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Definido o eixo cultural, será analisado as características e potencialidades dos trechos das ruas que o compõem. Abaixo está o mapa de espaços vazios e subutilizados, que indica os locais possíveis de construção. Também está enumerado as fotografias que serão utilizadas para a análise nas páginas seguintes, de modo que sejam localizadas onde foram tiradas.

Análise pontos 01, 02 e 03

Este trecho do gráfico se localiza ao longo da Rua Dr. Claudino dos Santos, somado a praça Garibaldi. Esta região abriga construções históricas importantes, como o Palácio Garibaldi, a sede da Fundação Cultural de Curitiba, a Igreja do Rosário dos Pretos, a Igreja Presbiteriana Independente, a Casa Hoffmann, Memorial de Curitiba e o Solar do Rosário. Além de possuir a Fonte da Memória, mais conhecida como ‘o cavalo babão’, e o Relógio das Flores. Aos domingos ela é ocupada pela feirinha do Largo, atraindo um público grande na área. Esta é uma das regiões mais turísticas de Curitiba.

Figura 53: ponto 01. Fonte: Acervo pessoal

Figura 54: ponto 02. Fonte: Acervo pessoal

Análise pontos: 04, 05 e 06

Esta região corresponde ao Largo da Ordem até o fim do caminho exclusivo para pedestres. Nela são localizadas espaços de Arte como a casa Romário Martins, Casa da Memória, Casa Vermelha, o Museu de Arte Sacra e o bebedouro. A Rua São Francisco já apresenta uma escala menor em relação a Rua Dr. Claudino dos Santos, o que já muda a relação que as pessoas podem ter no espaço, no entanto, a conversa entre os espaços na região é estranha, possivelmente devido ao usos.

Tem-se uma área subutilizada na região, que corresponde a um estacionamento, mais especificamente, aos fundos do estacionamento, ao lado dele se encontra um curso de pré- vestibular, no momento ao lado deste estacionamento existe uma obra em reforma. Os espaços também que estão do outro lado da rua, não apresentam exatamente uma abertura satisfatória para a rua, se orientando mais para os cantos limites (a casa romário martins para o Largo, a Casa da Memória para a esquina, sem uma grande entrada para visitantes).

Figura 57: ponto 04. Fonte: Acervo pessoal

Figura 56: ponto 05. Fonte: Acervo pessoal

Análise pontos: 07 08

Esta região corresponde a Rua São Francisco. Ela apresenta uma escala potencial de relacionamento entre pessoas, no que se refere aos encontros. É uma área predominantemente comercial, com restaurantes antigos recém reformados.

Em 2012 Rua São Francisco passou por um processo de revitalização. A ‘restauração’ faz parte de um projeto maior, que abrange a revitalização do centro histórico de Curitiba. À primeira vista, o projeto se resume à reforma das calçadas e da iluminação, além da pintura das fachadas dos edifícios comerciais.

Esta segunda parte da Rua São Francisco apresenta atualmente uma vida noturna ativa, com bares e pubs, e desde a revitalização que ocorreu, mais e mais, se tem atraído o público consumidor para a região. Luciano Ducci na época da aprovação deste plano de revitalização disse que a revitalização naquela rua, asseguraria a “qualidade de vida dos moradores” da região. Mas os moradores da região tem mais e mais se incomodado com a população jovem que passa a utilizar as ruas à noite, indicando que o sujeito visado pela revitalização não seria o cidadão político, e sim o estrangeito ou o transeunte. O mesmo ocorre no trecho a ser estudado a seguir:

Figura 59: Ponto 07. Fonte: Acervo pessoal

Analise pontos: 09 10

É uma região onde atualmente ocorrem eventos culturais como performances teatrais, shows, debates, exibição de filmes, maracatu, e etc. A partir da construção da praça do Bolso do Ciclista (projeto realizado a partir de mutirões, com a participação da população), realizado a partir de uma ação conjunta entre o governo e os cicloativistas, surgem alguns bares nas regiões e as pessoas, tomam o espaço da rua, prolongando a mesma dinamica que existe na Rua São Francisco, avaliada anteriormente, pós- revitalização de 2012. A área se trata de uma região de zona predominantemente mista, com o comércio em suas bases. Antigamente a rua era tomada por prostitutas e usuários de drogas, logo o tráfico de pessoas não era grande no período da noite. Hoje que há, ocorre um conflito entre os jovens que ocupam as noites, as antigas pessoas que ocupavam a área e os moradores da região. Mas inegável é o fato que ela tem essa dinâmica hoje, e é de certa forma um conflito essencial para a proposta deste projeto.

