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Roseli Salete Caldart

A educação entrou na agenda do MST pela infância. Antes mesmo da sua fundação, em 1984, as famílias sem terra, acampadas na Encruzilhada Natalino, Rio Grande do Sul (1981), perceberam a edu- cação da infância como uma questão, um desafio.

A necessidade do cuidado pedagógico das crianças dos acampamentos de luta pela terra e certa in- tuição já das primeiras famílias em luta sobre ser a escola e o acesso ao conhecimento um direito de todos foram, portanto, o motor do surgimento do trabalho com educação no MST. Isso se compreende considerando uma das características da forma de luta pela terra deste movimento camponês, que é a de ser feita por famílias inteiras, o que acaba gerando mais rapidamente outras demandas que não apenas a conquista da terra propriamente dita. No início as ações foram levadas à frente especialmente pela ini- ciativa e sensibilidade de algumas professoras e mães presentes nos acampamentos.

A história da educação no MST tem relação direta com o percurso do Movimento como um todo. Não é possível entender o surgimento do MST sem compreender as características da formação social brasileira, que não pode prescindir de fazer a reforma agrária, mesmo em moldes capitalistas. Do mesmo modo, também não é possível entender porque o MST entra no trabalho com educação, e notadamente com educação escolar, sem ter presente, além das características de sua luta, a realidade educacional de um país que ainda não conseguiu garantir a universalização do acesso à educação básica.

O MST, movido pelas circunstâncias históricas que o produziram, foi tomando decisões políticas que aos poucos compuseram sua forma de luta e de organização coletiva. Uma dessas decisões foi a de organizar e articular o trabalho de educação das novas gerações por dentro de sua organicidade e desde essa intencionalidade elaborar uma proposta pedagógica específica para as escolas dos assentamentos e acampamentos, bem como formar seus educadores. O Encontro Nacional de Professoras dos Assenta- mentos, realizado em julho de 1987, em São Mateus, no Espírito Santo, que formaliza a criação de um Setor de Educação do MST coincide com o período de estruturação e consolidação do MST como uma organização nacional.

Este texto pretende fazer uma caracterização geral do trabalho de educação no MST, que completa 27 anos em 2011, destacando elementos principais de sua atuação e da concepção de educação que vem construindo/afirmando em seu percurso.

Uma característica de origem e de desenho deste trabalho, também como traço do projeto de reforma agrária do MST, é de fazer a luta por escolas públicas dentro das áreas de assentamentos e acampamentos. Quase ao mesmo tempo em que começou a lutar pela terra, o MST, através das famílias acampadas e depois assentadas, começou a lutar pelo acesso dos Sem Terra à escola. Organizar essa luta foi o objetivo principal da criação de um setor de educação no Movimento.

1 Publicado em: Caldart, R. S.; Pereira, I. B.; Alentejano, P. e Frigotto, G. (orgs.). Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro/

No início, década de 1980, a visão da necessidade e do direito ia até a educação fundamental para crianças e adolescentes. Aos poucos, década de 1990, foi aparecendo com mais força a questão da al- fabetização e logo da educação de jovens e adultos, que em experiências pontuais também já acontecia desde os primeiros acampamentos. Depois veio a preocupação e o trabalho com a educação infantil e mais recentemente com a educação universitária. Com a educação de nível médio o trabalho começou com cursos alternativos para formação dos professores das escolas conquistadas e logo se estendeu à formação de técnicos para as experiências de cooperação dos assentamentos. No final dos anos 1990 e início dos anos 2000 começaram as lutas específicas pelo ensino médio nas áreas de reforma agrária, ou mais amplamente pela conquista de escolas de educação básica, incluindo todas as suas etapas, hoje ainda desafio em muitos lugares.

