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Dificuldades e carências 

No documento Relatório de Gestão 2008 (páginas 113-116)

As dificuldades enfrentadas estão basicamente relacionadas à Gestão de Pessoas, no que concerne ao déficit de servidores e de capacitação/qualificação dos profissionais existentes. Em levantamento realizado e encaminhado ao MEC em Setembro/2007, identificamos a necessidade real de 970 trabalhadores no quadro de pessoal, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes administrativos, farmacêuticos e outros;

número este que vem crescendo devido à não reposição das vagas decorrentes das aposentadorias. A necessidade real refere-se à substituição dos atuais contratados celetistas (154) e terceirizados (234), substituição das aposentadorias até 2008, e a ampliação e criação de novas áreas (somente com a ampliação da UTI de 7 para 20 leitos, necessitamos de mais 97 profissionais). Somada a questão, encontram-se dificuldades relacionadas ao significativo número de servidores com licença para tratamento de saúde prolongada, bem como a necessidade decorrente da ampliação dos serviços, como por exemplo, a implantação da alta complexidade em diferentes áreas, aumento de leitos de UTI, a ampliação da carga de trabalho na hemodinâmica, a construção da enfermaria para transplantados. A partir da Ação Civil Pública n.° 2008.72.00.012168-4/SC, em que foi autorizada a abertura de processo seletivo, com 92 vagas, essa situação tende a mudar.

No ano de 2008, foram acrescidos 135 funcionários ao quadro deste hospital, devido ao concurso público aberto neste mesmo ano. Destaca-se que, enquanto entram 135 funcionários num longo período, pois os concursos são abertos esporadicamente, aposentam-se uma média de 23 funcionários por ano e cerca de 50 afastam-se por longos períodos e não são repostos.

Além da falta de pessoal, outro problema observado é a falta de gerenciamento de pessoal em curto prazo, no caso de aposentadorias, exonerações, demissões, o quadro não é reposto.

Salienta-se que no final do segundo semestre de 2008, uma unidade de internação foi fechada devido à falta de pessoal, o que resulta numa redução de 150 no número de internações mês, considerando que o período médio de internação de alto risco é de 7 dias.

Mesmo com essas dificuldades de pessoal, tem-se procurado diminuir as contratações via fundação, atendendo às orientações do Tribunal de Contas da União e Procuradoria Geral da União.

Encontram-se também dificuldades relacionadas à gestão dos contratos terceirizados, principalmente aqueles relacionados à limpeza e segurança. Salienta-se que, em relação ao serviço de limpeza ,destacaram-se problemas em relação à higienização, manutenção adequada dos materiais acordados no contrato, bem como a rotatividade frequente dos trabalhadores dessa área, necessitando a constante orientação a esses trabalhadores, haja vista a especificidade dos estabelecimentos de assistência em saúde. Por isso, foi criada uma comissão para acompanhamento com capacitação e treinamento constante.

Dentre os problemas encontrados no ano de 2007 que geram dificuldades nos diferentes setores da Instituição, relacionam-se os da área de informática, decorrentes do sucateamento dos equipamentos, falta de um programa eficiente de manutenção preventiva periódica, e falta de pessoal para implementação de programas de gerenciamento de informática nos diferentes setores, de acordo com a especificidade de cada setor. Esses problemas permanecem no ano de 2008. Foram adquiridos cerca de 70 equipamentos, o que veio melhorar 10%. Conta-se somente com um analista para gerenciar todo o sistema.

No que tange ao setor financeiro, o CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde deve estar atualizado periodicamente, mas há dificuldades para mantê-lo em dia, como a falta de pessoal para alimentar os dados e a falha na comunicação de quem contrata no repasse de informações corretas ao setor.

A manutenção cadastral dos dados dos pacientes deve estar constantemente atualizada, a fim de que esse sistema obtenha êxito para a cobrança de procedimentos do SUS.

Em 2008, destaca-se uma mudança radical no Sistema SUS, fazendo com que o Ministério da Saúde dê mais ênfase aos dados do que aos valores a serem repassados aos Hospitais, o que fez com que se evitasse cobrar muitos procedimentos que, com a tabela, foram agrupados em um só procedimento.

Houve nestes últimos anos um aumento significativo da oferta de serviços, principalmente consultas ambulatoriais e exames, sem o incremento de área física para dar suporte a tal demanda; mesmo com as obras que têm sido implementadas, ainda não houve o aumento da área física do ambulatório e de serviços de apoio.

Enfrentam-se dificuldades relacionadas às condições de trabalho, tais como: inadequação de área física (consultórios, sala para profissionais, salas de aula, salas para grupos de espera, adaptação da maternidade para o Sistema PPP- Pré-parto; parto e puerpério, ampliação da enfermaria de ginecologia) mobiliário, climatização e equipamentos específicos.

Encontram-se dificuldades também relacionadas ao transporte hospitalar, haja vista a deficiência na frota de veículos, os quais não suprem as necessidades da Instituição. Em 2006, recebeu-se uma ambulância nova, fruto da parceria com a Associação Amigos do HU (AAHU). Uma das ambulâncias saiu de circulação, pois era muito antiga e não tinha mais conserto.

Em outubro de 2008, a SES, através do CIT/HU, fez a doação de uma Parati, que auxiliará no transporte de serviços e atividades administrativas.

Destaca-se ainda a descontinuidade de algumas parcerias com gestores municipais, a exemplo do projeto de Prevenção de Câncer de Mama.

Apesar das dificuldades e carências, a busca pela excelência da assistência tem sido uma meta constante, em função da qual a direção geral e servidores têm trabalhado constantemente.

6)  Cultura e Arte 

A partir do ano de 2008, a UFSC conta com uma Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte). A proposta insere-se numa visão de Universidade culta, ousada, internacionalizada e acadêmica. O objetivo da SeCArte é fomentar na UFSC um ambiente artístico-cultural ousado e vibrante, ampliar as ações da UFSC como um centro irradiador da arte e da cultura em Santa Catarina e revigorar o panorama artístico e cultural de Florianópolis.

O compromisso de incentivar as manifestações artístico-culturais na comunidade universitária tem sido um dos aspectos prioritários da nova estrutura administrativa da UFSC. Várias ações nessa direção foram realizadas na gestão 2008 da Secretaria de Cultura e Arte, demonstrando um empenho cada vez maior no incentivo à produção e divulgação da cultura e da arte.

Através de seus quatro departamentos: Museu Universitário - MU, Editora da UFSC - EdUFSC, Departamento Artístico e Cultural - DAC e Departamento de Cultura e Eventos - DeCEven, inúmeros projetos culturais foram promovidos ou apoiados por meio da Secretaria de Cultura e Arte na UFSC, tendo como foco o compromisso com o desenvolvimento

artístico- cultural, a promoção e disseminação de novos conceitos e técnicas, bem como a viabilização de projetos de promoção da cultura e da arte.

No documento Relatório de Gestão 2008 (páginas 113-116)