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Querubins Tronos D om inios Virtudes Potestades Principados Arcanjos Anjos

Agora, o trecho que vai de (1) até a linha da seta corresponde á primeira manifestado do Ser Essencial como "um dado ser humano" e, o trecho que vai da ponta da seta até a manifestado em Gloria (3), a evolugáo “desse mesmo ser humano” acima da própria condi^áo humana e através de urna escala de estados hjerárquicos.)

Por conseguinte, tamhcm nessa questáo da Ilu m in ad o é preciso o ser humano estar atento á sua néscia tendencia á vaidade e ao orgulho. E ele deve estar empenhado em superar seus instintos egóicos, para priorizar a divina impulsao da alma no ámago do seu "ser"; em superaros instintos próprios de sua condigáo h u m a n a , para p ro p iciar a g ra d a tiv a manifestado em Gloria de sua natureza divina'

Agora, mais urna questáo relevante:

Se a I lu m in a d 0 Mística náo é um evento único e final, apoteótico, e sim urna gradativa tran slu cid ad 0 da psique humana, entáo, conforme o nivel de translucidez alcanzado por determinado individuo, ele poderá manifestar numa mesma vida atitude e comportamento próprios de um Iluminado e de um ser humano com um . Isto poderá a c a r r e ta r a t it u d e e c o m p o r t a m e n t o

inconsistentes com o fenómeno da translucidez em si.

Poderá sim e de fato é isso que acontece, conforme o nivel de translucidez alcanzado. Constata-se urna detasagem entre a idéia iluminada ou mística como primeira etapa na efetiva^áo da translucidez e a atitude e o comportamento (principalmente este) iluminados ou místicos, isto é, a vida iluminada ou mística. Ou seja, a pessoa já é capaz de pensar místicamente, de maneira iluminada, mas ainda náo é capaz de agir sempre assim.

Por isso náo é raro dizer-se que a vida mística é urna senda (caminho estreito) caracterizada por júbilos espirituais mas também por transtornos psicológicos causados por inconsistencias de atitude e comportamento constatadas pelo próprio individuo ou por outrem . Assim, por um lado o individuo se mostra inspirado em seu pensamento, que tende para elevado moral e ética, para boa conduta em todos os aspectos e momentos; por outro lado, manifesta ainda em alguns aspectos e momentos atitude e comportamento relativamente reprováveis. A própria consciencia mística

do individuo lhe aponía um “dedo acusador’ c vem o transtorno psicológico de remorso e da auto-estima ferida (principalmente quando a arirude e o comportamento aquí referidos sao tcstemunhados ou criticados

por outrem).

A liás, há transtornos psicológicos inerentes ao processo de modificado da psique para o estado místico (relativamente iluminado) que constitui sua evolugáo. M anifestam-se comumente angústia, perplexidade, hesitagáo, desánimo ou abatimento moral, etc. Por isto sáo comuns em instituigóes iniciáticas palavras e encenagócs dramáticas de advertencia a esse respeito.

Urna ú ltim a questáo relevante (sem pretensáo de esgotar o questionamento):

A gente precisa passar a vida inteira meditando? Que acontece se a gente pára de fazer isso? Regride?

Como prática sistemática, meditagáo e um exercício. E exercício náo tem fmalidade em si mesmo e, sim, na implantagáo de urna atitude ou de um reflexo. Por exemplo, quando crianzas, laxemos exercícios de copia de palavras ou textos, náo para fazer isso mesmo pelo resto da vida e sim para implantar o reflexo de escrever.

A meditagáo como prática sistemática c um exercício necessário para im plantado da atitude ou do reflexo de receptividade natural e habitual a intuigóes (aprcensóes intuitivas) e a inspiragóes místicas (influxos da L uz do Ser E ssencial na in telig en cia do ego). Em sum a, para implantagáo de urna atitude de harmomzagáo com a fonte transcendente e divina de sabedoria.

Portanto, co m o seres humanos, náo existim os para o ato de meditar, nem c este ato, como prática sistemática e ritual, que por si só caracteriza um místico verdadeiro. Após um tempo mais ou menos longo (muitos meses ou alguns anos) de m editado sistemática, pode estar implantado o reflexo necessário e possível em cada caso, numa atitude constante ou freqüente de receptividade a íntuígóes e inspiragóes.

Cuidado, porém, com o extremismo. Náo afirmo que a meditagáo seja ilusoria ou desnecessária e, sim, que náo é fim. que c meio.

