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A tcoria aqui proposta no Teorema c Credo da Vida H um ana lev an ta q uestó es im p o rtan tes e d i fice i s de responder. Passo a apresentar algumas délas e tentar responde-las, menos com a pretensa© de resolve-las definitivamente e mais com o intuito de compartilhá- las com o leitor — em cuja mente é bem possível que elas já tenham ocorrido naturalmente.

Se a teoria desse Teorema e Credo da Vida Humana é verdadeira, entáo, como devo viver minha vida no mundo?

Em principio, os corolarios do teorema dáo indicagóes específicas a este respeito. Com efeito:

O primeiro, gradativa dim inuiqáo do ego cen trism o, aponta para vigilancia de si mesmo no sentido de im plantar e trabalhar essa d im in u id o em atitude e com porta mentó - já que, em idéia. ela já terá sido decorréncia direta da aceitagáo do teorema. A conscientizagáo produzida pela idéia deve ser fator automático dessa vigilancia e desse trabalho, mas há um reflexo condicionado a superar e eliminar; daí a necessidade dessa autodisciplina.

Na prática, trata-se entao de o individuo viver atento a seus próprios impulsos egocéntricos, a fim de sustá-los e substituí-los por atitude e comportamento altruísticos ou pelo menos inocuos.

Vale lembrar que esses impulsos seráo egocéntricos em dois sentidos; primeiro, no sentido de atitude e comportamento voltados exclu­ sivamente para o “bem" (ou proveito, ou prazer) pessoal, inclusive a despeito das conveniencias e necessidades' álheias {egoísmo, pro- priamente); segundo, no sentido estabelecido pela idéia decorrente de se sentir, enquanto individuo humano, como um ser em si mesmo, e viver para a glorificado pessoal ou qualquer realizagáo egóica, no mundo e na “vida eterna”.

No primeiro sentido, a prática nccessária é a que foi indicada acima. No segundo, é a de análoga atengáo para sustar o impulso dessa glorificado ou realizagáo pessoal - no empenho, por exemplo, de fazer algo que torne seu próprio nome famoso na vida terrena e (até mesmo!) na “vida eterna". As pessoas sabem que n;ío sáo eternas, que um dia váo morrcr; entáo, se náo podem ser admiradas e glorificadas para scmpre em vida, que o sejam numa “imorredoura” lembranga...

Este libelo contra a vaidade (em suma) náo significa ou implica execragáo de todo e q u a lq u e r empenho de realizagáo pessoal. O importante é que esse empenho seja feito em espirito de benevolencia, ou de a d m ir a d o c alegria na atualizagáo de potencialidades divinas

disponíveis através das fungóes pessoais - e sem q u a lq u e r daño, prejuízo ou incómodo para outrem. Ou seja, o egocentrismo deve ser substituido pelo teocentrismo (Deus no centro!).

O segundo corolario, avanqo e aprofundam ento do discernim ento do in dividuo pela tra n slu cid ez, aponta para atitude introspectiva e m e d it a t i v a . A m a io r ia das pessoas vive “v o lta d a p ara f o ra ”, precnchendo e realizando sua existencia com fatores de satisfagáo e x te rn o s , m a t e r i a i s , o b je tiv o s , a ponto de m ilita s e s t a r e m constantemente desencadeando ou reforjando e s t im u la d o sensoria (principalmente pela audigáo e a visáo, mas também pelo paladar, o tato e o olfato). E com um tais pessoas serem “b a r u lh e n t a s ” e exageradamente falantes.

Sem prejuízo radical do justo gozo dessa satisfagáo — semprc evitar o extremismo! — o individuo que aceite e queira assumir urna idéia como a do Teorema e Credo da Vida H um ana deve viver de modo relativa e freqüentemente introspectivo, para se aperceber dos eventos mais íntimos, sutis e profundos de sua psique; e de modo relativa e freqüentemente meditativo, para dar ensejo á apreensáo da verdade em surtos de m eta cogn icü o que possam manifestar a Luz Divina em sua mente e em seu coragáo. Assim, seu discernimento se tornará cada vez mais lúcido, com as conseqüéncias necessariamente positivas e construtivas em sua atitude e em seu comportamento.

Também aqui será necessário “vigiar” para náo “cair em tcntagáo". Efetivamente, é grande a potencia dos estímulos sensorios, de modo

que a atragáo “para fora” é forte e tende a predominar sobre os eventos psíquicos mais sutis e profundos. Daí, justamente, a necessidade de esforgos de introspecgáo c meditagáo. Afinal, é nesses eventos psíquicos mais sutis e profundos que o egocentrismo pode ser substituido pelo tcocentrismo.

