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Encontro Nacional de Pesquisadores do Ensino de História: espaço de diálogo de pesquisa do Ensino de História

Fóruns acadêmicos nacionais referentes ao Ensino de História

3.3 Encontro Nacional de Pesquisadores do Ensino de História: espaço de diálogo de pesquisa do Ensino de História

Na nossa inquietude para compreender como nasce o encontro de pesquisadores de Ensino de História, diante da existência dos seminários Perspectivas do Ensino de História nos reportamos ao movimento de memórias/identidades dos sujeitos que vivenciaram as lutas do Ensino de História da Anpuh.

A busca desse espaço de debate e diálogo sobre problemas de pesquisa de Ensino de História partiu da iniciativa de pesquisadores desta área de conhecimento, tendo como nomes Selva Guimarães Fonseca, Silma do Carmo Nunes e Mara Rúbia Alves Marques para a concretização do “I Encontro de Professores e Pesquisadores em Ensino de História”44, em setembro de 1993, na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), cidade de Uberlândia, localizada na Região do Triângulo Mineiro.

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O I Encontro de Professores e Pesquisadores em Ensino de História não contou com a produção de Anais, como também não havia ainda decidido linhas de pesquisa para a definição dos Grupos de Trabalho.

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A idéia inicial era a de promover um encontro que fosse regional. Mas, como a sua divulgação ocorreu em nível nacional, o encontro contou com pesquisadores de várias localidades do País e durante os seus dois dias de conferências e comunicações despertou nos seus participantes a proposta de transformar esse fórum acadêmico em oportunidade nacional. Nesse sentido, a iniciativa de Uberlândia deu início ao Encontro Nacional de Pesquisadores do Ensino de História.

Dentre os seus objetivos iniciais, Silma do Carmo Nunes assinalou:

[...] identificar os pesquisadores em Ensino de História da região; conhecer os trabalhos desenvolvidos ou em desenvolvimento naquela época e socializar o conhecimento elaborado, contribuindo também para a melhoria da qualidade do Ensino de História nos diferentes níveis educacionais. (1999, p. 15)

Havia, portanto, naquele momento, uma carência de espaços de divulgação e de diálogo entre as experiências vividas nas trajetórias de construção de pesquisas do Ensino de História, com o propósito de socializar o conhecimento produzido.

Buscamos nas rememorações da Professora Selva Guimarães Fonseca, a narrativa de como nasceu o Encontro:

O primeiro encontro ocorreu em 1993, na Universidade Federal de Uberlândia. Na verdade, a nossa idéia era reunir pessoas que estavam pesquisando ensino de História, porque o que sentia, no final da década de 80, quando fui fazer mestrado na área de Ensino de História, no Departamento de História da Universidade de São Paulo, é que não havia, na verdade, um grupo de diálogo, um grupo de encontros. Então, eu me senti muito sozinha, muito sozinha, nessa empreitada, ainda que já houvesse teses e dissertações defendidas, ainda que já houvesse uma discussão no seio da Anpuh, no Departamento de História, no Departamento de Educação da USP. Porém, não havia um espaço de encontros, de diálogos dos pesquisadores que tinham como objeto de pesquisa o Ensino de História. Então, aí, esse desejo grande de reunir os pesquisadores que trabalhavam com isso.

Também acho que a idéia de fazer em Uberlândia naquele momento, aí eu tenho que lhe dizer isso, era um pouco fazer esse encontro não só para iniciar essa discussão e fomentar o desenvolvimento da pesquisa na nossa Universidade, na Federal de Uberlândia, mas também reunir os pesquisadores de São Paulo, do Rio, de Minas e de outros lugares do Brasil em um espaço que considero de “neutro”, um espaço distante das disputas políticas e teóricas que havia em São Paulo, naquele momento. No momento que eu fiz a minha dissertação de mestrado, foi no calor das discussões da proposta da CENP. Então, havia uma cisão muito forte entre grupos, entre pessoas, entre pesquisadores, porque havia uma disputa explícita dentro da área de Ensino de História. O que ensinar em História, na década de 80, em São Paulo e em Minas Gerais, eu constatei isso na minha pesquisa, era um território de disputa, era um lugar de disputa política e de disputa

