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Distribuição de Frequência do Perfil do Entrevistado

4.1 Análises Descritivas através da Distribuição de Frequência

4.1.1 Distribuição de Frequência do Perfil do Entrevistado

Foram entrevistadas 314 pessoas das cidades de Horizontina, Três de Maio, Santa Rosa, Santo Ângelo e Santo Cristo. O requisito básico para a realização da pesquisa era a necessidade do entrevistado já ter acessado a Internet algumas vezes. Dessas 314 pessoas, a grande maioria eram jovens (figura 4), sendo 29% dos entrevistados com idades entre 21 e 30 anos, 16% entre 11 e 20 anos. A média de entrevistados com idade entre 31 e 40 anos e entre 41 e 50 anos ficou em 19% para ambas as faixas de idade. Para fazer uma comparação, foram realizadas entrevistas com pessoas entre 51 e 60 anos ou mais de 60, o que corresponde respectivamente 9% e 8% dos entrevistados.

Figura 4 – Idade

Fonte: Dados da pesquisa (2014).

11 - 20 anos 16% 21 - 30 anos 29% 31 - 40 anos 19% 41 - 50 anos 19% 51 - 60 anos 9% 60 em diante 8%

Figura 5 – Sexo

Fonte: Dados da pesquisa (2014).

Como a pesquisa tinha o objetivo de saber o comportamento do consumidor perante as transações on-line, foram realizadas entrevistas com pessoas de ambos os sexos, para poder então comparar os comportamentos entre homens e mulheres (figura 5), e para isso, 54% dos entrevistados foram do sexo feminino e 46% dos entrevistados foram do sexo masculino. Para esse percentual o procurou-se manter uma margem aproximada para só assim poder cruzar as informações e obter um resultado satisfatório. Dentre os entrevistados levantou-se também que (figura 6) 51% eram solteiros, 39% casados e os demais, divorciados com apenas 8% e viúvos completando a lista com 2%.

Figura 6 – Estado Civil

Fonte: Dados da pesquisa (2014).

46% 54% Masculino Feminino 39% 51% 8% 2%

Por se tratar de um trabalho acadêmico, entrevistou-se a grande maioria no ambiente escolar o que refletiu (figura 7) a soma de 40,8% do total dos entrevistados possuem ensino superior completo, seguidos de 22,9% com ensino superior incompleto e na sequencia surge os entrevistados que possuem apenas o ensino médio completo com o percentual de 20,1%. Os demais, que seriam os entrevistados que possuem ensino médio incompleto, ensino fundamental completo e incompleto, somam 7,6%, 4,5% e 4,1% respectivamente.

Figura 7 – Grau de Instrução

Fonte: Dados da pesquisa (2014).

Quanto à segmentação dos e-consumidores, as pesquisas mais recentes encontradas na bibliografia foram realizadas pela e-bit e pelo IBOPE, ambas no ano de 2010. Na pesquisa do e-bit aponta uma igualdade entre homes e mulheres que utilizam o comércio eletrônico (50% para cada sexo). Já na pesquisa IBOPE (Pesquisa TG.net – IBOPE Nielsen On-line – 2010) aponta uma leve tendência à predominância masculina entre os e-compradores (54% contra 46% de mulheres). A pesquisa TIC Domicílios (2012) revela que a população brasileira apresenta um

4,1 4,5

7,6

20,1 22,9

predomínio feminino: 52% da amostra é composta por mulheres e 48% por homens. Estes números guardam uma proporcionalidade com o resultado da pesquisa realizada.

Já em relação ao estado civil dos e-consumidores, a Pesquisa TG.net – IBOPE 2010 aponta uma discreta superioridade dos solteiros em relação aos casados. Enquanto o primeiro grupo tem 49% do total, o segundo fica com 41% e os 10% restante estão distribuídos entre divorciados e viúvos.

Segundo a pesquisa TIC Domicílios (2012), o público consumidor que faz compras pela Internet é majoritariamente adulto, sendo que as principais faixas de destaque são as de 25 a 34 anos com 29% e de 35 a 44 anos com 27%. Quando se analisa os adolescentes (de 10 a 15 anos), tem-se praticamente uma nulidade, pois a maior parte destes não possuem renda ou acesso à cartões de crédito ou débito. Eles figuram com apenas 4% do total, porém, são potenciais compradores futuros, visto que são bem familiarizados à ferramenta.

