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Elaboração do questionário aplicado na 1ª rodada (remota) de consulta aos

5.2 Definição do painel de especialistas para a 1ª rodada de consulta:

5.3.1 Elaboração do questionário aplicado na 1ª rodada (remota) de consulta aos

Além do levantamento dos dados da literatura, os dados preliminares dos indicadores foram coletados por meio dos questionários para consulta aos especialistas. O questionário foi formulado e aplicado na 1ª rodada de consulta aos especialistas de acordo com a técnica Delphi respeitando os requisitos de garantia de anonimato e não realização de reunião física (ESTES e KUESPERT, 1976).

Com o objetivo de avaliar a eficácia do questionário antes do envio por e-mail para os especialistas a serem consultados foi realizado um pré-teste do questionário. Para tanto o questionário foi encaminhado para quatro pesquisadores que atuam nas áreas de pesquisa mais representativas dentre o painel selecionado. Para estes, especialmente, foi solicitada uma avaliação dos questionários, suas sugestões foram incorporadas e algumas questões foram excluídas na formulação da versão final do questionário.

A 1ª rodada de consulta aos especialistas foi realizada por meio de um questionário disponibilizado on-line para preenchimento no site da Embrapa Meio Ambiente. Os especialistas receberam um e-mail com o convite para acessar o site e participar da pesquisa. O convite continha o link para o preenchimento da versão final do questionário disponível na web, junto com a chave de acesso restrita a cada especialista, foi enviado por e-mail aos 122 especialistas com uma breve explicação dos motivos do levantamento e instruções para o seu preenchimento e devolução. A

consulta teve início no dia 10 de abril de 2008 e os painelistas tiveram o prazo de 30 dias para responder as questões. O questionário pode ser consultado no link: http://www.cnpma.embrapa.br/ogm utilizando a chave de acesso: vulcanet.

Com vistas a elaborar a metodologia de avaliação de impactos das PGMs, as respostas do questionário da 1ª rodada (remota) de consulta aos especialistas foram tabuladas de acordo com a análise de seleção estatística sugerida por Harrison (1998) que emprega o agrupamento dos dados por afinidades permitindo agrupar questões semelhantes para melhor identificarmos os critérios propostos pelos especialistas para a definição dos potenciais indicadores de impacto de PGMs.

A análise das contribuições fornecidas pelos especialistas nos permitiu avançar na elaboração da metodologia proposta para a execução deste trabalho e com isto o levantamento dos resultados propriamente ditos.

5.3.1.1 CARACTERÍSTICAS DO 1º QUESTIONÁRIO DE CONSULTA - IMPACTOS PGM

Quanto à escolha do tipo de questão empregada no 1º questionário de consulta aos especialistas denominado: ‘Questionário de consulta - Impactos PGM’ foram utilizadas questões do tipos : escala Likert, questões dissertativas abertas e questões do tipo semiabertas (MARCONI e LAKATOS, 1996; MATTAR, 2001; BOYD e WETFALL, 1964) para assim conseguirmos coletar a maior quantidade de informação possível.

O questionário utilizado na 1ª consulta aos especialistas (Anexo B) apresentou questões gerais tendo em vista a estratégia do levantamento dos dados e da aplicação da metodologia como um todo. Seguem a seguir os objetivos específicos da aplicação do questionário:

• levantar e identificar com os especialistas o formato e o foco da análise a ser feita para o levantamento dos dados e estruturação do método de avaliação de impactos;

• levantar as contribuições do painel de especialistas sobre a avaliação de impacto ambiental e alimentar de PGM;

• identificar os critérios para a validação das informações apresentadas na avaliação e na estrutura do método;

• levantar os potenciais indicadores a serem apresentados nas entrevistas presenciais para validação e posterior inserção desses no Método Impactos-PGM.

As principais preocupações que nortearam a elaboração do questionário da 1ª rodada de consulta aos especialistas:

a) garantir a acuidade dos dados das PGM;

b) permitir a correção na estratégia de formulação da metodologia; c) dar credibilidade aos resultados do trabalho;

d) validar os indicadores de impactos de PGMs levantados a partir da literatura especializada.

Dessa maneira, as questões formuladas podem ser agrupadas dentro de quatro esferas:

a) relatos dos impactos gerais/efeitos adversos das PGMs do ponto de vista alimentar e ambiental;

b) percepção das tendências de ampliação dos cultivos dos transgênicos, da legislação e da tramitação dos processos na CTNBio;

c) procedimentos de rastreabilidade, inspeção e monitoramento ambiental;

d) importância e sugestão de desenvolvimento ou formulação de um método de avaliação de impactos de plantas transgênicas.