Estabelecido o desejado estado receptivo e de harmonizagáo mística, o ritual de meditagáo pode ser dispensado e é bem possível que a pessoa o ab an d o n e n a tu ra lm e n te . É mesm o provável que isto acontega ciclicamente. dentro do nosso processo evolutivo global. Ou seja, que a cada ciclo (encarnagáo) tenhamos um período mais ou menos longo de meditagáo ritual e depois a abandonemos como prática sistemática. Náo devemos ou náo precisamos nos sentir culpados e extraviados ou “perdidos” por isso, gragas ao entendimento de que a cada ciclo a prática sistemática e ritual da meditagáo nos adiantará no processo evolutivo, numa espiral para o alto.

Alias, a motivagáo de meditar será fator até mais importante de consecugáo mística do que a persistencia fanática no mero ritual com qualquer objetivo egóico (como a aquisigáo de poder psíquico!). Náo será por fazer fanaticamente rituais de meditagáo que qualquer individuo vai se tornar um Iluminado. Análogamente ao caso da motivagáo, é também mais importante a observancia no viver cotidiano dos corolarios positivos do Teorema da Vida Humana.

Aqui, como em tudo, é preciso ser razoável. na atitude de conciliar os opostos.

Em Suma

Finalmente, apresento de modo condensado a tese deste livro, fazendo ao mesmo tempo um esforgo para sim plificar a lin guag em nele emprcgada (seu vocabulario de estilo filosófico). Espero com isto:

— beneficiar o leitor que nao esteja acostumado a essa linguagem por vezes rebuscada e incomum e á leitura pesada que ela acarreta; ainda cjue paradoxalmente, já que este texto é final, oferecer nele urna leitura inicial mais leve, que auxilie a compreensáo do texto principal; — dirimir dúvidas sobre os tópicos principáis, que possam ter sido

suscitadas pela complexidade e sutileza desses tópicos e pelo problema de vocabulario abordado no item anterior;

— estender o aproveitamento da leitura do livro a pessoas que nao sejam afiliadas á Ordem Rosacruz, AMORC, e, portanto, nao tenham sido iniciadas aos conccitos aqui apresentados e comentados.

Vale acrescentar e acentuar o empenho de empregar termos usuais (como espirito e alma), mesmo ao risco de dubiedade e maior probabilidade de conflito (principalmente em fungáo de opgóes religiosas). Para minimizar esse risco, estarei sempre definindo esses termos.

* * * Comegando entáo:

Em natureza, somos compostos de corpo, espirito e alma. O corpo é o aspecto material e mais evidente da nossa constituido. O espirito é o elemento imaterial da mesma e aquilo que sentimos (em consciencia, por exemplo) e aplicamos como a nossa m ente (em razáo e emogáo) é urna fungáo desse espirito. A alma é o aspecto essencial, sublime e divino da nossa natureza, que pode se manifestar através do nosso espirito em

sabedoria, pod er e amor.

Evidentemente, o corpo é o “instrumento'' do nosso espirito (do nosso ego) para aplicagáo de nossas faculdades mentáis no mundo. Como todo mundo sabe, tem existencia passageira, do nascimento até a morte.

Por isto mesmo e o aspecto inferior da nossa natureza e suas fungóes devem servir aos outros aspectos; elas constituem a nccessidade e o valor da nossa existencia, mas náo podem constituir sua finalidade .

O espirito é o aspecto da nossa natureza que usa esse “instrumento” e “veículo” físico através de suas faculdades mentáis (ñas quais incluo razáo e emogáo). Por isto é um aspecto da nossa natureza superior ao corpo e suas fungóes Ihe permitem servir-se dele enguanto possível. Quando isto é impossibilitado pela morte, o espirito persiste num plano ou numa dimensáo de existencia ¡material - dita espiritual — até retornar ao mundo num novo corpo.

Durante sua permanencia em cada corpo no mundo, o espirito se modifica em sentido evolutivo em fungáo de suas experiencias ou vivencias mentáis. Essa evolugáo abrange aumento de capacidadc e poder no uso das fungóes espirituais (i.e., próprias do espirito) e mudanga para melhor na qualidade das idéias, das atitudes c do com portam ento do espirito no mundo, refletindo-se isso em:

melhor escolha de valores, dos pontos de vista estético (beleza), ético (conduta social) e moral (decoro, dignidade);

— m a n ife sta g á o n a t u r a l de g o s to s m ais ap u r a d o s em tudo (dentro dessa melhor escolha de valores);

- tendencia para ou dedicagáo efetiva a interesses e ob jetivo s

m a is e le v a d o s (b a s e a d o s n a q u e les v a lo re s m e lh o r e s e refletindo aqueles gostos mais apurados).