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teórica. Então, a minha idéia e a minha justificativa para fazer em Uberlândia não era só fomentar a pesquisa em Uberlândia, mas, além disso, trazer esses pesquisadores para um outro espaço e promover um encontro, promover um diálogo amistoso, convergir opiniões, discutir num clima de parceria, num clima de diálogo um pouco para, de certa forma, diminuir aquela tensão que havia entre os grupos em São Paulo. Eu senti muito isso no período em que eu cursei mestrado que foi de 1988 a 1991. A minha idéia inicial foi essa, foi nesse sentido e, evidentemente, promover esse diálogo. Tanto que a nossa primeira idéia foi trazer pessoas que trabalhavam com a pesquisa e ensino nos Departamentos de História e nos Departamentos de Educação. Então, os nossos dois convidados, naquele momento, como você sabe, foram a professora Ernesta Zamboni, da Educação da Unicamp e o professor Marcos Silva, da História da USP, porque são duas pessoas que tiveram e que têm, ainda hoje, uma importância grande no debate das duas grandes universidades de São Paulo e que trabalham, e que atuam em departamentos diferentes. Um orientando pesquisas em Educação num Departamento de Educação, numa Faculdade de Educação, que é o caso da Ernesta Zamboni, na Unicamp, e o Marcos Silva orientando já uma série de trabalhos no Departamento de História da USP. Então esses foram os nossos dois convidados, inicialmente.

Na sua tessitura, a Professora Selva evidenciou justificativas para, naquele momento histórico, a criação de um espaço de diálogo em que sua especificidade fosse sobre pesquisa da área do Ensino de História. Trouxe em suas memórias questões importantes a serem ressaltadas. A primeira questão refere-se à solidão vivida no momento de produção de pesquisa, sem que pudesse dialogar com um grupo constituído, no sentido de contribuir para com dúvidas, dilemas, embates, reflexões... De acordo com estudos já concretizados, o final dos anos 80 e início dos 90 do século XX não representou um período de grande recorrência na produção sobre o Ensino de História. Pela cartografia de obras citadas e pesquisas publicadas, desenvolvida por Flávia Eloísa Caimi (2001), o início de 1990 teve uma acentuada queda de referências bibliográficas sobre o Ensino de História. Este indício nos faz reportar para a segunda questão colocada pela Professora Selva, em que a situação traumática de disputas políticas e teóricas vivida no momento de reformulação curricular em São Paulo, Estado da federação que mais produz pesquisa no Brasil, promoveu certo esfriamento, cisões e criação de territórios de disputas entre a comunidade intelectual. Então, era preciso um território “neutro” para a que discussão epistemológica de pesquisa do Ensino de História fosse re-tomada, ou mesmo criada, no propósito de convergir opiniões e promover o diálogo num clima de parceria pela configuração de um espaço próprio.

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Por outro lado, num contexto de existência do “Encontro Nacional Perspectivas do Ensino de História”, por que o “Encontro Nacional de Pesquisadores do Ensino de História”?

Para a Professora Selva Guimarães Fonseca:

No nosso entendimento, tínhamos que criar um espaço diferenciado, um espaço específico das discussões em torno da pesquisa em ensino. Tanto que o título do evento foi “O Ensino de História como objeto de pesquisa”. O nosso desejo era de reunir pessoas que têm e que tinham como objeto de pesquisa o Ensino. O Perspectivas reunia e reúne um público muito amplo, onde essa discussão do Ensino de História como objeto é uma das discussões, mas ela não é a principal discussão. As experiências didáticas, por exemplo, elas têm um grande peso dentro do Seminário Perspectivas. As experiências didáticas, os relatos de experiência de professores, de estudantes de graduação.

