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Direitos humanos, dignidade da pessoa humana e função punitiva: a necessária racionalização da política criminal brasileira

2 REPRESSIVISMO PENAL, MÍDIA E OPINIÃO PÚBLICA

3 A INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA POLÍTICA CRIMINAL E NO RECRUDESCIMENTO PUNITIVO: UMA ANÁLISE A PARTIR DE DOIS CASOS

3.4 Direitos humanos, dignidade da pessoa humana e função punitiva: a necessária racionalização da política criminal brasileira

Em um Estado Democrático de Direito, como no Brasil, em que a Constituição traz uma gama de direitos e garantias inerentes a todos os cidadãos, tendo como premissa básica a dignidade da pessoa humana, não se pode conceber uma política criminal que não seja voltada à sua concretização, buscando dentro dos processos de resolução dos conflitos sociais políticas alternativas que firam da menor forma possível esses direitos e garantias.

Não podem o legislador e os demais agentes do sistema penal (que envolve a polícia, o ministério público e o judiciário) se deixar envolver e influenciar por paixões e pelo clamor público, identificado com as vítimas, e acabar tomando o delinquente como um inimigo coletivo que não pertence ao “grupo dos cidadãos”, não lhes assegurando as garantias constitucionais atribuídas aos demais.

Nesse sentido assevera Sá (2012, p. 226)

a execução penal (autoridades judiciais, administrativas, técnicos, profissionais de segurança e os demais profissionais envolvidos) deve procurar enxergar e ver no preso antes de tudo uma pessoa, uma pessoa que não é estranha, nem diferente, não é ameaça, não é inimiga, mas é alguém que tem qualidades, é alguém que almeja crescer na vida, é alguém que ama e pode ser amada.

Deve-se lembrar que, idealmente, a função do direito penal em uma sociedade democrática vai muito além de aplicar uma punição àqueles que venham a cometer algum delito, sendo essencial a sua existência na busca pela proteção dos bens jurídicos de todos, com a minimização da violência na sociedade e a

contenção do arbítrio punitivo, assegurando, com isso, os valores da legalidade, da proporcionalidade, da jurisdicionalidade, da dignidade humana, etc.

Assim, importante reiterar a dupla função que o Direito Penal deve desenvolver em um Estado Democrático de Direito, onde além de buscar limitar a violência do crime, deve visar a prevenção de reações excessivas e arbitrárias advindas tanto do Estado quanto dos particulares, evitando também a violência da pena. Ou seja, o Direito penal tem a missão de proteger o mais fraco em relação ao mais forte, seja quando esse for a vítima frente ao delinquente, ou o delinquente frente ao Estado e a possibilidade de uma vingança privada desproporcional (FERRAJOLI, 2002).

O desafio da execução penal, para Sá (2012, p. 231) é “blindar-se contra os efeitos contagiantes dos processos migratórios de construção do inimigo”. Não podem os executores da lei, assim como o próprio legislador, deixarem-se contagiar pela necessidade de uma resposta rápida, simplista e simbólica aos anseios da população por mais segurança, como a penalização e criminalização. A Constituição Federal prevê um Direito Penal mínimo, caminho oposto ao que está sendo percorrido. Para Engelmann, Callegari e Wermuth (2016, p. 212)

No cenário estabelecido a partir da Constituição de 1988, ao se desenharem as bases do Estado Democrático de Direito, parece se exigir um Direito Penal que criminalize as condutas que ofendam não apenas os bens jurídicos materiais, mas especialmente aqueles que não atentem à dignidade da pessoa humana, verdadeira expressão dos Direitos (dos) Humanos.

Na prática, o sistema penal cumpre com uma função simbólica de “reafirmação da validade das normas” e de tentativa de reestabelecimento da “confiança nas instituições” diante do medo e da insegurança generalizada. Para isso trabalha apenas com a criminalidade “visível” (que é aquela eleita pela mídia) oferecendo respostas seletivas e desiguais e ainda promovendo a quebra de garantias básicas do direito e do processo penal. A função real é criar a “sensação de segurança” e o controle, mediante exclusão/prisão, de determinados grupos sociais (eleitos pela mídia, pelo senso comum como “inimigos da sociedade”).

Face ao exposto, é forçoso concluir, que o sistema penal vigente desrespeita o que é previsto e garantido constitucionalmente, dessa maneira, perpetuando a desigualdade, vez que mantém intactas determinadas formas de criminalidade e determinados sujeitos, tornando-se, em verdade, um sistema punitivo seletivo. A função do Direito Penal em um Estado Democrático deve, portanto, ser compatível com a ideia de dignidade humana, sob pena de se encontrar totalmente deslegitimado.

CONCLUSÃO

Conforme o estudo realizado, a Constituição Federal dispõe que o Brasil se configura como um Estado Democrático de Direito. Isso significa dizer que a atuação estatal em nosso país deverá seguir os ditames propostos na ordem jurídica, que além de orientar, também limitará a atuação desse, trazendo aos cidadãos a garantia de que estarão a salvo de possíveis arbitrariedades de ações estatais à revelia da lei. Dentro dessa forma de Estado existe uma série de princípios que se configuram como um ideal a ser atingido, buscando fazer com que o Estado oriente suas ações a fim de possibilitar uma sociedade igual, justa e digna.

