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Neste capítulo dá-se espaço à discussão dos factos relatados na estatística descritiva e dos resultados obtidos pelo modelo probit aplicado, com base na revisão da literatura. De notar que, o modelo estimado correlaciona diferentes características da empresa e os 4 grupos de barreiras identificados com a perceção geral das vantagens do cluster, pelo que as suas conclusões são, por um lado mais ricas e por outro, diferentes das conclusões obtidas a partir da análise descritiva. As duas análises são, portanto, complementares.

Tal como foi possível verificar, algumas das barreiras identificadas pela literatura como barreiras de dificuldade alta não foram reconhecidas como tal na presente investigação. Este acontecimento pode estar relacionado com o facto de as empresas do estudo estarem localizadas num cluster, o que lhes fornece um conjunto de vantagens que minimizam algumas das potenciais barreiras à exportação (Milanzi, 2012). Em concreto o caso de V7 – “pouca adaptação dos produtos da empresa ao mercado externo”, esta destaca-se como sendo a barreira mais baixa de todas, facto que contraria a literatura na medida que esta barreira não é muito sentida pelas empresas do cluster (Tesfom e Lutz, 2006). Contudo, sugere a capacidade de adaptação e inovação de produtos por parte das empresas do cluster para responder aos mercados destinos (Rocha et al., 2009).

Por outro lado, as “poucas atividades promocionais/visibilidade da empresa nos mercados externos” e a “escassez de pessoal com experiência internacional” revelaram-se barreiras de exportação de dificuldade elevada. Estes obstáculos são muitas vezes o reflexo das características e dos recursos ao dispor da empresa, nomeadamente, ao nível da sua capacidade de inovação, dos recursos de gestão vocacionados para a orientação internacional e da sua capacidade de marketing, realçando a importância da experiência exportadora da administração na propensão da empresa à exportação (Haddoud, et al., 2018).

No que respeita às vantagens do cluster, “a empresa beneficia de apoio nos procedimentos à exportação prestado pelas instituições do cluster” foi a vantagem menos reconhecida. Vários fatores podem estar na origem deste dado, destaca-se o facto de o reconhecimento oficial do

cluster ainda estar pendente de aprovação, por conseguinte o governo não cria tantos apoios

nem incentivos para a região, aliado ao facto de os principais mercados de exportação serem da Zona Euro, que pela sua natureza são mercados fáceis em termos de procedimentos burocráticos e acesso, de modo que as empresas não beneficiam tanto das potencialidades

44 do cluster (Direção Geral das Atividades Económicas, 2017). Outra das vantagens mais defendidas pela literatura consiste no facto de “pertencer ao cluster facilita o acesso a matéria- prima e fornecedores”, contudo tal não foi reconhecido pelos respondentes. Este facto pode ser o reflexo de mais de 50% do fornecimento das empresas do setor ser oriundo de Espanha e não fornecimento local (Direção Geral das Atividades Económicas, 2017).

Uma das vantagens proeminentes na literatura do cluster trata-se de “a existência de empresas exportadoras, no cluster, incentivar outras empresas a exportar” (Felzensztein et al., 2019), as empresas do cluster em estudo suportam esta ideia na medida em que se revelou a vantagem com maior média de concordância. Deste modo, verifica-se que as empresas locais podem beneficiar de conhecimento e informação através do efeito spill-overs (Krugman, 1991), confirmando que uma empresa pode efetivamente beneficiar da presença de concorrentes locais (Porter, 1998b).

Por ordem decrescente de médias, os grupos das barreiras ordenam-se da seguinte forma: barreiras processuais e governamentais, barreiras conhecimento e informacionais, barreiras de recursos e por fim, barreiras de marketing. Na mesma lógica, os grupos das vantagens do

cluster ordenam-se da seguinte forma: vantagens conhecimento e informacionais, vantagens

de marketing, vantagens de recursos e por último, vantagens processuais e governamentais. Logo à partida, constata-se que os grupos de barreiras, nos quais as empresas identificam maiores dificuldades não são os homólogos aos que os respondentes identificaram mais vantagens proporcionadas pelo cluster. Este facto é pertinente na medida em que permite perceber onde é que as empresas enfrentam maiores dificuldades no processo de exportação e por outro, em que áreas o cluster tem oferecido mais ajuda.