Nós queríamos um encontro de natureza diferente. Veja bem como eu via e como eu vejo, ainda hoje, nós lutamos muito, mesmo passado aí mais de uma década, para definir, para constituir de fato o campo, do Ensino como objeto de investigação científica, com estatuto científico. Então, a busca desse estatuto científico para as nossas investigações foi uma marca muito forte nesse primeiro encontro, e a avaliação que eu tenho hoje é que foi exatamente isso que atraiu muitas pessoas. Por exemplo, para nossa surpresa, nós tivemos a participação de um grupo de pesquisa da Universidade Federal Fluminense nesse primeiro encontro, com todas as limitações que ocorreram na divulgação. Foi um encontro pensado como um encontro pequeno, com poucos recursos financeiros, com recursos financeiros da própria instituição, que não contou com a participação da Anpuh, que não contou com a participação da Anped e, ainda assim, atraiu pessoas de vários Estados. E o que nós percebemos? É que havia um desejo latente, não explicitado, de se reunir e de dividir, de compartilhar essas questões do Ensino de História como objeto de pesquisa, sabe? Então, era um pouco essa preocupação.

Uma coisa que me intrigava muito era o seguinte: o Grupo de Pesquisa Ensino de Ciências é tão forte. É tão forte nacionalmente, dentro do CNPq, dentro da Capes; o Grupo de Pesquisadores de Educação Matemática é tão forte; o Grupo de Pesquisadores em Alfabetização tem tantos centros de pesquisa em Alfabetização, como o Ceale em Belo Horizonte. Por que o Ensino de História carece de um espaço de diálogo sobre as questões de pesquisa? Nós estávamos pensando mesmo na busca de um estatuto científico para a área. Felizmente nós encontramos a ressonância, porque várias pessoas vieram com esse mesmo desejo. Tanto que, nas primeiras discussões ficara claro que as pessoas estavam aqui para discutir pesquisa, as pessoas estavam aqui querendo mostrar: “ora, eu pesquiso isso, eu pesquiso aquilo”. E, já no primeiro encontro, o que ocorreu? Um desejo de continuidade. Tanto que o grupo da Universidade Federal Fluminense, que, naquele momento, era liderado pelo Professor Paulo Knauss e composto pela Professora Marisa e pela Professora Sônia Nikitiuk, pessoas do Departamento de História e de Educação, durante o evento, já demonstraram, já se candidataram para realizar o próximo evento na Universidade Federal Fluminense daí a dois anos, para não deixar que esse espaço se perdesse. Eles assumiram e deram

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continuidade, e o encontro na Federal Fluminense foi uma demonstração linda de pessoas, de pesquisas, uma mostra significativa que já reuniu um número maior de pessoas em torno da discussão do Ensino de História.

Desde o início, nós não quisemos nem disputar o espaço com a Anpuh, nem com a Anped e nem tampouco com o Perspectivas, porque nós entendíamos que o Perspectivas era um encontro importante, um espaço importante, mas um espaço muito amplo. Nós queríamos um espaço mais específico, onde a natureza da discussão científica fosse pautada, focada em torno das questões do Ensino de História como objeto de investigação, o ensino e aprendizagem de História como objeto de pesquisa científica.

Para o Professor Marcos Silva:

