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Diferenças entre media ção e avaliação psicomoto-

No documento Diagnóstico e Avaliação Psicomotora (páginas 57-61)

Vale lembrar alguns princípios prá ticos orientadores do seu trabalho,

5.1 Diferenças entre media ção e avaliação psicomoto-

ra

A medição é o primeiro procedimen- to para emitir um diagnóstico psicomo- triz. Ela é eminentemente quantitativa. Porém, dentro da psicomotricidade, ela se manifesta dentro de uma área deter- minada, onde é necessário se movimen- tar, sem transpassar esta. Uma distância específica que se tenha que percorrer; numa altura que tenha que ser traspassa- da; num tempo determinado que se tenha que cumprir ou melhorar; em determina- do número de operações e/ou ações que tenham que ser exteriorizadas ou para a direita ou para a esquerda, ou para acima ou para abaixo; se determinado a idade psicomotriz de uma criança, através da qualidade das tarefas motrizes executa- das, etc (TARRAU, 2007).

Por esta razão, a pessoa que é medi- da necessita de exteriorizar fenômenos eminentemente psicomotrizes como: mo- bilidade, velocidade, rapidez de reação,

resistência, força, flexibilidade, elastici- dade, contractilidade, coordenação, equi- líbrio, orientação espacial, etc.

A avaliação pode ser considerada como o segundo procedimento para emitir um diagnóstico psicomotriz. Ela se fundamen- ta nas medições quantitativas realizadas. Por esta razão, ela sempre se fundamenta em cálculos matemáticos bem definidos: centímetros, gramas, percentagens; mé- dias aritméticas, etc. Ela é eminentemen- te qualitativa; por este fato, sempre será expressa em parâmetros, níveis, etc. Um exemplo pode ser encontrado no quadro abaixo.

Algumas exigências dos instrumentos de medição e avaliação dentro da psico- motricidade devem ser respeitadas. Os instrumentos utilizados devem ter con- fiabilidade. Eles deverão assegurar a com- pilação dos dados da esfera ou do campo específico em que eles estejam sendo aplicados; tanto a primeira vez que sejam aplicados como quantas vezes eles sejam utilizados.

É importante também que eles tenham validade. Por esta razão, deverão estar fundamentados em leis e princípios ver- dadeiramente científicos. Deverão estar

EXCELENTE: (DE 90 A 100).

MUITO BOM: (DE 80 A 89).

BOM: (DE 70 A 79)

REGULAR: (DE 60 A 69)

INSUFICIENTE: (DE 50 A 59)

DEFICIENTE: (DE 40 A 49)

RUIM: (MENOR QUE 40)

argumentados por fontes verdadeira- mente acreditáveis como opiniões de es- pecialistas; que permitirão assegurar a validade do conteúdo utilizado, tanto nas provas como nos testes. Deverão permitir a comparação com outras provas ou tes- tes existentes já utilizados, para assegu- rar, assim, a validade de critérios.

Deverão ter aprovação estatística, po- rém, sempre deverão admitir a aplicação de qualquer uma prova estatística que sir- va como argumento científico das conclu- sões que possam ser concretizadas (TAR- RAU, 2007).

Os instrumentos devem ter ainda obje- tividade. Eles deverão assegurar o cum- primento dos objetivos específicos e ge- rais que sejam necessários abranger para chegar a um fim determinado. Exemplo, se estivermos medindo e avaliando habilida- des referentes à estabilidade, as provas utilizadas deverão garantir a compilação de informações referentes à inter-relação dos movimentos entre a cabeça, o tronco e as extremidades superiores e inferio- res, etc.

Esta objetividade deverá cumprir-se em qualquer uma das áreas ou campos em que a instrumentação compiladora seja utilizada; quer dizer: tanto por um psicó- logo, por um fisioterapeuta, por um psico- motricista; por um professor de Educação Física; por um treinador, etc.

Os instrumentos de medição e avalia- ção científica dentro da psicomotricidade podem ser classificados em: instrumentos referenciados por normas e instrumentos referenciados por critérios.

Os instrumentos referenciados por normas exigem o cumprimento ou contro-

le de todas as variáveis-chaves que a po- pulação que constituirá a amostra possui. Por esta razão, esta população tem que ser representativa; daí, a necessidade de realizar um “piloto” antes de utilizar o ins- trumento oficialmente.

Estes instrumentos são criados dentro da estrutura e das exigências de um teste (questionário). Por esta razão, eles só per- mitem constatar ou compilar as opiniões ou as valorizações referentes a um fenô- meno psicossocial determinado.

Por este fato é que eles são comple- tamente subjetivos, mas, apesar disso, constituem instrumentos científicos, porque garantem a obtenção ou o levan- tamento de opiniões autoavaliativas ou avaliativas. Porém, seus resultados nunca serão como aqueles que são obtidos atra- vés de provas, onde a pessoa medida e avaliada tem que executar um sistema de movimentos, de operações e de ações de- monstrando o nível que alcança dentro da área ou do campo que se esteja diagnos- ticando. Esses instrumentos não são tão efetivos como as provas, mas são impor- tantes para as pesquisas de campo em- píricas como complementos científicos e, para as pesquisas de opiniões populares, para as quais eles constituem as “pedras angulares” (TARRAU, 2007).

Os instrumentos referenciados por cri- térios já não exigem grupo piloto, por esta razão, as pessoas medidas e avaliadas através destes instrumentos, não têm que ser comparadas com uma amostra primária (grupo piloto). No entanto, eles exigem medir e/ou avaliar, tendo em con- ta uma sequência de movimentos deter- minados; uma estereotipia de operações específicas ou um sistema de ações con-

secutivas.

Porém, sempre através deles podem- -se compilar ou obter resultados psico- motrizes, todos eles materializados atra- vés do fazer da pessoa avaliada. Estes instrumentos avaliativos constituem a pedra angular da avaliação psicomotriz. É por isso que qualquer uma escola ou linha psicomotriz determinada possui um sis- tema de provas para compilar dados em- píricos (práticos) que assegurem analisar o comportamento das habilidades para a estabilidade, para a manipulação ou para a locomoção, tanto em cada uma destas áreas específicas, assim como em inter- -relação (TARRAU, 2007).

Abaixo temos um tipo de avaliação uti- lizado para diagnosticar a psicomotricida- de da criança.

I. AVALIAÇÃO DE “DENVER”:

No documento Diagnóstico e Avaliação Psicomotora (páginas 57-61)

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