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IDENTIFICAÇÃO DE ELEMENTOS RELACIONADOS À VIGILÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DE BEBÊS NO ENSINO DE PEDIATRIA

2. Documentos de origem técnica:

As grades curriculares dos cursos de residência médica em pediatria do estado de São Paulo apresentam a descrição das disciplinas que compõem os cursos de residência médica em pediatria, em termos da carga horária e atividades realizadas no primeiro ano – R1 – e no segundo ano - R2. Para o presente estudo foram destacadas as disciplinas relacionadas à vigilância do desenvolvimento, usando a descrição do MEC como critério, ou seja, as disciplinas que compreendem atenção primária e que são desenvolvidas em unidades básicas de saúde ou ambulatórios.

Procedimento

Selecionados os documentos, procedeu-se à análise de seu conteúdo (definida por Krippendorff, 1980 como “uma técnica de pesquisa para fazer inferências válidas e

material coletado e a análise dos dados foram realizados segundo o referencial de Bardin (1977); Ludke e André (1986).

A resolução CNRM no. 004/2003:

Para o presente estudo, foi realizada uma busca no site do MEC (Brasil, Ministério da Educação e Cultura, 2003), pelo documento que apresenta as normas de implantação da residência médica, a fim de compreender como a resolução nacional de residência médica aborda as recomendações sobre o desenvolvimento de programas de residência médica em pediatria. Foram levantados dados em relação a: carga horária determinada pelo MEC para o treinamento do pediatra destinada à vigilância do desenvolvimento, quais as exigências mínimas das disciplinas no primeiro e no segundo ano da especialização, o que deve ser estudado no período da residência e em que momento são ressaltadas as ações de vigilância do desenvolvimento.

O documento da FUNDAP: a relação das instituições que oferecem vagas para residentes em pediatria no estado de São Paulo:

Seguindo a recomendação do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), foi realizado contato com a FUNDAP, via telefone, e foi levantada a relação de instituições que mantém vagas para residência em pediatria no estado de São Paulo referente a 2002. A relação foi enviada pela FUNDAP por email e é apresentada no Anexo 2.

O material foi analisado em termos da quantidade de instituições que oferecem vagas para residência em pediatria no estado de São Paulo, do número de vagas de cada instituição para cada nível (R1, R2, R3, R4) e do número de residentes inscritos em cada uma, ou seja, o número de vagas ocupadas.

As grades curriculares dos cursos de residência médica em pediatria do estado de São Paulo:

Inicialmente foi realizado contato com a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) em março de 2004, onde foram obtidos tanto a relação das faculdades de Medicina do estado de São Paulo, como os nomes e endereços de seus respectivos coordenadores de residência em pediatria4 .

De acordo com a SPSP, os programas de residência médica são aprovados pela Comissão Nacional de Residência Médica e as bolsas são distribuídas entre eles dependendo da verba destinada. Os programas provêm de instâncias diferentes (federal, estadual, municipal e particular) e os critérios variam também de acordo com as necessidades do estado.

A seguir foi realizado contato por telefone com cada local que oferecia o curso de residência médica em pediatria, a fim de se confirmar os dados (nome do coordenador da residência, endereço, forma preferível de contato: email ou correio).

A proposta do presente estudo foi apresentada em uma carta de solicitação da grade curricular do curso de residência em pediatria, com a explicitação dos objetivos da pesquisa e a descrição dos estudos a serem realizados e endereçada às coordenações das residências médicas em pediatria. No documento foram solicitados os planos curriculares, a ementa e a carga horária das disciplinas de tais cursos. (Anexo 3).

As grades curriculares foram solicitadas mediante o prévio contato telefônico, no qual foi questionada a forma preferível de envio a cada instituição. No total foram 16 cartas enviadas por correio, via carta registrada; e 12 via correio eletrônico (email).

Após 15 dias da data do envio das solicitações, foram enviadas mensagens por email às instituições que não haviam respondido.

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os dados enviados pela SPSP não são apresentados no presente estudo, por identificar os responsáveis pelos cursos, o que poderia quebrar o compromisso ético do anonimato assumido junto aos participantes.

Após 30 dias da data do primeiro envio das solicitações, foi feito contato telefônico com as instituições que não haviam respondido.

As grades curriculares dos cursos de residência em pediatria foram enviadas pelos coordenadores de cada curso e apresentam as ementas das disciplinas.

Depois de analisados os dados advindos das grades, foi feito novo contato telefônico com as instituições que os enviaram, a fim de complementar as informações fornecidas.

Após a sequência de contatos telefônicos, foi observado que das 33 instituições relacionadas, 13 haviam mudado de telefone, dez haviam mudado de coordenação, uma havia mudado de endereço e com três delas não foi possível manter contato. Além disso, uma delas fechou e outra não ofereceu o curso de residência no ano de 2005 (foram consideradas então 31 escolas no período analisado). Foram efetivados contatos com 28 instituições (90,3%). Destas, sete emitiram resposta, obtendo-se, portanto, uma taxa de retorno de 22,6%.

RESULTADOS

São descritos os resultados referentes à análise do conteúdo de três tipos de documentos. Os documentos oficiais (as diretrizes do MEC para funcionamento de cursos de residência e a relação de locais que oferecem a residência em pediatria) foram obtidos no site do MEC e enviados pela FUNDAP, respectivamente. As grades curriculares de cursos de residência em pediatria (documentos considerados de origem técnica) foram enviadas por instituições de ensino que mantêm os cursos.

1. Análise do conteúdo das diretrizes curriculares para o ensino da residência