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Apêndice I: Vídeo do desenvolvimento das aulas da etapa de lecionação autônoma.

DIÁRIO DE BORDO DA ETAPA DE LECIONAÇÃO AUTÔNOMA AULA 1 8º ANO

CONTEXTO E OCORRÊNCIAS

PERTINENTES

Esta primeira aula foi iniciada com uma breve fala da estagiária de forma a apresentar a proposta à turma, mas com o cuidado em não induzir qualquer tipo de resposta qualitativa das alunas.

Dedicou-se um tempo a esclarecer que as aulas seriam baseadas em princípios fundamentais da Release Technique, uma das técnicas de contraponto da Dança Contemporânea que nos serviria, neste contexto, para guiar a criação de movimento.

Uma vez que as alunas disseram não conhecer esta técnica, a estagiária finalizou sua fala convidando a turma para que o entendimento desta fosse realizado na prática e na reflexão sobre a prática durante as próximas aulas.

Por último, a estagiária colocou-se disponível para questionamentos e esclarecimentos sobre o tema deste estágio sempre que se fizesse necessário.

COMPORTAMENTOS DE RESPOSTAS OBSERVADAS EM RELAÇÃO AOS ESTÍMULOS SOLICITADOS. POTENCIALIDADES, DIFICULDADES E ESTRATÉGIAS DE CONTORNO. CONSCIÊNCIA CORPORAL (CONHECIMENTO DO SISTEMA ESQUELÉTICO, ALINHAMENTO ÓSSEO E

RESPIRAÇÃO)

Potencialidades: nada especialmente relevante positivamente neste sentido, neste dia.

Dificuldades e estratégias: A turma não explorou consistentemente as diversas possibilidades de articulações dos braços, sobretudo as menores.

A estagiária convidou-as diversas vezes a pensarem onde começam e terminam os braços, de toda forma, não houve interferência mais direta nesse sentido nesta aula e isto fará parte das preocupações nas próximas abordagens.

UTILIZAÇÃO DE PONTOS DE INICIAÇÃO DO MOVIMENTO

Potencialidades: A compreensão e exploração criativa do uso do braço como ponto de iniciação para o movimento foi consistente nos exercícios em dupla, a partir do toque.

com movimentação livre e, sobretudo, em deslocação, muitas alunas não utilizaram os braços realmente com o ponto de iniciação do movimento e demonstraram maior preocupação formal e/ou intencional.

Nesta primeira abordagem, preferiu-se relembrar o objetivo ao longo do exercício e observar, sem fazer interferências diretas.

TRANSPOSIÇÃO DA PAUSA À RETOMADA DE MOVIMENTO

Potencialidades: nada especialmente relevante positivamente neste sentido, neste dia.

Dificuldades e estratégias: Nem todas as alunas responderam prontamente à solicitação das pausas e, na sua maioria, responderam sem grandes variações criativas às solicitações de retomadas de movimento. Nesta primeira abordagem, preferiu-se relembrar o objetivo após o exercício, sem fazer interferências diretas.

TOMADA DE DECISÕES AUTÔNOMAS A PARTIR DAS EXPERIÊNCIAS EM IMPROVISAÇÕES E/OU COMPOSIÇÕES

Potencialidades: Para primeira aula, a exploração do momento de improvisação foi sufifiente para a maior parte do grupo. As alunas, em geral, tomaram suas próprias decisões a partir das experimentações dos exercícios.

Dificuldades e estratégias: Uma das alunas, demonstra dificuldade em tomar decisões de forma autônoma. Esteve sempre à espera de perceber à volta as decisões do grupo.

A estagiária, nesta primeira aula, apenas observou a situação que, caso permaneça, deverá solicitar uma estratégia didática de intervenção.

INTERESSE PELO PROCESSO

REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO DE CRIAÇÃO

Potencialidades: A reflexão final verbal foi realizada de forma bastante tranquila. As alunas tomaram seu tempo e foram ouvidas sem atropelos pelas demais.

Dificuldades e estratégias: Há três alunas que não participaram na partilha verbal.

situação que, caso permaneça, deverá solicitar alguma estratégia didática para intervir neste sentido.

INFERÊNCIAS/ INTERPRETAÇÕES A

PARTIR DOS COMPORTAMENTOS

OBSERVADOS

Em geral, houve pouca demonstração de consciência articular dos braços e da possibilidade de criação de movimento a partir da pesquisa do potencial do corpo. Percebeu-se, ao longo da aula, uma necessidade de procurar o movimento pela forma intencional que o corpo constrói no espaço, mais do que pela exploração natural e da estrutura do próprio corpo.

O grupo demonstrou ter serenidade. Em apenas uma das duplas, houve a necessidade de solicitar que se alertassem para a importância de dar e tomar o tempo necessário à ação e à reação, pois estavam a movimentar-se muito rápido.

O grupo deu indicações de que se atêm às regras sem que tomem quaisquer riscos. Questionam pouco as solicitações e respondem objetivamente ao que lhes é solicitado.

Em relação ao plano da aula, pode-se ressaltar como pontos relevantes positivos: o fato de ter-se mantido um tempo suficiente de duração para a exploração e improvisação; a estratégia de fazer reflexão durante a aula funcionou bastante bem, pois colocou-as a pensar no que estavam a fazer no momento da pesquisa e a possibilidade de assistirem umas às outras durante a aula, parece ter provocado um entendimento maior por parte das alunas que ainda demonstravam alguma dificuldade e ter servido, portanto, como uma efetiva estratégia de aprendizado. Ao perceber a prestação da turma em relação à abertura individual para o desconhecido nos momentos finais da aula em situação de improvisação, poder-se-ia dizer que a estratégia de reflexão e observação ao longo da aula acabou por criar um ambiente de confiança entre as alunas.

NOTAS DE COMPLEMENTO

A turma respondeu prontamente ao uso da imagética e conseguiu tornar visível a qualidade de movimento que lhes era solicitada quando utilizadas imagens.

Sobre o apoio musical, foi importante perceber que, para esta turma, a utilização de músicas com dinâmicas diferentes serviu como estímulo para que as alunas não mantivesse um ritmo contido, lento e homogêneo durante os processos de exploração de criação de movimento.

DIÁRIO DE BORDO DA ETAPA DE LECIONAÇÃO AUTÔNOMA