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DOS EMBARGOS DE TERCEIRO

No documento PROCESSO CIVIL PROF. TATIANE KIPPER (páginas 24-36)

a) Previsão legal: Arts. 674 a 681 do CPC;

b) Conceito:

Os embargos de terceiro são utilizados pelo terceiro (quem não é parte no processo) no caso de haver constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo. Logo, por meio desse procedimento especial, o terceiro poderá requerer o desfazimento ou a inibição dessa constrição.

Nesse sentido conceituam Führer e Führer (2016, p. 160-161): “é o remédio jurídico próprio para quem, não sendo parte no processo (terceiro), sofrer injusta constrição judicial ou ameaça de constrição judicial sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo (art. 674)”.

Sobre o cabimento dos embargos de terceiro Chacon (2020, p. 154) ensina que “este procedimento tem a finalidade de proteger a posse e/ou a propriedade de bens ou direitos de quem verifica que seu bem foi indevidamente apreendido por ato originário de processo do qual não fez ou faz parte; geralmente o bem é apreendido por penhora, depósito, arresto, etc., causando verdadeiro esbulho ou turbação (...)”.

O artigo 674 do CPC deixa claro que o terceiro deve ser entendido amplamente como aquele que não é parte do processo. (CHACON, 2020, p. 154) Previsão do artigo 674 do Novo CPC:

Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. (BRASIL, 2015)

Os embargos de terceiro podem ter natureza repressiva ou preventiva voltada contra a constrição ou ameaça de constrição decorrente de ato judicial sobre o patrimônio do lesado ou ameaçado de lesão. (MEDINA, 2016, p. 860)

No que tange à natureza jurídica dos embargos de terceiro, Marinoni, Arenhart e Mitidiero (2017, p. 230) mencionam que possuem natureza jurídica de AÇÃO PRÓPRIA, mesmo quando se ligam ao processo de execução. Os embargos de terceiro são, segundo os autores referidos, AÇÃO E PROCESSOS AUTÔNOMOS. Complementam ainda: “Essa forma de proteção dos interesses do terceiro constitui processo de conhecimento, com predominante função mandamental – já que sua finalidade é fazer cessar a eficácia do outro mandado judicial, que gerou a constrição indevida. Possui nítido caráter acessório: os embargos de terceiro só existem e se justificam diante de uma outra demanda anterior, de onde tenha sido emitida ordem de apreensão do patrimônio do terceiro”.

Quanto ao cabimento dos embargos de terceiro Marinoni, Arenhart e Mitidiero (2017, p. 230) ensinam que

a ação de embargos de terceiro é admitida sempre que alguém sofrer ameaça ou efetiva constrição sobre bem que possua ou sobre os quais ostente direito incompatível com o ato de constrição (art. 674, caput, do CPC). Em que pese a omissão, no texto legal, à

‘constrição judicial’ é certo que somente ela – e não a administrativa ou a privada – subsidiam os embargos de terceiros. Para os demais casos, socorrem o interessado as vias tradicionais de proteção da

posse ou da propriedade”.

Continuam ainda os autores:

Em princípio, a proteção se dá sobre a posse do bem, mas pode ser postulada por quem seja possuidor (apenas) ou também pelo proprietário-possuidor. A isso contribui a constatação de que também pode valer-se dos embargos de terceiro quem tenha

‘direito incompatível’ com o ato judicial de constrição”. (MARINONI;

ARENHART; MITIDIERO, 2017, p. 230-231)

Os embargos de terceiro no Novo CPC, possuem a mesma natureza jurídica do CPC de 1973, ou seja, procedimento especial de jurisdição contenciosa;

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Cabimento dos embargos de terceiro

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d) Partes na ação de embargos de terceiro:

→ Chama-se de Embargado: quem sofre a ação;

Chama-se embargos de terceiro, porque justamente são opostos por quem não faz parte do processo principal no qual há a ameaça ou há a constrição indevida do bem.

Sobre a legitimidade Marinoni, Arenhart e Mitidiero (2017, p. 231) mencionam que “os embargos de terceiro podem ser ajuizados, em princípio, por qualquer pessoa que ostente a condição de terceiro em relação à demanda de onde provém a decisão judicial que ordena a constrição do bem. Esse terceiro, porque teve seu patrimônio atingido pela decisão judicial, está sempre habilitado a insurgir-se contra a indevida apreensão do bem por meio dos embargos de terceiro”.

