os desempregados à procura do primeiro emprego por escalões etários, no 4º trimestre de 2015, 71,6% tinham entre 15 e 24 anos embora os desempregados com entre 25 aos 54 anos tenham crescido mais, percentualmente, relativamente ao trimestre homólogo. No que se refere aos desempregados à procura de novo emprego, 71,3% enquadrava-se no escalão entre os 25 e os 54 anos. Nesta categoria, todos os escalões etários registaram uma diminuição no desemprego relativamente ao trimestre homólogo.

2.3. Desempregados à procura de novo emprego por áreas de atividade

No 4º trimestre de 2015, os sectores de atividade os sectores que concentravam maior número de desempregados à procura de novo emprego eram: o Comércio por grosso e a retalho, reparação de

Transformadoras, donde eram oriundos 16,9% dos desempregados, Construção (11,7%) e Alojamento, restauração e similares (10,5%).

139. Desempregados à procura de novo emprego por sectores de atividade

0 20 40 60 80 100 120

4º trimestre 2014 2º semestre 2015 4º trimestre 2015 Indústrias transformadoras

Construção

Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos Transportes e armazenagem

Alojamento, restauração e similares

Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares Atividades administrativas e dos serviços de apoio Educação

Actividades de saúde humana e apoio social

milhares

Fonte: INE, Inquérito ao Emprego

Relativamente ao 4º trimestre de 2014 os desempregados à procura de novo emprego decresceram na maioria dos sectores, tendo diminuído percentualmente, de forma mais significativa nos sectores das

Atividades de consultoria, cientificas, técnicas e similares, na Construção, na Educação e no Alojamento, restauração e similares. Em termos absolutos, o sector onde o desemprego mais diminuiu foi o da Construção. No que se refere aos sectores mais representativos, neste período o desemprego cresceu no

sector das Atividades de saúde humana e apoio social.

Se considerarmos a evolução relativamente ao 2º trimestre de 2015, os sectores de origem dos desempregados em que o desemprego mais diminuiu foram, em geral os mesmos, embora o decréscimo no sector das Industrias Transformadoras tenha sido mais acentuado do que no sector do Alojamento,

restauração e similares. Neste período, e relativamente aos sectores mais representativos, o número de

desempregados que provinham das Atividades de saúde humana e apoio social aumentou mas também, o número dos que provinham dos Transportes e armazenagem e do Comércio por grosso e a retalho;

Por grupos profissionais

No que se refere aos grandes grupos profissionais, no 4º trimestre de 2015, 20,1% dos desempregados à procura de novo emprego enquadravam-se no grupo do Pessoal dos serviços e vendedores, 16,2% no grupo dos Operários, artífices e trabalhadores similares e 15,6% no grupo dos Trabalhadores não qualificados.

140. Desempregados à procura de novo emprego por grupos profissionais

0 20 40 60 80 100 120 140 Quadros superiores da adm. pública, dirigentes

e quadros superiores de empresa Especialistas das profissões intelectuais e

científicas

Técnicos e profissionais de nível intermédio Pessoal administrativo e similares Pessoal dos serviços e vendedores Operários, artífices e trabalhadores similares Operadores de instalações e máquinas e

trabalhadores da montagem Trabalhadores não qualificados

4º trimestre 2015 2º semestre 2015 4º trimestre 2014

milhares Fonte: INE, Inquérito ao Emprego

Analisando a evolução dos desempregados à procura de novo emprego relativamente ao 4º trimestre de 2014 verifica-se que o seu número diminuiu em todos os grupos profissionais exceto no grupo dos

Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem. Esse decréscimo foi

particularmente acentuado nos grupos com mais peso em termos de desemprego, acima referidos, e ainda no grupo dos Especialistas das profissões intelectuais e científicas.

Entre o 2º e o 4º trimestre de 2015 contudo, os desempregados oriundos dos grupos dos Trabalhadores

não Qualificados e dos Quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores das empresas aumentam, embora o maior acréscimo, em termos absolutos, se tenham verificado no grupo

dos Operadores de Instalações e máquinas e trabalhadores de montagem. Por outro lado, os maiores decréscimos registaram-se nos grupos do Pessoal administrativo e similares, dos Especialistas das

Por regiões

No 4º trimestre de 2015 quase 41% dos desempregados concentravam-se na região Norte, 29,2% em Lisboa e 17,5% no Centro. No que se refere às diferenças entre sexos, o Norte é a região onde o número de homens e mulheres desempregados mais se aproxima e o Algarve a região onde se regista uma maior diferença, representando os homens 54% do total dos desempregados.