Esses resultados evolutivos se constatam na sociedade hum ana, que está distribuida num a escala de evolugáo em fungáo justamente de valores, gostos, interesses e objetivos, inclusive na medida em qu e estas ca ra cterística s e s p ir itu a is d em o n stram superagáo do natural egocentrism o hum an o e tendencia crescente para idéia, atitude e comportamento altruísticos.

O fato mesmo dessa evolugáo constatada no mundo aponta para a compreensáo de que a a lm a, o aspecto mais profundo e misterioso da nossa constituigáo, é ao mesmo tempo o mais sublim e, podendo e devendo mesmo ser entendido como o aspecto divino da nossa n a tu re z a . da nossa origem e do nosso d estino! Neste particular, podemos e devenios entáo pensar q u e ...

... somos todos irmáos por divina gen ealo g ía!

E tudo isso redunda em que nossa vida no m undo náo é a fin a lid a d e de nossa existéncia como seres hum an os. Mas é o meio pelo q u a l essa fin a lid a d e é cum prida.

Em outras palavras, náo é no corpo com suas fungóes físicas, nem no espirito com suas fungóes imateriais, que está a razáo de sermos h um an os no m undo e sim na a lm a com suas fungóes divinas.

Ora, o espirito tende a viver para o gozo de suas próprias fungóes - p r in c ip a lm e n t e de s e n s ih ilid a d e f ís ic a , poder e i n t e l i g e n c i a , aplicadas egocéntricamente para fins de prazer no mundo. Isto lhc acarreta igualm ente frustragóes e sofrimentos, além de colocar a h u m a n id a d e em rota de au to d e str u ig á o . devido ju stam e n te ao egocentrismo de sua id é ia . de sua atitude e do seu comportamento. Urge entáo m udarm os essa idéia sobre a nossa natureza como espíritos no m un do , a fim de sustarmos esse processo degenerativo quanto a valores, gostos, interesses e objetivos, c destrutivo quanto ao nosso destino neste planeta.

A “nova" idéia deve assentar na premissa de q u e...

... somos divinos no aspecto mais profundo da nossa natureza e devemos nos empenhar em abrir nosso espirito á influencia e á inspiragáo da a lm a ...

... a fim de que nossos impulsos espirituais no mundo nos dirijam para valores, gostos, interesses e objetivos cada vez mais elevados e menos egocéntricos, corruptos e corruptores.

Foi justamente para contribuir o quanto possível no sentido dessa mudanga de idéia e mentalidade que este livro foi escrito. M inha esperanga é de que, pelo menos em alguns casos, ele tenha alguma influencia positiva neste sentido.

De qualquer forma, o fato é que há necessariamente... ... um ser único que náo passa, subjacente a tudo o que passa ...

... e no que passa está incluido o ser humano. Este, efetivamente, náo é permanente — em nada o é; portanto, náo pode ser causa nem destino

de sua própria existencia, nem esséncia de sua própria natureza - nada que passa o pode ser. Insisto entáo em que nossa vida é necessariamente meio para um fim que a transcende.

Assim sendo, a problemática do ser humano nao está em execrar, desprezar e abandonar sua vida no mundo para viver eternamente (?) urna existencia puramente metafísica em algum campo transcendente c sim em viver sua vida no mundo (!) de modo que ela seja meio eficaz para aquele fim que a transcende. O Teorema c ('redo da Vida Humana aqui proposto, com seus corolários — em consonancia com outras importantes concepgóes disponíveis no mundo sobre Deus, o Universo e a Vida - dá indicagóes quanto a esse modo de viver no mundo, propicio á vida superior, divina, que é causa e destino da existencia do ser humano; esse modo de viver é também propicio ao bem-estar dos individuos em particular e da sociedade humana em geral.

Por conseguinte, a problemática do ser humano está ligada á evolugáo de sua psique (do seu espirito) para a intuigáo e a compreensáo dessa concepgáo lógica e divinamente inspirada quanto á esséncia de sua natureza e á finalidade superior de sua vida no mundo. Este o valor maior de sua vida, em que deve assentar o nosso maior gosto e em que devem estar focalizados nossos maiores interesses e objetivos.

* * *

Que a LUZ, a VIDA e o AMOR de Deus se manifestem cada vez m ais na m ente e no coragáo de toda a h um an id ad e...

... inspirando sua IDEIA, aprofundando e harmonizando sua ATITUDE e seu COMPORTAMENTO ...

... para que nela prevalega um estado de CONCORDIA, em permanente e verdadeira FRATERNIDADE !

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