3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
4.2.2.1. Detecção de heterocromatina constitutiva
4.2.2.1. Detecção de heterocromatina constitutiva
A análise das regiões heterocromáticas foi realizada através do bandamento‐C, segundo Sumner (1972). Foram utilizadas lâminas com material envelhecido em estufa a 37°C por no mínimo 3 dias, após esse período a lâmina foi imersa em HCl 0,2 N por 14 minutos em temperatura ambiente, sendo lavada com água destilada e seca. Posteriormente a lâmina foi mergulhada em uma solução a 5% de Ba(OH)2.8H2O à 42°C por cerca de 1 minuto e 45 segundos sendo rapidamente lavadas em HCl 0,1N e posteriormente água destilada. Após secar ao ar, a lâmina foi então imersa em solução salina 2xSSC à 60°C em estufa por 40 minutos. Para análise o material foi corado com Giemsa 5% por 8 minutos. 4.2.2.2. Fluorocromos GC ‐ e AT‐ específicos (MM e DAPI)
Fluorocromos base‐específicos foram utilizados para detectar regiões ricas em pares de bases, como a mitramicina (MM) para pares de bases GC e DAPI para regiões ricas em pares de bases AT, de acordo com Schweizer (1976). As lâminas com suspensão celular foram coradas com 30μl de MM 0,5 mg/ml cobertas com lamínulas e depositadas em câmara úmida, no escuro, sendo lavadas com água destilada após 30 a 60 minutos, coradas com 30 μl de DAPI 0,3µg/ml, cobertas por lamínulas e colocada em câmara úmida, no escuro, por 15 minutos. Posteriormente as lâminas foram lavadas com água destilada e montadas com tampão glicerol‐Mcllvaine pH 7,0 (1:1) coberto com lamínula e selado com esmalte incolor. As lâminas foram então guardadas à 4 ˚C em câmara escura e analisadas após 3 dias com fotomicroscópio de epifluorescência (OlympusTM BX51) com filtros apropriados, em aumento de 1.000x. As preparações foram capturadas pelo sistema digital Olympus DP73 com uso do software CellSens Standard 1.7 Full (Olympus Optical Co. Ltd.). 4.2.2.3. Obtenção das sondas de DNA para FISH por PCR Sondas de DNAr 5S e DNAr 18S foram obtidas por PCR a partir do DNA nuclear de R. canadum e Ocyurus chrysurus, utilizando os primers A 5’‐TAC GCC CGA TCT CGT CCG ATC‐3’
e B 5’‐CAG GCT GGT ATG GCC GTA AGC‐3’ (Pendás et al., 1994), NS1 5’‐GTA GTC ATA TGC TTG TCT C‐3’ e NS8 5’‐TCC GCA GGT TCA CCT ACG GA‐3’ (White et al., 1990), respectivamente. A primeira sonda continha uma cópia de DNAr 5S de 200pb e a segunda de DNAr 18S de 1400pb. A sonda de DNAr 5S foi marcada com biotina‐14‐dATP e a sonda de DNAr 18S com digoxigenina‐11‐dUTP, ambas por nick translation, seguindo as recomendações do fabricante (Roche, Mannheim, Alemanha).
As sondas teloméricas foram obtidas utilizando o primer (TTAGGG)n, amplificado segundo Ijdo et al. (1991) e marcadas usando DIG‐Nick Translation Mix seguindo a recomendações do fabricante (Roche, Mannheim, Alemanha).
Sondas do DNA transponível (Tol2) foi obtido por PCR a partir do DNA nuclear de R.
canadum, utilizando os primers Tol2 4 F 5’‐ ATA GCT GAA GCT GCT CTG ATC ‐ 3’ e Tol2 4 R 5’‐
CTC AAT ATG CTT CCT TAG G ‐ 3’, Tol2 5 F 5’‐ CTG CTC TGA TCA TGA AAC AG ‐ 3’ e Tol2 5 5’‐ CTT CCT TAG GTT TGA TGG CG ‐3’ (Kawakami & Shima 1999). Ambas as sondas continham cópia de DNA Tol2 de 200pb. A sonda amplifica com os primes Tol2 4 foi marcada com biotina‐14‐dATP e a sonda com Tol2 5 com digoxigenina‐11‐dUTP, ambas por nick
translation, seguindo as recomendações do fabricante (Roche, Mannheim, Alemanha).