Há uma tradição na formação de pesquisadores e historiadores, de discutir o problema do ensino. O problema do ensino com uma dimensão central, nessa área de conhecimento. Eu penso que na Anpuh, particularmente no período da Ditadura, houve posicionamentos, discussões, publicações muito importantes, apresentações de comunicações e outras atividades em simpósios sobre Ensino de História. Então, os profissionais de História no Brasil, tradicionalmente, participam desse debate, de uma maneira ativa e boa. Penso que o Encontro de Pesquisadores nasceu desses debates. Era uma espécie de desdobramento dos debates que a Anpuh fazia. Era uma tentativa, portanto, de concentrar, por um lado, a atividade apenas nesse campo específico, a pesquisa sobre o Ensino de História. Provavelmente, para ampliar essa pesquisa. Acho que, nesse aspecto, foi bem-sucedido. É claro, os encontros cresceram muito, há uma participação ampla de professores de todo o Brasil. Entendo como um desdobramento dos debates existentes na Anpuh. Por um lado, porque existe essa pesquisa como uma área importante na pós-graduação brasileira de História. Por outro, para dar maior possibilidade, para dar maior densidade ao debate. Penso que essa é uma iniciativa boa, importante. Apenas enfatizo a necessidade de que essa especificidade não seja isolada do conjunto dos debates sobre o conhecimento histórico, sobre a atividade de pesquisa na História. Então, é ótimo que haja o Encontro de Pesquisadores do Ensino de História, sem perder de vista que são pesquisadores de História, que são historiadores, que isso é um ramo geral, que é o conhecimento de História. Entendo, é claro, que tem muitas pessoas que têm uma visão semelhante a essa que estou falando, que não isolam, apenas enfatizam para até valorizar mais a importância dessa área específica de trabalho. Entendo que, agora, isso, inclusive, deve tender a crescer, porque com a última LDB aumentou a carga horária de Licenciatura. Portanto, há agora disciplinas de Licenciatura nos próprios cursos de História e, certamente, a pesquisa sobre o ensino de História ampliará cada vez mais. Isso é muito bom.

Nas tessituras narrativas, a Professora Selva Guimarães Fonseca e o Professor Marcos Silva apresentam-nos as especificidades do Encontro Nacional de Pesquisadores de Ensino de História, delineando pontos de vista em comum e também uma distinção. A distinção que vemos entre as duas posições é que para a Professora Selva há o desejo

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latente de criar um estatuto científico para a área de ensino e para o Professor Marcos esse estatuto já está criado, pois o objeto de pesquisa dessa área pertence à História.

A Professora Selva deixa claro que a constituição do espaço traz em si sua especificidade, objetivo, natureza e objeto de discussão, apresentando as razões de organização do primeiro encontro. Nesse sentido, o Encontro de Pesquisadores do Ensino de História trata-se de um espaço diferenciado e específico de reunir pesquisadores cujo objeto de pesquisa é o ensino da área do conhecimento histórico, particularmente das questões teóricas, metodológicas e epistemológicas do ensino e aprendizagem de História. Não se trata, portanto, de um espaço amplo e dedicado às experiências didáticas, como o Perspectivas, ou de produções historiográficas dos vários objetos de investigação da História. O espaço foi pensado com o propósito de definir o campo de investigação do Ensino de História, de construir um estatuto científico para a área. Esta foi a marca do primeiro encontro, a busca desse estatuto científico, expressado na manifestação de compartilhamento destas questões e no compromisso assumido para a continuidade do fórum. Contudo, a Professora enfatiza que não se trata de um espaço de disputas com outros espaços, mas de consolidação de um lócus próprio de discussão científica sobre o Ensino de História.

Por sua vez, o Professor Marcos Silva rememora as discussões efervescentes sobre os problemas de ensino, na Anpuh e em outros espaços, durante a Ditadura Militar. Nesse sentido, afirma que a criação do Encontro de Pesquisadores trata-se do desdobramento dessas discussões, porém com concentração para o campo específico da pesquisa sobre Ensino de História. Duas razões foram apresentadas pelo Professor Marcos para a criação de um espaço específico: devido à existência de pesquisa da área de ensino na pós- graduação e a possibilidade de dar densidade ao debate. Porém, enfatiza sua preocupação de que o espaço criado para a pesquisa do Ensino de História não seja distanciado do conjunto de debates sobre o conhecimento histórico, mas o desdobramento deste, ou seja, a pesquisa de Ensino de História é uma pesquisa de História.

