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População empregada por sectores de atividade

No documento RELATÓRIO DO 2º SEMESTRE (páginas 83-87)

2. O MERCADO DE TRABALHO EM PORTUGAL

2.3. Emprego e desemprego

2.3.1. Emprego

2.3.1.5. População empregada por sectores de atividade

A análise do emprego por grandes sectores de atividade permite constatar que, em 2015, os serviços representavam 67,7% do emprego, a indústria, construção, energia e água representava 24,9% e a

57. Emprego por grandes sectores de atividade 0% 20% 40% 60% 80% 100% 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Serviços

Indústria, Construção Energia e Água

Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca

Fonte: INE, Inquérito ao Emprego

Considerando a estrutura sectorial do emprego desde o início da série verifica-se que, entre 2008 e 2010 o peso do sector dos serviços aumentou enquanto o peso do sector da indústria, construção, energia e

água diminuía aproximadamente na mesma proporção.

Entre 2011 e 2015 esta tendência acentuou-se, tendo o peso do sector dos serviços crescido em cerca de 5 p.p. e o peso do sector da indústria, construção, energia e água e da agricultura, produção animal, caça,

floresta e pesca decrescido em aproximadamente 2,5 p.p.

Se analisarmos a evolução do emprego nestes sectores mais significativos desde o início da década, constatamos que, entre 2008 e 2010, o emprego decresceu em todos os sectores. No total, as Indústrias

Transformadoras perderam, neste período, 8% dos trabalhadores, o que correspondeu a cerca de 66,8 mil

pessoas. Quanto ao sector da construção o decréscimo no emprego foi de 13% (cerca de 63,1 mil trabalhadores).

58. Evolução do emprego nas Indústrias Transformadoras e na Construção

-80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 2009/08 2010/09 2012/11 2013/12 2014/13 2015/14

Indústrias Transformadoras Construção milhares

No que respeita ao emprego na indústria, construção, energia e água, em 2015 o conjunto das Indústrias Transformadoras representava 17,4% do emprego total enquanto a construção constituía 6,1%. No que respeita aos subsectores das Indústrias Transformadoras, a indústria têxtil representava 3,3% do emprego total; as indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco, 2,3% e as indústrias metalúrgicas de base e de

produtos metálicos, 2,2%. Tinham também alguma expressão a indústria do couro e dos produtos do couro; a fabricação de veículos automóveis, reboques, semi-reboques e componentes para veículos automóveis e outro equipamento de transporte; a fabricação de equipamento informático, equipamento para comunicação e produtos eletrónicos e óticos etc.; a fabricação de mobiliário e de colchões e a fabricação de outros produtos minerais não metálicos.

Entre 2011 e 2015, o emprego na construção continuou a diminuir significativamente. Entre 2011 e 2014 o emprego no sector decresceu em 34,4% (cerca de 137,7 mil empregados), com destaque para 2012 (- 73, 7 mil pessoas) e 2013 (-51,3 mil indivíduos). Entre 2014 e 2015, contudo, verificou-se o emprego neste sector cresceu em 0,8%. No que respeita às Indústrias Transformadoras, entre 2011 e 2013 este sector sofreu um decréscimo de 9,9% no emprego (menos cerca de 74,4 mil pessoas), tendo crescido 8,3% nos dois últimos dois anos (cerca de 59,1 mil pessoas).

59. Evolução do emprego por subsectores das Indústrias Transformadoras

-26 -24 -22 -20 -18 -16 -14 -12 -10 -8 -6 -4 -20 2 4 6 8 10 12 14 Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco

Indústria têxtil Indústria do couro e dos produtos do couro Fabricação de outros produtos minerais não metálicos Indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos Fab equip. informático, equip. p. comunicação e prod. electrónicos e ópticos; Fabricação de equip. eléctrico.; Fab. de máq. e equip., n.e.

