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A dimensão continental do Brasil, com diferentes realidades sociodemográficas, culturais, econômicas e políticas, não permite uma generalização dos seus territórios, muito menos investigações sem um panorama contextual mínimo. Nesse sentido e com base nos dados do IBGE Cidades e da Sala de Apoio à Gestão Estratégica do Ministério da Saúde (Sage/MS), faz-se uma descrição das principais informações quanto à Vilhena-RO; João Pessoa-PB; Anápolis-GO; e, Cascavel-PR, municípios analisados nesta dissertação.

Do Norte do Brasil apresenta-se Vilhena (Mapa 3). Localizada na porção sul-

leste de Rondônia, teve início no século XX, por volta de 1910. Foi elevada à categoria de município com a denominação de Vilhena pela Lei Federal n.º 6.448/ 1977, desmembrado de Porto Velho e Guajará-Mirim. A estimativa do IBGE para a população da cidade em 2018 é de 97.448 pessoas. Com área territorial de 11.699.146 km² (IBGE, 2017), possui somente 13,3% de esgotamento sanitário adequado, 15,6% e 30,6% das vias públicas urbanizadas e arborizadas (IBGE, 2010).

Mapa 3 – Localização de Vilhena-RO.

Em 2015, registrava um Produto Interno Bruto (PIB) per capita R$ 23.055,20 e o total de 69,6% das receitas advindas de fontes externas. O Índice de Desenvolvimento Humano do município (IDMH) era de 0.731 em 2010. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 22,5% no ano de 2016 e o salário médio mensal era de dois salários mínimos. O percentual da população com rendimento nominal mensal per capita de até meio salário mínimo era de 31,1% (IBGE, 2010).

A taxa de escolarização de crianças e adolescentes de 6 a 14 de idade em 2010 foi de 97,8%. Em 2015, os alunos dos anos inicias da rede pública da cidade tiveram nota média de 5.6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Para os alunos dos anos finais, essa nota foi de 4.3. Vilhena possuía 43 escolas de ensino fundamental e 12 de ensino médio, 767 professores e o total de 17.207 alunos matriculados no ano de 2017.

Os últimos dados referentes à saúde demonstram que a taxa de mortalidade infantil média na cidade era de 13,4 por mil nascidos vivos em 2014. As internações devido a diarreias eram 1,6 por mil habitantes em 2016. A cobertura da Atenção Básica chega a 78,43%e a do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) a 84,93% no município, que conta com dez Unidades Básicas de Saúde (UBS), 150 agentes comunitários de saúde (ACS) e oito de endemias (ACE), (SAGE, 2016; 2017). Quanto ao indicador fornecido pelo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), em 2016 estava satisfatório, em 2017, em risco e a situação atual é de piora (BRASIL, 2016; 2017).

Do Nordeste do país, apresenta-se João Pessoa, da Paraíba (Mapa 4).

Explorada por franceses traficantes de pau-brasil ainda nos anos de 1500, ocupada pelos holandeses nos anos 1600, passou a denominar-se João Pessoa pela Lei Estadual nº 700/ 1930. Com população estimada de 800.323 pessoas (IBGE, 2018), possui área territorial de 211.475 km², com 70,8% do esgotamento sanitário adequado, urbanização de 25%,1% e arborização de 78,4% das vias públicas (IBGE, 2010).

Com um PIB per capita de R$ 23.169,14 e 66,1% das receitas oriundas de fontes externas (IBGE, 2015), João Pessoa possui um IDMH de 0.763. O salário médio mensal dos trabalhadores formais é 2,6 salários mínimos e o percentual da população com rendimento nominal mensal per capita de até meio salário mínimo é de 36,4% (IBGE, 2010) sendo que a população ocupada do município é de 37,5% (IBGE, 2016).

Mapa 4 – Localização de João Pessoa-PB.

Fonte: IBGE, 2018.

A taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade é 96,9% (IBGE, 2010). Em 2015, os alunos dos anos inicias da rede pública da cidade tiveram nota média de 4.6 no IDEB. Para os alunos dos anos finais, essa nota foi de 3.7. João Pessoa contava com 351 escolas de ensino fundamental e 109 de ensino médio, 7.101 professores e o total de 124.635 estudantes matriculados no ano de 2017.

Em 2014, a taxa de mortalidade infantil média na cidade era de 13,33 por mil nascidos vivos. As internações devido a diarreias eram 1,1 por mil habitantes em 2016. A cobertura da Atenção Básica chega a 72,39% e a do PACS a 92,61% no município, que conta com 103 UBS, 1.415 ACS e 327 ACE (SAGE, 2016; 2017). No tocante ao indicador fornecido pelo LIRAa, estava satisfatório em 2016 e 2017. A situação atual é de estagnação (BRASIL, 2016; 2017).

Do Centro-Oeste brasileiro, exibe-se Anápolis, de Goiás (Mapa 5). O primeiro

documento oficial sobre Anápolis é de 1870, todavia a região só foi elevada à condição de cidade pela Lei Estadual n.º 320/1907. Com população estimada de 381.970 pessoas (IBGE, 2018), possui área territorial de 933.156 km². O município possui 57,6% do esgotamento sanitário adequado, urbanização de 30,4% e arborização de 79,3% das vias públicas (IBGE, 2010).

Mapa 5 – Localização de Anápolis-GO.

Fonte: IBGE, 2018.

Com um PIB per capita de R$ 36.294,20, Anápolis possui um IDMH de 0.737. O salário médio mensal dos trabalhadores formais do município é 2,5 salários mínimos e, 64,4% de suas receitas são oriundas de fontes externas (IBGE, 2015). A população ocupada corresponde a 27,5% e o percentual dela com rendimento nominal mensal

per capita de até meio salário mínimo é de 31, 9% (IBGE, 2010; 2016).

