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A Liturgia é ação salvífica de Deus em Jesus Cristo, por seu Espírito Santo, como serviço em favor do seu povo para que tenha vida em plenitude (Jo 10,10)25. Expressa a Igreja como comunidade sacerdotal, organicamente estruturada, celebrando os mistérios da fé (DG 91).

A Liturgia é fonte e culminância da vida e da ação da Igreja (SC 10)26, momento significativo de participação e de comunhão eclesial (DG 92). Memorial da Páscoa do Senhor, incorpora e faz crescer os batizados em Jesus Cristo (DG 91).

Vivendo e celebrando a atuação do Senhor na História, a liturgia se insere no mundo pluralista da cultura, das tensões sociais, políticas e religiosas. Daí que a ação litúrgica deverá considerar a nova sensibilidade emergente que vem expressa nos anseios de valorização da pessoa humana, de participação e de compromisso transformador das estruturas sociais em favor da vida (DG 244). Por si só ela exerce função importante na ação evangelizadora da Igreja. Deverá também levar em conta os apelos de uma nova expressão celebrativa que considere o universo simbólico e a religiosidade de nosso povo, num justo e sadio processo de inculturação (DG 95; 189).

O Ano Litúrgico é uma caminhada sacramental que leva os participantes a viverem o dinamismo do mistério pascal, atualizando salvificamente o passado e antecipando o futuro para toda a Igreja.

Sendo a Liturgia dimensão vital e celebrativa da Igreja, ela requer ação pastoral definida e com um instrumental que lhe é próprio, animada e sustentada por profunda espiritualidade evangélica, à luz das Diretrizes e inserida na caminhada pastoral da Igreja do Brasil.

ATIVIDADES PERMANENTES

1. Tradução, Elaboração e Publicações:

- Liturgia das Horas Edição em quatro volumes, edição em dois volumes e edição abreviada, com texto oficial.

- Lecionários: Dominical, Ferial, Santoral e para missas de circunstâncias.

- Reedição e adaptação dos livros Litúrgicos (Rituais): Batismo de Crianças, Iniciação Cristã de Adultos, Unção dos Enfermos, Ordem, Matrimônio e Exéquias.

- Documentário Litúrgico (Encherydion). - Criação de novos textos litúrgicos. 2. Do Canto e da Música:

- Hinário Litúrgico Nacional (4º volume). - Campanha da Fraternidade.

- Música para a Liturgia das Horas.

- Textos metrificados da Liturgia das Horas e dos Lecionários. 3. De Assessoria:

- Regionais e Dioceses. - Campanha da Fraternidade.

- Pastoral dos Santuários e Romarias. - Congressos Eucarísticos.

4. De Integração:

- Com as Dimensões e Organismos da Pastoral. 5. Participar:

- de Encontros setoriais, regionais e internacionais; - de Encontros de interesse da Dimensão Litúrgica; - de Encontros da Pastoral de Santuários;

- de Encontros da Associação dos Professores de Liturgia. 6. Colaborar:

- Com os Cursos de Liturgia;

- com o Centro de Liturgia ligado à faculdade Assunção, em São Paulo; - com a Revista de Liturgia e outros;

- com a realização do Curso de Formação Litúrgico-Musical; - com os liturgistas que atuam na inculturação indígena. 7. Diálogo:

- Com a Sé Apostólica; - com o CELAM;

- com outras Conferências Episcopais e Instituições. Equipe de reflexão teológico-litúrgica (Nº PD 4.1) OBJETIVO

- Aprofundar e alimentar a ação pastoral litúrgica da linha 4.

- Refletir, à luz da natureza litúrgica, os desafios que a atualidade brasileira levanta à pastoral litúrgica.