Fab veículos auto, reboques, semi-

reboques e componentes para veículos autos e out equip. transporte Fabricação de mobiliário e de colchões 2009/08 2010/09 2012/11 2013/12 2014/13 2015/14 milhares

No que se refere aos subsectores das Indústrias Transformadoras, nos primeiros cinco anos o emprego diminuiu em todos os subsectores, exceto no subsector da fabricação de veículos automóveis, reboques,

semi-reboques e componentes para veículos automóveis e outro equipamento de transporte, em que

aumentou ligeiramente.

De entre os subsectores das Indústrias Transformadoras a indústria têxtil foi o subsector que mais diminuiu em volume de emprego (cerca de 33,8 mil pessoas). Nos últimos cinco anos, o emprego decresceu nos sectores da indústria têxtil e das indústrias metalúrgicas de base e dos produtos metálicos e da fabricação de outros produtos minerais não metálicos.

No que se refere aos serviços o sector com maior peso na estrutura do emprego, em 2015, continuava a ser o comércio por grosso e a retalho, reparação e veículos automóveis e motociclos, que representava 15,5% do emprego total. Seguiam-se as atividades de saúde humana e apoio social e a educação que constituíam, respetivamente, 8,8% e 8,3%. Depois a administração pública, defesa, e segurança social

obrigatória representava 6,5%, o alojamento, restauração e similares, 5,5% e as atividades de consultoria, cientificas, técnicas e similares, 4,3%.

60. Evolução do emprego nos serviços

0 100 200 300 400 500 600 700 800 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos

Alojamento, restauração e similares

Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória

Educação

Actividades de saúde humana e apoio social

milhares

Fonte: INE, Inquérito ao Emprego

Entre 2008 e 2010, nos sectores mais representativos dos serviços, o emprego cresceu significativamente no sector das atividades de saúde humana e apoio social (16,2%, ou que correspondeu a mais cerca de

45,8 mil pessoas) e bastante menos na educação (6%, ou seja mais cerca de 19, 8 mil trabalhadores). Em todos os outros sectores o número de trabalhadores diminuiu, com destaque para o sector da

administração pública, defesa e segurança social obrigatória, (que perdeu 10% dos trabalhadores, ou

seja, cerca de 31 mil pessoas); para o sector do alojamento, restauração e similares, que decresceu 9,7% em termos de emprego (em cerca de 28,8 mil indivíduos) e para o comércio por grosso e a retalho,

reparação e veículos automóveis e motociclos, que perdeu 4,8% do emprego (cerca de 34, 7 mil

trabalhadores).

Entre 2011 e 2015, pelo contrário, todos os sectores cresceram em emprego com exceção do sector do

alojamento, restauração e similares, que perdeu sensivelmente o mesmo número de trabalhadores do

que entre 2008 e 2010. De notar que este sector registou aumentos e decréscimos anuais de cerca de 10 mil trabalhadores, tendo decrescido em cerca de 18 mil trabalhadores no último ano. O sector das

atividades de saúde humana e apoio social continuou a registar o aumento mais significativo em termos

de emprego (11,4%, o que corresponde a mais 39,2 mil trabalhadores) seguido pelo sector das atividades

de consultoria, cientificas, técnicas e similares (um aumento de 12,1%, ou seja, mais 20,3 mil

trabalhadores). O primeiro destes sectores sofreu durante este período apenas um ligeiro decréscimo em 2013 e o sector das atividades de consultoria, cientificas, técnicas e similares começou a crescer a partir de 2012. O sector da educação também diminuiu apenas entre 2012 e 2013 para depois aumentar, mas de forma bastante menos significativa. Quanto ao sector do comércio por grosso e a retalho, reparação e

veículos automóveis e motociclos sofreu ainda um decréscimo pronunciado (-42, 6 mil indivíduos) até

2013, tendo crescido em cerca de 52 mil trabalhadores entre 2013 e 2015. Disto resultou um aumento de 1,4% em termos de emprego. O sector da administração pública, defesa e segurança social obrigatória registou apenas ligeiras oscilações, com um aumento mais evidente em 2014. Em 2015, o número de trabalhadores neste sector era sensivelmente o mesmo do que em 2011.

No documento RELATÓRIO DO 2º SEMESTRE (páginas 83-87)