Em dados estimados pelo MST sua conquista até aqui foi de aproximadamente 1.800 escolas pú- blicas (estaduais e municipais) nos seus assentamentos e acampamentos, das quais 200 são de ensino fundamental completo e em torno de 50 vão até o ensino médio, nelas estudando em torno de 200 mil crianças, adolescentes, jovens e adultos Sem Terra. Nesse período o MST ajudou a formar boa parte dos mais de 8 mil educadores que atuam nessas escolas. Também desencadeou um trabalho de alfabetização de jovens e adultos, envolvendo em 2011 mais de 8 mil educandos e 600 educadores. Desenvolve práti- cas de educação infantil em seus cursos, encontros, acampamentos e assentamentos. Vem desenvolvendo em torno de 50 turmas de cursos técnicos de nível médio e superiores em parceria com universidades e institutos federais, em um total próximo a 2 mil estudantes.

O balanço dessa luta feito pelo MST tem destacado especialmente: – foi praticamente universalizado o acesso das crianças assentadas aos anos iniciais do ensino fundamental, acompanhando os dados da educação nacional, o que certamente não teria acontecido se as famílias tivessem aceitado a lógica do transporte escolar, pressão que continua até hoje na implantação de cada assentamento; – toda vez que se conquista uma escola de educação básica em um assentamento ou acampamento ela representa menos adolescentes e jovens do campo fora da escola, e mais gente enraizada em seu próprio lugar (mas escolas que abranjam toda a educação básica ainda são um desafio na maioria das áreas de reforma agrária); – através desta luta se forma a consciência do direito à educação e a noção de público entre as famílias o que, em uma sociedade de classes como a nossa, é fundamental para garantir políticas públicas de inte- resse dos trabalhadores; – em muitos lugares se conseguiu com esta luta específica recolocar a questão da educação da população do campo na agenda de secretarias de educação, de conselhos estaduais, do próprio MEC; – aprendeu-se e ensinou-se neste processo que a escola tem que estar onde o povo está, e que os camponeses têm o direito e o dever de participar da construção do seu projeto de escola (MST, 2004, p. 13).

Aos poucos o MST passou a entender que o avanço de suas conquistas dependia da pressão por polí- ticas públicas para o conjunto da população trabalhadora do campo. Especialmente para conseguir es- colas de ensino fundamental completo e de ensino médio era preciso uma articulação maior com outras comunidades do campo, porque isso demanda uma pressão mais forte sobre secretarias de educação e a sociedade política em geral. As experiências de pensar escolas como polos regionais entre assentamentos e com estudantes de outras comunidades de camponeses aos poucos vão educando o olhar dos trabalha- dores Sem Terra para uma realidade mais ampla. Foi assim que o MST chegou à Educação do Campo.

Uma segunda característica que identifica o trabalho de educação do MST é a constituição de coletivos desde o nível local até o nacional. A tarefa de mobilização e de reflexão sobre a escola nos acampamentos e assentamentos iniciou com a organização das chamadas equipes de educação, geralmente compostas pe- las educadoras e outras pessoas da comunidade que demonstravam “jeito” para essa questão. Não demo-

rou muito para que essas equipes locais fossem transformadas em uma articulação das áreas de reforma agrária entre si, ampliando-se para regiões, chegando à constituição dos coletivos estaduais de educação e depois a um coletivo nacional de educação do MST.

Os coletivos de educação, com tarefas, força orgânica e discussões específicas que podem variar a cada período, fortalecem o princípio organizativo de que a questão da educação, bem como outras ques- tões da vida social assumidas pelo MST, deve ser pensada e implementada de forma coletiva. Uma lógi- ca que implica em tarefas a serem realizadas pelas pessoas, mas a partir de um planejamento e de uma leitura de conjuntura feita por um coletivo.