141. Evolução da taxa de desemprego por regiões

5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

4º trimestre 2014 2º semestre 2015 4º trimestre 2015

Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve

Fonte: INE, Inquérito ao Emprego

No que se refere à taxa de desemprego, no 4º trimestre de 2014 esta era mais elevada no Norte, mas depois no Alentejo e no Algarve. A região com a taxa de desemprego mais baixa era a região Centro. Em Lisboa e no Algarve a taxa de desemprego feminina era mais baixa do que a masculina.

Entre o 4º trimestre de 2014 e o 4º trimestre de 2015 a taxa de desemprego baixou em todas as regiões, mais acentuadamente no Algarve e depois no Centro. A região Norte foi a região onde esse decréscimo foi menor. No Norte, em Lisboa e no Algarve a taxa de desemprego feminina diminuiu mais do que a masculina, sendo essa diferença mais significativa no Algarve. No Centro e sobretudo no Alentejo a taxa de desemprego masculina decresceu mais.

Relativamente ao 2º trimestre de 2015 a taxa de desemprego subiu em todas as regiões exceto em Lisboa. No Algarve esse aumento foi de 2,1%. Em Lisboa o decréscimo registado deveu-se apenas à diminuição na taxa de desemprego feminina que, em todas as outras regiões, aumentou contudo mais do que a masculina.

2.4. Desemprego de Longa Duração

De acordo com o Inquérito ao Emprego do INE, no 4º trimestre de 2015 61,9% dos desempregados encontrava-se desempregado há 12 e mais meses. De entre os desempregados que procuravam emprego há menos de 12 meses, 77,4% procurava emprego há menos de 6 meses.

Quer no que respeita aos desempregados há menos de 12 meses, quer relativamente aos desempregados há 12 e mais meses as mulheres e os homens estavam representados de forma quase equivalente.

142. Desemprego por duração da procura

0 100 200 300 400 500 600 700

4º trimestre 2014 2º semestre 2015 4º trimestre 2015

12 e mais meses Menos de 12 meses

milhares milhares

Fonte: INE, Inquérito ao Emprego

Relativamente ao 4º trimestre de 2014 o desemprego diminuiu em ambas as categorias, mas bastante mais no que respeita aos desempregados há 12 e mais meses (DLD) que decresceram em cerca de 54 mil pessoas. De entre os desempregados há menos de 12 meses, a subcategoria que mais diminuiu foi a dos desempregados há entre 7 e 11 meses, sendo que a subcategoria dos que procuravam emprego há menos de 6 meses aumentou. No que se refere às diferenças entre sexos as mulheres desempregadas diminuíram mais dos que os homens em ambas as categorias. O número de homens desempregados diminuiu mais do que o número de mulheres na subcategoria dos desempregados com entre 7 e 11 meses.

Entre o 2º e o 4º trimestre de 2015 os desempregados há menos de 12 meses cresceram devido ao aumento dos desempregados há menos de 6 meses, uma vez que os desempregados há entre 6 e 11

meses diminuíram. Em contrapartida os DLD decresceram ligeiramente. A percentagem de mulheres desempregadas há menos de 12 meses cresceu mais do que a percentagem e homens e a percentagem de mulheres DLD diminuiu menos.

143. Desempregados de longa e muito longa duração

0 60 120 180 240 300 360

4º trimestre 2014 2º semestre 2015 4º trimestre 2015

entre 12 e 24 meses 25 e mais meses

milhares

Fonte: INE, Inquérito ao Emprego

No 4º trimestre de 2015, dos 371 mil indivíduos que estavam desempregados há mais de 1 ano (DLD), 74% já procurava emprego há 25 ou mais meses, ou seja, era desempregado de muito longa duração (DMLD). Em comparação com o 4º trimestre de 2014 o desemprego diminuiu tanto na subcategoria dos desempregados com entre 12 e 24 meses (menos cerca de 10,7 mil) como na subcategoria dos desempregados há mais de 2 anos (menos 43,3 mil), tendo diminuído mais, em ambas as subcategorias, no que se refere às mulheres.

Entre o 2º e o 4º trimestre de 2015 os DLD decresceram, em 1,1%. O número de desempregados há entre 12 e 24 meses diminuiu, tendo decrescido mais no que se refere aos homens mas os DMLD aumentaram, em 1,4% tendo crescido mais no que respeita às mulheres.

2.5. Desempregados por níveis de habilitações e duração da procura de

No documento RELATÓRIO DO 2º SEMESTRE (páginas 174-181)