L[C,E.1-lD,A.:
1 _ QU/.,ílTOf> D1' CÍI.. �L�ltO· C.._íll<IL \l!LL,I,. IV.l!.EL 2. _ R. !>OUZ.A f l<.ANCO
3- R. BI.MO DE 1-'.ESOUÍTilo. ( A.\.\í [5H ... t>,A. t>O A\.\t:>,'.RA"Y) 4_ e,p. 2B PE SETEM!!>RD 5 _ R. (,ONHG,A BASíO':l 6- ALDÊ,'. C.Al'\i'l�T"- O � A 5 QUA.R.TOS. • S A �O .QU,'R T05 O 40 A �S OUART05 e 3'- QUA.R.10S . 48.
. 4 9 .
crescente diminuição do número de quartos nos fundos dos ter renos, e mesmo a desaparição de muitos dos antigos lã existen
tes. Compelidos por impedimentos cada vez maiores , causados
pela política higienista então vigente(l O ), esse tipo de habi
tação tende a sofrer uma evolução e constituir -se de origem das futuras avenidas( l l ) _
em ponto
Esta evolução cor responde a mudanças nas condições
da cidade, como veremos em seguida, que estabelece que novas
necessi dades e valores da sua população sejam melhor respondi dos por este novo tipo de habitação.
Concretamente alguns casos serao transformados e através de acréscimos caracterizarão não mais cortiços ou es talagens, mas avenidas.
E o caso do proprietãrio de "quatro casinhas no fun do do seu ter reno",que em 1 9 01 solicita a construção de cozi nhas e W. C. nos seus prédios.
________ ,44-.90- ---
�--- 3�00 ---">
í
i
.1
--,
. 5 0 .
Nota s :
1 . Os préd i os constru idos pel a C i a. Arch i tec tôni ca em 1 8 75 e
mesmo em 1 885 possuem um al to va l or l ocat i v o se comparado ã ma i ori a dos préd i os constru idos no l ocal nesta data. I mpo�
to Pred i al. AGCRJ .
2. E Noronha Santos ( 1 9 3 4 ) quem nos dã a i nformação da prese� ça das pri me i ras casas de comerc i o no l oteamento da C i a . Ar chi tectôn i ca j ã em 1 8 7 4. Também el e refere-se ã ex i stênc i a dos doi s hoté i s : o Cardeau e o Darny .
3. " Cort i ço é uma hab i tação colet i va , geralmente const i tuida por pequenos quartos de madei ra ou construção l i gei ra , al
gumas vezes i nsta l ados nos fundos de préd i os e ou tras ve zes uns sobre os ou tros , com varandas e escadas de d i fíc i l
corre
acesso ; sem coz inha , ex i st indo ou não pãt i o , ãrea ou dor , com aparelho sani tãri o e lavanderi a comum.
Estalagem
e
uma hab i tação colet i va onde geralmente hã um p �t i o , ãrea ou corredor , ma i or ou menor , com quartos uni ou b i - 19tera i s , d i v i d i dos em salas e alcova , tendo coz inha in terna ou ex terna , com aparel hos san i t ãri os comuns e lavan deri as i nstal ados nos pãt i os e quase sempre por mei o de t i nas. " ( Vaz , 1 9 83 ) .
-
4. Dados referentes as princ i pais freg ues i as do R i o de Janei ro
na década de 1 8 80 :
Fregues i a Sant ' Anna - 3 92 hab i tações co l et i vas com 4 . 24 1
quartos ;
Fregues i a do Engenho Velho ( da qual o d i stri to do Andarahy faz parte ) -8 5 hab i tações colet i vas com 8 5 9 quartos.
Inspetori a Gera l de H i g i ene - Parecer sobre as Es ta lagens e Cortiço s . . . c i tado em El ia , ( 1984 ) .
5. Para um conhec i mento detalhado do processo de ocupação por cort i ços na ãrea central ,ver o traba lho de L il i an Vaz (1983 ).