A Rua São Francisco é palco para maioria dos artistas autônomos e coletivos de artistas de Curitiba, mas também é uma região onde outros personagens se encontram, onde outro tipo de comércio também se encontra. É uma rua onde as pessoas que utilizam e usufruem daquele espaço procuram se comunicar, sejam elas os próprios moradores, que a partir de uma faixa pendurada entre os prédios, que agradecem as intervenções da polícia na área, ou seja pelas ações artísticas, performáticas, como as ReverberAções, sedimentando aquele espaço historicamente.

Figura 61: Ponto 09. Fonte: Acervo Pessoal

5.4 TERRENO

A partir da leitura feita no tópico anterior, o terreno escolhido tratou do espaço que se beneficiaria de um ambiente com diferentes contaminações e diferentes personagens. O mapa abaixo indica onde o projeto deseja se inserir na zona central de Curitiba. Sabendo que no terreno há uma edificação abandonada, e que é de interesse do ateliê/espaço expositivo trabalhar num espaço que comunique algo politicamente e socialmente, o tópico a seguir vai esclarecer sobre esta pré-existência.

DADOS GERAIS:

 Zona Central; Área: 544,61m  Coeficiente de aproveitamento: 5

 Área construível: 2723 metros quadrados

 Taxa de ocupação p/térreo e primeiro pavimento: 100%

5.5 PRÉ-EXISTÊNCIA

As imagens abaixo revelam o edifício existente no terreno. Este edifício foi construído com o propósito de ser um edifício de serviços na década de 1992, mas sua construção nunca foi finalizada.

Ele chegou a ser ocupado diversas vezes, de acordo os participantes da Bicicletaria Cultural (que possui sua sede localizada em frente à praça do Bolso do Ciclista). Eles também revelaram que haviam varias famílias que moravam no espaço há quase um ano e que estas familias haviam sido obrigadas a sair em 8 de maio de 2015. Estes moradores faziam parte de uma ocupação cultural chamada Ocupação Cultural Espaço da Liberdade (OCEL), que ocupava o edificio desde outubro de 2014. A OCEL promovia o espaço como ponto de cultura público, com a inserção de uma biblioteca

Figura 64: Vista da laterais voltadas para a Rua São Francisco e a Rua Presidente Faria. Fonte: Manipulação digital de imagem do google

Figura 65: Vista das fachada voltada para Rua Alfredo Bufren e lateral de limite com o entorno. Fonte: Manipulação digital de imagem do google

pública, peças de teatro e eventos que eram favoráveis aos coletivos e movimentos sociais de Curiitba.

Limitando o terreno, a praça denominada Praça do Bolso do Ciclista, figura 66 e 67, foi construída a partir de uma associação entre o CicloIguaçu (Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu) e o governo. A construção foi realizada por mutirãos, com a participação dos moradores locais e artistas vinculados ao projeto. Na época da construção, surgem eventos como cinema ao ar livre, peças teatrais e shows de bandas locais, e este tipo de evento ocorre até hoje no local.

A vida noturna na área é a que traz mais jovens para a região, visto que a Rua São Francisco é uma rua de bares, e isto é retratado pela imagem 68. Esta Rua também é palco de muitas ações culturais que ocorrem em Curitiba, seja um maracatu nos fins

Figura 68: Imagem da Rua São Francisco a noite. Fonte: gazetadopovo.com.br

Figura 66: Fotografia da área da praça do bolso (Rua São Francisco). Fonte: Acervo Pessoal

Figura 67: Fotografia da área frontral do terreno (Rua São Francisco). Fonte: Acervo Pessoal

de semana, ou eventos temporários de indagações sociais, como o “Reverbarações: Gilda convida”, que acontece de forma coletiva, reunindo manifestações e propostas de diversos artistas, representantes das artes visuais, cinema, teatro, performance, música, fotografia, literatura e dança.