No que tange à intervenção penal, existem princípios penais e processuais penais, inerentes a todos os cidadãos, que limitam a atuação estatal e buscam fazer com que o Estado não cometa excessos na punição, aplicando uma punição justa à medida que essa respeite os direitos e garantias constitucionalmente previstos, sempre com o intuito de promover e assegurar a dignidade humana.

Dentre todos os princípios, o mais importante é a dignidade da pessoa humana, sendo ela princípio basilar do Estado Brasileiro. Trata-se essa de uma “qualidade” inerente a cada ser humano, sem distinções, que objetiva tanto a promoção de condições mínimas necessárias para a existência quanto a proteção contra qualquer ato que lhe seja desumano, degradante, reforçando-se que todos são detentores de dignidade, independentemente de qualquer circunstância.

Da análise dos princípios, bem como dos direitos e garantias trazidos pela Constituição, depreende-se que o legislador constitucional previu para o Brasil um

modelo de política criminal com intervenção estatal mínima e amplamente garantista. Ainda, pode-se extrair da Constituição a função que o Direito penal deve desempenhar no Brasil, qual seja, a prevenção de novos delitos, bem como evitar punições privadas arbitrárias e excessivas, uma vez que somente o Estado é o detentor do poder (limitado) de punir.

Em que pese a política criminal prevista pela Constituição Brasileira ter caráter pouco intervencionista, existem outras políticas, como por exemplo as de caráter repressivista. Dentre essas, pode-se destacar o modelo penal do inimigo e o movimento lei e ordem. Ambos propõem um direito penal máximo, com a supressão ou relativização de direitos e garantias, ampla criminalização de condutas e penas rígidas e com forte intervenção estatal formal como resposta principalmente aos pequenos delitos, tratando-se o infrator como alguém diferente e não merecedor das mesmas garantias e direitos de quem não seja.

No Brasil, a mídia tem contribuído para a construção e percepção do delinquente como alguém inimigo, diferente e que não merece ser tratado com dignidade. Isso se dá através de uma série de fatores, como a forma como os meios de comunicação de grandes empresas, que detém o monopólio desses, abordam a questão criminal. Há um posicionamento quase que massivo da mídia de que a penalização e criminalização são a solução para o problema da violência e, devido a credibilidade que a imprensa tem frente à sociedade de massa e sendo a forma como a maior parte dessa sociedade conhece a realidade, acaba por influenciar na construção da opinião das pessoas, que aderem ao seu discurso e se apropriam desse.

Há, ainda, uma predileção em veicular notícias relacionadas a crimes. Isso se dá diante de uma sociedade que pode ser caracterizada como “sociedade do risco”, onde o desenvolvimento desenfreado da sociedade industrial moderna expõe quase que diariamente esta sociedade a novos riscos e perigos, que trazem insegurança a população, estando a criminalidade e suas novas formas contempladas neste rol. Frente a isso, a mídia acabou por descobrir na violência um produto altamente rentável e tendo em vista que os meios de comunicação são hoje regidos pelas

regras de mercado, diante da grande demanda, aumentou a quantidade de produto, ou seja, são noticiados cada vez mais fatos criminosos.

Ocorre que esse aumento acabou por gerar uma falsa imagem de que a violência é crescente, aumentando, com isso, a sensação de medo e insegurança na população, que acaba por cobrar medidas rápidas na tentativa de redução da criminalidade. Os legisladores, por sua vez, com intuito eleitoreiro, acabam por tomar medidas superficiais que transmitem a sensação de que estão atentos ao clamor populacional, essas medidas têm efeito meramente simbólico, uma vez que não são capazes de sozinhas, resolverem o problema da violência.

Assim, na ânsia de dar uma resposta rápida à população (eleitores), acabam por ser aprovadas leis que criminalizam cada vez mais novas condutas, aumentam as penas, relativizam direitos e garantias constitucionais e acabam por se distanciar do modelo previsto pelo legislador constitucional, de um Direito penal mínimo e amplamente respeitador da dignidade humana.

A mídia tem uma influência indireta muito grande na elaboração dessas leis. Isso porque, como já dito, é responsável por moldar a opinião pública com a escolha do que noticiar e como noticiar. Fato que pode ficar evidente nas discussões acerca da redução da idade de imputabilidade penal, quando foi dado amplo espaço para opiniões a favor dessa, omitindo-se dados relevantes e discussões profundas que poderiam embasar posicionamentos contra. Como resultado disso, a maioria da população mostrou-se a favor da redução, argumento utilizado para a aprovação da alteração na Câmara dos Deputados.

Ainda se pode citar como sendo fruto da influência midiática o crescente número de casos de linchamento no Brasil, que são quase que diários. A falsa ideia de impunidade que é difundida pelos meios de comunicação, juntamente com a sensação de medo e insegurança e transformação do delinquente em um inimigo, acabam por fazer com que as pessoas se sintam legitimadas a fazer “justiça com as próprias mãos”, aplicando inclusive penas de morte.

Por derradeiro, faz-se necessário, diante do exposto, racionalizar a Política criminal brasileira, vez que o delinquente não deve ser tratado como um inimigo, mas sim como um cidadão como todos os outros, a quem cabem todos os direitos e garantias previstos constitucionalmente e que continuam lhes sendo inerentes mesmo após cometerem algum delito. Isso deve ser observado desde a elaboração das normas penais, perpassando o processo penal até chegar à execução penal, devendo a punição estar dentro dos limites estabelecidos pela Constituição Federal, de forma a garantir que seja minimamente invasiva e amplamente protetora da dignidade humana.

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