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O Educador Pós-Moderno: Estudo com Base nas Artes e no Aperfeiçoamento dos Professores

res” de Patrick Diamond e Carol A. Mullen, publicada pelo Instituto Pia- get na Colecção Horizontes Pedagó- gicos. Os autores desnudaram as suas almas artísticas para alargarem as capacidades de professores e alunos. Eles defendem que com a empenha- da integração das artes nos progra- mas, talvez consiga-se criar uma vida escolar que seja o espelho de uma escada de cristal, uma via potencial para a aceitação coletiva e para a justiça social. A resenha está estrutu- rada em seis partes dispostas da seguinte forma: título do texto, auto- res do texto, resumo do texto, - síntese das ideias do autor e as implicações para realidade moçambicana. No final consta a referência bibliográfica. Este livro é sobre os investigadores

de professores, é sobre investigadores ponderados e é também sobre ativis- tas sociais. Utilizando um conheci- mento básico das artes, descobrimos que as artes não são apenas instruti- vas, românticas e excitantes, mas que também podem ser, e são, políti- cas. Aprendemos a combater o desejo da Nova Direita de regressar às coisas simples reiterando a impor- tância das artes. Diamond e Mullen realizaram um excelente trabalho ao organizarem leituras, inspiradas em teorias, destinadas ao professor que dá aulas e ao educador de professo- res. Significam que temos conheci- mentos de teoria curricular e desen- volvimento, além de um empenha- mento no rigor na nossa exposição às artes. Como fazedores de sentido, professores e alunos estão empenha- dos em combinar os seus conheci- mentos curriculares com um conheci- mento e amor das artes, passando a serem cidadãos cultos de um mundo que não utiliza definições estreitas. A capacidade de expandir o mundo,

Resenha da Obra

O Educador Pós-Moderno: Estudo com Base nas Artes

e no Aperfeiçoamento dos Professores

Autor: Prof. Msc. Júlio Taimira Chibemo Doutorando em Educação – Inovação e Desenvolvimento Curricular Director da Faculdade de Ciências Económicas do ISCTAC Email: jtchibemo@gmail.com Vol. 4, Nº 10, Ano IV, Janeiro - Março de 2017

de fazer sentido e de utilizar meios diferentes de conhecimento, permite que nos preenchamos como seres humanos que participam na eterna experiência do conhecimento da vida. Os autores desnudaram as suas almas artísticas para alargarem as capacidades de professores e alunos. Com a empenhada integração das artes nos programas, talvez consiga- mos criar uma vida escolar que seja o espelho de uma escada de cristal, uma via potencial para a aceitação coletiva e para a justiça social.

Síntese das Principais Ideias dos Autores Os autores começam por questio- nar o porquê de um inquérito basea- do nas artes e no aperfeiçoamento dos professores? (Carol e Mullen, 2004, p.47). Eles chamam atenção de que a arte faz parte de todo o ser humano enquanto dimensão estética do agir. Desta feita argumentam que existem graus de aprendizagem que deviam ser antecipados e seguidos, o que, consequentemente, iria permitir que acontecesse uma plenitude de aprendizagem. As artes fazem que os nossos estudantes se "tornem", no contexto dos seus programas, livres para acederem a uma variedade de meios através dos quais se possam exprimir.

Diamond e Mullen (2004, p.71-95) defendem que a investigação edu- cativa deve se baseada na arte, por- que os investigadores e professores são actores educativos ponderados e activistas sociais. Utilizando um conhecimento básico das artes, des- cobrimos que as artes não são ape-

nas instrutivas, românticas e excitan- tes, mas que também podem ser, e são, políticas. Aprendemos a comba- ter o desejo da Nova Direita de regressar às coisas simples reiterando a importância das artes. Diamond e Mullen (2004, p.99-110) defendem o aperfeiçoamento da actividade dos professores baseado nas artes e refe- rem que eles podem realizar um excelente trabalho ao organizarem leituras, inspiradas em teorias, destina- das ao professor que dá aulas e ao educador de professores. Significam que temos conhecimentos de teoria curricular e desenvolvimento, além de um empenhamento no rigor na nossa exposição às artes.

Como fazedores de sentido, pro- fessores e alunos estão empenhados em combinar os seus conhecimentos curriculares com um conhecimento e amor das artes, passando a serem cidadãos cultos de um mundo que não utiliza definições estreitas. A capacidade de expandir o mundo, de fazer sentido e de utilizar meios diferentes de conhecimento, permite que nos preenchamos como seres humanos que participam na eterna experiência do conhecimento da vida (Diamond e Muller, 2004, p.131- 150). Portanto, os autores desnuda- ram as suas almas artísticas para alar- garem as capacidades de professo- res e alunos. Com a empenhada inte- gração das artes nos programas, tal- vez consigamos criar uma vida esco- lar que seja o espelho de uma esca- da de cristal, uma via potencial para a aceitação coletiva e para a justiça social.

Considerações Finais: Implicações Para Realidade Moçambicana

A presente obra torna-se relevan- te para a realidade moçambicana, mas traz consigo um conjunto de desafios e constrangimento. Primeiro, porque a manifestação artística, em Moçambique é fasta e começa logo muito cedo nas crianças. Desta feita, era uma oportunidade para capitali- zar a arte como instrumento educati- vo. Todavia, as políticas públicas e mesmo educativas relegam as artes para o segundo plano; dai que a maioria dos encarregados de educa- ção desencorajarem seus educandos a enveredarem pelo estudo das artes. Para além disso, a arte é estig- matizada, menosprezada e associa- da ao consumo de drogas e activida- dades ilícitas. Todavia, o processo de ensino e aprendizagem baseado nas artes é mais divertido e facilmente desponta as potencialidades do edu- cando. Há que se desenhar políticas públicas e educativas para integrar de forma óptima e eficiente a arte no processo educativo, em Moçambi- que.

Referência Bibliográfica

Diamond, Patrick e Mullen, Carol A. (2004), O

Educador Pós-Moderno: Estudo com Base nas Artes e no Aperfeiçoamento dos Profes- sores, Instituto Piaget na Colecção Horizontes

Pedagógicos, Lisboa.

A Revista Científica do ISCTAC é um veículo informativo do Instituto Superior de Ciências e Tec- nologia Alberto Chipande – ISCTAC com tiragem trimestral que se destina a servir de foro livre para a apresentação e publicação de conhecimentos e ideias inovadoras sobre os diversos temas candentes da sociedade moçambicana e internacional, tendo em conta as linhas de pesquisa do ISCTAC e outras áreas afins. As opiniões expressas ou insinuadas nesta revista per- tencem aos seus respectivos autores e não representam, necessariamente, as do ISCTAC ou qualquer outro órgão da instituição. Os artigos que constam desta edição podem ser reprodu- zidos no todo ou em parte, para fins académicos, desde que a revista e o autor sejam citado como fonte.

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