Uma terceira característica do trabalho de educação do MST tem sido a prioridade dada à formação

de educadores da reforma agrária, começando pela preparação de pessoas das próprias comunidades para

atuar nas escolas públicas que iam sendo conquistadas. Ainda que chamadas de “professoras leigas” na linguagem educacional oficial, a ausência de titulação não as impediu de participar do processo coletivo de produção do projeto político-pedagógico que passou a ser defendido pelo MST. Aos poucos foram sendo incorporadas também pessoas de fora das comunidades e do Movimento, sempre que dispostas a assumir o projeto educativo em construção.

O MST avalia que foi um acerto histórico ter no início apostado na formação de educadores inter- nos porque isso ajudou a garantir as escolas nos assentamentos, e principalmente nos acampamentos, que por falta de professores da rede pública dispostos a trabalhar nessa realidade, poderiam não passar de uma conquista ilusória. E talvez tenha sido justamente a fragilidade do trabalho inicial o que exigiu uma discussão mais coletiva sobre a concepção de escola e o próprio envolvimento do MST como orga- nização na formação de educadores, muitas vezes disputando esta formação com órgãos do Estado. En- volvimento que se desdobrou depois na luta por iniciativas de escolarização e formação específica para professores que atuam no conjunto das escolas do campo, como o que se realiza hoje em cursos como o de Licenciatura em Educação do Campo (MST, 2004, p. 16).

O MST desenvolve cursos formais de formação de educadores desde 1990, primeiro de nível médio (Magistério, hoje Normal Médio) e a partir de 1998, também de nível superior, como o curso Peda- gogia da Terra. O trabalho do MST na formação de educadores foi reconhecido pelo Unicef em 1995, com o Prêmio Educação e Participação. Com o impulso desse reconhecimento foi realizado o I Enera (Encontro Nacional de Educadoras e Educadores da Reforma Agrária) em julho de 1997, uma espécie de apresentação pública do trabalho que vinha sendo desenvolvido nas escolas dos assentamentos, na educação de jovens e adultos, na educação infantil e na formação de professores. Serviu ainda como uma afirmação do trabalho de educação para dentro do próprio Movimento. Planejado para reunir 400 educadores, acabou reunindo mais de 700, fruto do ambiente criado pela Marcha Nacional a Brasília por Reforma Agrária, realizada de fevereiro a abril de 1997. O Enera incluiu uma boa representação de professores universitários, apoiadores do trabalho do MST nos Estados. Foi desse encontro que emergiu a proposta de se criar um Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária.

E foi neste mesmo movimento que o MST assumiu o protagonismo no processo de construção das Conferências Nacionais de Educação do Campo de 1998 e 2004 e do seminário nacional de 2002.

O trabalho com cursos formais teve um impulso a partir da criação do Pronera em abril de 1998. Até então eram poucas turmas e em poucos lugares. Com o novo programa, envolvendo universidades e ins- titutos federais, foi possível dar uma escala maior, potencializando a experiência acumulada de formação por alternância e vinculada aos movimentos. O MST chega em 2011 com 1.500 educadores formados nestas turmas específicas e tendo em andamento 50 turmas, nas diferentes áreas, com aproximadamente 2 mil educandos de ensino médio, técnico e superior.

A dimensão específica da ocupação da universidade, que iniciou com os cursos de educação e aos poucos foi se estendendo para outras áreas, tem um significado histórico importante na formação de um intelectual coletivo de classe, nesse caso orgânico ao trabalho nas áreas de reforma agrária: campone- ses trabalhando com camponeses. E a combinação entre escolarização, formação político-ideológica e formação técnica que foi inaugurada pelos cursos formais das áreas da educação e da produção foi, aos poucos, se afirmando como uma marca no trabalho de educação do MST.

Uma quarta característica deste trabalho se refere a uma atuação direta com as crianças e os jovens dos acampamentos e assentamentos para que se integrem na organicidade e identidade do Movimento. Uma das iniciativas é a realização dos chamados encontros dos Sem Terrinha, nome criado pelos parti- cipantes de um destes primeiros encontros, para identificar-se ao mesmo tempo como crianças e como Sem Terra (com letras maiúsculas e sem hífen que indica o nome próprio construído no percurso de luta e organização do MST). Há encontros e outras atividades com os Sem Terrinha que envolvem também adolescentes e jovens ou então são específicos para essa outra faixa etária, articulados pelo coletivo de trabalho com a juventude.