O §1º do art. 674 do Novo CPC elenca quem são os legitimados: § 1º. “Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor”. (BRASIL, 2015)

No entanto, apesar de não ser parte no processo, o terceiro deve ter algum vínculo com a coisa que foi objeto ou será de constrição judicial. Deve ser:

• Proprietário, incluindo o credor fiduciário; • Possuidor;

Segundo Medina (2016, p. 861) “pode-se opor embargos fundados em posse ou em propriedade, ainda que se trate de propriedade fiduciária. (...) A posse pode decorrer de contrato de compromisso de compra e venda (cf. Súmula 84 do STJ)”.

Nesse sentido, Marinoni, Arenhart e Mitidiero (2017, p. 232) colocam que “a condição de terceiro possuir do bem, para ser aferida, evidentemente dispensa a formalização de eventual transferência do bem, no caso de alienação. Assim, pouco importa se o compromisso de comprova e venda encontra-se devidamente registrado, para configurar (para o promissário-comprador) a condição de terceiro com legitimidade para opor os embargos de terceiro”. Vide sumula 84 do STJ.

No que tange à legitimidade ativa para ajuizamento dos embargos de terceiro é de se observar, ainda, a previsão do §2º do art. 674 do CPC:

§ 2º “Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos: - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843; - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução;

– quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;

- o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido intimado,

nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos”.

(BRASIL, 2015)

Hipótese do Inciso I:

- o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843;

Art. 843. “Tratando-se de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do coproprietário ou do cônjuge alheio à execução

recairá sobre o produto da alienação do bem”.

O CÔNJUGE OU COMPANHEIRO terão legitimidade para opor os embargos para defender a posse de bens próprios ou apenas a meação. No entanto, é de se observar a ressalva contida no final do inciso I referente à previsão do artigo 843 do CPC. Com isso, quando se tratar de bem indivisível, os embargos opostos pelo cônjuge ou companheiro não desconstituirão a penhora e nem a alienação do bem → O bem será alienado, sendo reservado do valor arrecadado a parte do cônjuge que não é o devedor;

Ainda, o juiz verificando que há algum terceiro que tenha condição de embargar alguma constrição efetuada deverá providenciar sua intimação pessoal, conforme previsão do parágrafo único do artigo 675 do CPC, a fim de que o terceiro possa, caso entender adequado, ajuizar os embargos de terceiro. (MARINONI; ARENHART; MITIDIERO, 2017, p. 232)

No que tange à legitimidade passiva nos embargos de terceiro Marinoni, Arenhart e Mitidiero (2017, p. 233) mencionam que embora o ato objeto da

demanda seja judicial, nos embargos de terceiro deve assumir a condição de réu A PARTE BENEFICIÁRIA da decisão judicial guerreada. OU SEJA, EM REGRA, SERÁ RÉU NOS EMBARGOS DE TERCEIRO O AUTOR DA AÇÃO EM QUE TENHA SIDO PROFERIDA A DECISÃO QUE DETERMINOU A CONSTRIÇÃO JUDICIAL.

O polo passivo nos embargos de terceiro é composto pelo exequente, mesmo quando não tenha dado diretamente causa à apreensão. (CHACON, 2020, p. 155)

Ainda, sobre o réu nos embargos de terceiro, complementam os referidos autores:

Se, porém, a apreensão dos bens se deu por iniciativa do requerido de algum processo (por exemplo, no caso em que o devedor nomeia bens à penhora) então os embargos de terceiro deverão conter litisconsórcio passivo necessário entre autor e réu (da demanda primeira), já que de ambos resulta o ato inquinado e a ambos prejudica a decisão dos embargos de terceiro. Por isso também, sempre que o provimento dos embargos de terceiro puder afetar o exequente e o executado, deve haver a formação de litisconsórcio passivo necessário. Nesse sentido, estabelece o art. 677, §4º do CPC, que se consideram legitimados passivos para os embargos de terceiro aquela a quem o ato de constrição aproveita e ainda o seu adversário no processo, sempre que tiver sido sua a iniciativa de indicação do bem para constrição. (MARINONI; ARENHART; MITIDIERO, 2017, p. 233)

Quanto ao legitimado passivo, ensina Medina (2016, p. 863) que “o pedido deverá ser dirigido contra quem deu causa à constrição, que, normalmente, é aquele a quem o ato constritivo aproveita, ainda que indiretamente (cf. §4º do art. 677 do CPC/2015). O §4º do art. 677 do CPC dispõe que será citado também o ‘adversário no processo principal (àquele a quem aproveita o ato constritivo) quando for sua a indicação do bem para a constrição judicial”.

e) Prazo:

Precisão do artigo 675 do CPC:

Art. 675. “Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no

sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.

