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5 ATAIRU: PROTÓTIPO DE METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

5.1 ATAIRU: METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO PARTICIPATIVA DO IMPACTO

5.1.3 Dimensões

conceito e da marca que identificará a metodologia.

Categorias temáticas: Fruto do diálogo com gestores educacionais, educadores e estudantes foram eleitas seis categorias temáticas que se espera, na aplicação da metodologia Atairu, dedicar o mesmo grau de relevância em processos de diagnóstico, planejamento, implantação e em especial no desenho de metodologias de avaliação, são elas: (1) Pessoas e Propósito, (2) Tecnologias, (3) Infraestrutura, (4) Conexões, (5) Processos, e (6) Planejamento. Em convergência com o formato definido e apresentado anteriormente, para cada triângulo equilátero que integra o hexágono, ter-se-á vinculada uma das categorias temáticas.

5.1.2 Objetivos

Pelos motivos apresentados na seção anterior, desenvolveu-se uma proposta metodológica convergente com os seguintes objetivos:

– Diagnosticar a situação concreta de uma dada política/programa que utiliza as tecnologias digitais na educação;

– Problematizar os usos vigentes, e possíveis, das tecnologias digitais no contexto de uma rede de ensino ou de uma comunidade escolar;

– Alinhar do ponto de vista institucional os instrumentos de políticas públicas, às rotinas das SMEs ou das comunidades escolares;

– Identificar oportunidades de melhoria da infraestrutura para qualificar a abordagem das iniciativas;

– Mapear e ativar pessoas e organizações que possam contribuir de forma estruturada para a boa execução das iniciativas.

5.1.3 Dimensões

Com base na análise dos DSCs, foram estabelecidas quatro dimensões, para auxiliar na construção dos resultados finalísticos e os indicadores que facilitarão a posterior avaliação de impacto, das quais três delas de cunho executivo, e uma referente ao propósito (visão de mundo/expectativa de futuro da rede/comunidade escolar), sendo esta, o elemento de convergência entre as demais, conforme descritivo a seguir:

Na dimensão 1, intitulada de Propósito, pretende-se construir sentidos de presença dos sujeitos na comunidade escolar ou rede de ensino, identificando os valores compartilhados, os estilos de liderança presentes, que resultarão na construção e/ou reforço de um alinhamento quanto à visão de futuro compartilhada, tendo por base, o fortalecimento da identidade dos presentes e dos mecanismos de aprendizagem coletiva já existentes em seus contextos de atuação.

Com o título Objetivos, a dimensão 2 problematizará a presença das tecnologias nas comunidades escolares ou redes de ensino, a partir do mapeamento práticas, visando a reconstrução do histórico de implantação de iniciativas dessa natureza. Será consolidado um diagnóstico situacional abrangendo questões de infraestrutura (espaços disponíveis, condições de conservação, dimensões, mobília); segurança; inventário dos equipamentos seguida de análise de suficiência para a realização do trabalho pedagógico; condições de conectividade e mapeamento das percepções dos atores envolvidos nas iniciativas que utilizam as tecnologias e espaços disponíveis para fins educacionais ou para rotinas administrativas e pedagógicas.

Com a geração das informações nesta etapa, os envolvidos na aplicação da metodologia Atairu serão estimulados a construir soluções criativas para ativar alguns espaços da escola e otimizar o uso das tecnologias digitais presentes, associando-as a projetos pedagógicos existentes, rotinas administrativas, ao trabalho docente e sobretudo às situações práticas voltadas à aprendizagem dos estudantes. Essa será a etapa de formulação dos objetivos que integrarão diferentes níveis de planejamento e prospecção de cenários de integração das tecnologias digitais no cotidiano escolar.

A dimensão 3 terá sua abordagem orientada para Resultados, e permitirá às comunidades escolares ou redes de ensino a exercitarem processos de identificação de prioridades e tomada de decisões sobre os eixos temáticos e formatos das ações a serem implementadas. Nesse momento, espera-se que os esforços sejam direcionados para a construção de alinhamentos que assegurem no campo prático, o melhor aproveitamento dos recursos tecnológicos às atividades pedagógicas e administrativas, que consequentemente influenciarão positivamente na melhoria do desempenho acadêmico dos estudantes.

A partir do engajamento da Comunidade Escolar nas atividades de diagnóstico e de planejamento espera-se que, de forma orgânica, os envolvidos comecem a instituir políticas e ações (programas, projetos, planos de aulas, visitas de campo, etc.)

convergentes com a transição para o novo paradigma educacional, tendo a tecnologia como uma aliada no processo de transformação da escola em um espaço dinâmico, interativo e gerador de aprendizagens significativas e profundas.

Serão exploradas na dimensão 4 as questões referentes ao Impacto, retomando a noção defendida por Roche (2002, p. 37): “mudanças duradouras ou significativas – positivas ou negativas, planejadas ou não – nas vidas de pessoas e ocasionadas por determinada ação ou série de ações”.

As quatro dimensões supracitadas integrarão, como componentes transversais, o conjunto de oficinas intitulado “O futuro chegou. E agora?!”. Nestas, serão abordadas de maneira interdependente as seis categorias temáticas que contribuirão para a construção de um planejamento integrado, bem como o desenho preliminar de uma avaliação de impacto a ser aplicado pela comunidade escolar ou rede de ensino, acerca de uma iniciativa eleita como objeto para a ação.

Os participantes das oficinas serão provocados a refletir sobre as mudanças/impactos e os indicadores que utilizarão para verificação dentro do marco temporal que será definido nas referidas oficinas. Ademais, selecionarão as técnicas, os responsáveis e, por fim, atribuirão usos aos dados a serem gerados a partir da avaliação.

Como apresentado anteriormente, a perspectiva de avaliação que guiará a metodologia Atairu valorizará o seu caráter transversal a todo ciclo de uma política pública ou de um programa, portanto, a materialização desta premissa dependerá da adoção de dinâmicas democráticas e participativas, a fim de conduzir os atores envolvidos nas oficinas a identificarem os possíveis impactos ocasionados pelas iniciativas das quais exercem papéis e funções.