No que se refere à taxa de escolarização, chega a 96,3% na faixa etária de 6 a 14 anos (IBGE, 2010). Em 2015, as notas médias do IDEB foram de 5.7 e 4.9 para estudantes dos anos iniciais e finais, respectivamente, da rede pública da cidade. Em 2017 Anápolis contava com 160 escolas de ensino fundamental e 48 de ensino médio, 3.074 professores e 64.040 estudantes matriculados.

Os dados relativos à mortalidade infantil registram 12,72 óbitos por mil nascidos vivos em 2014 e 0,4 internações por diarreia a cada mil habitantes (IBGE, 2016). A Atenção Básica cobre 43,38% da população e a o PACS 62,02%. Anápolis conta com 44 UBS, 400 ACS e 247 ACE (SAGE, 2016; 2017). No tocante ao indicador fornecido

pelo LIRAa, estava satisfatório em 2016 e 2017. A situação atual é de estagnação (BRASIL, 2016; 2017).

Por fim, do Sul do país, investiga-se Cascavel, do Paraná (Mapa 6). Habitado

por índios caiangues nos anos 1500, povoado por tropeiros nos anos 1700 e distrito subordinado a Foz do Iguaçu nos anos 30 do século XX, Cascavel tornou-se município em 1951 por meio da Lei Estadual nº 790. Com um território de 2.100.831 km² (IBGE, 2017), tem uma população estimada de 324.476 pessoas. Conta com 59,8% do esgotamento sanitário adequado, urbanização de 55,2% e arborização de 95,1% das vias públicas (IBGE, 2010).

Mapa 6 – Localização de Cascavel-PR.

Fonte: IBGE, 2018.

O PIB per capita da cidade é de R$ 32.372,08 e 51,2% de suas receitas vêm de fontes externas. O IDMH de Cascavel é de 0.782. No que se refere a trabalho e rendimento, o salário médio mensal dos trabalhadores formais é 2,5 salários mínimos e o percentual da população com rendimento nominal mensal per capita de até meio salário mínimo é de 28,6% (IBGE, 2010) sendo que a população ocupada do município corresponde ao total de 36,9% (IBGE, 2016).

A taxa de escolarização de Cascavel chega a 98,1% na faixa etária de 6 a 14 anos (IBGE, 2010), com notas médias de 6.3 e 4.7 no IDEB 2015 para estudantes dos anos iniciais e finais da rede pública. Conforme dados de 2017 do IBGE, a cidade possuía 127 escolas de ensino fundamental e 53 de ensino médio, o total de 3.133 docentes e 53.618 discentes matriculados.

Os números da mortalidade infantil e de internações por diarreia a cada mil habitantes do município são de 10 e 0,1, de modo respectivo (IBGE, 2014; 2016). A cobertura de Atenção Básica é 23,97% e a do PACS, 37,46%. A cidade conta com 38 UBS, 206 ACS e 148 ACE (SAGE, 2016; 2017). No tocante ao indicador fornecido pelo LIRAa, em 2016 e 2017, estava satisfatório. Atualmente, a situação é de estagnação (BRASIL, 2016; 2017).

Tabela 1 – Tabela síntese do perfil dos municípios investigados.

MUNICÍPIO ECONOMIA TRABALHO E RENDA EDUCAÇÃO

Nome (KmÁrea 2) População (2018)

Vias Urbanizadas (2010) PIB per capita - 2015 (R$) IDMH (2010) % de receitas externas Salário médio mensal (sal. mínimo) População Ocupada (2010) % de até ½ salário mínimo % Escolarização 6 a 14 anos (2010) Média IDEB (2015) Quantitativo (2017) Anos

iniciais finais Anos Escolas Professores Matrículas

Vilhena- RO 11.699.146 97.448 15,6% 23.055,20 0.731 69,6% 2 22,5% 31,1% 97,8% 5.6 4.3 55 767 17.207 João Pessoa- PB 211.475 800.323 25%,1% 23.169,14 0.763 66,1% 2,6 37,5% 36,4% 96,9% 4.6 3.7 460 7.101 124.635 Anápolis- GO 933.156 381.970 30,4% 36.294,20 0.737 64,4% 2,5 27,5% 31,9% 96,3% 5.7 4.9 208 3.074 64.040 Cascavel- PR 2.100.831 324.476 55,2% 32.372,08 0.782 51,2% 2,5 36,9% 28,6% 98,1% 6.3 4.7 180 3.133 53.618 Fonte: IBGE. Elaboração própria.

Tabela 2 – Tabela síntese da saúde nos municípios investigados.

SAÚDE MUNICÍPIOS Mortalidade infantil (a cada mil - 2016) Internações por diarreia (a cada mil - 2016) Vias Arborizadas (2010) Esgotamento sanitário adequado

COBERTURA % QUANTITATIVO LIRAa

ABS PACS UBS ACS ACE 2016 2017 Situação Vilhena-RO 13,4 1,6 30,6% 13,3% 78,43% 84,93% 10 150 8 0,7

satisfatório em risco 6,6 piora

João Pessoa-PB 13,33 1,1 78,4% 70,8% 72,39% 92,61% 103 1.415 327 0,3

satisfatório satisfatório 0,5 estagnação

Anápolis-GO 12,72 0,4 79,3% 57,6% 43,38% 62,02% 44 400 247 0,9

satisfatório satisfatório 0,2 estagnação

Cascavel-PR 10 0,1 95,1% 59,8% 23,97% 37,46% 38 206 148 0,2

satisfatório satisfatório 0,4 estagnação Fonte: IBGE e SAGE/MS, 2016 e 2017. Elaboração própria.

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3.3 PANORAMA SOBRE OS PARTICIPANTES DAS RODAS E SUAS