JUSTIFICATIVA

As grandes questões levantadas pelas Diretrizes serão integradas e assumidas pela Pastoral Litúrgica, em base a uma sólida reflexão teológico-litúrgico-pastoral. A Equipe de Reflexão teológico-litúrgica auxiliará a Linha 4 no discernimento e nas opções pastorais, para responder adequadamente aos novos desafios emergentes da caminhada eclesial inserida no mundo moderno.

RESPONSÁVEL: Linha 4 PRAZO/PERIODO

Em princípio, a Equipe reunir-se-á duas ou três vezes ao ano. 1ª reunião: 5 e 6 de fevereiro de 1993

2ª reunião:

OBJETIVOS

- Analisar o processo de Pastoral Litúrgica no atual momento da vida da Igreja.

- Refletir, à luz da natureza da Liturgia, das Diretrizes e das Conclusões de Santo Domingo, a Pastoral Litúrgica.

- Celebrar o trigésimo Aniversário da Promulgação da Constituição sobre a Sagrada Liturgia.

- Dar continuidade à Animação da Vida Litúrgica no Brasil, através de um projeto de Pastoral Litúrgica alicerçado nas Diretrizes e nas Conclusões de Santo Domingo.

JUSTIFICATIVA

Constata-se uma nova sensibilidade litúrgica nas comunidades inseridas num sério processo de evangelização, as quais reclamam uma adequada expressão celebrativa. A falta de uma proposta clara de Pastoral Litúrgica, que promova de fato a Dimensão celebrativa, no atual momento histórico da caminhada da Igreja, deixa os agentes e as Equipes de Liturgia desprovidos de horizonte e até ineficazes em sua ação.

Urge uma proposta pastoral que integre as demais dimensões da pastoral, evidenciando-se a dimensão celebrativa das mesmas.

Sendo a Liturgia dimensão vital e celebrativa da Igreja, ela requer ação pastoral definida e com um instrumental que lhe é próprio, animada e sustentada por profunda espiritualidade evangélica, à luz das diretrizes e inserida na caminhada pastoral da Igreja no Brasil.

RESPONSÁVEL: Linha 4, em colaboração as dimensões afins e o INP

PRAZO: Local: Casa de Retiros Assunção - Brasília/DF, 8 a 11 de março de 1993. Elaboração de diretrizes para a celebração da Palavra (Nº PD 4. 3)

OBJETIVO

- Conhecer a situação concreta da Celebração da Palavra, na ausência do padre. - Apresentar orientações pastorais neste campo.

- Fornecer subsídios adequados às comunidades. JUSTIFICATIVA

70% das comunidades eclesiais se reúnem para celebrar o memorial do Senhor, acolhendo sua Palavra e proclamando seu louvor. A celebração comunitária da Palavra tem grande aceitação nas COMUNIDADES: é um amplo espaço de atuação dos leigos e das equipes de Liturgia. É preocupante que tão grande número de Comunidades cristãs estejam privadas da Eucaristia no dia do Senhor (domingo). A maioria sente falta de orientações e subsídios adequados. As celebrações da Palavra aprofundam a vivência da fé e a consciência comunitária (DG 225).

RESPONSÁVEL: Linha 4 PRAZO: 1993

Encontro com especialistas em inculturação litúrgica afro-brasileira (Nº PD 4.4) OBJETIVO

Promover a inculturação da liturgia a partir dos valores da cultura afro-brasileira. JUSTIFICATIVA

O processo de inserção da Igreja nas culturas e a consciência da necessidade de enfatizar a evangelização, exigem celebrações litúrgicas encarnadas e, ao mesmo tempo, que expressem significativamente as realidades da vida cotidiana das pessoas e das

comunidades cristãs. Para isso, “promova-se maior aproximação entre as celebrações litúrgicas e o universo simbólico das comunidades, através de uma legítima criatividade, adaptação e inculturação” (DG 95 e 189). “Trata-se, portanto, de colaborar a fim de que o rito romano, embora mantendo a própria identidade, possa acolher as oportunas adaptações, de modo a permitir aos fiéis daquelas comunidades cristãs em que, devido à cultura, alguns aspectos rituais não conseguem encontrar adequada expressão, sentirem-se plenamente partícipes nas celebrações litúrgicas” (João Paulo II, Alocução à Assembléia dos membros da Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos: Notitiae, 294/295 [1991], nº 3)27.