O MST também tem organizado concursos nacionais de redações e desenhos visando potencializar a dimensão da expressão artística na formação das novas gerações, atividade que geralmente se desenvolve através das escolas. E a partir de 2008 foi iniciada a produção de um encarte especial no Jornal Sem Ter-

ra (ferramenta de comunicação do MST que completa 30 anos em 2011), chamado “Jornal das Crianças

Sem Terrinha”. Na mesma perspectiva acontecem iniciativas de produção de literatura específica para formação da infância e juventude.

Uma quinta característica fundamental do trabalho de educação do MST é a construção coletiva de

seu projeto político-pedagógico, sistematizada em materiais de produção igualmente coletiva e para uso no

conjunto de atividades do Movimento, notadamente na formação de educadores.

Em seu percurso o MST foi construindo uma concepção de educação, um método de fazer a forma- ção das pessoas, uma concepção de escola, em diálogo com teorias sociais e pedagógicas produzidas por outras práticas de educação dos trabalhadores em diferentes lugares e tempos históricos. Desde o início da luta por escolas houve a preocupação de fazer e então ir pensando o que seria uma “escola diferente”. Nos primeiros encontros nacionais que seguiram o de 1987, duas questões foram transformadas em ei- xos de reflexão coletiva, a partir das práticas e perguntas formuladas nos Estados ou em cada coletivo local: o que queremos com as escolas dos assentamentos (e acampamentos) e como fazer essa escola. Dessas práticas e reflexões sobre finalidades educativas e métodos pedagógicos surgiu a formulação dos

princípios da educação no MST, para um conceito já ampliado de escola (que inclui a própria educação

universitária) e elaborada uma Pedagogia do Movimento (ver verbete).

Nessa dinâmica de produzir teoria acumulando experiências práticas, merece destaque a criação do Instituto de Educação Josué de Castro, no Rio Grande do Sul, em 1995, que se constituiu como espaço de experimentação pedagógica a partir de cursos vinculados a diferentes setores do MST (produção, saú- de, educação, formação, comunicação e cultura). Trata-se de uma escola que vem conseguindo construir novas referências para uma lógica de organização escolar e do trabalho pedagógico, voltada a outros objetivos formativos que não aqueles usualmente assumidos por essa instituição na forma de sociedade que temos.

A produção de materiais do setor de educação expressa esse movimento de pensar a prática e formular concepções a partir dos embates em que o MST está envolvido. E seu processo de elaboração também traz a marca da produção coletiva. A grande maioria dos escritos do setor é produto de muitas cabeças e muitas mãos e se caracteriza por ser sistematização de experiências coletivas: valorização da prática e de seus sujeitos, e diálogo com teorias produzidas desde a mesma perspectiva de classe e de ser humano.

Ao longo destes anos o MST produziu ou participou da produção de aproximadamente 50 cadernos e livros, em sua maioria, organizados em coleções específicas: Cadernos de Educação, Boletim da Edu- cação, Fazendo Escola, Fazendo História, Concurso Nacional de Redações e Desenhos, Cadernos do Iterra, Coleção Por uma Educação do Campo, Pra Soletrar a Liberdade e Terra de Livros.

Percebe-se entre os Sem Terra que o trabalho de educação do MST tem fortalecido o valor do estudo, enquanto apropriação e produção do conhecimento, e sua relação necessária, ainda que não exclusiva, com o direito ao avanço, cada vez mais ampliado, da escolarização. O que isso pode significar nos rumos das lutas e da cultura camponesa e da própria formação social brasileira é algo que somente uma maior retrovisão histórica permitirá analisar com mais cuidado.