Parágrafo único. Caso identifique a existência de terceiro titular de interesse em embargar o ato, o juiz mandará intimá-lo

pessoalmente”. (BRASIL, 2015)

Verifica-se não o termo inicial, mas até quando podem ser opostos os embargos de terceiro, a depender se é processo de conhecimento ou execução ou fase de cumprimento de sentença:

Até o trânsito em julgado da sentença → QUANDO O PROCESSO FOR DE CONHECIMENTO;

No cumprimento de sentença ou no processo de execução → até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta;

Ainda no que tange ao prazo, Medina (2016, p. 862) ensina que “Em observância ao dever de prevenção, deve o juiz intimar terceiro que, potencialmente, tenha interesse em opor embargos (cf. parágrafo único do art. 675 do CPC/2015), contando-se de tal intimação o prazo, caso o terceiro não tivesse, antes, conhecimento do ato constritivo”.

Explicando sobre o prazo dos embargos de terceiro, Marinoni, Arenhart e Mitidiero (2017, p. 233) esclarecem que a lei brasileira prevê prazo preclusivo para os embargos de terceiro, sendo que de acordo com o artigo 675 do CPC, os embargos de terceiro podem ser opostos a qualquer tempo enquanto não transitar em julgado o processo em que ocorra a constrição judicial, ou, em processo de execução, até 05 dias depois da adjudicação, alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes que se conclua a assinatura da respectiva carta.

Justamente por isso haveria duas formas distintas para se contar o prazo para oferecimento dos embargos de terceiro, a considerar se tratar de processo de conhecimento ou execução/cumprimento de sentença:

Há, portanto, duas formas distintas de contar o prazo para a oposição dos embargos de terceiro. No processo de conhecimento – antes de iniciada a fase de cumprimento da sentença, se houver – a medida pode ser ajuizada a qualquer momento ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO. Já em se tratando de ato constritivo originário de processo de execução – ou da fase de cumprimento de sentença – então o prazo para a oposição dos embargos de terceiro será de até cinco dias depois da arrematação, da adjudicação ou da remição dos bens, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta, O Código, porém, curiosa e assistematicamente, prevê, no art. 792, §4º, que ‘antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias’”. (MARINONI; ARENHART; MITIDIERO, 2017, p. 233)

f) Competência:

Conforme Aguirre e Montans de Sá (2017, p. 158) os embargos serão distribuídos por DEPENDÊNCIA ao juízo que ordenou a constrição e AUTUADOS em apartado, conforme previsão do artigo 676, caput do CPC.

Porém, nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos de terceiro devem ser oferecidos no JUÍZO DEPRECADO → Salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito, ou se já devolvida a carta → previsão do artigo 676, parágrafo único do CPC.

Art. 676. “Os embargos serão distribuídos por dependência ao

juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado.

Parágrafo único. Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já

devolvida a carta”. (BRASIL, 2015)

Explicando a competência dos embargos de terceiro Marinoni, Arenhart e Mitidiero (2017, p. 235) ensinam:

A ação de embargos de terceiro será ajuizada por dependência, perante o mesmo juízo que ordenou a apreensão do bem (art. 676 do CPC). Caso o processo

original – de onde originou o ato inquinado – tenha tramitação perante vários juízos, como ocorre, por exemplo, na execução por carta, será competente para examinar os embargos o juízo de onde provém a ordem de apreensão atacada. Assim, se a apreensão foi ordenada pelo juízo deprecado – por sua iniciativa – perante ele devem processar-se os embargos de terceiro. Se, ao contrário, a ordem de apreensão teve origem no juízo deprecante – ou no juízo deprecado, mas por decisão do juízo deprecante – então este será o juízo competente para processar os embargos de terceiro (art. 674, parágrafo único, do CPC).

g) Da petição Inicial:

Quanto à petição inicial, observa-se o artigo 677 do Novo CPC:

Art. 677.“Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária

de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas.

§ 1o É facultada a prova da posse em audiência preliminar designada pelo juiz.

§ 2o O possuidor direto pode alegar, além da sua posse, o domínio alheio.

§ 3o A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador constituído nos autos da ação principal.

§ 4o Será legitimado passivo o sujeito a quem o ato de constrição aproveita, assim como o será seu adversário no processo principal quando for sua a indicação do bem para a constrição

judicial”. (BRASIL, 2015)

Sobre o procedimento dos embargos de terceiro, consoante ensinam Marionini, Arenhart e Mitidiero (2017, p. 235), os embargos de terceiro por constituírem processo autônomo, possuem início por meio de petição escrita, dirigida ao juiz competente, devendo ser observados os requisitos dos artigos 319 e 320 do CPC. Ainda, o requerente deve fazer prova sumária de sua posse ou do domínio e a condição de terceiro, apresentando desde logo a prova documental que tenha e trazendo rol de testemunhas, conforme art. 677, caput do CPC.