5.3.1.2 ESTRUTURA DO 1º QUESTIONÁRIO DE CONSULTA - IMPACTOS PGM

Para a construção do questionário disponibilizado na web o banco de dados foi modelado utilizando Linguagem de Consulta Estruturada ou SQL, linguagem de pesquisa declarativa para banco de dados relacional. O Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados utilizado foi o MySQL, que se baseia no padrão SQL. Para modelar as tabelas e campos foi utilizado o MySQL-Front, programa gratuito para gerenciamento do banco de dados. Este possui uma interface e oferece ao usuário um gerenciamento de banco de dados mais fácil, prático e rápido. Além disso, possui recursos que agilizam a integração do banco de dados (chamado MySQL) com a linguagem de programação usada para alimentar o banco de dados e criar a interface com o usuário (chamada PHP). A linguagem PHP é livre e muito utilizada para gerar conteúdo dinâmico na World Wide Web. O questionário foi elaborado

utilizando HTML gerado dinamicamente por PHP. Por fim, através do MySQL Front exportaram-se os dados para posterior tabulação e análises (THOMPSON, 2003).

Este tipo de construção foi escolhido por apresentar uma melhor apresentação, maior credibilidade já que o questionário foi hospedado no site institucional, possibilitar o preenchimento e salvamento periódico dos dados, encaminhar o lembrete de término do prazo do preenchimento do questionário e facilitar a tabulação dos dados de forma automatizada.

Os resultados obtidos nessa etapa foram utilizados para formular a metodologia para avaliar os impactos, caso a caso, das plantas geneticamente modificadas nas dimensões ambiental e alimentar. Entretanto, foi criada uma terceira dimensão denominada “Segurança da construção gênica e da PGM”, pois foram identificados indicadores que se encaixavam em uma área diferente embora sejam relacionados de algum modo com estas duas dimensões. Deste modo, o Método Impactos-PGM será composto por três dimensões: ambiental, alimentar e segurança da construção gênica e da PGM.

5.4 Segunda rodada de consulta aos especialistas: entrevistas

presenciais – preenchimento de questionários padrão

Após a tabulação e análise das respostas do 1º Questionário formato Delphi, foram realizadas as entrevistas presenciais, para garantir a coleta de informações de maneira rápida e eficiente já que foram utilizados questionários padrão contendo os indicadores mais representativos para a avaliação dos impactos ambientais e alimentares das PGMs, levantados a priori na literatura e nos questionários da primeira rodada de consulta aos especialistas.

A finalidade das entrevistas presenciais e das etapas anteriores é possibilitar a formulação de um método de avaliação de impactos coerente e inclusivo para as diversas características de plantas transgênicas desenvolvidas ou em desenvolvimento.

Os especialistas escolhidos para essa etapa da pesquisa foram selecionados segundo alguns critérios:

- distância por ser uma entrevista presencial e devido à limitação de recursos financeiros;

- áreas de atuação dos especialistas.

A lista completa dos especialistas entrevistados pode ser consultada no Anexo G. Para tanto foram elaborados quatro tipos de questionários: alimentar (Anexo C), ambiental (Anexo D), genética/biologia molecular (Anexo E) e agronômica (Anexo F) para assim enquadrarmos os diversos tipos de especialistas da área de biossegurança e melhorar a qualidade da consulta e da informação levantada. Na maior parte das entrevistas, os especialistas responderam a dois ou três tipos questionários, os quais estavam mais próximos de sua área de atuação. A princípio foi explicado o propósito do estudo em termos gerais e especificamente o da entrevista: consolidação dos indicadores ambientais e alimentares mais representativos para a avaliação dos impactos das PGMs. Foi solicitado a cada especialista entrevistado que preenchesse o Anexo H autorizando a entrevista e a divulgação dos resultados da pesquisa.

Para a pesquisa em questão foram escolhidas as metodologias de entrevista: diretiva e padronizada possibilitando um melhor aproveitamento de cada metodologia nas entrevistas presenciais, pois a diretiva possibilitou uma melhor organização das perguntas e o método padronizado permitiu um melhor aproveitamento utilizando o conhecimento científico do especialista, o qual muitas vezes, desencadeou a formulação de perguntas específicas na área do entrevistado. As questões foram tabuladas de acordo Harrison (1998): agrupamento dos dados por afinidades possibilitando agrupar indicadores com porcentagens similares na mesma categoria, ou seja, indicadores relevantes ou relevantes intermediários dependendo do caso foram considerados relevantes quando a porcentagem encontrada para essa categoria foi superior a 50% e irrelevante quando a porcentagem encontrada para essa categoria (irrelevante) foi superior a 50%.