Além disso, é csse avango e aprofundamento do disccrnimento pessoal que vai redundar em melhor escolha de valores, gostos, interesses e objetivos na vida em geral.

O terceiro corolário do teorema aponía para motivando mística na vida no mundo. Isto guarda rclagáo direta com o comentário que acabo de íazer quanto ao corolário anterior. Evidentemente, as pessoas que tém motivagáo mundana, de vida voltada para o mundo, sao justo as que vivem precipuamente para provocar e reforgar estímulos sensorios, objetivos. Ao passo que as que podem aceitar e aderir a urna idéia como a do Teorema e Credo da Vida Humana estáo conscientizadas do misté rio da vida (no sentido de que a consciencia de sua verdade transcendc sua aparéncia e requer iniciagáo e metacognigño). Por isto tendem mais para a espiritualidade mediante atitude contemplativa e meditativa. Isto lhes confere caráter místico.

O quarto corolário aponta para atitude positiva na vida no m undo.

Trata-se entáo de, a despeito de tendencia em contrário no mundo em geral, dados os sinais evidentes de corrupgáo, degeneragáo e destruigáo — e até de m aldade! — esforgar-se por viver de modo construtivo. por se aprimorar em todos os sentidos e por manter em si mesmo o espirito de confianga na destinagáo divina do ser humano em geral. Ao mesmo tempo e justamente em fungáo da idéia básica dessa confianga, empenhar-se em cultivar atitude fraterna para com todas as pessoas (bem como de compaixáo e tolerancia para com aquelas que ainda se encontrem num estágio rudimentar de evolugáo e lucidez e, por isto, estejam ainda manifestando comportamento primitivo em q u alquer aspecto).

No q uin to corolário, temos a indicagáo de urna importante decorréncia dos anteriores: devemos viver em espirito forte e constante de valorizando da vida humana no m undo, abominando e se possível combatendo qualquer forma de causar daño a qualquer pessoa e a

qualquer pretexto ou “justificado”. Se possível, intervir na sociedade de modo a contribuir para a redugao da atitude oposta, isto c, da crescente desvalorizagáo ou banalizagáo que se observa no mundo relativamente á vida humana.

O sexto corolario, respeito ao sem elhante epreocupando com o seu bem-

estar, é praticamentc paralelo ao quinto, de modo que o que nele se preconiza é de fato um viver que contribua para o bem-estar do semelhante. E claro que o que cada pessoa fará neste sentido dependerá da situagáo particular de sua vida, das circunstancias que viva e das características de sua psique. No mínimo, o que é próprio da psique lúcida é a consciencia básica de respeitar o semelhante c demonstrar isto em sua atitude e em seu comportamento.

A preocupando com a sociedade hum ana, característica do sétimo corolário, leva a um modo de viver que contribua para a progressiva diminuigáo das desigualdades sociais (humanitariamente almejada e divinamente inspirada) e para a e le v a d o do discernimento social, resultando em aprimoramento geral da sociedade — e, nao me canso de repetir, em seu aprimoramento quanto a valores, gostos, interesses e objetivos. Aliás, no ideal, tais desigualdades deveriam ser ¡mediatamente eliminadas. Como isto nao c possível, cada individuo relativamente translúcido deve contribuir para aqucla d im in u id o de desigualdades sociais e para aquele aprimoramento em sua atitude c seu comportamento ou — no mínimo — se esforgar para de nenhum modo reforgar as desigualdades.

O respeito a toda especie de vida, que constituí o oitavo corolário, c consoante com os corolários 1, 2 e 3, e mesmo decorre destes. O modo evidente de praticá-lo consiste em nao prejudicar, ferir, aprisionar - e menos ainda matar — qualquer ser vivo, a qualquer pretexto, lora das situagóes — únicas admissíveis — de subsistencia e autodefesa).

Quanto ao nono corolário, nao há propriamentc algo especial a fazer. Trata-se de viver naturalmente com a tranqiiilidadequanto d m ortepessoal

que é característica de toda pessoa que nutra urna idéia sobre a natureza humana como a expressa no Teorema e Credo da Vida Humana.

