• Nenhum resultado encontrado

IMUNODEFICIÊNCIA E SAÚDE BUCAL

2 - DICAS PARA PREVENIR A EROSÃO DENTÁRIA

• A higienização adequada é forte aliada de uma boca sem cáries, no caso da erosão ácida, escovar os dentes logo após ingerir a bebida ácida pode agravar o problema!

• Orienta-se fazer um bochecho com água e aguardar, no mínino, 15 minutos para iniciar a escovação, pois a saliva já terá neutralizado o ácido e os dentes podem ser escovados;

• Quando a causa for principalmente à dieta, deve-se reduzir a quantidade de ali-mentos e bebidas erosivas!

• Selecionar cremes dentais pouco abrasivos, não ácidos e que forneçam flúor;

• Consultar regulamente um dentista e esclarecer quaisquer dúvidas.

O tema da erosão dentária precisa se tornar público e conhecido de todos, pois, se diagnosticarmos no início, alcançaremos grande melhora na saúde e qualidade de vida deste indivíduo. O diagnóstico de lesões não cariosas é bastante complexo. A identificação

des-Figura 1. Característica da lesão de erosão dentária (Magalhães et al., 2008).

Adaptado de Fejerskov et al. (2011) PRODUTO/ALIMENTO pH

Coca – Cola Fanta-Laranja Sprit Light Suco de Laranja Xarope de Frutas Laranja

Uva Verde

2,5 2,9 3,0 3,5-4,0 2,8 3,4-3,5 3,2

tas patologias é de suma importância, pois, o dentista poderá ser o primeiro profissional a diagnosticar lesões na cavidade bucal provocadas por doenças sistêmicas não identificadas (MAGALHÃES et al., 2009).

A escola é um ambiente propício para se trabalhar este tema. Sempre que abordamos saúde e educação colhemos bons frutos (PEREIRA, 2009; WHO, 1998). É na infância que a criança internaliza seus conceitos e seus hábitos, e é na escola que a mesma passa a maior parte de seu tempo, reiterando a grandeza de se trabalhar desde cedo hábitos alimentares saudáveis e higiene (FRANKI; HAYES; TAYLOR, 2014; SCHWARTZ et al., 2011).

A preocupação que gira em torno desta temática é a transformação da sociedade, o aumento no ritmo de trabalho, que acelera as atividades do dia a dia e faz com que as pessoas consumam mais produtos industrializados, como bebidas e alimentos prontos.

3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

O controle racional do consumo de alimentos com altos índices de ácidos se faz ne-cessário desde a infância, sendo o aconselhamento da dieta uma das formas de prevenção da progressão da erosão dentária.

Esta doença necessita de uma abordagem interdisciplinar, desta forma, precisamos que todos os profissionais interroguem principalmente as crianças e adolescentes sobre seus hábitos de alimentação, especialmente sobre consumo de frutas ácidas e refrigerantes. Estes aspectos podem ser trabalhados em sala de aula e nas cantinas escolares, de forma que mais pessoas se apropriem deste conhecimento e façam a prevenção.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Y.P., DOS SANTOS, F.G., MOURA, E.F. et al. Association between dental erosion and diet in Brazilian adolescents aged from 15 to 19: a population-based study. Scientific World Journal, v. 2014, p. 1-7, 2014.

ALAVI, G., ALAVI, A., SABERFIROOZI, M. et al. Dental Erosion in Patients with Gastroesophageal Reflux Disease (GERD) in a Sample of Patients Referred to the Motahari Clinic, Shiraz, Iran. Journal of Dentistry, v. 15, n. 1, p. 33-38, 2014.

AMAECHI, B.T., HIGHAM, S. M. Dental erosion: possible approaches to prevention and control.

Journal of Dentistry, v.33, p. 243–252, 2005.

BARATIERI, Luiz Narciso. Lesões não-cariosas. In: BARATIERI, L. N. et al. Odontologia restauradora:

fundamentos e possibilidades. São Paulo: Santos, 2001. p.361-394.

BRANCO, C. A. et al. Erosão dental: diagnóstico e opções de tratamento.Revista de Odontologia da UNESP, v. 37, n. 3, p. 235-242, 2008.