RESPONSÁVEL: Linha 4 Equipe Litúrgica Afro. PRAZO

23 a 25 de abril de 1993 Local: São Paulo

Curso ecumênico de formação litúrgico-musical (CELMU) (Nº PD 4.5) OBJETIVO

- Conseguir uma melhor integração da música na Liturgia, mediante uma preparação adequada dos seus agentes.

- Promover a função ministerial do canto e da música.

- Fornecer um suporte musical e litúrgico às pessoas engajadas nas ações litúrgico-musicais.

JUSTIFICATIVA

A falta de agentes qualificados, nesta área, levou músicos, poetas liturgistas e demais envolvidos com as preocupações litúrgico-musicais a projetarem um Curso de Formação e atualização para pessoas que já trabalham com música e liturgia nas Igrejas e necessitam de um suporte teórico-musical e litúrgico.

RESPONSÁVEIS

Entidades Proponentes: CNBB;

Instituto Metodista de Ensino Superior; Centro de Liturgia (SP);

Faculdade Federal de Música Sta. Marcelina (SP); Coordenação Executiva do Curso.

PRAZO

2ª etapa: de 11 a 29 de janeiro de 1993 3ª etapa: janeiro de 1994.

Seminário nacional de músicos (Nº PD 4.6) OBJETIVO

- Descobrir meios que possam levar a uma música litúrgica mais em sintonia com a cultura musical das diversas regiões do Brasil.

- Articular compositores e letristas da música litúrgica a partir de sua realidade.

- Avaliar caminhada litúrgico-musical iluminada pela Constituição sobre a Sagrada Liturgia.

JUSTIFICATIVA

A renovação litúrgica tem sua principal razão de ser na comunhão e participação do Povo de Deus no mistério de salvação que se realiza na liturgia (SC 5 e 6)28. Por sua vez, a música e o canto nas celebrações litúrgicas são expressão de comunhão e da participação do Povo de Deus.

O interesse e o incentivo à pastoral do canto litúrgico tem ajudado muitas comunidades a crescer na fé e na vida cristã. Numa perspectiva evangelizadora, é importante promover a música e o canto, como serviço eminente que corresponda à índole das diferentes regiões do Brasil (cf. Puebla, 947)29.

RESPONSÁVEL: Linha 4- setor de música PRAZO

1ª etapa: Encontros Inter- Regionais:

Norte, em Belém, 13 a 15 de agosto de 1993 Nordeste, no Recife, 11 a 13 de junho de 1993

Centro-Sul, em São Paulo, 10 a 12 de setembro de 1993 2ª etapa: Seminário Nacional - março 1994

Encontro de bispos responsáveis por liturgia nos regionais (Nº PD 4.7) OBJETIVOS

- Dinamizar a caminhada da pastoral litúrgica da Igreja no Brasil, numa perspectiva de pastoral de conjunto.

- Avaliar a ação pastoral litúrgica dos regionais da CNBB.

- Refletir e tomar decisões em face dos temas e situações emergentes do processo pastoral litúrgico.

- Avaliar e aprofundar as adaptações dos rituais e de outros projetos da Linha 4. JUSTIFICATIVA

Os Bispos são considerados como “os primeiros agentes” na promoção e animação da pastoral litúrgica da Igreja (cf. CD 15, SC 41)30.

Os desafios, que emergem da realidade pastoral no Brasil, requerem reflexão e ação litúrgica planejada em todos os níveis. Estas devem ser incentivadas pelos Bispos responsáveis pela Dimensão Litúrgica nos regionais.

