II. ANÁLISE SEMESTRAL
1.5. Trabalhadores por conta de outrem
por tipo de contrato
No 4º trimestre de 2015, 77,7% dos trabalhadores por conta de outrem tinham contratos sem termo, 18,8% tinham contratos a termo e 3,4% tinha outro tipo de contratos. Entre os trabalhadores por conta de outrem com contratos sem termo as mulheres eram maioritárias mas no grupo dos TCO com contratos a termo, o número de homens e mulheres era muito equilibrado.
133. TCO com contratos a termo e sem termo
0,0 400,0 800,0 1200,0 1600,0 2000,0 2400,0 2800,0 3200,0 3600,0
4º trimestre 2014 2º semestre 2015 4º trimestre 2015
Outro tipo de contratos Contratos a termo Contratos sem termo
Fonte: INE, Inquérito ao Emprego
Se analisarmos a evolução relativamente ao trimestre homólogo, constatamos que o número de TCO com contratos a termo cresceu percentualmente bastante mais do que o número de TCO com contratos sem termo (6,4% e 1.4% respetivamente) tendo inclusivamente aumentado mais, em termos absolutos (cerca de mais 40,1 mil pessoas com contratos a termo e mais cerca de 39,3 mil indivíduos com contratos sem termo). Em ambos os grupos, mas sobretudo no que respeita aos contratados a termo, o número de homens aumentou mais do que o número de mulheres.
Entre o 2º trimestre e o 4º trimestre de 2015 registou-se também um ligeiro aumento em ambos os grupos, aliás bastante equilibrado. Nos dois grupos este aumento deveu-se em exclusivo ao crescimento no número de TCO homens, já que as mulheres diminuíram.
1.6. Emprego por sectores de atividade
No 4º trimestre de 2015, 2.924,5 mil pessoas trabalhavam nos serviços, que representavam 67,3% do emprego, 1.068,1 mil trabalhavam na Indústria, Construção Energia e Água, constituindo 24,6% do total dos empregados e 300,9 mil (6,9% dos empregados) trabalhavam na Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca. Os sectores de atividades mais significativos, em termos de emprego eram as Industrias Transformadoras, que representavam 17,4% da população empregada, o Comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos (15,9%) e as Atividades de saúde humana e apoio social (8,8% do total dos empregados).
134. Evolução do emprego nos sectores de atividade mais representativos
0 100 200 300 400 500 600 700 800 Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca Indústrias transformadoras
Construção Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos Alojamento, restauração e similares Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória Educação Actividades de saúde humana e apoio social
4º trimestre 2014 2º semestre 2015 4º trimestre 2015 Fonte: INE, Inquérito ao Emprego
Se analisarmos a evolução da população empregada por sectores de atividade relativamente ao trimestre homólogo verificamos que o sector que percentualmente mais cresceu, em termos de emprego, foi o das
Atividades de consultoria, cientificas, técnicas e similares, seguido pelo da Educação e depois pelo Comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos. Em termos absolutos, no
entanto o sector que mais cresceu em número de empregados foi o das Industrias Transformadoras seguido pelo sector do Comércio. Nos sectores das Atividades de saúde e apoio social e da Construção o emprego também cresceu, neste período, embora de forma menos significativa. Por outro lado nos sectores do Alojamento, restauração e similares, a Administração publica, defesa e segurança social
Entre o 2º e o 4º trimestre de 2015, e considerando os sectores mais significativos em termos de emprego, foi também estes três sectores que registaram um maior decréscimo, sobretudo a Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca e do Alojamento, restauração e similares, sectores em que a sazonalidade tem um peso evidente. O sector que mais cresceu percentualmente em termos de emprego neste período foi ainda o sector das Atividades de consultoria, cientificas, técnicas e similares.
No que se refere aos subsectores das Indústrias Transformadoras, os subsectores mais representativos em termos de emprego eram, no 4º trimestre de 2015, os subsectores da Indústria têxtil, das Industrias
alimentares, das bebidas e do tabaco, e das industrias metalúrgicas de base e dos produtos metálicos,
seguidos pelos subsectores da Fabricação de veículos automóveis, reboques, semi-reboques e
componentes para veículos automóveis e outro equipamento de transporte; da Industria do couro e dos produtos de couro, da Fabricação de mobiliário e de colchões e da Fabricação de outros produtos minerais não metálicos.
De entre estes subsectores, e relativamente ao trimestre homólogo, a população empregada cresceu percentualmente mais nos subsectores da Fabricação de mobiliário e colchões; da Fabricação de veículos
automóveis, reboques, semi-reboques e componentes para veículos automóveis e outro equipamento de transporte e das Industrias alimentares, das bebidas e do tabaco sendo que, em termos de número de
trabalhadores, este último foi o sector que registou maior crescimento. De entre os subsectores mais representativos, o emprego decresceu na Fabricação de produtos minerais não metálicos e sobretudo na
Indústria Têxtil.
135. Evolução do emprego por subsectores das Indústrias Transformadoras
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100110120130140150160 Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco
Indústria têxtil Indústria do couro e de produtos do couro Fabricação de outros produtos minerais não… Indústrias metalúrgicas de base e de produtos… Fabricação de veículos automóveis, reboques,… Fabricação de mobiliário e de colchões
4º trimestre 2015 2º semestre 2015 4º trimestre 2014
Fonte: INE, Inquérito ao Emprego
No que se refere à evolução na população empregada entre o 2º e o 4º trimestre de 2015, o maior acréscimo em termos de emprego verificou-se também no subsector das Indústrias alimentares, das
bebidas e do tabaco embora nos subsectores das Indústrias metalúrgicas de base e dos produtos metálicos e do Fabrico de mobiliário e de colchões o emprego também tenha aumentado. Nos restantes
subsectores mais representativos o emprego diminuiu, tendo esse decréscimo sido mais acentuado mais uma vez na Indústria Têxtil.