Por fim, com relação ao grau de instrução dos e-consumidores, não encontramos nenhum material bibliográfico, porém, a pesquisa TIC Domicílios (2012) aponta que a população brasileira está assim composta: 7% são analfabetos ou cursam educação infantil, isto é, completaram até o pré-primário. Outros 50% possuem ensino fundamental completo, 30% cursaram o ensino médio e 13% possuem ensino superior.

Figura 8 – Renda Familiar

Fonte: Dados da pesquisa (2014).

12% 22% 50% 16% Até R$ 1449,99 De R$ 1.450,00 a R$ 2.899,99 De R$ 2.900,00 a R$ 7.249,99 De R$ 7.250,00 a R$ 14.499,99

A renda familiar esta dividia em classe social de acordo com os valores retirados das pesquisas realizadas pelo IBGE (figura 8), sendo que, 50% dos entrevistados possuem uma renda familiar entre R$ 2.900,00 a R$ 7.249,99, classificado na classe social C. Em seguida vem a classe social D, originada nos 22% dos entrevistados que possuem rendas de R$ 1.450,00 a R$ 2899,99. Após, com 16% dos entrevistados a classe social B, com renda familiar de R$ 7.250,00 a R$ 14.499,99. E no restante, somando 12% então inseridos os entrevistados na classe social E com renda familiar até R$ 1.449,99.

A pesquisa TIC Domicílios (2012) revela de 44% da população brasileira declarou que possui renda até dois salários mínimos, 19% tem renda entre 2 e 3 salários mínimos, 15% entre 3 e 5 salários mínimos e 8% com renda entre 5 e 10 salários mínimos.

Figura 9 – Conhecimento em Inglês

Fonte: Dados da pesquisa (2014).

Entende-se como necessário classificar os entrevistados quanto ao seu conhecimento da língua inglesa, uma vez que o surgimento da Internet teve origem nos Estados Unidos e a grande evolução dela se concentra em países que adotam o inglês como idioma oficial. Diante isso, a maioria dos entrevistados (figura 9), cerca de 49% não têm qualquer conhecimento do idioma e ainda demonstra que a maioria

49% 20% 2% 22% 7%

Conhecimento em Inglês

Nenhum ou Muito Pouco Consigo Ler Razoavelmente Consigo Ler Bem Consigo Ler e Falar Razoavelmente Consigo Ler e Falar Bem

da população tem dificuldade em falar inglês pois 20% dos entrevistados apenas consegue ler razoavelmente enquanto 22% consegue ler e falar razoavelmente sobrando apenas 7% dos entrevistados que conseguem ler e falar fluentemente.

Segundo reportagem do Jornal O Globo (2013), apenas 5% da população brasileira domina o idioma inglês, de acordo com levantamento feito pelo British Council. Além disso, em um estudo do site vagas.com feito com 37.389 candidatos a empregos em 12 estados mostrou que 51% informaram ter inglês avançado ou fluente para escrita e leitura. Porém, destes, ficou provado, após teste de proficiência, que somente 36% podem ser considerados avançados ou fluentes.

Tabela 2 - Grau de Concordância de Determinadas Afirmações Grau de concordância com as seguintes afirmações