E o modo de viver no tocante ao décimo e último corolário, a

valores, gostos, interesses e objetivos, está expresso no que foi dito quanto aos corolários 1,2, 3,6 e 7. Em suma, trata-se de atitude e comportamento tolerantes e compassivos onde cabível (em principio e de modo geral, por espirito de fraternidade).Vale acrescentar que, a despeito das o b serv ares feitas quanto á necessidade de reduzir e eventualmente eliminar o egocentrismo e quanto á motivado mística na vida no mundo, é perfeitamente válido o individuo mais translúcido buscar c desfrutar bons momentos em sua vida no mundo, independentemente do seu objetivo maior de ilu m in a d o , desde que respeite e ponha em prática os corolários aqui comentados. Em outras palavras, é válido o ser humano em geral, inclusive o místico, desfrutar sua condigáo humana pura e simplcsmente. em valores elevados, gostos apurados, interesses respeitosos (quanto aos seus semclhantes, a outros seres vivos e á natureza) e objetivos construtivos.

Com isto, passo á segunda questáo que me ocorreu comentar: Se o ser humano é verbo em natureza e cibernético em fungao, sujeito pela Lei Divina a um processo evolutivo individual, poderá a sociedade humana como um todo se tornar um dia ideal, perfeita, equánime, felicitante e fraterna? Ou o mundo será sempre um cadinho alquímico de tran sm u tad o individual e a sociedade hum an a - como meio de evolugáo e dada a inevitável participado nela mesma de psiques primitivas — será sempre imperfeita e controlada por forga de leis decretadas pelo próprio ser humano - e que sempre refletiráo a imperfeigáo do mesmo?

Questáo particularmente difícil e para a qual talvez nao possamos atinar com solugáo perfeita e definitiva. Traz á baila a questáo do carma (individual e coletivo) e a do livre-arbítrio.

De íato o ser hum ano é verbo e é cibernético, o que faz pensar que seu destino está fora do seu poder e é determinado pela Lei D iv in a, esp ecificam en te pelo carm a. Por outro lado, porém, é evidente que ele é dotado de livre-arbítrio, o que taz pensar que é capaz de agir pelo próprio poder de fazé-lo, sem q u a lq u e r outra c o n sid e ra d o .

Aqui temos de conciliar duas idéias aparentemente opostas. Com efeito, o carma consiste justamente num sistema ou “mecanismo" natural de regular (en cam in h a r conforme a L ei!) os fenómenos constitutivos do individuo e de seu comportamento, a fim de que se cumpra necessariamcnte a fungáo de sua existencia na Vida de Deus. Nao tem o caráter de punigáo ou recompensa e sim de causa e efeito em relagáo cibernética (automática); nisto é inexorável e sem conotagáo de pecado.

Aliás, náo pensó o carma como situagáo deliberada e antecipadamente determinada (programada) para causar certo efeito psicológico e moral no individuo. Antes, o inverso - por sutil e estranho que isto parega. O próprio individuo, em idéia, atitude e comportamento, desencadeia (é causa) cibernéticamente, por forga da Lei, a situagáo que terá aquele efeito psicológico e moral e contribuirá para a sua evolugáo. Por isto ele mesmo tem de ser o fator da necessária mudanga (em idéia, atitude c comportamento) e pensó mais em evolugáo do que em “salvagáo". Do contrário, sinto-me até na postura desconfortável de contemplar a realidade de um deus antropomórfico determinando situagóes corretivas - ou até de castigo ou recompensa, chcgando mesmo a condenar a penas eternas ou privilegiar com gozos eternos.

Quanto ao livre-arbítrio do ser humano, de fato existe mas é relativo; ou seja, ele tem realmente a faculdade de fazer o que possa, mas náo de anular ou suspender aquela relagáo cármica de causa e conseqüéncia. E, nessa relagáo natural e inexorável, causa e conseqüéncia tém a mesma natureza (“boa ou m á”) e se efetivam no ámbito da existencia c da vida do mesmo individuo - nele a causa, nele ou relacionado com ele o efeito.

Assim sendo, a desejada conciliagáo é obtida agindo-se de modo consentáneo com a natureza e a finalidade da Lei: a evolugáo para um estado de ser excelso - elevado, sublime, positivo e construtivo em todos os aspectos. Do contrário, a conseqüéncia levará á conscientizagáo do erro - do uso vil do livre-arbítrio - por vivencia pessoal (o sofrimento do ego, manifestó por exemplo em remorso e an g ústia), com a d e c o rre n te e c o n c o m ita n t e d isp o sig áo de a s s u m ir a t it u d e de compensagáo e corregáo. na conscientizagáo própria do processo evolutivo.

