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4 PESQUISA DE CAMPO: APLICAÇÃO DO MODELO PARA A

4.2 Aplicação do Modelo para Implementação da MC

4.2.1 Diagnóstico

4.2.1.4 Diagnóstico da Parte 4 MONITORAMENTO

O Monitoramento simbolizado pelo caminhar do modelo, está composto pela Auditoria Interna, Ação Corretiva, Ação Preventiva e a própria Ação de Melhoria como integrante do modelo. Essas ações podem servir como balizadoras de falhas que impedem a evolução nas atividades de melhoria contínua.

Auditoria Interna: verifica se o planejado está sendo cumprido, assim como identifica oportunidades de melhorias. A atividade de auditoria está formalmente definida e sistematicamente praticada conforme a norma NBR ISO 9001:2000. Os auditores internos têm a formação compatível com a atividade, existe a independência das atividades auditadas, o Planejamento e Programação das Auditorias Internas (Apêndice H) está sendo cumprido, os relatórios de auditorias estão disponibilizados, assim como os relatórios de não- conformidades (RNC) emitidos durante as auditorias estão sendo monitorados. Uma das dificuldades encontradas durante a auditoria interna de follow-up, foi a deficiência na investigação das causas das NC, assim como a não implementação das ações corretivas. Nesta condição, existe a reincidência das não-conformidades já conhecidas, caracterizando ações adotadas como ineficazes. A eficácia das ações serve também como sustentação para a

evolução da MC.

Ação Corretiva é iniciada quando se identifica um problema, seja durante a inspeção de recebimento de materiais, ao longo do processo, por reclamação de cliente ou durante a auditoria interna. Ao ser detectada uma não-conformidade, é emitido um Relatório de Não-Conformidade que formaliza a necessidade de investigar a causa e elaborar um plano de ação. O PDCA é uma ferramenta de apoio para o processo de solução de problemas, porém há pouca evidência da sua prática, já mencionado em ferramentas de apoio no Diagnóstico da Parte 2 – EXECUÇÃO.

Quando a não-conformidade é detectada em materiais comprados, o fornecedor é informado para fazer a investigação da causa e apresentar um plano de ação para evitar a reincidência da NC. Durante essa avaliação foi observado que o fornecedor que estiver com relatório de não-conformidade pendente, fica com o Indicador de Qualidade de Fornecimento (IQF) comprometido podendo ser desqualificado, conforme já apresentado no APÊNDICE D.

Os relatórios de não-conformidades são avaliados pelos auditores da empresa, tanto na implementação da ação como na eficácia, sempre garantindo independência da atividade executada. Quando a ação não é implementada dentro do prazo estabelecido, o relatório é encaminhado a Direção para que o responsável pela ação apresente um novo prazo. Se durante a verificação da eficácia da ação corretiva implementada for constatado que ocorreu reincidência da não-conformidade, o relatório é fechado pelo auditor como ineficaz. Conseqüentemente é emitido um novo relatório de não-conformidade para que o responsável pela ação, investigue novamente a causa e proponha uma nova ação com o respectivo prazo para a implementação, sempre focando a abrangência da situação. Apesar da sistemática definida, foram observados atrasos tanto na investigação da causa, como nos cumprimentos de prazos para implementação das ações propostas. A dificuldade no cumprimento da sistemática definida para o tratamento da investigação da causa e proposta de ação corretiva,

assim como sua implementação, foi declarada como poucos recursos humanos e disponibilidade de tempo, mudanças constantes e súbitas das prioridades internas, além da necessidade de mudança comportamental. Uma das deficiências no processo de investigação de causa das não-conformidades também é a pouca aplicação da ferramenta PDCA.

Ação Preventiva para a empresa em estudo é prevenir a ocorrência de não- conformidade no produto, processo e sistema de gestão da qualidade, através de etapas que vão desde a identificação e investigação das causas potenciais até a tomada de ação preventiva e aplicação de controle. A FMEA é uma ferramenta de apoio para o processo de prevenção de problemas para detectar, analisar e eliminar as causas potenciais de não- conformidades. Os registros da qualidade dos processos que afetam a qualidade do produto, as reclamações de clientes, os registros de ação corretiva implementada e documentada através dos RNCs e os resultados de auditoria interna, estão previstos como fontes de consulta para análise e tomada de ação preventiva. Entretanto, durante o diagnóstico, foram encontrados apenas seis relatórios que comprovassem essa atividade, num período de um ano. A mesma dificuldade que ocorre com a ação corretiva, ocorre com a ação preventiva, em relação à falta de recursos dedicados e com um agravante, pois a ação corretiva é explícita e a preventiva deve ser prevista. A pouca aplicação da ferramenta FMEA também é um fator que compromete a investigação sobre as causas das potenciais não-conformidades.

Para cada ação preventiva proposta, os auditores verificam a ação implementada e a eficácia, e se na verificação da eficácia da ação preventiva for constatada que esta não foi eficaz, o relatório de ação preventiva é fechado como ineficaz e é emitido um relatório de não-conformidade para investigação da causa e determinação da ação corretiva.

Ação de Melhoria: as ações de melhoria estão sendo tratadas na empresa em estudo de acordo com o declarado no seu manual da qualidade e em conformidade com os requisitos da norma NBR ISO 9001(2000). Dentro do escopo de melhorias estão consideradas

as ações corretivas e preventivas.

Ainda na empresa em estudo, a melhoria contínua está sendo praticada através do Projeto PMC apresentado neste trabalho como uma das ferramentas de apoio e detalhado no APÊNDICE E. Após a implementação do Projeto MPC , ele também foi incorporado às atividades do SGQ, no requisito melhorias.

Já a melhoria revolucionária ou inovação está sendo praticada de forma não sistematizada, o que dificulta a quantificação e o monitoramento da evolução destes processos de melhoria. As melhorias chamadas de revolucionárias ocorrem quando são percebidas dificuldades de operação, de custo, falta de disponibilidade de equipamentos, um novo pedido de cliente, ou aquisição de novos equipamentos, porém sem uma sistematização ou registros. A identificação destas necessidades parte do Diretor Industrial, que é o responsável pela decisão e gerenciamento dos processos de Fabricação. Entre os recursos disponibilizados pela empresa, contribuindo nas atividades de melhoria estão às novas instalações da sala de Metrologia, de Treinamento e de Engenharia, máquina tridimensional computadorizada, novos Tornos CNC, RH, fortalecendo as competências incluindo os auditores de processo.

Dando seqüência ao processo de implementação da Melhoria Contínua através da sistemática estabelecida, após o diagnóstico realizado conforme roteiro definido na seção 3.4, a próxima etapa do Estágio1-Implementação é o Plano de Ações.