Um elemento fundamental para a construção/afirmação coletiva de uma concepção de educação foi identificar o processo de formação humana, vivido pela coletividade Sem Terra em luta, como matriz para pensar uma educação centrada no desenvolvimento mais pleno do ser humano e ocupada com a formação de lutadores e construtores de novas relações sociais. Isso levou a refletir sobre o conjunto de práticas que faz o dia a dia dos Sem Terra e extrair delas lições de pedagogia, que permitem qualificar a intencionalidade educativa do Movimento, pondo em ação diferentes matrizes constituidoras do ser humano: trabalho, luta social, organização coletiva, cultura, história.

E permitiu pensar também que a “escola diferente” que desde o começo se buscava construir era uma escola que assumisse o vínculo com esta luta, com a vida concreta de seus sujeitos e partilhasse dos seus objetivos formativos mais amplos. Estes objetivos não seriam apenas da escola, já que ela não é capaz de realizar, sozinha, um projeto educativo. Por essa razão a escola não deve ser pensada fechada em si mesma, mas nos vínculos que pode ter com outras práticas educativas do seu entorno.

Desde a compreensão de sua materialidade específica, o MST passou a expressar (se fundamentar) e reafirmar uma concepção de educação que vincula a produção da existência social com a formação do ser humano, considerando as contradições como motor, não apenas das transformações da realidade social, mas da própria intencionalidade educativa, na direção de um determinado projeto de sociedade e de humanidade.

Por isso se costuma dizer que a reflexão pedagógica do MST começou dentro da escola, mas precisou sair dela, ocupando-se da totalidade formativa em que se constituiu o Movimento, para a ela retornar, a partir então de uma visão bem mais alargada de educação e de escola.

Foi assim que aos poucos o MST foi consolidando sua convicção de que a escola deve ser tratada como lugar de formação humana e uma proposta de escola vinculada ao Movimento não pode ficar res- trita às questões do ensino, devendo se ocupar de todas as dimensões que constituem seu ambiente edu- cativo. A escola inteira deve ser pensada para educar: em seus tempos, espaços e em suas relações sociais. Nesse sentido a importância de discutir e experimentar novas formas de gestão e de trabalho coletivo, de exercitar a auto-organização dos estudantes, o cultivo da mística e de padrões de cultura e convivência que respeitem os valores de igualdade, justiça, solidariedade, e o modo de aprender específico de cada tempo de desenvolvimento humano, de cada idade.

Integra o mesmo percurso a compreensão de que é preciso ampliar as dimensões do trabalho educa- tivo da escola sem deixar de considerar a especificidade da sua tarefa em relação ao conhecimento: os camponeses do MST começaram essa história sabendo que não poderiam abrir mão da instrução pro- porcionada pela escola, como ferramenta necessária à compreensão da realidade que lutam para coleti- vamente transformar. Mas logo entenderam que o conhecimento de que necessitam somente se produz na relação entre teoria e prática, pelo vínculo do estudo com o trabalho, com as questões da vida real. Aprendem, aos poucos, a defender uma concepção de conhecimento que dê conta de compreender a realidade como totalidade, nas suas contradições, seu movimento histórico.

Vincular a escola com essa concepção de educação e de conhecimento implica em fazer transforma- ções na forma escolar atual, construída historicamente com outras finalidades sociais e desde outra ma- triz formativa.E uma transformação mais radical da escola somente acontecerá como parte de transfor- mações mais amplas na própria sociedade que a instituiu com uma lógica apartada da vida, exatamente para que suas contradições não possam ser compreendidas pela classe que pode pretender enfrentá-las.

Mas há movimentos de transformação que podem e vêm sendo desencadeados à medida que se consegue ter uma capacidade coletiva de análise das condições presentes em cada escola concreta e se coloca os objetivos de formação dos seus sujeitos como centro das discussões de mudança. O trabalho de educação do MST tem buscado construir referências teóricas e práticas da direção a seguir quando