1
. 51 .
tiços do 29 Distrito da Freguesia do Engenho Velho pela Se cretaria de Policia da Corte em 1881", relativo a Villa Iza bel: 11 no lugar onde foi outr ' ora senzala da fazenda ,
hoje estalagem e lavanderia, hã 24 casinhas , e no plano po� terior existem 11 casinhas contiguas ãs anteriores d ' esse
plano com frente para um terreno pantanoso da rua
Celso. " CÕdice 43- 1- 26. AGC RJ. Affonso
7. Em 1880 encontramos ã rua Souza Franco uma pedreira, uma fã
brica de cerveja e uma fãbrica de pianos. Almanaque Laem-
mert, 1880. AGC RJ.
8. "A renda de monopÕlio, enquanto renda da terra urbana, de corre da existência de localização que confere aos que as ocupam o fornecimento de determinadas mercadorias." Singer,
(19 78) .
9. Luiz Gonzaga Souza Bastos possui 10 quartos na sua proprie dade ã Rua Gonzaga Bastos. Guilherme e Eduardo Maxwell Rud ge possuem 10 quartos na Rua Barão de Mesquita. Ambos são
herdeiros da chãcara do_ Maxwell. Imposto Predial. AGC RJ.
10. A proibição expressa da construção de novos cortiços aliada ao impedimento de obras de consertos ou reparações dos
existentes sõ se dã por Decreto nQ 39 1, com força de lei .
-
Ja
de 10/02/ 1903. No entanto, desde 1855, inicia-se uma serie de medidas voltadas ao combate dos cortiços na cidade apoiada por uma politica higienista que tende a fortalecer-se atê o inicio do sêculo XX. (Grupo de Pesquisas em Habitação e Uso do Solo , 1984).
11. A avenida diferencia-se basicamente dos cortiços e estala gens pela presença de cozinha, W.C. e quintal privativo p� ra cada unidade de habitação construida.
t
de 20 de abril de 1896 o lQ Decreto (Decreto n9 244) que regula a construção de casas para proletários nos distritos da Gâvea, São Cristõvão, Engenho Velho, Engenho Novo e su burbios, no qual estão caracterizadas as avenidas. (Ama ral & Silva, 1906)� .52. 3. Integração de Villa Izabel ã malha urbana(1885/1920) a
presença das vilas operárias e avenidas
O período que vai de 1890 a 1915 corresponde ao m� mento de muitos pedidos de abertura de ruas e ao processo in tenso de parcelamento de terras na ãrea estudada. Estes proc� dimentos ocorrem tanto nos terrenos jã loteados e com arruamen to bãsico (loteamento da Cia. Architectônica e Aldea Campis - ta), como nas chãcaras restantes (do Andarahy Grande), ainda não desmembradas, visando valorizar os terrenos e principalme� te possibilitar que ai sejam construidos prédios.
Uma rãpida investigação das condições prevalecen - tes na cidade como um todo permite-nos identificar alguns dos
fatores mais gerais que propiciam este desenvolvimento.
Este
e
o período que os autores interessados nahistõria econõmica da cidade descrevem como sendo de uma eco
nomia de transição(l) , caracterizado pela centralização sempre
crescente do excedente produ�ido pela agro-exportação nas mãos de uma burguesia comercial localizada na cidade. A sua impli
cação para a urbanização da cidade
e
a presença de uma concentração de capitais disponíveis para serem aplicados nas ativi
dades urbanas(2).
A decadência da cultura cafeeira do Vale do Paraí ba reforça ainda mais estas condições, causadas pelo desinte resse de aplicação de capitais nesse setor.
O aumento das atividades econômicas, aliado ainda ã liberação dos escravos, atraem migrantes (das antigas fazen das decadentes) e imigrantes para a cidade, gerando um grande
aumento da população(3).
Estas condições dizem respeito também ã
incorporada pelo Estado. A salubridade da cidade
e
mais uma preocupação constante no discurso oficial,
ideologia cada vez traduzido
.53.