Ainda, caso o requerente não tenha como demonstrar de forma documental a sua posse, poderá fazer por meio de audiência preliminar,

designada pelo juiz, conforme artigo 677, §1º do CPC. A participação do requerido na audiência preliminar “limita-se a acompanhar a produção da prova sumária pelo autor, podendo contraditar testemunhas ou oferecer reperguntas”. (MARINONI; ARENHART; MITIDIERO, 2017, p. 236)

Assim, já na petição inicial dos embargos de terceiro, o Embargante deve trazer todos os documentos para comprovar a sua legitimidade; E, caso não tenha consigo comprovar por meio de documentos, o possuidor pode, conforme a previsão do §1º requerer a designação de audiência preliminar, ou seja, de justificação a fim de demonstrar o seu direito caso não tenha conseguido por meio dos documentos;

Consoante o §2º do art. 677 do CPC, “ O possuidor direto pode alegar, além da sua posse, o domínio alheio”. (BRASIL, 2015).

h) Liminar:

No que tange à liminar nos embargos de terceiro, Medina (2016, p. 863) refere que caso o juiz não se convença sobre a existência da posse e de sua turbação ou esbulho, deverá designar audiência de justificação, conforme previsão do §1º do art. 677 do CPC.

E, ainda, conforme a previsão do art. 678 do CPC, “a concessão de liminar depende da demonstração suficiente da posse pelo embargante, e pode ser condicionada à prestação de caução”. (MEDINA, 2016, p. 863)

Sobre a liminar nos embargos de terceiro, estabelece o artigo 678 do CPC:

Art. 678. “A decisão que reconhecer suficientemente provado o

domínio ou a posse determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido.

Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração provisória de posse à prestação de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da parte

i) Citação do Embargado

De início é de se verificar se o embargado possui ou não procurador constituído nos autos.

Isso porque, conforme o art. 677, §3º do CPC, a citação será pessoal se o embargado NÃO tiver procurador constituído nos autos da ação principal. (MEDINA, 2016, p. 863)

j) Contestação:

Precisão do artigo 679 do CPC:

Art. 679. Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se seguirá o procedimento comum. (BRASIL, 2015)

Uma vez que houve contestação → segue o procedimento comum;

Conforme Medina (2016, p. 864) de acordo com o contexto do CPC de 2015, deve-se observar, após a resposta, o procedimento comum, consoante previsão do art. 679 do CPC.

Nesse sentido, mencionam Marinoni, Arenhart e Mitidiero (2017, p. 237) que “terminada a fase postulatória – com ou sem a apresentação de resposta pelo réu o processo seguirá, como dito, o rito comum, de modo que admitirá o julgamento antecipado da lide ou a designação de audiência de conciliação e, posteriormente, de instrução e julgamento, quando haja prova oral a ser produzida”.

O artigo 680 do CPC, trata por sua vez, da contestação no caso dos embargos do credor com garantia real:

Art. 680. “Contra os embargos do credor com garantia real, o

embargado somente poderá alegar que: - o devedor comum é insolvente;

- o título é nulo ou não obriga a terceiro; III - outra é a coisa dada em

garantia”. (BRASIL, 2015)

O artigo 680 trata da defesa no caso dos Embargos opostos pelo credor com garantia real;

No que tange ao aludido dispositivo ensinam Marinoni, Arenhart e Mitidiero (2017, p. 238):

Quando os embargos de terceiro tiverem por fundamento o direito real de garantia de credor, a resposta do embargado está limitada às alegações enumeradas no art. 680 do CPC, ou seja, (a) o devedor comum é insolvente; (b) o título é nulo ou não obriga a terceiro; (c) outra é a coisa dada em garantia. A existência de garantia real sobre certo bem sujeita-o a regime especial, que confere ao credor prioridade na satisfação de seu crédito. Ademais, por se tratar de direito real de garantia, o bem é gravado com o ônus, independentemente de quem esteja na posse ou na propriedade. Por isso, justifica-se a limitação dos emas que podem ser deduzidos.

k) Do julgamento dos embargos de terceiro:

Art. 681. “Acolhido o pedido inicial, o ato de constrição judicial

indevida será cancelado, com o reconhecimento do domínio, da manutenção da posse ou da reintegração definitiva do bem ou do

direito ao embargante”. (BRASIL, 2015)

Se os Embargos forem julgados procedentes a constrição judicial estará cancelada, com o consequente reconhecimento do domínio, manutenção da posse ou reintegração definitiva do bem ao embargante;

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Cabimento dos embargos de terceiro

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EM RESUMO

3. DA OPOSIÇÃO E DA AÇÃO MONITÓRIA

No documento PROCESSO CIVIL PROF. TATIANE KIPPER (páginas 24-36)

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