• Nenhum resultado encontrado

É urgente o desenvolvimento de políticas públicas capacitadoras da pesquisa científica em áreas conexas à Defesa

Conceitos analíticos: 01HR56/ R. REVELLE 02HR59/ Gordon 03HR59 Wexler et al. 03HR59 Revelle 04J60 David Hall 05S66 / Kassande r et. Al 05S66 / A. Chamber lain 05S66 / L. Haworth 05S66 / Malone 05S66 / Gordon MacDon ald et al 05S66 / Hollomo n et. Al 4 19 7, 14 14 3 1, 22, 23 24, 25 Legenda: 01HR56 Revelle:

4 - Os Russos retratados como adiantados, no caminho de se tornarem uma grande potência marítima. 02HR59 Gordon:

19 - O argumento da guerra fria: a corrida ao armamento nuclear submarino e os instrumentos de deteção. 03HR59 Wexler:

88

14 - Apropriações políticas e territoriais da antártica (pressão sobre o Congresso para uma tomada de posição americana).

03HR59 Revelle:

14 - Extrema importância económica, militar de uma política da investigação científica em oceanografia. 05S66 L. Haworth:

3 - O primeiro programa de MC foi militar. 05S66 Malone:

1 - Aumento das responsabilidades públicas com o progresso científico – o que é novo é a urgência.

22 - A visão ou o pesadelo, confronto entre novas formas de cooperação internacional vs. escalada belicista em torno dos desenvolvimentos científicos de controlo do tempo.

23 - Compara a corrida à lua com a corrida pelo controlo da atmosfera. 05S66 Gordon MacDonald et al:

24 - Perigos do desenvolvimento de usos bélicos dos desenvolvimentos científicos na geofísica, como justificação da sua importância do campo.

25 - Importância do envolvimento do Presidente para a relevância política deste tema obter o devido reconhecimento.

Análise

No mesmo sentido da categoria anterior, de incremento de funções do estado segundo uma lógica "científica", mas adicionando o caracter de urgência, e a dimensão militar, encontra- se a categoria 3.

A este propósito, é ilustrativo o seguinte excerto de 03S66 Gordon Macdonnald et al:

24 – “Perigos do desenvolvimento de usos bélicos dos desenvolvimentos científicos na geofísica, como justificação da sua importancia do campo”

«The point that Dr. Malone was making was that there is a danger that geophysical warfare might become important and we would wish to do everything that we can in these early preliminary stages to attempt to prevent any move in that direction.»

Malone e Gordon MacDonald consideram a possibilidade de utilizar técnicas de alteração do clima como arma de guerra, e exercem consequente pressão sobre o Congresso americano para apoiar o desenvolvimento da ciência necessária a atingir primeiro o domínio das mesmas, como por outro lado em aumentar os esforços de avaliação sobre o conhecimento científico possuído pelo “inimigo” – e que curiosamente, esta pressão é enquadrada num maior incentivo à cooperação internacional em áreas científicas. Do lado dos agentes promotores, são frequentes as menções das vantagens de um ambiente de cooperação científica, mesmo em ambiente de hostilidade entre nações (ver categoria seguinte). Sobre este tema específico o trabalho diplomático entre as duas superpotências veio a produzir posteriormente a Convenção sobre a Proibição Militar ou Qualquer Outro Uso Hostil de

89 Técnicas de Modificação Ambiental em 1977, com entrada em vigor em 1978 e hoje assinada e ratificada por 121 países.

As palavras de Malone 05S66 traduzem o sentido de urgência:

1 – “Aumento das responsabilidades públicas com o progresso científico – o que é novo é a urgência”

«For nearly two decades scientists have viewed with growing concern the troublesome events that have been evoked by the interaction between scientific progress and public affairs. With each increment of power, the problem of directing its use toward beneficial ends becomes more complex, the consequences of failure more disastrous and the time for decisions more brief. They go on to say: The problem is not new either In the history of human affairs or of science. What is without past parallel is its urgency.»

22 – “A visão ou o pesadelo, confronto entre novas formas de cooperação internacional vs. escalada bélicista em torno dos desenvolvimentos científicos de controlo do tempo” e 23 – “compara a corrida à lua com a corrida pelo controlo da atmosfera”.

«First, as I have already noted, the atmosphere itself is international. Second, there is a fine tradition of international cooperation in meteorology. Third, with only 6 percent of the world's population, 20 percent of the world's scientists and 40 percent of the aggregate gross national products we can multiply our own efforts through cooperation guided by the mind as well as the heart. Fourth, dedication of this effort to peaceful purposes might in some small way contribute to the unity of a world increasingly troubled and tormented by conflict. In conclusion, a word about our vision— and our nightmare.

The vision, I believe, is a world in which one finds in place "the suitable new political forms and procedures" that the great mathematician, John von Neuman, pointed out a decade ago will be required after global climate control becomes possible. A world in which the benefits of weather and climate control are allocated equitably among nations by methods that will have been developed —not by some "novel cure-all" but, as Von Neuman phrased it, by "a long sequence of small, correct decisions" —precisely the kinds of decisions before Congress during this session. The nightmare is a world in which the conflict—that will probably always, to a greater or lesser degree, be the lot of imperfect man —has been aggravated by dispute over the rights to one of the most international of our natural resources —the

90

atmosphere. A world in which the "race to the moon" is replaced by a race to extend mastery over the atmosphere; the problem of nuclear proliferation replaced by the proliferation of environmental modification capability.

A world in which scientists meet interminably in Geneva to put the genii back in the bottle. A world we do not want to see.

A world that need not be.»

Relativamente à questão Russa, este exemplo extraído do testemunho de Roger Revelle 01HR56 é muito interessante, utilizando a comparação do investimento científico dos EUA ao da URSS como argumento político:

4 – “Os Russos como adiantados, no caminho de se tornarem uma grande potência marítima”

«Dr. REVELLE. The Russians, for the first time, showed their plans at Brussels and they have something like 15 ships which will be operating all over the world on the oceanographic aspects of the IGY program. Typical of their ships is a 5,000-ton research vessel which has room for 70 scientists and is completely equipped. The biggest American ship is the Scripps ship, the Baird, which is about a tenth of the size of the Russian ship. Nevertheless, I think we can do quite a few good things.»

Categoria 4 – É interesse estratégico (americano) desenvolver a cooperação internacional