O mural de flor retratada na figura 68, foi realizado pela artista plástica sueca Mona Caron, que engajada nos movimentos cicloativistas que ocorrem em Curitiba, resolveu deixar uma flor para a cidade, como um sinal de “boa sorte” para as novas mudanças a favor da bicicleta na cidade. A flor também marca até onde a praça do bolso imaginava sua ação limite. A fachada frontal do terreno (figura 67), revela o fechamento imposto, é visível também nesta imagem, a porta, que outrora era aberta para o público participar da horta comunitária que ocorria no terrreno.

Diante desta leitura do entorno imediato e da história que o edificio carrega pela luta da posse do território e ponto de cultura, a proposta deste projeto vai de encontro com a vivência que era imaginada para o espaço, visto que é um espaços para as artes experimentais. A discussão sobre o vazio, sobre o território e posse é colocada em questão quando se revela o edificio abandonado. Logo, o projeto anseia revelar o abandono, criando novos espaços a partir de recortes e adições no edifício.

6 DIRETRIZES DO PROJETO

O objetivo desta monografia é o projeto arquitetônico de um Ateliê/Espaço Expositivo na Rua São Francisco, que se propõe como uma ponte entre o circuito tradicional e os coletivos de artistas em Curitiba. As diretrizes do projeto baseiam-se a partir de três problemas/conceitos:

 Espaços Independentes de Arte

 Reinterpretação do edifício abandonado  Narrativa e experiência

Antes de discorrer sobre cada questão, cabe relembrar o que este projeto objetiva. Ele tem como preceito um lugar em que artistas autônomos poderão, tanto produzir suas obras, quanto expô-la ao público. Já para este público (artistas, entusiastas ou interessados) são oferecidos oficinas e workshops.

Tendo em vista que o projeto propõe um espaço mais íntimo, um espaço que é de fato pensando para a cidade de Curitiba (com isto quer-se dizer que não pretende ser um marco de escala internacional) a ideia do museu monumental é rejeitada. Este tipo de instituição geralmente é elaborado a partir da ideia de um museu que pretende requalificar uma área, já este projeto não tem nenhuma pretensão de ser marco, nem pretende requalificar a área em que se insere.

Até porque, como nos informa Tschumi, a monumentalidade não é visível nas cidades hoje, visto que a arquitetura teve sua importância como primeira arte de medida e de proporções, tendo no passado permitido civilizações inteiras medirem o tempo e o espaço. Mas hoje a rapidez e a imagens dos meios de telecomunicação alteraram a função da arquitetura. Hoje, nega-se as dimensões físicas. E mesmo que exista as dimensões físicas atualmente, o que é permanente é desafiado cada vez mais pelos sistemas abstratos. Consequentemente, a arquitetura passa a ser mais transiente, pois

passa constantemente por um processo de reinterpretação. Igrejas viram bares, fábricas de chapéus viram estúdios de arte, e etc. (TSCHUMI, 1996)

“Cities have become deregulated. This deregulation is reinforced by the fact that much of the city does not belong to the realm of the visible anymore. What was once called urban design has been replaced by a composite of invisible systems. Why should architects still talk about monuments? Monuments are invisible now.”(TSCHUMI, 1996 p.216).

O terreno escolhido para o projeto possui uma edificação abandonada. Ao invés do espaço ser destruído, propõe-se que ele seja reinterpretado, de certa forma re- significado. Até pelo motivo de que uma de suas fachadas já é utilizada como uma grande tela para os artistas, e para exibição de filmes. Por fim, é importante direcionar que conceitualmente este é um lugar em que os esforços de composição e sistematização de funcionamento surgem a partir das narrativas e experiências, e tais experiências e movimentos são ativadas a partir das pessoas. E como já foi dito nos capítulos anteriores, tanto Tricia Austin (2012) quanto Jonathan Hale (2012), acreditam que uma narrativa interessante para os Espaços de Arte, possui momentos de consciência e inconsciência. Então, tem-se como diretrizes a exploração de possibilidades como:

