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Enquadramento Teórico-Conceptual.

2.1. Fontes Oficiais Nacionais que regulamentam os Planos de Estudo e os Programas das Disciplinas.

2.1.2. Disciplinas na sua organização vertical e horizontal.

No 3.º Ciclo do EB, a articulação vertical e horizontal entre as disciplinas é feita através da organização dos conteúdos/temas por disciplina e, por sua vez, através da sua articulação com as outras disciplinas.

É necessário promover a articulação vertical e horizontal do currículo, no sentido de potenciar a continuidade e o efeito cumulativo das aprendizagens precedentes sobre as posteriores, numa lógica de sequencialidade progressiva. Esta articulação faz-se nas diferentes Estruturas de Orientação Educativa coordenadas pelo Conselho Pedagógico e operacionalizando-se através da execução do PCT.

Deste modo, numa perspectiva de articulação curricular, as Escolas além das reuniões de Departamento Curricular, fazem também reuniões ao nível dos Conselhos de Disciplina (articulação horizontal) e entre todas as disciplinas com continuidade no ciclo subsequente (articulação vertical).

Na articulação vertical (EB/ES) e horizontal (Competências fundamentais básicas a adquirir no 3.º Ciclo) seleccionam-se um conjunto de competências consideradas fundamentais à aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de competências no ES, concluindo-se que as competências a adquirir no EB sejam transversais a várias Áreas Curriculares.

Desta forma, o Conselho Pedagógico é quem aprova as competências a adquirir no EB consideradas fundamentais para o ES.

Como os temas transversais não constituem uma disciplina, os seus objectivos e conteúdos devem estar inseridos em diferentes momentos de cada uma das disciplinas. São trabalhados em ambas, de modos diferentes.

Interdisciplinaridade e Transversalidade alimentam-se mutuamente, pois para trabalhar os temas transversais adequadamente, não se pode ter uma perspectiva disciplinar rígida. Um modo particularmente eficiente de se elaborar os Programas do ensino é fazer dos temas transversais um eixo unificador, em torno do qual se organizam as disciplinas.

No entanto, é importante a definição de linhas orientadoras que permitam a articulação horizontal e vertical de conteúdos. Sendo assim, a Escola deverá:

 Promover espaços de debate/reflexão e partilha de experiências entre os diferentes ciclos através de reuniões inter–ciclos, desenvolvimento de projectos/actividades de articulação pedagógica;

 Proporcionar reuniões inter-ciclos para elaboração de turmas;

 Facilitar reuniões dos Departamentos Curriculares para (re)definição do plano curricular de turma/metodologias de trabalho;

 Incentivar reuniões de departamentos para a definição de metodologias de trabalho e produção de materiais;

 Promover reuniões de Directores de Turma.

As ―Metas de Aprendizagem‖ para o 3.º Ciclo têm o mesmo princípio da gestão horizontal das aprendizagens curriculares das diferentes disciplinas, que permanece pertinente nos níveis de ensino subsequentes, mas no 3 º Ciclo reforça-se a abordagem disciplinar especializada, de modo a garantir o aprofundamento e o rigor das diferentes aquisições do conhecimento científico e cultural, sem prejuízo da necessidade de as equipas de professores trabalharem a especificidade dos saberes, a par do seu carácter complementar, face ao conhecimento e à cultura, e desenvolverem em conjunto a capacidade de interpretação da realidade em que os alunos vivem e agem como cidadãos.

O 3.º Ciclo orienta-se assim, na linha das tendências curriculares dominantes para este nível de ensino no conjunto dos países do mundo ocidental, para a consolidação e aprofundamento de conhecimentos, métodos e competências que permitam o prosseguimento e aprofundamento de estudos e a inserção em percursos de vida activa.

No caso do ES, que é actualmente parte integrante da escolaridade obrigatória, está vocacionado para a especialização das diferentes áreas e disciplinas do conhecimento e para a sua abordagem em maior grau de profundidade, de acordo com as diferentes vias que podem ser seguidas pelos alunos.

Contudo, é necessário desenvolver Competências Gerais hierarquizadas, segundo a sua relevância, comuns aos alunos do 3.º Ciclo do EB e do ES.