O objetivo principal desta investigação visa estabelecer uma relação entre os 4 tipos de barreiras à exportação enfrentadas pelas empresas com a sua perceção do cluster, ao nível das vantagens que este oferece. Após a estimação do modelo probit, o cálculo dos efeitos marginais permite explicar os resultados obtidos para cada uma das hipóteses formuladas. Em relação à hipótese H1, conclui-se que na existência de barreiras de recursos, existe uma probabilidade superior de perceção do cluster vantajosa, relativamente às empresas que não identificam essas mesmas barreiras. Este facto suporta a literatura na medida, as empresas reconhecem as vantagens do cluster no que toca às barreiras de recursos, inferindo-se que o

cluster facilita o acesso a recursos, tais como matéria-prima, fornecedores, mão de obra

45 quando enfrentam estas dificuldades (Porter, 1998b; Rocha et al., 2009; Zen et al., 2011). Deste modo, verifica-se que H1 é suportada.

No que concerne à hipótese H2, na presença de barreiras informacionais e de conhecimento, estima-se que há uma probabilidade inferior de a perceção de cluster ser vantajosa, relativamente à não existência dessas mesmas barreiras. Assim, se depreende que, na deteção deste tipo de barreiras em particular, as empresas não reconhecem as vantagens do cluster. Desta forma, H2 não foi suportada pelo modelo estimado. Torna-se relevante referir que o grupo das vantagens de conhecimento e informacionais apresenta a maior média dos 4 grupos, contudo, as empresas não identificam o cluster como vantajoso quando encaram estas barreiras. A explicação pode estar relacionada com o facto de a “falta de informação para analisar os mercados externos”, uma das variáveis que compõe este tipo de barreiras, ter sido identificada como a barreira com maior concentração de respostas do tipo de dificuldade “alta” ou “muito alta” e as vantagens do cluster não serem suficientes para superar este obstáculo.

Em relação à hipótese H3, quando as empresas enfrentam barreiras de marketing, existe uma probabilidade superior de o cluster ser visto como vantajoso, comparativamente à não existência dessas barreiras. Deste modo, as empresas reconhecem que o cluster pode auxiliar o processo de internacionalização das empresas, especialmente quando estas enfrentam obstáculos ao nível do marketing internacional durante o seu processo de exportação (Zyglidopoulos et al., 2006), pelo que se pode afirmar que empresas que defrontam este grupo de barreiras admitem que o cluster é vantajoso. Conclui-se que H3 é suportada.

Tendo em conta a hipótese H4, na presença de barreiras processuais e governamentais, há uma probabilidade superior da perceção de cluster ser vantajoso, relativamente à não existência dessas mesmas barreiras. De notar que este grupo de barreiras se apresenta com a maior média de dificuldades e, por outro lado se apresenta como o grupo de vantagens como menor média. Contudo, infere-se que o aglomerado de vantagens promovidas dentro do

cluster no sentido de ultrapassar dificuldades relacionadas com procedimentos à exportação,

burocracias e diferenças culturais são efetivamente reconhecidas (Leonidou, 2004; Rocha et

al., 2009). Assim, H4 é suportada.

Comparando as hipóteses H1, H3 e H4, torna-se relevante mencionar que as barreiras de

marketing são as que aumentam mais a probabilidade de perceção do cluster ser vantajosa,

46 partir desta análise, é possível verificar o impacto de cada barreira na perceção das vantagens do cluster, o que é pertinente, por um lado, para inferir em que tipo de barreiras as empresas reconhecem maiores vantagens do cluster e por outro, para que grupos de barreiras o cluster deve promover mais iniciativas, no sentido de ajudar as empresas no seu processo de internacionalização.

Relativamente à hipótese H5, estima-se que as empresas que, no geral, enfrentam barreiras à exportação tenham uma probabilidade superior de perceção de cluster ser vantajosa, quando comparadas com empresas que não têm estes obstáculos no desenvolvimento da sua atividade exportador. Esta hipótese é pertinente uma vez que fornece uma visão geral sobre a influência das barreiras na perceção das vantagens do cluster e, o seu resultado corrobora a literatura do cluster. Deste modo, H5 é suportada.