Por conseguinte, tanto no plano individual quanto no coletivo, a sabedoria de nossa vida no mundo está em praticarmos o carma positivo. Se é difícil fazé-lo no plano individual, mais difícil ainda é consegui-lo no coletivo. De qualquer forma, até mesmo do ponto de vista egóico da vida no mundo é sábio a humanidade como um todo se empenhar nessa prática do carma positivo, aprimorando sua organizagáo social com espirito de fraternidade e equanimidade. O fato de sermos cibernéticos náo impede que busquemos por este meio viver cada vez melhor no mundo.

Quanto a urna resposta direta, completa e definitiva para a questáo em foco, talvez seja impossível por requercr conhccimento da própria natureza de Deus. Afinal, o ser humano nem pode conhecer a si mesmo em esséncia e só se conhece funcionalmente. .. E é funcionalmente que ele pode (e deve) fazer a opgáo já indicada de praticar o carma positivo.

Finalmente, a tentativa de encontrar aquela resposta dircta e definitiva tende a levantar a questáo subsidiária de por que o ser humano é individualmente cibernético e evolutivo e estou convicto de que é impossível resolvé-la; no sentido de motivo ou intengáo. “náo tem por qué” — a Lei é manifestagáo natural e forzosa da natureza e da Vida de Deus por Sua Luz e encerra necessariamcnte em sua efetivagáo o poder unificante e harmonizador do Seu Amor. Oxalá possamos c consigamos nos fazer cada vez mais translúcidos e pautar nossa vida pelo Amor Divino!

Consideremos agora mais urna questáo relevante:

Por que náo podemos pensar que tudo é como é táo-somente porque é conforme a natureza do Ser Essencial? Que o ser humano é como é táo-somente porque éem conformidade com essa Natureza Superior? Que sua vida é táo-somente urna das in ú m e ras m a n i f e s t a r e s tem porais e esp a ciais de poten­ cialidades daquele Ser Essencial, sem qualquer sentido especial? Será que urna idéia como a do teorema e credo aqui exposto náo reflete o egocentrismo do ser humano de querer ser especial, perene e infinito a despeito da temporalidade e finitude da sua condigáo de animal racional?

Esta questáo suscita a idéia de que cada individuo humano tem urna só vida e, ao morrer, acaba. Q ualquer que seja a fungáo de sua existencia na Vida do Ser Essencial, realiza-se nesse período de tempo e nessa d im e n s á o de espago. M o r r e u ... a c a b o u ... p r o n t o !... cumpriu-se a tal fungáo. Mais: por curto ou longo que tenha sido esse período de tempo e o que qucr que tenha acontecido no seu transcorrer, a fungáo da existencia do individuo tcrá sido cumprida e dele nada terá restado. Na perspectiva cósmica, o Ser Essencial irá se manifestar em outros individuos e continuará se manifestando em inúmeros outros seres, inúm eras outras coisas e inúmeros outros fenómenos, c assim realizando globalmente o mistério de Sua Natureza e de Sua Vida.

E ... como “filosofía do caos (desorden))", até q u e “tem sua lógica”...

Em vista da efemeridade de muitas vidas humanas, dos desvíos de normalidade que acarretam muitas vidas inúteis e somentc sofridas, da aparente impunidade em vida da vilania, do egoísmo e mesmo da maldade de muitos individuos humanos (inclusive da própria existéncia de individuos com essa cspécie de índole), et tetera, é mesmo de se pensar que a existéncia e a vida do ser humano nao tém nenhum sentido especial. Ele é um animal racional e pronto. Acrescente-se a isto a correspondente constatado de tais estranhezas quanto á existéncia, por exemplo, de a n im a is p redadores c outros m uito lim itad o s em facu ld ad es c capacidades e, portanto, condenados por natureza a urna vida muito difícil e sofrida, et celera.

O argumento desta questáo parece lógico. Mas, lógica ...

Lógica por lógica, a do Teorema e ("redo da Vida H u m a n a também é válida e, no meu entender, superior porque d ivinam ente in s p ir a d a !

Talvez estojamos aqui, mais urna vez, ante a necessidade de conciliar opostos:

- o Ser Essencial nao é bom nem m au; simplesmente é, conforme sua natureza e a despeito de qualquer julgamento humano; portanto, suas m an ifestares náo tém qualquer sentido especial consoante com o discernimento humano — nada está errado ou é

estranhável na natureza e na m anifestado desse Ser Essencial; — o Ser Essencial é n ecessa ria m en te b o m ; Sua natureza c Suas

manifestagóes tém também necessariamente o mesmo caráter; portanto, aquelas constatagóes estranháveis relletem a incom­ petencia do ser humano para aprcciá-las — tudo existe e acontece para o bem, que sempre acaba “vencendo o mal".