Dois anos depois do I Encontro este fórum de pesquisadores do Ensino de História consolida-se na sua segunda versão, em 1995, no Rio de Janeiro, Hotel Novo Mundo – Praia do Flamengo, sob organização da Faculdade de Educação e do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF). O II Encontro de Professores

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Pesquisadores na Área do Ensino de História, assim chamado nos Anais, trouxe a mesma temática do I Encontro – O Ensino de História como objeto de pesquisa. Seus organizadores45, na apresentação dos Anais, certificaram que:

O Ensino de História ainda é um território que tem merecido pouca atenção no Brasil. As pesquisas são esparsas e de divulgação restrita. Apesar dos inúmeros cursos de licenciatura existentes no País, os profissionais e as instituições são pouco integrados e a bibliografia disponível ainda não abastece suficientemente os cursos. Acima de tudo, o Ensino de História ainda é um campo aberto a definições mais firmes e que existe renovações. (1995, p. 9)

Nesse sentido, nota-se que a organização de um fórum exclusivo de pesquisas do Ensino de História, conforme seus objetivos, apresenta a finalidade de:

1) propiciar a troca de experiências entre os profissionais da área, a fim de refletir sobre a importância dos diferentes temas, problemas e métodos de pesquisa para a renovação do ensino de História no Brasil; e 2) oferecer condições para a constituição de um espaço em que os profissionais articulados possam garantir, em diferentes níveis e esferas, o constante intercâmbio e interlocução de pesquisa na área. (1995, p. 9) As apresentações dos trabalhos foram organizadas em mesas-redondas e sessões de comunicações acerca de temáticas afins para a troca de experiências e encaminhamento de propostas. Os temas das Comunicações foram: “formação de professores; metodologia de ensino; currículo; recursos alternativos ao ensino; ensino-aprendizagem.” (1995, p. 9)

Em relação à linha de formação de professores, os Anais do encontro trazem cinco textos publicados, nos quais podemos perceber que a discussão trouxe as seguintes questões: que problemas têm sido enfrentados na formação de professores em relação a novas perspectivas de propostas para o Ensino de História nas séries iniciais? Quem é o historiador-educador, qual o seu espaço de atuação e o seu ofício? Que mecanismos, saberes e operações são necessários para a transformação do objeto da História em objeto do ensino da História? Como a Reforma Universitária, Política Educacional imposta pela Ditadura Militar, e os movimentos sociais que passaram a sociedade brasileira interferir nos cursos de História e nas práticas pedagógicas? Que profissional foi formado (tendências de formação)? Com que práticas pedagógicas os professores formados no modelo da Reforma Universitária atuaram, tendo em vista as dificuldades de associação entre ensino e pesquisa

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A Comissão Organizadora do evento foi composta pelos professores: Sônia Maria Leite Nikitiuk (Coordenadora Geral), Arlette Medeiros Gaparello, Marília Beatriz Azevedo Cruz, Mariza de Carvalho Soares, Paulo Knauss e Ubiratan Rocha.

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(problema da formação)? O que é necessário à formação do profissional de ensino, o professor de História? Por onde anda a produção sobre o Ensino de História? Como se dá a relação teoria e prática no processo de formação de professores?

Evidenciamos também nos textos publicados nos Anais o que eles elegem como propostas sobre o tema formação de professores de História. Para Maria de Fátima Salum Moreira é preciso pensar sobre a autonomia possível do professor das séries iniciais para a criação de sua própria prática pedagógica. Para tanto, o professor deve ter clareza em relação aos pressupostos teóricos e metodológicos da produção e transmissão do objeto de estudo/ensino. Nesse sentido, Maria de Fátima Salum Moreira esclarece que é preciso “formar o professor para que este seja capaz de definir os conceitos a serem trabalhados com as crianças e de preparar-se em relação aos conhecimentos que deve portar para saber selecionar, organizar e transmitir conteúdos” (1995, p. 20). A autora manifestou ainda a necessidade de investimento e a divulgação dos resultados da pesquisa sobre o Ensino de História nas séries iniciais.

Selva Guimarães Fonseca, no texto Vidas de professores de História: experiências de pesquisa com história oral de vida, afirmou: “O historiador que exerce o seu ofício em sala de aula é um historiador-educador” (1995, p. 25). Assim, desenvolveu sua análise