No que respeita à hipótese H6, infere-se que as empresas que estabeleçam frequentemente contacto com as várias associações do cluster tenham uma probabilidade superior de perceção de cluster vantajosa comparativamente às que não têm esta interação de modo frequente. Pode-se afirmar as associações de apoio ao cluster, tais como AEPF, AIMMP, AICEP, IAPMEI, APEIEMP e APIMA facilitam a internacionalização das empresas do

cluster (Felzensztein et al., 2019). Assim, H6 é suportada.

Por último, em relação à hipótese H7, estima-se que as empresas que estabelecem frequentemente contacto com universidades e centros de inovação do cluster têm uma probabilidade superior de perceção de cluster vantajosa, relativamente às que não têm esta interação de modo frequente. Pelo que há um reconhecimento do papel das entidades de inovação e desenvolvimento no processo de exportação das empresas do cluster. Deste modo,

H7 é suportada.

No que concerne a H6 e H7, torna-se relevante mencionar que a probabilidade estimada de perceção de cluster ser vantajosa é superior quando a empresa interage de modo frequente com associações do cluster do que com universidades e centros de formação. Este facto não surpreende pois, é da iniciativa das associações comerciais do cluster que surgem eventos e iniciativas, cujo principal objetivo é fortificar o crescimento e competitividade do cluster (Osarenkhoe & Fjellström, 2017). Enquanto que, o contacto com universidades e centros de formação tem de surgir, por norma, via iniciativa ou necessidade da própria empresa, o que exige que os gestores e administradores estejam dispostas a investir tempo e recursos limitados na exploração destas oportunidades (Leonidou, 2004).

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Conclusão

Principais resultados e conclusões

O presente estudo procurou estabelecer uma relação entre as barreiras à exportação que as empresas enfrentam e a perceção do cluster como ferramenta que oferece vantagens às empresas para ultrapassar estas mesmas barreiras. Dada a escassez de estudos similares, foi estabelecido um paralelismo entre as barreiras à exportação e as vantagens que o cluster pode oferecer às empresas nele instaladas. Deste modo, o estudo desenvolveu-se a partir do pressuposto de que as barreiras à exportação influenciam a perceção dos respondentes relativamente às vantagens do cluster.

A análise descritiva permitiu identificar as principais barreiras que as empresas do cluster do mobiliário português enfrentam durante o início ou desenvolvimento da atividade exportadora, sendo estas: “Poucas atividades promocionais/visibilidade da empresa nos mercados externos”; “Escassez de pessoal com experiência internacional”; e “Falta de incentivos financeiros/fiscais à exportação”. Por ordem decrescente de médias de grau de dificuldade, o grupo das barreiras processuais e governamentais é o mais alto, seguido das barreiras de conhecimento e informacionais, barreiras de recursos funcionais e barreiras de

marketing. Os resultados permitiram identificar que determinadas características estruturais

da empresa, nomeadamente a dimensão, afetam o modo como as empresas percecionam as barreiras à exportação. De modo geral, as pequenas empresas sinalizam os níveis mais altos de dificuldades para as barreiras, seguido do grupo das microempresas e, por último das médias empresas.

O estudo identificou a existência de relações verticais e horizontais no cluster, dado que os agentes do cluster com os quais as empresas contactam mais regularmente são fornecedores de matérias primas e equipamentos, retalhistas, distribuidores e outras empresas do setor. Também foi possível verificar que micro e pequenas empresas contactam pouco com as associações ao cluster, contrariamente às médias empresas, o que tem impacto na sua perceção das vantagens decorrentes do cluster no processo de exportação.

O estudo nomeou as principais vantagens do cluster para os respondentes, sendo estas: “A existência de empresas exportadoras, no cluster, incentiva outras empresas a exportar”; “A reputação internacional do cluster aumenta a visibilidade da empresa”; “Pertencer ao cluster ajuda na identificação de oportunidades de negócios internacionais”; e “Pertencer ao cluster

48 contribui para o aumento da experiência internacional dos gestores”. Por ordem decrescente de grau de concordância com as afirmações sobre as vantagens do cluster, apresentam-se as vantagens de conhecimento e informacionais, seguidas das vantagens de marketing, vantagens de recursos e por último, vantagens de processuais e governamentais.