Discordo

Não Concordo

Nem Discordo Concordo

1. Não gosto de ter que gastar tempo levantando informações sobre

produtos 53,3% 22,2% 24,5%

2. Acho importante poder comprar sem ter que sair de casa 12,1% 19,4% 68,5%

3. Poder fazer compras rapidamente é fundamental para mim 15,0% 30,3% 54,7%

4. Aceito novas ideias com facilidade 15,6% 39,8% 44,6%

5. Sou o primeiro a testar e comprar coisas novas 54,2% 35,0% 10,8%

6. Eu frequentemente faço compras não planejadas 60,2% 20,4% 19,4%

7. Eu gosto de comprar coisas por impulsos, sem pensar muito 61,9% 29,0% 9,1%

8. Eu sempre me mantenho dentro das minhas listas de compras 28,6% 33,8% 37,6%

9. Eu diria que sou uma pessoa com pouco tempo para compras 30,4% 40,1% 29,5%

10. Gosto de comparar preços e produtos 18,4% 21,3% 60,3%

11. Só compro o produto pelo preço 43,7% 39,8% 16,5%

12. Só compro o produto pela marca 41,7% 41,1% 17,2%

13. Tenho medo de comprar produtos pela Internet 60,3% 21,6% 18,1%

14. Não tenho tempo para ir até a loja 35,9% 39,2% 24,9%

15. Acho mais barato os produtos pela Internet 13,7% 15,0% 71,3%

16. Compro somente de sites conhecidos 7,5% 14,5% 78,0%

17. Gosto de receber informações de produtos em meu perfil nas

redes sociais 48,7% 29,3% 22,0%

Fonte: Dados da pesquisa (2014).

Tentando aprofundar mais sobre o perfil e as atitudes dos consumidores, foi apresentado uma serie de afirmações para ver o grau de concordância dos entrevistados, conforme apresentado na tabela 2, a afirmação que mais chama atenção pelo grau de concordância é a de número 16: compro somente de sites conhecidos. Essa afirmação teve o percentual de concordância de 78%, algo muito superior ao seu percentual de discordância que foi apenas de 7,5%. Outra afirmação mais relevante foi a de número 15: acho mais barato os produtos pela Internet, com

um percentual de concordância de 71,3%. Com 60,3%, a afirmação número 10: gosto de comparar preços e produtos. Essas demonstram que os entrevistados estão dando mais atenção para os produtos vendidos pela Internet. Uma que o acesso de informações e as fontes de comparações de valores são mais rápidas e eficazes; não muito distante com uma soma de 68,5% de concordância a afirmação de número 2: acho importante poder comprar sem ter que sair de casa. E a afirmação de 3: poder fazer compras rapidamente é fundamental para mim com um percentual de 54,7%. São as afirmações chaves para quem compra pela Internet, pois como já dito anteriormente as pessoas estão cada vez com menos tempo e as compras pela Internet possibilitam essa flexibilidade e adequação no seu dia a dia.

Porem as afirmações que apresentam mais discordância são as de número 13: tenho medo de comprar produtos pela Internet, e 17: gosto de receber informações de produtos em meu perfil nas redes sociais. Essas duas afirmações obtiveram percentual de 60,3% e 48,7% respectivamente, o que demonstra que, por mais que as pessoas concordam que os produtos pela Internet são mais baratos e por menos tempo que possuem para correr atrás dos produtos, elas ainda se mantem com medo de investir ou compra algo que não possam ver ou tocar, e mais não gostam de utilizar seus espaços sociais para receber informações de produtos e serviço.

Mas nem todo grau de concordância elevado pode ser considerado ruim. E é ai que entra as questões de numero 6: eu frequentemente faço compras não planejadas. E a 7: eu gosto de comprar coisas por impulsos, sem pensar muito, com percentuais de discordância de 60,2% e 61,9% respectivamente. Como o próprio enunciado da questão afirma, as pessoas não tem o costume de realizar compras não penejadas e por impulso, o que é bom, pois assim elas acabam comprando de lojas serias garantindo sua compra e não perdendo o seu dinheiro, o que fara com que ela acabe mudando seu habito e comprando mais pela Internet.

Conforme pesquisa realizada por Morgado (2003), de 302 pessoas entrevistadas, 205 (67,88%) responderam que acham importante poder comprar sem ter que sair de casa; de 303 entrevistados, 206 (67,98%) responderam sim ao seguinte questionamento: poder fazer compras rapidamente é fundamental pra mim. Igual quantidade de respondente e percentual (206 respostas – 67,98%) se verificou na seguinte questão: compradores on-line têm maior propensão à inovação? E

também os mesmos números (206 respostas de 303 questionamentos – 67.98%) foram obtidos para a questão: compradores on-line são mais impulsivos?

Já para as questões: compradores on-line utilizam mais a Internet para levantar informações sobre produtos e serviços antes de comprar e compradores on- line utilizam mais a Internet para buscar ofertas e pesquisar preços, foram encontrados números idênticos, ou seja: de 346 pessoas entrevistadas, 229 (66,18%) responderam positivamente àqueles questionamentos.

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