RESPONSÁVEL: Linha 4 PRAZO

11 e 12 de março de 1993 - Brasília, DF Agosto de 1994

Equipe de arte litúrgica (Nº PD 4.8) OBJETIVO

Constituir uma equipe de artistas que estude e elabore critérios artístico-litúrgicos para o espaço e os objetos das celebrações.

JUSTIFICATIVA

Um espaço será tanto mais adaptado à liturgia, quanto melhor responder à diversidade de situações de uma assembléia favorecendo a participação ativa de todos os seus membros. A beleza e a dignidade dos objetos, a harmonia do espaço, a clareza e expressividade dos sinais e símbolos, constituem uma primeira condição à oração, à comunhão e à participação (cf. IGMR 253). Portanto, procure-se uma verdadeira qualidade artística do espaço e dos objetos de culto, para que alimentem a fé e a piedade e correspondam ao seu verdadeiro significado e ao fim a que se destinam (IGMR 254). RESPONSÁVEL: Linha 4

PRAZO: Maio de 1993

Encontro com formadores de liturgia nos seminários e casas de formação (Nº PD 4.9)

OBJETIVO

Reunir os responsáveis pela formação e vida litúrgica nos seminários e casas de formação, para troca de experiências e aprofundamento do processo formativo da Liturgia.

JUSTIFICATIVA

“É fundamental que os seminaristas se familiarizem com o espírito litúrgico e se preparem bem para presidir as celebrações. A vivência da liturgia acompanha todas as etapas da vida do formando” (CNBB, doc. 43, n.190). E “que os irmãos e irmãs religiosos tenham, no programa de seu processo formativo, a preocupação de transformarem a liturgia em fonte da própria espiritualidade e de se tornarem animadores da celebração litúrgica” (CNBB, doc. 43, n. 192). “Para a formação espiritual de todo e qualquer cristão, e especialmente do sacerdote, é inteiramente necessária a educação litúrgica, no pleno sentido de uma inserção vital no mistério pascal de Jesus Cristo morto e ressuscitado, presente e operante nos sacramentos da Igreja” (PDV 48)31.

RESPONSÁVEL: Linha 4, Setor de Vocações e Ministérios e OSIB. PRAZO: 1994

Religiosidade popular e santuários (Nº PD 4.10) OBJETIVOS

- Reunir Liturgistas, Reitores de Santuários e pastoralistas para estudar as manifestações da religiosidade popular e sua relação com a liturgia.

- Aprofundar o conhecimento das manifestações e dos conteúdos da Religiosidade Popular em vista à inculturação litúrgica.

JUSTIFICATIVA

O povo brasileiro é profundamente religioso (cf. DG n.144 e 145). Os Santuários são lugares sagrados, nos quais o povo expressa sua religiosidade. Além de serem lugares privilegiados de evangelização, é onde os pobres têm ocasião de estabelecerem um contato mais afetivo com a Igreja. “É meta da adaptação da liturgia, num justo e sadio processo de inculturação, a introdução de novos símbolos, de novos ritos de sacramentais para diversas necessidades e circunstâncias da vida, mais compreensíveis ao povo de hoje, porque criados pela piedade popular” (DG 95 e CNBB, doc 43, n. 174). RESPONSÁVEL: Linha 4 e Equipe dos Reitores dos Santuários.

PRAZO: 1994

Encontro de presidentes e de secretários das comissões de liturgia dos países de língua portuguesa (Nº PD 4.11)

OBJETIVO

Manter o intercâmbio de reflexão e ação pastoral litúrgica com os países de língua portuguesa.

JUSTIFICATIVA

Os desafios e a necessidade de intercâmbio entre os países de língua portuguesa, no campo da Liturgia, exigem um maior conhecimento mútuo, assim como a reflexão e a ação comum correspondentes.

RESPONSÁVEL: Linha 4 PRAZO: 1994

PROGRAMA 5: DIMENSÃO ECUMÊNICA, DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO E DIÁLOGO