A amplificação do DNA retrotransponível (Rex1 e Rex3), a partir do DNA genômico de R. canadum e O. chrysurus, foi realizada utilizando os primers Rex1 F 5’‐ TTC TTC AGT GCC TTC AAC ACC ‐ 3’ e Rex1 R 5’‐ TCC CTC AGC AGA AAG AGT CTG CTC ‐ 3’, desenhados para amplificar segmentos Rex1 correspondentes aos domínios de codificação 3‐7 do gene da transcriptase reversa (RT), e os primers Rex3 F 5’‐ CGG TGA YAA AGG GCA GCC CTG ‐ 3’ e Rex3 R 5’‐ TGG CAG ACN GGG GTG GTG GT ‐ 3’, para Rex3, utilizados para amplificar os domínios de codificação 1, 2, 2A, A e B do gene da RT, ambos desenhados a partir dos genes de Xiphophorus (Volff et al., 1999; Volff et al., 2000) e amplificados segundo Valente et al., (2011). As sondas de retrotransposons foram marcadas utilizando nick translation, com biotina‐14‐dATP para Rex1 e digoxigenina‐11‐dUTP para Rex3, seguindo a recomendações do fabricante (Roche, Mannheim, Alemanha).
A amplificação dos genes das histonas, a partir do DNA genômico de R. canadum e
O. chrysurus foi realizada utilizando os primers H2BAF 5’‐CCC GAG ATG TGA TGG TAG A‐3’ e
H2BAR 5’‐AGT ACA GCC TGG ATG TTT GGT AA, para H2A‐H2B, e os primers H3F 5’‐ATG GCT CGT ACC AAG CAG ACV GC‐3’ e H3R 5’‐ATA TCC TTR GGC ATR ATR GTG AC‐3’, para H3,
ambos desenhados a partir dos genes de histonas do molusco Mytilus edulis (Albig et al., 2003) e amplificados segundo Giribert & Distel (2003). As sondas de histonas foram marcadas utilizando nick translation, com biotina‐14‐dATP para H2A‐H2B e digoxigenina‐11‐ dUTP para H3, seguindo a recomendações do fabricante (Roche, Mannheim, Alemanha).
4.2.2.4. Obtenção de DNA Cot‐1
DNA genômico de R. canadum foi extraído utilizando o procedimento de fenol‐ clorofórmio descrito por Sambrook e Russel (2001). O Cot‐1, DNA enriquecido com sequências altamente e moderadamente repetitiva, foi isolado empregando a enzima S1 nuclease adotando o procedimento descrito por Zwick et al., (1997), modificado para Actinopterygii por Ferreira e Martins (2008). A fração do DNA Cot‐1 foi marcada por nick
translation com digoxigenina‐11‐dUTP (Roche, Mannheim, Alemanha) , e utilizado como
sonda para a análise de FISH.
4.2.2.5. Oligonucleotídeos enriquecidos com microssatélites
Os seguintes oligonucleotídeos enriquecidos com sequências microssatélites foram utilizados como sondas: d(GA)15, d(CA)15, d(CAC)10, d(GC)15, d(CAA)10, d(CAG)10, d(CAT)10, d(CAA)10 e d(GAA)10. Essas sequências foram marcadas diretamente com Cy3 na extremidade 5' durante a síntese, por VBC‐Biotech (Viena, Áustria), segundo Kubat et al. (2008), com pequenas modificações.
4.2.2.6. Hibridação fluorescente in situ (FISH)
A hibridação in situ fluorescente (FISH) foi realizada de acordo com a metodologia descrita por Pinkel et al., (1986) com modificações. As sondas foram marcadas por nick translation (DIG‐Nick Translation Mix e Biotin – Nick Translation Mix, Roche) de acordo com as instruções do fabricante. A solução de hibridação consistiu de 240 μl de formamida 50%, 96 μl de sulfato dextrano 50%, 48 μl de 20xSSC e água ultra pura, perfazendo um volume total de 480 μl, sendo adicionado 1,5 μg de sonda (DNA marcado com biotina ou