A te n tativ a de co n c iliag áo destes arg u m en to s opostos pela conjugagáo de seus pontos essenciais requer definigáo de bom e man, bem e m al:

Bom - Qualidade de tudo o que é construtivo, favorável, propicio; de qualquer fenómeno, coisa ou ser que assim seja. O adjetivo. Mau — O contrario: qualidade de tudo o que é destrutivo, desfavorável,

adverso; de qualquer fenómeno, coisa ou ser que assim seja. O

adjetivo.

B em - A própria q u a lid a d e de n a tu re z a do que é bom . O

substantivo.

M al — A própria q u a lid a d e de n atu re z a do que é m au. O

substantivo.

Os substantivos podem sugerir a idéia de bem e mal como principios naturais, a eles correspondendo seres bons e maus. Rejeito esta idéia por absurda e primitiva. Absurda devido á premissa do Teorema da Vida Humana, de que o nada éu m absurdo (vide argumentagáo a este respeito no Capítulo I). Primitiva por ser própria dos primordios do pensamento humano na historia de sua cultura.

O lato é que, em fungao daquela premissa do teorema, o Ser Essencial nao pode ser mau em n atu re za e tampouco em ma- nifestagáo. Bem e mal só podem ser realidades relativas á perspectiva h u m an a. Por outro lado, considerando-se que o Ser Essencial, dada a mesm a p rem issa, é nec essariam en te construtivo, favorável e propicio, entáo podc-se até pensar e dizer que Ele é BOM e que a esséncia de tudo é o BEM! Por conseguinte, a saída deste impasse é encontrada na consciencia de que bem e mal nao existem como

p rin cip io s absolutos e de caráter moral; nao coexistem na natureza do Ser Essencial. Entáo:

De fato tudo é como é, conforme a natureza do Ser Essencial. O ser h u m an o é como é em conformidade com essa mesraa natureza. Sua vida é sim urna das inúmeras m a n if e s ta re s de potencialidades do Ser Essencial, sem caráter egóico de origem e d estino esp eciáis, mas com o CA RÁ TER DIVINO DE ORIGEM E DESTINO NA GLORIA DO SER ESSENCIAL! Finalmente, ante a dificuldade de elucidar inequivocamente esta questáo, cabe recurso aos ensinamentos atribuidos aos ilum inados históricamente reconhecidos na humanidade, em particular os dois mais ressaltados, o Cristo Jesús e o Buda Gautama.

Do primeiro, colho as citagóes:

“G lorifica-me, ó Pai, ju n to de ti mesmo, com aquela gloria que eu tinha contigo antes que o m undo existisse. "

. e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. ”

“Quem fa la por si m esm o está procurando a sua própria gloria; mas o que procura a gloria de quem o enviou, esse é verdadeiro... ”

“No m undo passais por afliqoes; mas tende bom ánimo, eu ven ci o m undo. ”

Do segundo iluminado, colho as quatro nobres verdades e a ótcupla senda.

As quatro verdades fundamentáis:

1. A verdade do sofrim ento hum ano na vida.

2. A verdade de que esse sofrim entó tem origem no próprio ser humano, devido ao anseio de prazer e á ilusáo de urna personalidade separada.

3. A verdade de que esse sofri m entó pod e ser eliminado.

4. A verdade do cam inho que leva á soluqáo desse sofrimentó, o cam inho m édio entre a autom ortificaqáo e a dedicaqáo aos prazeres, o qual consiste na Octupla Senda.

A Óctupla Senda: — Correta compreensáo. — Correto m odo de pensar. — Correto falar.

Corveta aqáo.

— Cotreto m odo de viver.

— Correta motivaqao em cada m odo de ser. — Correta concentraqáo.

— Correta meditaqáo.

Naturalmente, em ambos os casos há um problema de interpretado. Deixo-o ao leitor, já que meu intuito era táo-somente indicar algumas concordancias com a esséncia da tese do Teorema e Credo da Vida H u m an a apresentado neste livro. O pensamento (a idéia) desses iluminados náo é tema deste livro.

E a verificado dessas concordancias vai requerer um trabalho de conscientizagáo de significados (vide a Introdugáo) e talvez pesquisa de

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