 Interação ambiente interno e externo do espaço  Mais de uma possibilidade na narrativa

 Arquitetura mais fenomenológica

6.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O desafio em construir um espaço onde o objeto de arte não é definido, traz um problema em determinar que tipo de programa este lugar pode oferecer. Há muitos espaços vazios dentro do ateliê/espaço expositivo, pois o vazio é uma promessa, o vazio é sempre uma possibilidade no espaço. O programa de necessidade surge, então, a partir destes vazios latentes e da narrativa do espaço. O programa de necessidades básico segue a premissa do projeto: pretende-se ser um espaço onde os artistas

produzem suas obras, então deve oferecer residências artísticas, pretende trazer um público diverso para o espaço, então deve trazer café, auditório e teatro. Deve-se também possuir um espaço administrativo para o lugar.

Programa básico:  Ateliês/Espaços expositivos  Setor administrativo  Teatro  Auditório  Espaço multiuso  Residência artística  I.S  Café  Praça

7 O PROJETO

7.1 CONCEITO E PARTIDO

Esta pesquisa vai se iniciar na indagação sobre os espaços museais atuais, pensando em diferentes possibilidades de proposta e espaço, das quais, deve-se citar: a possibilidade do espaço somente oferecer a temporalidade das obras expostas (sem o acervo permanente), a possibilidade do espaço aliar a produção da arte com o exibição, o que nos leva a última questão, a do espaço se oferecer como incubador de ideias, tratando de artistas que ainda estão com sua arte em construção.

Problemas que o museu enfrenta hoje: - Diferentes espaços e escalas no projeto - Os museus ícones

- O que é arte contemporânea?

Esta linha de pesquisa vai se conectar com outra que surge com a proposta do espaço: os coletivos de artistas, ou melhor, os espaços de arte independente. Estes espaços de arte são espaços muito heterogêneos, dificultando a explicação do que exatamente tratam os coletivos de artistas. Comumente trata-se da multidisciplinaridade e da aliança entre a produção e a exibição de arte - indo de encontro com as questões levantadas para o projeto. Por se tratar de um circuito não tradicional da arte, o acesso destes lugares para pessoas que não estão ligadas diretamente a curadoria ou as artes é dificultada, aliando esta questão ao fato que os coletivos são espaços com tempo de vida curto, torna-se necessário um espaço que articulem estes espaços, ou que tenha as portas sempre abertas para estes artistas, e para o público que entrará em contato.

Em se tratando da experiência que se quer para o espaço, a monografia tratou do corpo, ação e narrativa. O título deste trabalho usou a palavra pendular para dar a ideia de algo que está oscilando, ora fora, ora dentro, ora consciente, ora inconsciente; ora rápido, ora devagar. O que se buscou foi o equilíbrio destes extremos no percurso.

Outro ponto crucial para o conceito deste projeto é a questão dos vazios latentes, com isso, quer-se dizer, os vazios urbanos que se apresentam como possibilidade no contexto urbano. Nas palavras de Solà-Morales: “Vazio, portanto, como ausência, mas também como promessa, como encontro, como espaço do possível, expectativa.”. O motivo para o estudo se deu pelo fato de que o terreno escolhido para o projeto possui um edifício, e sabendo que o edifício seria reinterpretado, buscou-se um embasamento teórico.

A proposta final para o espaço é ser a ponte entre o circuito tradicional de arte e os coletivos de artistas. Trata-se de um ateliê/espaço expositivo em um “terreno vago” no centro de curitiba.

7.2 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA

Para prosseguir com o projeto foi necessário o estudo do entorno imediato, analisando as condicionantes gerais do terreno, conforme revela a figura abaixo.

Figura 69: Mapa de Condicionantes. Acervo Pessoal

A partir do estudo destas condicionantes, as estratégias de ocupação do espaço são elaboradas. As figuras abaixo revelam o motivo da retirada do pequeno edifício do terreno. Uma premissa importante do projeto trata do prolongamento da área pública no espaço. Logo, o que se pretendia era liberar o térreo. Para solucionar questões básicas, como o espaço de instalações sanitárias, foi feito um subsolo.