Neste contexto, mencionam-se de seguida as 10 Competências Gerais para o 3.º Ciclo do EB, que são Transversais ao ES, do qual à saída da educação básica, o aluno deverá ser capaz de: ―1- Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e abordar situações do quotidiano;

2- Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cultural, científico e tecnológico para se expressar;

3 - Usar correctamente a língua portuguesa para comunicar de forma adequada e para estruturar pensamento próprio;

4 - Usar línguas estrangeiras para comunicar adequadamente em situações do quotidiano e para apropriação da informação;

5 - Adoptar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem adequadas aos objectivos visados;

6 - Pesquisar, seleccionar e organizar informação para transformar em conhecimento mobilizável; 7 - Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões;

8 - Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa; 9 - Cooperar com outros em tarefas e projectos comuns;

10 - Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e interpessoal, promotora da saúde e da qualidade de vida.‖ 4

O desenvolvimento destas competências pressupõe que todas as áreas curriculares actuem em convergência.

Assim, clarifica-se, para cada uma destas competências gerais, a sua operacionalização. Esta deverá ter um carácter transversal.

Compete às diferentes áreas curriculares e seus docentes explicitar de que modo essa operacionalização transversal se concretiza e se desenvolve em cada campo específico do saber e para cada contexto de aprendizagem do aluno.

Explicita-se ainda, para cada competência geral, um conjunto de acções relativas à prática docente que se reconhecem essenciais para o adequado desenvolvimento dessa competência nas diferentes áreas e dimensões do currículo da educação básica.

Para os alunos do ES, as Competências Transversais são as seguintes: ―1 - Intervir de forma crítica e responsável na resolução dos problemas locais;

2 - Contribuir para a resolução de problemas nacionais e internacionais (ter opinião temática);

3 - Seleccionar e gerir a informação, avaliando criticamente as fontes, reflectindo sobre as mensagens recolhidas e ajuizando a sua validade;

4 - Valorizar as tecnologias de informação e comunicação para aprofundar saberes científicos e culturais;

5 - Usar línguas estrangeiras para contactar/compreender outros universos socioculturais;

6 - Mobilizar hábitos de estudo e competências de aprendizagem para uma educação e formação ao longo da vida;

7 - Evidenciar capacidade de compreensão e avaliação de factos e realidades históricas, com um correcto sentido das coordenadas de tempo e espaço;

8 - Compreender de processos evolutivos, mudanças, rupturas, continuidades e persistências;

9 - Desenvolver uma correcta e progressiva estruturação da noção de tempo histórico e de diferentes níveis de duração e ritmo;

10 - Saber relacionar, em especial, a História de Portugal e o respectivo contexto internacional, ponderando articulações dinâmicas, realidades análogas e peculiariedades;

11 - Percepcionar no meio social, no seu sentido mais vasto, mediante a focagem globalizadora específica da História;

12 - Saber valorizar os diversos testemunhos documentais e patrimoniais do passado, reconhecendo a sua relação com as grandes temáticas da história mais formalizada estudada no contexto Escolar; 13 - Aplicar conceitos actualizados na área da compreensão e valorização dos bens patrimoniais, empenhando-se conscientemente na sua defesa e preservação;

14 - Adquirir capacidade e autonomia no acesso, na valorização, na avaliação, no registo e na comunicação de informação relacionada com a História;

15 - Relacionar e integrar informações de origem diversa num corpo estruturado de conhecimentos, moldando a sua própria percepção da História, por via de uma aprendizagem significativa;

16 - Exercitar uma prática de recolha e organização da informação, a partir de fontes de natureza diversa e procedendo ao cruzamento crítico de testemunhos;

17 - Desenvolver capacidades de questionamento e de reflexão crítica;

18 - Desenvolver, em geral, as diversas competências como forma de preparação para a vida futura numa sociedade aberta que confronta os cidadãos com escolhas;

19 - Saber intervir de forma autónoma e responsável em contextos diversos (na Escola e no meio), interiorizando valores de cidadania e convivência democrática;

20 - Consolidar uma cultura pessoal integradora que lhe permita reflectir sobre as realidades do mundo actual, nas suas múltiplas dimensões;

21 - Manifestar iniciativa e capacidade criativa, nas diversas oportunidades de intervenção e formas de expressão;

22 - Adquirir um domínio consistente das competências comunicativas, com especial incidência na capacidade de utilizar, com clareza e correcção, em contextos diversos, a língua portuguesa (falada e escrita).‖ 5

2.1.3. Programa das disciplinas que configuram especializações em Artes