O modelo probit desenvolvido permite responder à questão central “Qual a perceção das empresas

sobre as vantagens do cluster na presença de barreiras à exportação?”, indicando que quando as

empresas respondentes identificam barreiras à exportação, existe uma maior probabilidade de as empresas terem uma perceção vantajosa do cluster, do que quando não enfrentam barreiras à exportação. Este facto confirma que o cluster apresenta vantagens às empresas como ferramenta para ultrapassar os obstáculos à exportação. Contudo, os resultados diferem quando analisamos cada grupo de barreiras de modo individual, constando-se que as barreiras de marketing são as que aumentam mais a probabilidade de perceção do cluster ser vantajosa, seguida das barreiras processuais e governamentais e por último, as barreiras de recursos. A partir desta análise, é possível verificar o impacto de cada barreira na perceção das vantagens do cluster, o que é relevante, tanto para inferir em que tipo de barreiras as empresas reconhecem maiores vantagens do cluster, como para em que grupos de barreiras o

cluster deve investir mais recursos no sentido de ajudar as empresas no seu processo de

internacionalização. Torna-se pertinente salientar que, apesar do grupo das barreiras processuais e governamentais ter sido o grupo onde as empresas identificaram maiores dificuldades, este não se revelou o grupo que aumenta mais a probabilidade de perceção vantajosa do cluster. A explicação pode ainda estar relacionada com o facto de a “falta de informação para analisar os mercados externos”, uma das variáveis que compõe este tipo de barreiras, ter sido identificada como a barreira com maior concentração de respostas do tipo de dificuldade “alta” ou “muito alta”, sendo o grupo com maior média nas barreiras, mas por outro, ser o grupo com média mais baixa nas vantagens do cluster.

Através do modelo, foi ainda possível concluir que empresas que contactam frequentemente com associações, universidades e centros de inovação tem maior probabilidade de ter uma perceção vantajosa do cluster. Este desfecho salienta a importância destas entidades do cluster, sugerindo que estão a desempenhar funções ativas quando são contactadas pelas empresas e que, têm efetivamente impacto na perceção das empresas relativamente às vantagens decorrentes da sua localização e meio negocial envolvente.

49 Limitações e sugestões para trabalhos futuros

Tal como os demais, a investigação deparou-se com algumas limitações. O questionário obteve uma taxa de resposta de 23%, valor que está dentro dos valores obtidos por outros estudos que recorrem a questionário como instrumento de recolha de dados. Contudo, uma amostra maior poderia abrir portas para análises mais exaustivas. Ainda em relação ao questionário, as respostas “média” ou “indiferente” também se revelaram uma limitação, uma vez que muitos respondentes optam por este tipo de resposta por falta de disponibilidade ou conhecimento. Em segundo lugar, o estudo não conseguiu estabelecer uma relação direta entre cada barreira com a vantagem correspondente, mas sim uma relação entre os quatro grupos de barreiras e a perceção geral do cluster. Este método de análise pode ocultar factos relevantes de certas vantagens ou barreiras em particular. Nesse sentido, futuros estudos são precisos para obter análises mais detalhadas.

Com vista a aumentar a precisão da análise, poderia ter sido útil solicitar os valores exatos do número de trabalhadores, das vendas e das exportações e ainda, a identificação dos países destino. Contudo, estes dados não foram solicitados porque verificou-se alguma resistência por parte dos respondentes na partilha deste tipo de informações.

Contribuições e implicações

Em suma, a presente investigação pretende dar um contributo teórico e empírico à literatura científica sobre o impacto das barreiras à exportação na perceção das vantagens que o cluster oferece às empresas nele instaladas. O contributo teórico resulta da literatura usada para fundamentar a analogia estabelecida entre as barreiras à exportação e o cluster e, ainda no desenvolvimento de duas matrizes, uma de identificação do grau de dificuldade associado às barreiras à exportação e uma outra matriz de vantagens resultantes da instalação da empresa num cluster. O contributo empírico resulta do desenvolvimento e da aplicação do modelo econométrico testado no cluster do mobiliário português.

Apesar das limitações identificadas, este estudo abre portas a investigações futuras e dá luzes às entidades do cluster sobre as políticas a tomar. As entidades deverão desenvolver medidas ao nível da visibilidade internacional das empresas, da formação de pessoal com experiência internacional e ainda, atrair incentivos financeiros e fiscais à exportação, pois foram as principais barreiras detetadas. Adicionalmente, visto que os inquiridos não reconhecem o

cluster como vantajoso quando enfrentam barreiras informacionais e conhecimento, as

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