Após a modificação no terreno, vem o verdadeiro desafio de como atuar na construção existente e como setorizar seus ambientes. As figuras a seguir vão revelar as etapas de (des)construção do espaço. A setorização acaba ocorrendo a partir das diretrizes geradas pela narrativa e pelos vazios latentes.

Desde o início do projeto, a permanência das circulações de escada de emergência e elevadores foram decididas. Até pelo motivo que a parede que estes serviços se encontram é utilizada pela praça do bolso do ciclista. Após esta etapa, surge um estudo dos pavimentos que poderiam ser removidos a fim de criar ambientes com uma escala exagerada, é neste momento também que se enxerga as relações e possibilidades da setorização no espaço. Outra grande modificação que ocorre é feita nos pilares existentes, os pilares centrais são removidos, os outros são encamisados com

metal, e também é adicionado um outro pilar na estrutura. Para aguentar toda esta estrutura o sistema de viga se trata de uma viga em “I” de 30 cm x 75 cm. Logo na sequencia os esquemas vão tratar da narrativa, porosidade e materiais utilizados.

7.3 ESTRATEGIAS DE NARRATIVA

Com a premissa que o ideal para a experiência nos espaços museais é fluírem entre a inconsciência e a consciência, o desafio tratou de materializar esta ideia no Ateliê/Espaço expositivo. Entende-se que se atinge a inconsciência com algo comum, algo que é facilmente direcionado e reconhecível, no caso, um espaço que é comum ou repetitivo, já a consciência é trazida ao quebrar a lógica. A consciência se atinge a partir do estranho, fazendo o sujeito refletir sobre o próprio espaço. Neste espaço, busca este equilíbrio a partir de: possibilidades de caminhos; narrativa dentro-fora; arquitetura de diferente porosidade. A imagem a seguir revela um esquema do percurso contínuo percorrendo o edifício.

7.4 DETALHES TÉCNICOS

A imagem a seguir trata do encamisamento dos pilares, dito anteriormente.

Figura 73: Figura 64: encamisamento de metal

A figura a seguir revela o como funciona estruturalmente o percurso do projeto.

7.4 RESULTADO

Este projeto foi elaborado a partir de uma trajetória, ou a partir da possibilidade de trajetórias, e invariavelmente era visto de dentro pra fora. Por este mesmo motivo que as imagens internas do espaços possuem, talvez, mais força que as imagens externas. Pessoalmente, acredito que por construir de dentro pra fora algo que demandava uma variedade de escalas e usos, este ambiente externo um pouco esquizofrénico é gerado, e no fim, achei mais importante a vivencia que esse lugar propõe, do que como ele aparenta externamente.

Figura 76: fim do percurso

Figura 78: auditorio

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em Curitiba, os espaços museais e de galeria, encontram-se pouco inovadores, enquanto que os espaços de coletivos de artistas trazem um tipo de arte mais temporária, híbrida e experimental. Logo, enxergou-se a possibilidade de criação de um espaço para as artes onde artistas autônomos pudessem ter liberdade para criar, experimentar e expor suas ideias, e em troca este espaço ofereceria residência artística e galerias, e a possiblidade de atingir um público mais diversificado.

Este projeto de Ateliê/Espaço Expositivo teve suas diretrizes teóricas embasadas a partir das relações entre Arte e Arquitetura, evidenciadas por Julia Schulz-Dornburg e recorrentes em qualquer texto que tratava da crise dos espaços de museu, pois as alterações espaciais nos espaços de exibição são sedimentadas a partir das diferentes artes que surgem a partir da década de 60, e este fato é evidenciado pelos escritos de Douglas Crimp, Josep Maria Montaner e Sonia Del Castillo.

Enfim, o conceito deste projeto busca um espaço de experimentação, tanto no sentido emocional quanto no sentido de se propor para experimentações artísticas no espaço. A narrativa foi um assunto recorrente pela monografia, e é o conceito central deste projeto, pois indica movimento e um usuário do espaço, que não somente observa, mais que também participa, ativando, assim, o espaço.

9 REFERÊNCIAS

ANELLI, Renato Luiz Sobral. O Museu de Arte de São Paulo: o museu transparente e a

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