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3.1. ADAPTAÇÃO DO BRAND DNA PROCESS PARA O PROCESSO

3.1.2 Conteúdo programático da disciplina Metodologia de projeto de

3.1.3.2 Diagnóstico:

Essa fase procura analisar as informações preliminares recolhidas na etapa anterior, através da leitura criteriosa e da observação de documentos, plantas, imagens, mapas, entrevistas e debates. Nesse momento é onde são definidas as expectativas e percepções sobre as obras, onde, além de gravações, devem ser feitas observações não só sobre o material recolhido, mas também sobre a equipe selecionada.

Os dados coletados explicam a história da obra, o estado de conservação, a cronologia arquitetônica, e até mesmo características da cultura material e intangíveis do espaço, isso levando em conta as diversas opiniões dos entrevistados. Conhecer a “história da obra”, através dos seus proprietários, fundadores e da comunidade que tem acesso àquela edificação, fomentam conteúdo para a aplicação da próxima etapa, além de entender os processos de estruturação do DNA. Estas informações serão organizadas e posteriormente tabuladas em uma análise SWOT (etapa seguinte).

3.1.3.3 Análise SWOT:

Como essa etapa foi aplicada na íntegra e, conforme o original, sendo detalhada a execução na fase de transposição da metodologia em que utilizou os alunos como uma técnica de pesquisa, foi percebida que, durante o emprego desta técnica de análise SWOT no estudo de caso, não serão necessárias maiores modificações, sendo sobreposta exatamente como foi com os alunos.

3.1.3.4 Evento Criativo:

Por meio dessas técnicas, aplicadas nessa seqüência, os participantes devem então executar a quarta etapa da metodologia, sendo assim eles assistiram a um desenho animado com o intuito de exercitar a criatividade e se desprenderem da realidade mais programática, nesse momento é requerido que os participantes abstenham-se de interpretação ou análise do vídeo, sendo simplesmente para relaxar e desfrutar.

Em seguida, eles devem compartilham um segredo ou um anseio, um desejo ou sonho, onde o grupo fica mais integrado, reunindo as partes interessadas e removendo os bloqueios mentais, preparando os participantes para o debate, livres de medos, criando uma atmosfera que iniba as críticas, abrindo a mente, perdendo os receios de cometer erros, permitindo que as idéias fluam para formar um ambiente propício onde depois possa ser aplicado um brainstorming emocional.

Assim se dividem grupos de aproximadamente oito pessoas, em que durante 20 minutos terão de selecionar no mínimo 200 adjetivos, esses não relacionados aos atributos da arquitetura. Essa lista servirá para orientar os participantes. Passados os 20 minutos, cada lista de palavras é lida em voz alta, nesse momento os participantes são convidados a ouvir as palavras e permite-lhes selecionar de quatro a seis adjetivos que descrevem as características da obra sob suas opiniões. Não é preciso que se limitem aos existentes na lista, essa pode só servir de inspiração. As palavras selecionadas devem descrever as qualidades diferenciais e emocionais na opinião de cada participante.

Escritas as palavras, uma em cada post-it, será organizada em um painel de forma que sejam unidas as ideias repetidas, ou similares e as mais significantes, sendo reagrupadas até que restem sete ou oito decididas de forma democrática. Nesse momento é que se pensa em valores para cada um dos elementos do DNA, sendo um adjetivo referido ao emocional, um ao sentido mercadológico, um técnico, um resiliente e um que seja integrador das conexões possíveis, procurando selecionar adjetivos que possam ter significados relevantes para determinar as características do DNA Arquitetônico. O resultado é um mapa semântico que permita a visualização dos conceitos que ‘podem’ estar presentes no genoma arquitetônico.

3.1.3.5 Busca de Imagens:

Os entrevistados e envolvidos diretamente no processo da obra participam de um debate que busca definir os cinco conceitos

fundamentais do DNA arquitetônico, e também imagens que os representam graficamente. Nesse momento, dedica-se preferencialmente aos envolvidos mais diretos motivados que o DNA metafórico deve ser construído de dentro para fora, levando em consideração a vivência dos seus colaboradores, para que a emoção e as experiências embutidas naqueles espaços sejam transmitidas após a requalificação através do projeto arquitetônico. Definido os adjetivos que representarão o DNA do espaço da arquitetura, cada participante vai buscar imagens gráficas que representem metaforicamente cada adjetivo (ZALTMAN, 1995). Após o material coletado foi feita a discussão dos resultados.

3.1.3.6 Discussão:

Nessa fase são apresentados a todos os participantes os resultados obtidos, sendo avaliados qualitativamente em discussão. Todos são convidados a dizer se concordam ou não com as decisões, adjetivos e imagens. Como o processo é co-criativo, a opinião de todos deve ser levada em conta para que o DNA represente as emoções e características fielmente.

Tudo devidamente esclarecido, o DNA é definido por meio de uma reunião onde o painel semântico é definido.

3.1.3.7 Definição do DNA:

A fase de definição do DNA consiste em uma reunião final com os integrantes do processo para exposição das informações e análises obtidas. A partir dos conceitos já propostos, são destacados aqueles que foram definidos para representar a arquitetura e que serão transmitidos ao público após o projeto de intervenção. São definidas as quatro características essenciais da obra e a informação geral que as conecta, formando um meme (DNA arquitetônico), que permite suas diversas conexões. As conexões possibilitam a criação de significados que, durante o projeto de intervenção, estarão de acordo com o DNA arquitetônico.

3.1.3.8 Apresentação do DNA

Uma exposição do DNA na forma de painel semântico ilustrado aos responsáveis pelos futuros trabalhos de intervenção, valorizando

assim, o processo de co-criação, em que todos contribuíram para a definição do genoma do espaço daquela arquitetura, na qual, o processo tenha sido aplicado. Com o DNA arquitetônico definido, é possível rever as prioridades da preservação; a visão e os valores de projeto; balizar as ações sobre a arquitetura que receberá novos projetos; ampliar a participação dos envolvidos nesse processo e, finalmente, viver este DNA.

3.2 VALIDAÇÃO DO DNA ARQUITETÔNICO: APLICANDO A