CORRÊA, F.N.P. et al. Diagnóstico, prevenção e tratamento clínico da erosão dentária. Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, São Paulo, v. 65, n. 1, p. 12-18, 2011.

CONVISER, J.H., FISHER, S.D., MITCHELL, K.B. Oral care behavior after purging in a sample of women with bulimia nervosa. Journal of the American Dental Association, v .145, n.4, p. 352-354, 2014.

FEJERSKOV, Ole. et al. Cárie dentária: a doença e seu tratamento clínico. 2. ed. São Paulo: GEN, 2011.

FRANÇA, Swellyn. Erosão dentária exige diagnóstico cuidadoso para tratamento eficaz. Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, São Paulo, v. 65, n. 1, p. 6-10, 2011.

FRANKI, J., HAYES, M.J., TAYLOR, J.A. The provision of dietary advice by dental practitioners: a review of the literature. Community Dental Health, v. 31, n.1, p. 9-14, 2014.

HUEW, R. et al. Dental erosion and its association with diet in Libyan schoolchildren. European Archives of Paediatric Dentistry, v. 12, n. 5, p. 234-40, 2011.

IMFELD, Tomas. Definition, classification and links. European Journal of Oral Sciences, Zurich, v.

104, p. 151-155, 1996.

JARVINEN, V. K; RYTOMAA, I. I.; HEINONEN, O. Risk Factors in Dental Erosion. Journal of Dental Research, v. 70, n. 6, p. 942-947, 1991.

KUMAR, S., ARCHARYA, S., MISHRA, P., DEBNATH, N., VASTHARE, R. Prevalence and risk factors for dental erosion among 11- to 14-year-old school children in South India. J Oral Sci., v.55, n.

4, p. 329-336, 2013.

LARSEN, M. J. Erosão dentária. In: FEJERSKOV, O.; KIDD, E. Cárie dentária: A doença e seu tratamento clínico. 2. ed. São Paulo: Santos, 2011.

LEVITCH, L. C.; BADER, J. D.; SHUGARS, D. A. Non carious cervical lesions. Journal of Dental, Oxford, v. 22, n. 4, p.195-207, 1994.

MAGALHÃES, A.C. et al. Insights into preventive measures for dental erosion. Journal of Applied Oral Sciences, v. 17, n. 2, p. 75-86, 2009.

MAGALHÃES, A.C. et al. Erosão dentária em odontopediatria: relato de casos clínicos. Odontologia.

Odontologia Clínico-Científica, Recife, v. 7, n. 3, p. 247-251, 2008.

PEREIRA, Antonio Carlos. Tratado de saúde coletiva em odontologia. Nova Odessa: Napoleão, 2009.

FERREIRA, F.V. et al. Aspectos clínicos e epidemiológicos da erosão dental na dentição permanente:

revisão de literatura. International Journal of Dentistry, Recife, v. 8, n. 2, p. 87-93, abr./jun, 2010.

RANDAZZO, A. R; AMORMINO, S. O. M; SANTIAGO, M. O. Erosão dentária por influência da dieta.

Revisão de literatura e relato de caso clínico. Arquivo Brasileiro de Odontologia, p. 10-16, jul, 2006.

RANJITKAR, S.; KAIDONIS, J. A.; SMALES, R. J. Gastroesophageal Reflux Disease and Tooth Erosion. International Journal of Dentistry, v. 2012, p. 1-10, 2012.

REN, YANG-FANG. Dental erosion: Etiology, Diagnosis and prevention. 2011. Disponível em:

<www.rdhmag.com>. Acesso em 04 abr. 2012.

SCHWARTZ, C. et al. Development of healthy eatinghabits early in life. Review of recent evidence and selected guidelines. Appetite, v.57, n.3, p. 796-807, 2011.

SILVA, J. S. A. et al. Erosão dental: Uma doença dos tempos atuais.Clínica International Journal of Brazilian Dentistry, São José, v. 3, n. 2, p. 150-160, 2007.

WANG, Z. G. et al. Respiratory distress resulting from gastroesophageal reflux is not asthma, but laryngotracheal irritation, spasm, evem suffocation. Chinese Medical Sciences Journal, v. 24, n. 2, p. 130-132, 2009.

WHO. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Health-Promoting Schools. A Healthy setting for living, learning and working. WHO: Geneva, 1998.